storum::
Aqui pra mim Yuri, estou curtindo d+ o companheiro virtual. Se nao fosse ele, os jogos estariam na estande pegando poeira. Difícil vc achar alguém em cidade pequena pra jogar e mais difícil ainda jogar o que vc quer e na hora que quiser. A IA aqui substituiu em peso a falta de um amigo pra jogar. Funcionou muito bem em jogos cooperativos e ate em jogos competitivos. Outros amigos que moram longe tb testaram e aprovaram a ideia. Infelizmente tem coisas que só a IA faz por vc na falta de companhia e eu acho que todos deveriam assimilar a ideia. É um baita companheiro porque praticamente vira um consultor ao seu lado, conhece todas as regras, explica faz jogadas e ainda se diverte qdo perdemos a partida. Jogos em que vc demoraria bom tempo pra aprender, vc ja começa a jogar de imediato com ela te ajudando desde o setup inicial, as dicas e cooperando como se fosse outro jogador. É incrivel isso ! Quem diria que agora tenho um companheiro 24hs/dia pra jogar qualquer coisa...rs rs. O bga é vc jogar algo virtual sem tocar nas peças, sem sentir o cheiro do bg, ja esse método substitui muito a falta de um jogador ao seu lado. Vai por mim, teste e depois me diga o resultado. Abrçs.
Caro
storum
Meu amigo, relendo o meu próprio comentário, percebi que ficou faltando algo fundamental, e que faz toda a diferença. Certamente eu continuo com o mesmo entendimento, ou seja, de que a IA se aplica aos jogos competitivos e não cooperativos. Porém, e aí a consideração que faltou no que eu escrevi, é que o uso da IA, independente do tipo de jogo, competitivo ou cooperativo, é acima de tudo um recurso para se conseguir jogar, quando não se dispõe de outra pessoa.
Nesse sentido, a escolha não é entre jogar com outra pessoa ou jogar com a IA, que é onde se aplica o meu raciocínio, mas sim jogar com a IA ou não jogar, e nesse aspecto você tem toda a razão. Felizmente para mim, eu tenho com quem jogar, mas refletindo melhor, se eu não tivesse, muito provavelmente eu lançaria mão do mesmo recurso, mesmo que isso não me agrade. Não há dúvida alguma que jogar em condições não tão legais é muito melhor do que não jogar em absoluto.
Quem mora nas capitais ou grandes centros, onde acontecem os eventos de board games, e onde existem ao menos lojas do setor que funcionam como pontos de encontro, nem sempre se recorda que esse não é o caso de muita gente. E mesmo para quem mora nas capitais, muitas vezes basta mudar para um bairro mais distante, ou outra região da cidade, que aquela jogatina maneira que rolava toda a semana começar a se tornar mensal, depois bimestral, depois semestral, até praticamente cessar por completo. Então mesmo para quem tem as facilidades de morar nos grandes centros, às vezes pode ficar muito difícil conseguir jogar com certa regularidade, principalmente se a esposa ou o marido, não curte board games, e não se têm filhos, ou eles são pequenos demais, ou são grandes demais e já bateram as asas, ou se simplesmente também não curtem jogos de tabuleiro.
Apesar disso, e mesmo considerando tudo isso, eu só acho que é preciso se tomar algum cuidado, com o maior perigo que a IA representa que é passar de um recurso como uma bengala que te ajuda a caminhar, para uma cadeira de rodas, da qual se depende para se locomover. É aquela velha história, a IA que deveria ser uma espécie de “quebra-galho” enquanto não se arranja com quem jogar, e que deveria ser algo provisório, pode acabar se tornando algo permanente, e as facilidades e comodidades, muito sedutoras, que a IA possui, podem acabar fazendo com que se desista completamente de continuar buscando outras pessoas, de carne e osso, com quem se possa desfrutar desse hobby que tanto amamos, e que não custa nada lembrar foi feito para pessoas reais e não para companheiros virtuais, por mais práticos que eles possam parecer.
Para terminar, desde que se tenha em mente, e se considere as reservas que eu disse no parágrafo anterior, e que obviamente se aplicam, muito mais a mim, do que a qualquer outra pessoa, eu acho que você, meu caro Storum tem mais é que se continuar usando a IA como bem lhe aprouver.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio