Eu jogo esse cardgame há mais de 10 anos e já coloquei na mesa a maioria das expansões. Já joguei presencial, ensinei em eventos e participei de várias jogatinas online com a comunidade gringa. Nos últimos dias eu tive uma nostalgia desse tempo e resolvi tirar a poeira das cartas, mas a ideia de começar uma campanha me dava uma certa preguiça. Foi aí então que, procurando uma aventura que pudesse ser divertida de por na mesa, me deparei com as aventuras
criadas pelo usuário do bgg Ninjadorg que foram traduzidas pelo
danilopatro e
postadas na seção de arquivos do jogo no bgg.
Esse conjunto de sete aventuras são um clássico da comunidade e era um pecado não ter passado por elas. O grande trunfo dessas aventuras foi ter utilizado cartas do conjunto de aventuras da caixa base. Diante disso, você só precisa imprimir as cartas de missão e seguir as instruções que estão nelas. As mecânicas são bem interessantes e divertidas tanto para jogar com um pool de cartas da caixa base ou com coleções mais robustas.
Anteriormente, eu havia planejado jogar a saga da trilogia do anel e queria usar o Gandalf herói que havia colocado na mesa somente uma vez. Navegando pelo
ringsdb eu encontrei
esse deck feito pelo ZMusicGamer em que usava o Gandalf com Elrond em mais um deck Vilya. Cheguei nesse deck, pois procurava decks solo, já que não tava com muita coragem de controlar dois decks ao mesmo tempo.

Umas das estratégias de deckbuilding mais forte no jogo é chamada de Ally Swarm, que é basicamente encher o tabuleiro com aliados para poder administrar o progresso na quest, defesa e ataque dos inimigos. Jogando apenas com um deck, você precisa lidar com estas três questões sozinho e daí que entra o uso de aliados para poder não ser subjulgado pelo tempo do deck de encontros. Nesse tipo de deck, o acessório Vilya é muito usado, pois permite que você traga para o tabuleiro aliados de variados custos e esferas com um custo razoavelmente barato, ainda mais se usar uma
Coragem Inesperada em Elrond. Foi através dessa mecânica que o Seastan (criador do dragncards) criou o famoso
The One Deck, em que consistia em um experimento de criar uma lista que enfrentasse e vencesse todas as aventuras do jogo.

Na primeira vez que coloquei o setup na mesa eu senti falta de mais alguns aliados na lista do ZMusicGamer e fiz algumas alterações no deck. Feito algumas mudanças e ajustes, inicei a segunda vez a partida e logo me deparei com um boss famoso da caixa base, o Chefe Ufthak.
SPOIELR ALERT
A partir daqui, eu irei então postar algumas fotos da minha partida. O primeiro estágio consiste apenas naquela fase de early game, em que você precisa administrar o perigo do deck de encontros com o setup que o seu deck precisa para rodar. No meu caso, achar Vilya e colocar Elrond para trazer nossos aliados. O grande charme desse deck, ao contrário do The One Decké o uso de Gandalf e seu Cachimbo do Mago em que possibilita organizar a carta do topo do deck, facilitando o uso de Vilya para um aliado forte ao invés de algo barato.
Com a engrenagem do deck pronta, com Elrond e seu anel e Gandalf com seu cachimbo, seguimos para nosso primeiro grande encontro na Floresta! Enfrentar o Chef Ufthak! Para listas que usam somente as cartas da caixa base, esse é um inimigo que apresenta um grande desafio, sobretudo se você demora mais de 2 rodadas para vencê-lo. O que não foi um grande problema para nossa lista com cartas de várias expansões.

O último boss da aventura é nosso famoso Troll da Colina, que fez muita gente gritar de raiva aparecendo logo no primeiro estágio do jogo na Jornada pelo Anduin. Esse boss é um grande conhecido meu, pois Jornada pelo Anduin foi uma das aventuras que eu mais joguei. Já criei diversos decks e estratégias para enfrentá-lo e para mim, e aqui que mora o grande charme do jogo. Eu vejo essa parte do deckbuilding como um quebra-cabeça em que você se depara com uma aventura e tem um pool de cartas para resolver como passar por ela. No entanto, com mais de 200 partidas registradas e não registradas, às vezes você só quer matar a saudade e daí que entra essa jogatina de ontem.


Com menos de uma hora de partida, venci essa primeira aventura que me pareceu ser uma ótima oportunidade para revistar o jogo e matar a saudade desses velhos conhecidos da caixa base. Gostei tanto da experiência que pretendo enfrentá-la com outros decks (menos apelões rsrs) e talvez até me restringir apenas a caixa base. Também me animei a conhecer as outras aventuras do ninjadorg e da
A long extended journey. Se por acaso, você que lê este post também criou alguma aventura, só deixar aqui que eu também coloco na fila.
Concluído
A velha floresta chegou a hora de me atrever a entrar na
Estrada Perdida!