RaphaelGuri::CJ85::RaphaelGuri::
Assim como existe músico que consome instrumentos caríssimos, teria público que consumiria wargames e não é o intelecto ou perfil geral da nação que evita isso.
Mas tem publico que consome esses wargames. E eles fazem o mesmo que os músicos que você citou. Importam.
Tem doido pra tudo! Hahaha Zuera.
Pelo menos aqui em SP, tem lojas especializadas em instrumentos que trazem esses produtos. Já não é nada comum ver loja de jogo de tabuleiro vender wargames.
O que acontece é que não deve ser um público grande o suficiente de wargames para mover o mercado. Que tem gente, isso é certeza (como conheço gente que assistiria Krisium e Circuladô). Se tivesse público que compensasse editora já teria trazido. Elas não são boazinhas e fazem o que fazem por amor ao próximo, são empresas capitalistas. O que não deve é valer o investimento.
Além disso, esse público que consone, como dito antes, não está por aqui como um tabuleirista médio. É um nicho do nicho, se não veríamos uma movimentação maior pedindo a localização destes jogos - e não vemos.
Falando da realidade aqui em Florianópolis, existe pelo menos uma loja e um local de jogos de wargames, mas como comentei, eles não jogam jogos de guerra com contadores e/ou blocos, cubos etc e sim miniaturas de warhammer ou algo muito parecido com isso.
E parecem se divertir pintando, produzindo terrenos e jogando sessoes entre 1h a 2h.
Por fim, acredito que não exista um cenário popular dos wargames mesmo fora daqui. Por exemplo, jogos como
Twilight Struggle e
Friedrich possuem competições regulares desde o início do século e ainda assim são as mesmas e um pequeno grupo de pessoas que disputa e viabiliza essas comunidades.
Isso pode não dar uma resposta sobre o porquê de um
Terra Mystica ser publicado no Brasil e um
Paths of Glory não, mas para mim um palpite pode estar na natureza mais elegante de regras dos eurogames e menos em uma suposta robustez ou desconexão temática dos jogos de guerra.