Sou suspeito para opinar, quando fizemos a impressão coletiva desse jogo, trabalhamos durante meses nas cartas – vi de perto cada detalhe da versão Black Box e, por consequência, da edição ilustrada. Me apaixonei pelo conceito, mas ainda não conhecia sua jogabilidade... e era exatamente isso: uns amavam, outros odiavam.
Até que minha cópia chegou e finalmente a coloquei em jogo na mesa.
Foi quando passei a amar o jogo 10% mais – e isso já diz muito pra minha opinião alheia de - Odiar ou Amar - um jogo.
Sua flexibilidade me conquista, as várias expansões permitem adaptar um certo equilíbrio ao estilo do grupo. Dá para deixar a partida mais caótica, mais "sanguinária", mais estratégica, mais lenta... Ou tudo isso numa só sessão!
Tenho experimentado substituir cartas entre as expansões em partidas. Até agora, consegui dosar experiências entre 1h e 2h30 de jogo – sempre com mesas animadas e estratégias imprevisíveis. ( Sim, a estratégia psicológica de finalizar uma catacumba a qualquer momento, corroí os jogadores por dentro).
Para alguém que foge de jogos dependentes de sorte (como eu), Glory to Rome é um acerto no coração. Pode ser uma guerra épica pela reconstrução de Roma ou um confronto hilário por latrinas e banquetes – tudo depende da energia do grupo.
Isso só reforça uma conclusão que venho notando há tempos - nenhum jogo é "ruim" ou "bom" por si só. Tudo se decide na mesa – seja na risada, na traição entre aliados, ou no grito de "Glória a Roma!" que ecoa na vitória.