A comunidade é muito grande, então certamente é muito mais complicado que isso. Não gostar de alta interação não faz sentido, primeiro que jogos festivos são o que mais se vende no Brasil. Você poderia dizer que a nossa comunidade de euros, especificamente, gosta menos de jogos com mais interação, mas isso já é padrão para euros e Tigris e Euphrates é um euro normal (e de respeito), sem tanta interação assim. Também muito difícil dizer que o povo "não gosta de leilão", tanto que Power Grid é o único jogo grande do Friedemann Friese que fez sucesso no Brasil enquanto Futuropia (que é ótimo mas não tem leilão) foi um fracasso de vendas. Tikal, El Grande e Isle of Skye são jogos com bastante popularidade no Brasil e todos têm mecânica de leilão.
Dito isso, como falei, os jogos do Knizia que flopam nem precisam de leilão, como o próprio Tigis e Euphrates, Blue Lagoon, etc. Zoo Vadis mesmo não tem leilão, só alta interação social, mas Cascadero é um euro bem padrão. Paralelamente a isso, temos o efeito contrário com os jogos da empresa dele que são lançados e vendidos um atrás do outro como jogos "micro" pela Paper Games, que parece conseguir usar o nome dele sem problema algum. O Knizia é bom em fazer jogos com regras fáceis de internalizar, mas com profundidade interessante, mesmo nos menores jogos (como Kariba, etc). Me parece uma convergência de fatores diversos que se juntaram do jeito errado na hora errada por uma série de desventuras. Com tanto outro euro padrão clássico """feio""" que vendeu bem, outros leilões e outros jogos de alta interação (inclusive euros, como Troyes) por aí, mais a qualidade dos jogos do Knizia, fica mais e mais difícil de justificar por que tantos jogos bons seriam mal sucedidos num país do nosso tamanho, onde o hobby só cresce. Galera precisa jogar MAIS Knizia, isso sim.