Ouvi os comentários, e no geral, concordo com quase 100% de tudo que foi falado, só quero registrar aqui também a MINHA EXPERIÊNCIA como uma pessoa que faz parte do público geral e casual.

Terceiro ano consecutivo que eu vou, e o evento ta cada vez pior, pelo menos para o público que curte um boardgame, que é o meu caso.
E repito, BOARDGAME, não RPG. Nada contra, mas convenhamos, é um espaço e uma galera completamente desconexa com o boardgame em si, que se não estivessem lá, não faria diferença alguma, PRA MIM. Mas é claro, eu entendo o porquê de ter todo esse espaço reservado pra isso, só preferia que fosse mais espaço para boardgame.

E é uma loucura, porque é um evento de jogos de tabuleiro, mas no fim o doff não é pra jogar, não é pra comprar, não é pra ver palestra porque eu também não consegui nem ver a programação direito, não é nem pra ver anúncios e lançamentos porque já estávamos sabendo antes pelas lives e grupos.
E ao mesmo tempo que eu entendo essa parte do "encontrar pessoas", até porque eu fui dessa vez mais pela resenha com os amigos que só vejo uma vez por ano praticamente, eu também acho uma perda de tempo que no meu caso não funciona direito, no final das contas nosso dia teria sido muito mais proveitoso e menos estressante e cansativo se a gente tivesse se reunido em uma luderia ou loja pra bater papo e jogar.

Enfim, a única coisa realmente legal que pude fazer e dizer que só no doff teria essa oportunidade, foi ter um jogo autografado pelo Friedemann Friese, assim como fiz com Reiner Knizia.

Adorei participar do episódio e também poder ouvir agora a contribuição das outras pessoas, em parte a percepção ficou realmente diferente mas os pontos negativos foram notados de certa forma por todos, esperamos que a organização leve em consideração a opinião do grande público.

Gostei muito de escutar a opinião da galera.

Deu pra perceber a diversidade de propósitos que as pessoas têm ao ir para o Doff. Tem o povo da experiência social, a galera da experiência tátil dos jogos e os interessados em aumentar a coleção. Algumas pessoas, como eu, têm todos esses interesses, outras têm um foco maior em uma ou outra expectativa.

Satisfazer a toda essa variedade de necessidades não é mole, mas fica claro que o Doff tem oportunidade de melhorar para reduzir as experiências negativas.

Agora me lembrei de outra oportunidade: seria super bacana transmitir a entrega do prêmio Ludopedia ao vivo pela internet. Eu adoraria ter assistido e torcido pelos meus favoritos.

Longa vida ao DOFF.

Excelente todas as opiniões!
Foi meu primeiro DOFF.

Eu não me frustrei porque eu já esperava que não fosse jogar muito mesmo, eu queria só passear e o objetivo foi cumprido (eu já estava nos arredores em férias com a família e só fui domingo, sem fila... meu filho adorou!)

Mas vamos aos fatos: qual a dificuldade de fazer uma lista de espera nas mesas, anotando o número de celular das pessoas, daí quando chegasse sua vez vc recebe um zap pra vir jogar, se não aparecer em 5 min. perde a vez... dificuldade ZERO e custo ZERO!!

E o que foi aquele stand ridículo da Galápagos?? Maior do Brasil e sem mesa pra jogar (só TCG)??? Qual a lógica disso se o melhor marketing é a experiência de jogar? Toda vez que passava ali via mesa vazia do TCG, ninguém queria jogar aquela porcaria.

Acredito que os organizadores tem que batalhar e muito para construir uma real identidade para esse evento, que me parece estar caminhando para ser apenas uma feira voltada a profissionais do ramo fecharem parcerias, como qualquer outra feira profissional... e o público em geral está em segundo plano.

PS: Lucas, rodei aquilo tudo lá na parte da tarde e não te achei. Eu esqueci qual stand vc falou no episódio e não consegui parar pra ouvir lá. Queria ter jogado teu protótipo e trocar uma ideia.

Eu moro no interior do RJ numa cidade sem luderias e com pouquíssimos grupos de jogadores que são bem fechados, e eu não tenho nenhuma vontade de ir ao Doff.
Todos os anos as reclamações do público são as mesmas: fila pra entrar, fila nos estandes, desorganização completa nas mesas de jogos, comida ruim e cara, estacionamento caro. E pelos vídeos que vejo, eu me junto às outras pessoas que tb têm a impressão de que o evento se preocupa mais com os influencers que com o público.
Então pra mim não faz nenhum sentido gastar o que o Doff exige (entrada, deslocamento, hospedagem, alimentação) já que a única garantia que o evento parece oferecer é fila e andar pelos estandes; não há garantia sobre jogar ou comprar jogos com descontos.

Foi a quarta vez que participei do evento. Estive em 2022, 2023, 2024 e 2025, sempre com a minha esposa e a minha filha.

Chegamos no DOFF umas 9:40, no sábado. Pegamos uma fila de 50 minutos e lá pelas 10:30 estavamos dentro do evento.... mesmo assim, achei o tempo de fila inaceitável. 10 minutos depois de entrarmos na fila, ela triplicou de tamanho, foi impressionante. Acho que se eu tivesse que ficar 3 horas na fila, teria ido embora e deixado quieto, voltando só no domingo. Não custa deixar cada um imprimir seu ingresso em casa e colocar um pessoal só pra bipar o QR-Code na entrada. Acho que a organização da entrada do evento já passou do limite do amadorismo.

Sobre as mesas reservadas para criadores de conteúdo: é bizarro, porque você tem a sexta dedicada somente pra eles. Se eles podem ir no DOFF no sábado e reservar uma mesa, então me deixa entrar na sexta também. Se um criador de conteúdo quisesse sentar na mesa e jogar com os plebeus, seria super bem vindo, mas não vem com essa de reservar mesa pro cara no sábado e no domingo, é feio demais.

Vou dar nomes para as editoras nos comentários, acho necessário... 

A Papergames não montou mesa para divulgar seus jogos, só montou a loja mesmo. Olha, eles não são mais os reis do party game não... tinha uma monte de editoras lá, mostrando jogos que competem de igual pra igual, ou até que superam o catálogo deles. No ano passado eles chegaram a largar os jogos naquelas mesinhas altas, sem cadeiras (ok, os jogos são rápidos) e sem nem ter monitor por perto. Já tinha um certo descaso, mas nem colocar os jogos é um tipo de arrogância que deve custar caro até para a Galápagos. Ano passado, o Dalton, do Duque Boardgames estava por lá e parou pra jogar Lhama com a gente. Isso é um exemplo que une meus 2 pontos: criador de conteúdo que não é "estrelinha", salvando o filme de editora que não liga pro público. Nesse ano, nem que o Dalton e outros 32 criadores quisessem ajudar a Papergames, não tinha como, porque nem mesa tinha.

Aliás, e a Galápagos? Já que vai se assumir como Asmodee, simplesmente desistiu de tentar? Tirei uma foto no estande deles, naquela ativação que só funcionou no domingo. E foi tudo. Que desperdício de espaço.

Os monitores da editora Party Games estavam fazendo milagre. Não queriam deixar ninguém sem jogar. Eles estavam juntando gente, caçando pessoas pra formar "mesão" e mostrar como alguns jogos funcionam melhor em galera. A Ludofun também fez um ótimo trabalho nesse sentido.

No fim das contas, como sempre, eu passei mais tempo na Conclave do que em qualquer outra editora. Faço questão de passar lá, comprar umas cartas de Vampire the Eternal Struggle e jogar os títulos deles. Estava jogando uma mesa quando um monitor apareceu pra avisar que em meia hora a mesa estaria reservada para um criador de conteúdo. Isso foi surreal... se a nossa mesa não terminasse a tempo, iam tirar a gente de lá? É sério isso? Felizmente não aconteceu... jogamos a partida tranquilamente até o final, mas sinto que eles estavam num caminho perigoso com o lance de reservar as mesas.

Na verdade, a coisa lá funcionou muito bem no final das contas. Joguei um monte de coisa deles nos 2 dias... Caty Lady, Medium, Van Gogh e até o Robinson Crusoé. A Conclave tem boa vontade e os monitores fazem diferença. 

Na Devir, foi ruim mesmo: no sábado não tinha nenhum tipo de resera de mesa ou distribuição de senhas, quem quisesse jogar, tinha que ficar marcando território nas mesas. Acabei jogando o Mino Dice, que tinha me chamado a atenção e fiquei só nisso. No domingo cedo, cheguei lá e descobri que tinham sido distribuídas 100 senhas para jogar o SETI e que todas já estavam esgotadas, para o dia todo (o mesmo rolou com outros jogos deles). Eu até achei a estratégia boa, mas mudaram a regra no meio do jogo e não comunicaram de maneira clara... não tinha um cartaz, um monitor organizando isso, nada. 

Ainda sobre a Devir: distribuir promos sempre foi um "mimo" legal da parte deles, me fazia ir pro estande e jogar os jogos, mesmo que não fossem os que eu queria... mas esse ano, promo era só pra quem comprasse os jogos, numa escala progressiva de valor e começando de umas promos que não faziam diferença nenhuma. Vamos lá... a Devir vende os jogos no DOFF por um preço MAIOR do que você encontra fora do evento. Eles já disseram em anos anteriores que fazem isso para não canibalizar os lojistas... ok, mas se o foco deles é divulgar os jogos no DOFF e não vender... então porque as promos são só para quem compra os jogos? Sinto um cheiro de estratégia ruim aqui.

Apesar disso tudo, o DOFF foi muito legal. Acredita que me diverti horrores? Ri bastante com a minha mulher e minha filha. Jogamos algumas partidas longas de jogos que tinhamos curiosidade de ver. Jogamos muitas partidas curtas de party games, bem engraçadas, inclusive. A contagem final foi de impressionantes 23 partidas em 2 dias, com uns 90% delas sendo bem curtinhas, o que até torna a coisa mais legal.

Vou falar como alguém que nunca foi no Doff e tô formando opinião pelo relatos dos outros.

Zero vontade de ir ano que vem, e acho os relatos muito óculos cor de rosa, "tem problemas mas eu iria novamente"

Parece que o foco do evento é a venda, mas isso eu já faço de casa.
Jogar, parece que o evento não própria isso com qualidade.
O único atrativo pra mim é conhecer a galera que converso em grupos e os produtores de conteúdo, conhecer o Fratini e conversar com ele sobre Walter Benjamin, e ter a possibilidade de um pós evento no bar.
Mas gastar sei lá quanto dinheiro em deslocamento e hotel e entrada, me desanima totalmente, e os problemas relatados são a pá de cal.

Uma pena mesmo esse foco em vendas, só vejo o evento perdurando se focar naquilo que não se pode fazer melhor em lojas online e/ou em encontros menores focados em jogar.
Acho que dá para achar um meio termo.

p.s.: Probleminha de áudio entre 01:00:42 até 01:00:58.

Abração!