Rimor::
Olha o Iuri aew minha gente! Obrigado pelos elogios ao texto.
Esses 2 relatos são a mais pura verdade. As vezes colocamos uma energia adicional nessa etapa de primeiro contato/convencimento e aí o jogo passa a ser "pra gente" mesmo quando vc na.verdade não faria a aquisição.
Acredito ser um efeito parecido com o público de um stand up que tá muuuuito afim de rir. Aí entre piadas boas, medianas e ruins, já se convenceu de que tudo que está no show é engraçado.
Pode usar a ideia do texto de forma exata ou derivativa, fique totalmente a vontade 
Ps: Se falar blackout Hong Kong 3 vezes na frente do espalho, o RaphaelGuri aparece ou pelo menos manda uma mensagem hahahaha
Caro
Rimor
Rapaz, em relação à sua resposta, especialmente em relação ao outro Raphael, eu só posso dizer: perfeito, simplesmente perfeito!!!!



No mais, só agora percebi que eu fiquei tão empolgado com a sua explanação sobre falhas de comunicação e em dar o meu relato, que não vi que acabei não respondendo os seus questionamentos. Sendo assim aqui vão meus dois centavos:
1.Que outro jogo te enganou pela arte da caixa, mesmo sabendo da premissa de não julgar o livro pela capa?
Nesse caso, quatro jogos me enganaram nesse sentido de "quem vê cara não vê coração". O primeiro foi o Caylus, que eu conheci logo que entrei para o hobby. A caixa original é um horror, mas o jogo é muito bom. E eu digo isso apesar de ter um certo ranço com o jogo, porque minha primeira partida com toda a minha ingenuidade e inexperiência foi um desastre. Fiquei umas três horas ao redor da mesa sem conseguir fazer praticamente nada, porque uma rodada faltava dinheiro, mas sobravam ações e na seguinte sobravam ações, mas faltava dinheiro. Também não é para menos, porque os "pilantras" que me ensinaram e jogaram comigo não aliviaram em nada e fizeram uma marcação cerrada, para zagueiro do Grêmio nenhum botar defeito. O segundo jogo foi Hansa Teutonica que é outro jogaço, mas aquela caixa eu acho um horror. O terceiro ainda nesse sentido foi o Barenpark, que eu acho um jogo excelente, no melhor estilo Tetris, mas cuja caixa me passa uma imagem meio infantil, que não condiz com o jogo. O quatro jogo, no extremo oposto, foi o já mencionado por mim anteriormente Shadows Amsterdã, que eu achei a caixa muito legal, achei a permissa muito legal, mas o jogo bem decepcionante.
2.Qual jogo surpreendeu por não ter as mecânicas que você esperava? Você foi pelo caminho da decepção ou adaptação a proposta?
Um jogo que eu tive essa sensação de que venderam uma coisa e me entregaram outra foi com o Scythe, que também já foi citado. Não sei se eu fiquei com uma certa nostalgia do lendário Battletech, que joguei na juventude e fui com a expectativa de um jogo de batalhas entre mechas, e quando vi era um jogo muito bom, muito estratégico, mas que o combate é apenas um detalhe periférico, que pode nem ocorrer. Então na verdade a culpa n!ao ;e do jogo de modo algum, mas sim da minha expectativa equivocada.
3.Qual jogo você considera próximo da perfeição (ou quase) em resolver tematicamente suas ações e mecânicas, como um casamento perfeito?
Nesse aspecto eu gostaria de citar o Mansions of Madness e o Betrayal at House on the Hill, porque ambos são dungeon crawlers, em que realmente se tem a sensação de se explorar o local. Isso é uma decorrência daquele esquema de só revelar os cômodos da casa aos poucos. Outros jogos dungeon crawlers pecam justamente por colocar no tabuleiro todo o labirinto. que se precisa explorar, que meio que corta todo o suspense e o medo do inexplorado. Fora esses eu cito dois jogos de alocação de trabalhadores que acho muito bem trabalhados no tema. Exemplos disso o Agrícola, que todo mundo meio que critica por ser muito punitivo, mas que reflete fielmente a dificuldade de se viver do campo na Europa séculos atrás e o Village que eu acho que vai nessa mesma pegada, mas ao invés de retratar a vida na fazenda, mostra com se vivia nas pequenas vilas. NO mesmo sentido também vale a pena citar o Food Chain Magnate que realmente coloca o jogador na pele de um CEO de uma cadeia de lanchonetes fast food. Fora esses eu acho que vale a pena citar também os jogos 18xx, onde a crítica é justamente tornar o jogo tão perto da realidade da administração de uma empresa ferroviária do século XIX, que se parece estar trabalhando ao invés de se divertindo.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio