Excelentes provocações.
Concordo com quase tudo e tenho algumas para adicionar.
Do que eu concordo em partes:
3. De fato, mofo na caixa não é mortal, mas algumas pessoas (como a Sra. Perdomo) são muito alérgicas, e isso estraga completamente a experiência. Só de abrir a caixa mofada, ela já começa a espirrar sem parar. Se você não é altamente alérgico, como no caso dela, é isso, passe Sanol, use sílica, verifique seus jogos parados de tempos em tempos, deixe um pouco no sol e vá ser feliz.
4. Jogos no Brasil são caros, o nosso poder de compra não é alto, então os sleeves ajudam a aumentar a vida útil daquele componente, ou do jogo inteiro se estivermos falando de um jogo de cartas. Eles preservam o valor do jogo em caso de revenda e não deixam as cartas marcadas, o que pode estragar completamente a experiência em alguns casos. Uma vez eu joguei um Hanabi que tinha um "1 branco" marcado no verso. Todo mundo sabia que a tal carta com uma mancha na quina era o "1 branco", não precisava nem da dica.
5. Eu não jogo solo, mas entendo e respeito quem joga. Minha crítica é para aqueles que exigem que o jogo tenha modo solo porque "vai que um dia eu jogo" e no fundo eles sabem que nunca vão jogar.
6. Dependendo da criança, jogar com certas crianças estraga o jogo sim. Até os jogos de entrada têm um valor considerável. Tem criança que infelizmente não recebe a educação apropriada dos pais e não tem apreço nenhum pelas coisas dela, muito menos pelas coisas dos amiguinhos. Mesmo que você fique monitorando a partida, parece que algumas crianças gostam de estragar as coisas, é impressionante.
9. A arte do jogo não define a qualidade mecânica dele, e arte é algo pessoal e subjetivo (eu amo a primeira edição do Saint Petersburg, por exemplo), mas tem jogo que é tão feio, mas tão feio, que não dá vontade de jogar, de ficar olhando aqueles componentes durante a partida inteira, até a caixa parece que não se esforça para te convencer a jogá-lo. Eu prefiro nem comprar ou procurar outra versão do jogo com uma arte melhor. O que não falta é jogo bom no mercado.
O que eu adicionaria:
18. Jogo parado há anos é só um peso de papel superfaturado. Por melhor que o seu jogo seja na teoria, se ele está parado há anos, ou se ele nunca viu mesa, admita, ele não é para o seu grupo. Não tenha medo de vender os seus jogos. Libere espaço na sua estante e recupere algum dinheiro inclusive para comprar novos jogos que de fato possam ver mesa. Como você vai se arrepender de vender um jogo que você nunca jogou? Saudades daquilo que a gente não viveu?
19. Você não é influenciador, não tente acompanhar o ritmo de um. Isso só vai te gerar ansiedade e despesas. Lei de Vasel: se o jogo é bom, ele VAI voltar. O jogo é bom, o jogo vende bem, a editora ganha dinheiro, a editora manda trazer mais, é simples assim. Não precisa se desesperar porque deixou de comprar o jogo da moda, até porque mês semana que vem vai ser outro o jogo do momento, e você vai ter esquecido o anterior. Até jogo que juridicamente não tem como voltar, como é o caso do Glory to Rome, os jogadores deram um jeito de reimprimir artesanalmente em boa qualidade.