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  3. Rewild: South America
  4. Nossa Natureza: Analisando Rewild na luz do hemisfério Sul

Nossa Natureza: Analisando Rewild na luz do hemisfério Sul

Rewild: South America
  • avatar
    lucasfwb8923/05/25 20:33
    avatar
    lucasfwb89
    23/05/25 20:33
    10 mensagens MD

    Obs.: Nenhuma das opiniões a seguir reflete quaisquer pensamentos do designer/editora/usuários citados. Todos são de minha responsabilidade, o autor deste post.



    Análise de Rewild: South America

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/07df0_1ctkgd.png

     

    Tentei e falhei inúmeras vezes em começar esta análise de uma maneira interessante, então decidi por começá-la com a verdade que é a falta de habilidade de iniciar ela do jeito que é merecido. Também, ressalto que ela é até certo ponto inspirada pela belíssima análise do Spirit Island realizada pelo Bruno Marchena (que NÃO é o Bruno designer de Rewild) e publicada aqui cerca de quatro anos atrás pelo Linauro (o qual também publicou uma entrevista com o Bruno (ChangesKhan), autor de Rewild: South America). Também vale ressaltar a inspiração porque a análise será diferente do habitual. Abordarei muito pouco sobre o funcionamento, peso, com quantas pessoas roda melhor... isto eu deixo para vocês testarem. É um jogo médio-leve, com colocação de peças, ações direcionadas por carta, controle de mão, coleção de conjuntos. O Financiamento coletivo pelo Kickstarter foi um sucesso rapidamente, e segue com quase 1000 apoios. Quase diariamente metas novas são batidas, e a decisão delas cabe aos apoiadores. Segue o link:https://www.kickstarter.com/projects/marcduer/rewild-south-america


    Minha análise, por outro lado, vai num caminho diferente.  Talvez eu até passe mais tempo aqui justificando esta análise do que realizando-a em si. Isto porque até uma semana atrás, eu não imaginava que estaria aqui escrevendo sobre um jogo que ainda está em financiamento coletivo e que NÃO será publicado no Brasil (até o presente momento, mas espero que o futuro nos reserve agradáveis surpresas). Fato é que me deparei, naquela matinal passeada na Ludopédia, com o tópico supracitado da entrevista do Linauro com o Bruno, e o South America do título me convidou a clicar. Uma agradável surpresa, de início, com a arte e a carinha do jogo. De fato, é muito bonita. A editora investiu bastante em uma equipe de arte (bem plural tanto em gênero quanto em etnicidade, diga-se de passagem) com esse teor “Ghibli”, que combina demais com elementos da natureza. Pude confirmar mais ainda a qualidade visual quanto testei o jogo digitalmente. 



    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/77828_1ctkgd.png

    Imagens do jogo Rewild: South America no modo Avançado


    Foi, no entanto, na segunda pergunta da entrevista que me senti convencido a clicar no link do FC, quando o designer relatou que originalmente o jogo era sobre a Caatinga e se tornou mais amplo em diálogos com a editora. Quando finalizei a leitura da entrevista, abri, migrei para aba do FC no KS e, confesso, me senti um tanto triste quando vi que o jogo era Kickstarter Exclusive. De maneira geral, isto é um balde de água fria para nós brasileiros do hobby. Para falar a verdade, eu praticamente nunca participei de financiamentos coletivos de jogos, mas entro para conhecer igual se entra em loja para “dar uma olhadinha” e confirmar se tem chance de chegar aqui. Foi aí que na segunda imagem da página da campanha eu me deparo com este rapazinho, perdido ali no tabuleiro mas que reconheci imediatamente:

     



    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/3115b_1ctkgd.png

    “Cara crachá” da espécie de briba-gigante-da-caatinga. Foto de: João Pedro Melo (https://www.biodiversity4all.org/observations/267032467)

     

    Esta lagartixa, briba, entre outros nomes (Phyllopezus periosus) foi um dos primeiros répteis endêmicos da caatinga (só ocorrem lá) que conheci pessoalmente e considero um ícone da fauna do sertão nordestino.  Faço uma ressalva aqui para localizar a minha pessoa para os leitores: sou biólogo, mestre e doutor em Zoologia e estudo por quase 20 anos os animais da Caatinga (em especial répteis e anfíbios). Sou também professor, nordestino, paraibano de criação, pernambucano de sangue, casado com uma cearense (morei lá por quatro anos) e atualmente residente do estado de Alagoas. Vê-lo representado em um jogo me causou uma alegria inimaginável. Em seguida, vi a carta da Jararaca-da-seca (Bothrops erythromelas) e me instiguei mais ainda, baixando imediatamente o manual do jogo e entrando na oficina da Steam para testá-lo no TTS (Tabletop Simulator). A partir daqui quero dividir a análise em três seções: (a) Representatividade Ecológica (b) Mecânica vs. Temática e (c) Designer e Editora, fechando com considerações finais.



    Representatividade Ecológica

     

     

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/d638e_1ctkgd.png

    Xique-xique, coroa-de-frade e macambiras, fotos à direita e representação em Rewild: South America à esquerda


    Em cada uma das vezes que joguei o jogo (tanto no modo normal e avançado) ficou claro para mim que a ideia original de fato era focar nas matas brancas da Caatinga (ou caatingas, como a origem tupi do nome sugere).  A maior parte das peças (tiles) do jogo são as “shrublands”, que representam as regiões semiáridas da América do Sul, representadas majoritariamente pela Caatinga, o bioma (no sentido mais amplo) que engloba a maior parte do nosso nordeste brasileiro. Não existe um só estado nordestino que não possua a Caatinga em sua geografia (ainda que pouco, como o Maranhão). O Ceará, por exemplo, um dos maiores estados da região, está totalmente inserido no domínio das caatingas. As outras peças/biomas, “grasslands/wetlands” (savanas/brejos) e “rainforests” (matas úmidas) e suas árvores são quantitativamente menores e mais custosas de se jogar, direcionando os jogadores a explorar, as “shrublands”, mesmo que brevemente (a depender da estratégia).

     



    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/aee4e_1ctkgd.png

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/3a3be_1ctkgd.png 

    Diferenças em tamanhos dos “tiles” de shrublands (caatingas), grass(wet)lands (cerrado e pantanal) e rainforests (matas úmidas) e modelos de sucessão ecológica (retirado de: https://florestas.pt/)


    Isto, por si só, já foi bem cativante para mim, mas foi na seleção da fauna que o designer surpreendeu. As espécies que podem habitar a caatinga parecem ter sido escolhidas a dedo durante anos, e arrisco dizer que até um biólogo com pouco conhecimento no bioma teria dificuldade de escolher uma seleta tão genial. Não se enganem, a cara da nossa fauna “famosinha” está em cada bioma e elemento do jogo: temos nossas queridas capivaras, antas, a feroz harpia, o tamanduá-bandeira, mico-leão-dourado, grandes felinos como a jaguatirica e a imponente onça-pintada (que também é um animal da caatinga). No entanto, eles disputam espaço com uma rica fauna nordestina, como o mocó, o tatu-bola, a jacucaca, o carcará, o veado-catingueiro, a arara-de-lear e a famosinha e emblemática ararinha-azul (que a série de animação Rio, em duas produções, fez questão de apagar a origem nordestina e catingueira). Perderia o dia aqui citando e comentando cada espécie, mas não é esse o ponto. O ponto, meus amigos e amigas, é o quão genérica e caricaturada nossa fauna e flora brasileira costuma ser em jogos de tabuleiro (e midiaticamente), e como aqui o designer conseguiu demonstrá-la bem (em especial a nordestina), para além de onças, lobos-guará e micos dourados (os invertebrados são um show à parte do jogo, diga-se de passagem).



     





    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/0d1c3_1ctkgd.png

    Nossa queridinha e nordestina Cyanopsitta spixii, a ararinha-azul (em jogo e ao vivo).

     


    Mecânica vs. Temática



    Este aqui é um ponto onde sou BEM crítico com jogos que envolvem natureza. Não deixo de jogar, inclusive tenho o Cascadia e o jogo bastante, mas não deixo de considerar o tema “colado com cuspe”. Acho que a maioria dos jogos de natureza falham bastante em vincular a mecânica com o tema, inclusive os mais famosos, como Dominant Species e Ark Nova. Com exceção do Wingspan, que acho um dos mais bem acurados entre mecânica e temática (e um pouco do Encyclopedia), poucos jogos me trouxeram uma sensação de imersão como o Rewild. O fato dos biomas mais complexos demorarem mais para cobrir o mapa e demandarem mais nutrientes e água ficou fenomenal. Até o fato dos tiles das “grasslands/wetlands” diminuírem o custo de água para tiles adjacentes se integra à realidade, onde o maior aquífero subterrâneo continental se encontra no Cerrado, a nossa savana. Fica aqui, inclusive, a sugestão de assistirem ao documentário “Sertão Velho: Cerrado”, onde pesquisadores, povos tradicionais, artistas, entre outros dialogam sobre a destruição deste bioma e suas consequências catastróficas.  Quanto às cartas, eu diria que cerca de 90% delas está bem alinhada ao que se propõe ecologicamente. Talvez um dos mais belos e bem feitos exemplos seja o dos “Hide Beetles” (besouros-do-couro), os diminutos Dermestes. Estes besourinhos são famosos por sua voracidade em devorar carne morta, e inclusive são utilizados em laboratórios e museus de biologia e história natural para taxidermia e limpeza de ossos há mais de 200 anos. No jogo, eles pontuam por cada animal que foi devorado por outro, sugerindo seu caráter necrófago (alimentar-se de carne morta).

     





    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/2ca06_1ctkgd.png 

    Tamanduaí (Silky Anteater) pontuando com número de insetos e Borboleta Heliconius (Red Postman) pontuando a partir de número de plantas em jogo.


    A maior parte das outras cartas segue essa linha, onde animais insetívoros pontuam com a quantidade de invertebrados em jogo, herbívoros (como a iguana) pontuam com as plantas, dispersores (como a cotia) fornecem sementes, as plantas fornecem mais tiles de biomas ou símbolos de vegetação e os predadores “comem” suas presas (ou pontuam com a quantidade delas em jogo, como a harpia). Ainda, completar a cadeia alimentar de cada bioma gera pontos extras, enriquecendo o aspecto temático do jogo ao estimular a busca destas pontuações por meio da montagem de um ecossistema equilibrado. Em termos ecológicos, o primeiro desequilíbrio de um ambiente impactado são as relações produtores e consumidores / predador e presa. No aspecto de mecânica vinculada à temática, Rewild: South America não deixa nada a desejar. Pelo contrário, dá uma aula de verossimilhança.

     

     

    Designer, Editora e Considerações Finais 

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/be51f_1ctkgd.png



    Confesso que (infelizmente) não conhecia o Bruno (ChangesKhan) e suas empreitadas como designer de jogos de tabuleiro, sequer a editora Treecer (Treeceratops), mas como a esta altura eu já estava bem convencido a financiar o jogo, precisei me certificar um pouco mais. Dei uma pesquisada no BGG e na Ludopédia e descobri que ele (o designer) é baiano (logo, nordestino) e aí tudo começa a fazer muito mais sentido, tanto o Rewild quanto seu pai original, o Caatinga: Vida no Sertão. Em poucos minutos, encontrei o Bruno no Instagram e troquei uma breve ideia com ele, gente finíssima. É notório o quanto ele se dedicou para o jogo, que ele veio produzindo por pelo menos três anos. Sobre a editora, também tive agradáveis surpresas. Apesar de ser gringa (especificamente suíça), eles possuem diretrizes bem rigorosas quanto à origem ecologicamente sustentável dos materiais empregados na produção (origem reciclável, diminuição de plásticos, etc.). Confesso que inicialmente meu maior empecilho também foi o fato do jogo ser gringo. Sou bem chato com jogos publicados apenas na gringa, mas neste caso, sendo uma empresa bem pequena e com todo um foco ambiental, abrirei uma exceção. Encontrei também um punhado de pessoas criticando o não lançamento do jogo no Brasil, os nomes em inglês das espécies ou os preços altos de importação. Infelizmente, sobre os preços, creio que isto não seja algo controlável pelo autor, mas só de observar o cuidado histórico-ecológico dentro do conteúdo, sei que ser publicado no Brasil era o seu grande sonho (e pelo que observei, ainda é). Inclusive, o Brasil é o único país da América do Sul com frete “amigável”, então existe um esforço para facilitar a chegada da mercadoria até aqui, mesmo sem editoras nacionais de hub. Fico Feliz de ver o sucesso antecipado do jogo e torço que seja muito mais no futuro. Já está financiado em mais de 60.000$, e devo lembrar que o aclamado Spirit Island, em seu primeiro financiamento, não angariou muito mais que 80.000$, valor que provavelmente Rewild irá bater logo logo. 



    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/c1b6d_1ctkgd.jpg

    Imagens do protótipo de Caatinga, retiradas SEM autorização das redes sociais do designer (o qual espero que não me processe nem deixe minha esposa viúva)   

     

    Inclusive, na supracitada entrevista com ele, ficou claro suas tentativas de publicar o jogo nacionalmente, mas ainda carecemos de uma indústria de jogos de tabuleiro autossuficiente, além de um mercado extremamente preconceituoso com publicações nacionais e/ou temas nacionais. Isto não é novidade para ninguém. As pessoas gastam rios de valores para se desdobrar em jogos sobre desenvolvimento industrial europeu (olá, amantes de Brass: tralalá), ou no máximo ovacionam jogos onde escrevem o nome do nosso país com Z, mas criticam os nomes das espécies em inglês de Rewild: South America. A maioria estão vinculadas igualmente a empresas estrangeiras, como a Asmodee. Pessoas que acham o jogo Cangaceiros um máximo, mesmo a arte sendo genérica e retratando mais as Mesas Norte-americanas do que nossos sertões nordestinos, e ignoram o Cangaço como uma opção de compra. A grande questão aqui é: faz realmente diferença comprar das empresas brasileiras? Quantos aqui possuem jogos da Maloca Games? Ou deram uma chance ao Street Art? E me coloco dentro desta crítica. Sempre fico com vontade de comprar e termino por dar espaço para outras opções do mercado tradicional. Como podemos pedir algo se não consumimos? Se estivesse no mercado nacional, com uma carinha mais simples, apoiaríamos? Fica o questionamento e (auto)crítica. De verdade, acho que precisamos de mais Brunos por aí no mercado de designers nacionais, mesmo que infelizmente precisemos os exportar. Precisamos disto, de pessoas (incluindo jogadores) que de verdade querem colocar o Brasil com S e a América Latina no mapa do mundo, principalmente nosso Nordeste, contando a verdade da nossa flora e fauna (que faz parte da nossa história), do que reescrever as linhas do tempo sob olhares alegóricos de invasores e bandeirantes.



    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/a68ff_1ctkgd.png 

    da América Invertida aos cordéis nordestinos

     

    Que em união sejamos um povo autossuficiente em sociedade, natureza, jogos e criticidade, pois riquezas naturais, intelectuais e culturais nós possuímos milenarmente. 

    Reflorestemos nossa história, tão desmatada por mãos alienígenas, nem que usemos elas para tal. 


    Que nosso Norte seja sempre o Sul!



    Guaraci nos ilumine sempre!

    do sulamericano da Paraíba,
    Lucas.

    3
    0
    25
  • fantafanta
    456 mensagens MD
    avatar
    fantafanta23/05/25 21:32
    fantafanta » 23/05/25 21:32

    Simplesmente fantástica a sua análise!!
    Meus parabéns pelo texto muito bem escrito! Sem mais delongas quero dizer que como cearense, nordestino, que morou durante 10 anos em Salvador, na Bahia, eu fiquei sinceramente emocionado em ver um pouco da nossa biodiversidade tão belamente representada nesse jogo!
    Para completar é o tipo de jogo que nós amamos por aqui, já que minha mãe também é bióloga e meu pai é agrônomo. Já dá pra sacar que jogos como Wingspan, Aqua e Micélio também fazem muito sucesso por aqui!
    Jogos são, no fundo, abstrações, mas eu fiquei curiosíssimo para experimentar o Rewild e me aprofundar em suas mecânicas.
    Confesso que não apoiei o jogo no kickstarter por dois motivos. O primeiro é financeiro, pois no momento estou passando por várias mudanças: filha recém nascida, comprando carro novo e me mudando de casa. Minha vida está uma loucura. O outro motivo é que infelizmente a questão do idioma é um complicador para nós. Embora eu seja fluente em inglês, tanto minha mãe quanto minha esposa não lêem e nem falam bem. Compreendem muito pouco. Eu não sei até que ponto o jogo é realmente dependente do idioma. Vou procurar me informar melhor a respeito. Se forem apenas os nomes dos animais que estão em inglês, então será bem sossegado de colocar na mesa, já que conseguimos jogar Wingspan numa boa por aqui, por exemplo.
    Eu pretendo reconsiderar o meu apoio ao jogo. Sei que a probabilidade dele ser publicado em terras Tupiniquins é baixa (ao menos em breve), mas não sei se quero arriscar e esperar por um sonho que pode não ocorrer.
    Vou fazer um esforço para tentar adquirí-lo porque, sem querer ser piegas, eu fiquei emocionado com a proposta de Rewild. 
    Independente de qualquer coisa, desejo o maior sucesso do mundo ao autor. Que inspire-se e nos traga ainda mais jogos com temáticas tão bacanas quanto essa.
    No fim das contas eu fiquei muito triste por viver em um país de capitalismo dependente como o nosso. Amo meu país, mas me vejo obrigado a citar Sebastião Salgado, que acabou de nos deixar:
    "Não podemos ser apenas espectadores da destruição. Precisamos ser agentes de mudança."

    7
  • lucasfwb89
    10 mensagens MD
    avatar
    lucasfwb8924/05/25 11:24
    lucasfwb89 » 24/05/25 11:24

    fantafanta::Simplesmente fantástica a sua análise!!
    Meus parabéns pelo texto muito bem escrito! Sem mais delongas quero dizer que como cearense, nordestino, que morou durante 10 anos em Salvador, na Bahia, eu fiquei sinceramente emocionado em ver um pouco da nossa biodiversidade tão belamente representada nesse jogo!
    Para completar é o tipo de jogo que nós amamos por aqui, já que minha mãe também é bióloga e meu pai é agrônomo. Já dá pra sacar que jogos como Wingspan, Aqua e Micélio também fazem muito sucesso por aqui!
    Jogos são, no fundo, abstrações, mas eu fiquei curiosíssimo para experimentar o Rewild e me aprofundar em suas mecânicas.
    Confesso que não apoiei o jogo no kickstarter por dois motivos. O primeiro é financeiro, pois no momento estou passando por várias mudanças: filha recém nascida, comprando carro novo e me mudando de casa. Minha vida está uma loucura. O outro motivo é que infelizmente a questão do idioma é um complicador para nós. Embora eu seja fluente em inglês, tanto minha mãe quanto minha esposa não lêem e nem falam bem. Compreendem muito pouco. Eu não sei até que ponto o jogo é realmente dependente do idioma. Vou procurar me informar melhor a respeito. Se forem apenas os nomes dos animais que estão em inglês, então será bem sossegado de colocar na mesa, já que conseguimos jogar Wingspan numa boa por aqui, por exemplo.
    Eu pretendo reconsiderar o meu apoio ao jogo. Sei que a probabilidade dele ser publicado em terras Tupiniquins é baixa (ao menos em breve), mas não sei se quero arriscar e esperar por um sonho que pode não ocorrer.
    Vou fazer um esforço para tentar adquirí-lo porque, sem querer ser piegas, eu fiquei emocionado com a proposta de Rewild. 
    Independente de qualquer coisa, desejo o maior sucesso do mundo ao autor. Que inspire-se e nos traga ainda mais jogos com temáticas tão bacanas quanto essa.
    No fim das contas eu fiquei muito triste por viver em um país de capitalismo dependente como o nosso. Amo meu país, mas me vejo obrigado a citar Sebastião Salgado, que acabou de nos deixar:
    "Não podemos ser apenas espectadores da destruição. Precisamos ser agentes de mudança."

    Poxa cara, que massa! Deve ser uma experiência boa demais jogar um "joguinho de natureza" com vocês. Se você tiver o TTS te recomendo jogar nele, você vai sacar a do jogo. Valeu a pena demais...O jogo é completamente independente de idioma, só precisa pra saber o nome das espécies mas é 100% iconográfico mecanicamente. Não tem um texto sequer para funcionar. Encyclopedia, por exemplo, são só os nomes científicos, que também a maioria vai ler e não realizar nenhuma informação com aquilo. Sei que vai ser de boa. Inclusive estou me organizando com uns amigos de Fortaleza para pegar o jogo, estamos só esperando o famoso "cartão virar" kkkkkkkkkkkkk. Quem sabe rachar um frete? rsrs.

     E sim, me emocionei mesmo com essa pegada do jogo, minha esposa até brincou que eu tava obcecado porque joguei umas 3x seguidas. Eu sou um alucinado por jogos de natureza e quando aparece um eu vou logo ver a adequação das mecânicas, e esse foi o que mais me supreendeu até hoje!

    3
  • fantafanta
    456 mensagens MD
    avatar
    fantafanta24/05/25 12:26
    fantafanta » 24/05/25 12:26

    lucasfwb89:: Eu sou um alucinado por jogos de natureza e quando aparece um eu vou logo ver a adequação das mecânicas, e esse foi o que mais me supreendeu até hoje!

    Kkkkk sei como é. Aqui também somos assim.
    Quando vier por essas bandas, me avise para tentarmos combinar de jogar alguma coisa. XD
    Abraços!

    1
  • ChangesKhan
    29 mensagens MD
    avatar
    ChangesKhan24/05/25 15:35
    ChangesKhan » 24/05/25 15:35

    Difícil começar, mas sem dúvidas a primeira certeza é de que sua reação ao jogo já valeu todo o esforço pra trazê-lo à vida. Muito grato ao seu relato, tanto particular quanto ao desse post. isso é valioso demais! 
    Eu apoio demais tudo que valoriza nossa cultura, e fico muito arretado quando vem com viralatismo pro meu lado. Você ter colocado a América Invertida ali no final, fechou com 10 haha


    Bom, acho que o primeiro e importantíssimo esclarecimento, é de que apesar de viver aqui perto de Ilheús (sul da Bahia) há 11 anos e meu filho ser baiano, eu mesmo não nasci aqui. Sou do interior de São Paulo, de uma cidadezinha chamada Artur Nogueira, mas escolhi a Bahia para ser minha casa e de minha família. 

    Sobre o jogo, realmente, tá difícil que venha pro Brasil. Essa editora não trabalha com retail, mas tô insistindo bastante pra que algo aconteça relacionado a isso. O que existe no momento é esse frete amigável, que inclui todos os impostos que possam surgir na importação. Conversando com o Marc (dono da editora), chegamos no melhor cenário possível, que seria fazer esse apoio no KS > https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/fd8ba_1thh9x.png
    e mandar pra um mesmo endereço, ou seja, a melhor estratégia pra pagar o mínimo possível, seria juntar 10 pessoas, fazer 5 compras nesse pledge (5 duplas) e mandar tudo pro mesmo endereço, desse jeito cada cópia sairia por 100$ com tudo incluso (taxas, frete, imposto etc). Continua caro pra caralho, eu mesmo, não sei se apoiaria se não fosse o meu jogo hahaha mas é isso, negócio vem da Suiça e tem uma porrada de componente de madeira, infelizmente, foi o melhor cenário que cheguei. 
    Acabei criando um grupo no zap pra facilitar essa possibilidade, das pessoas se juntarem, então quem quiser embarcar é esse o link > https://chat.whatsapp.com/LbaptS3ZuqR85V1iMXCnDW

    Adoraria dizer que um dia ele vem pro Brasil, mas cada vez menos acredito nisso. Então, é um momento muito feliz e muito triste ao mesmo tempo. Esse foi meu segundo jogo assinado, mas vai acabar sendo o primeiro publicado devido aos atrasos do primeiro, e queria muito que chegasse por aqui, mas é isso.
    No mais, muito grato pelo apoio de vocês e tamo aí quando precisarem de algo. 

    Grande abraço

    7
  • Linauro
    346 mensagens MD
    avatar
    Linauro26/05/25 13:54
    Linauro » 26/05/25 13:54

    Análise maravilhosa, Lucas!

    Grato pelas referências!

    Também estou no time dos que torcem pelo sucesso do jogo. 

    Que um dia chegue por aqui, com uma versão nacional.

    Além disso, que venham sempre mais jogos sobre a nossa cultura caatingueira, nordestina, brasileira, latina.

    Sempre que quiser postar análises tão boas como essa, meu canal está à disposição.

    Abraços da Bahia.

    4
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