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  1. Fórum
  2. Geral
  3. Por que jogos de guerra não vem para o Brasil?

Por que jogos de guerra não vem para o Brasil?

  • rafapaz
    505 mensagens MD
    avatar
    rafapaz03/01/25 14:28
    rafapaz » 03/01/25 14:28

    Acho que não vende aqui por causa da combinação de 3 elementos:
    1 - demorados
    2 - feios
    3 - complicados demais

    A maioria desses wargames que não vieram para o Brasil são absurdamente demorados, feios horrorosos de dar dó e cheio de planilha que mais parece trabalho.

    Ter demanda de mercado para jogo que una esses 3 elementos é impossível no Brasil. Veja que precisa combinar os 3. Jogos com um ou dois desses elementos a gente até consegue que venda por aqui, mas os 3 elementos juntos é impossível.

    Por exemplo:
    TI4 é demorado e complicado, mas é bonito.
    SW Rebellion é demorado e complicado, mas é lindo.
    Power Grid é feio e demorado, mas é fácil de regra.
    Race for the Galaxy é feio e complicado, mas é super rápido.

    Combina os 3 elementos num jogo e vc não vende por aqui, rs.

    2
  • ChrisOliveira
    459 mensagens MD
    avatar
    ChrisOliveira03/01/25 14:36
    ChrisOliveira » 03/01/25 14:36

    rafapaz::
    Race for the Galaxy é feio e complicado, mas é super rápido.

    Discordo. "Feio" é questão de gosto, agora "complicado"? Oloco meu. É um jogo simples demais.
    O manual que é péssimo, mas depois que você aprende, nunca mais precisa dele. Fora isso, é uma questão de experiência para dominar o jogo (e não as regras).

    2
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena03/01/25 14:41
    Bruno Marchena » 03/01/25 14:41

    rafapaz::Acho que não vende aqui por causa da combinação de 3 elementos:
    1 - demorados
    2 - feios
    3 - complicados demais

    A maioria desses wargames que não vieram para o Brasil são absurdamente demorados, feios horrorosos de dar dó e cheio de planilha que mais parece trabalho.

    Ter demanda de mercado para jogo que una esses 3 elementos é impossível no Brasil. Veja que precisa combinar os 3. Jogos com um ou dois desses elementos a gente até consegue que venda por aqui, mas os 3 elementos juntos é impossível.

    Por exemplo:
    TI4 é demorado e complicado, mas é bonito.
    SW Rebellion é demorado e complicado, mas é lindo.
    Power Grid é feio e demorado, mas é fácil de regra.
    Race for the Galaxy é feio e complicado, mas é super rápido.

    Combina os 3 elementos num jogo e vc não vende por aqui, rs.

    Acho que você pode estar bem enganado. Tem muito wargame que nem é demorado, nem é feio e nem é complicado. Continuo achando que não vem porque o público tabuleirista do Brasil não liga para esse casamento boardgame-História.

    2
  • dharrebola
    719 mensagens MD
    avatar
    dharrebola03/01/25 15:08
    dharrebola » 03/01/25 15:08

    danipeixoto87::Tópico interessante, bastante discussão legal sobre o tema, mas acho que a galera ta levelando muito o assunto.
    No final é questão cultural. O que entendemos de guerra? Nada.
    Os americanos vivem isso, discutem isso diariamente, literalmente entendem de táticas de guerra e a gente quando vai pro exercito é pra cortar grama e pintar meio fio.
    Wargame fala de uma realidade que não é a nossa, e é por isso que não faz sucesso.

    E se fizéssemos um War Game onde o exército Brasileiro invade a Argentina e pinta todas as guias de Buenos Aires?

    8
  • dharrebola
    719 mensagens MD
    avatar
    dharrebola03/01/25 15:16
    dharrebola » 03/01/25 15:16

    Bruno Marchena::
    heliangelo::Esses dias eu estava pesquisando sobre jogos de guerra por conta de um livro que estou lendo, e então percebi que, por algum motivo, existem muito poucos jogos de guerra por aqui comparado com a quantidade inacreditável de jogos lançados lá fora sobre o tema, principalmente do lado histórico. Jogos de guerra tem uma rica história que você pode traçar até os anos 70, e algumas empresas grandes, como a GMT, só conseguiram emplacar pouquíssimos jogos por aqui (cono Twilight Struggle, imagino eu que por conta da popularidade do jogo no BGG). O que acontece por aqui que faz as empresas não terem motivação de trazer esses jogos para ca? 

    (Por favor, sem post de eles são uma empresa e só publicam o que dá lucro, eu sei disso, eu quero saber porque acham que não daria lucro).


    Eu acho que há uma diversidade enorme de wargames, apesar de no geral muitos serem complexos/pesados em regra, tática, estratégia e tempo de jogo. Mas ainda assim, eu acredito que mesmo se viessem os wargames mais leves ao Brasil (leves em regra, tática, estratégia e tempo), eles não fariam tanto sucesso. Claro que o fato de existirem poucos(as) jogadores(as) interessados(as) em wargames no Brasil é uma resultante de várias variáveis, mas eu acho que a variável principal é a falta de interesse em jogar um jogo como forma de experienciar um contexto/simulação histórica.

    Para muitos desse nicho do nicho, o mais prazeroso é jogar enquanto relaciona a partida com os conhecimentos que já tinham sobre o tema, e depois (ou antes) se debruçar sobre livros, artigos e filmes sobre aquele contexto histórico, tentando compreender quem foi cada personagem, quais foram os fatores políticos, estratégicos, táticos ou tecnológicos do conflito que mais afetaram os resultados daquele momento histórico, daquela batalha e por aí vai. Esse feeling é a fina flor da experiência com wargames e com outros jogos históricos.

    Se analisarmos, por exemplo, as vendas do Guerra do Anel, que é um jogo que mecanicamente se aproxima dos wargames, eu tenho certeza que muita gente comprou por causa da franquia, da temática relacionada às obras de Tolkien. Esse feeling de estar jogando esse jogo de guerra enquanto relaciona o decorrer da partida com os personagens e com os acontecimentos dos livros do Senhor dos Anéis, certamente eleva uma experiência meramente mecânica e estratégica (o que não é pouco) ao seu ápice, porque incrementa fatores de empatia com os personagens, memórias afetivas sobre o enredo etc. Mas se a temática desse mesmo jogo, com as mesmas mecânicas, fosse sobre as batalhas e os resgates em Dunkirk, por exemplo, tenho certeza que meia dúzia de pessoas o consumiria.

    Ainda vou além... Se analisarmos os jogos que nem são wargames, mas que trazem pelo menos alguma bagagem mais histórica, podemos ver que até eles são pouco vendidos, comentados em textos, videos etc. Mesmo os mais leves e nada complicados, como citaram aqui o Watergate, que é tão leve que se soprar ele voa.

    A GMT, por exemplo, tem criado jogos históricos que ela chama de Luchtime Games, que são bem leves e dá pra jogar rapidinho, em meia hora. É o caso do Red Flag Over Paris, jogo bem bonito (em vários aspectos) e interessante sobre o qual fiz esse texto aqui. Tem também a série ICS (Irregular Conflicts Series), que é uma "simplificação" do sistema COIN (Counterinsurgencies series), que tem feito sucesso através dos jogos A Gest of Robin Hood ou Vijayanagara. São jogos interessantes como experiências intrudutória que podem instigar pessoas a depois encararem um COIN mais leve como Cuba Libre, Andean Abyss ou Fire in the Lake, por exemplo.

    A Gest of Robin Hood, por exemplo, tenta pôr um pé no mito/fantasia e deixar o outro pé na história, e aproveita-se da lenda(?) do Robin Hood para trazer diversas referências históricas e das ciências políticas nos títulos e temas de suas cartas (como a carta Weapons of the Weak, que faz referência a um livro do James Scott). Mesmo tentando dar um ar de jogo semi-histórico e semi-fantasioso, com um manual de "meia página", acredito que ele não faria nenhum sucesso no Brasil. Ele está inclusive em versão teste no Boardgame Arena. Vijayanagara então, jogo que acho muito mais interessante que o Gest of Robin Hood, se souberem que é na Índia do século XIII, sairiam correndo.

    Se o público brasileiro foge dos temas históricos, até quando o jogo é leve, com poucas regras e rápido, ou até quando é misturado com a lenda de um arqueiro que vive na floresta com um bando de guerreiros que saqueiam os ricos para dar aos pobres, como esperar que joguem Crusade and Revolution, Empire of the Sun, Here I Stand, Hannibal and Hamilcar ou um COIN com um tema histórico mais distante do gosto do nosso público tabuleirista, como Gandhi ou Colonial Twilight? De fato, como disseram, elfos e anões fazem mais sucesso!

    Então, reforçando a minha tese, acho que a falta de público tabuleirista com interesse na História é muito mais determinante para a falta de wargames no Brasil do que devido ao peso de regras, de tamanho de manual ou tempo de duração de jogo, pois há sim opções de jogos mais leves. Inclusive, reforçar esse desinteresse pela História, pelas ciências humanas em geral, têm sido uma tendência em nossa educação, apoiada por um lobby político e econômico fortíssimo e nefasto que, infelizmente, só tende a crescer.

    É isso... o buraco é muito mais embaixo!

    Abraços!

     




    Onde consigo esse Red Flag? Parece ótimo!

    0
  • caioarrais
    50 mensagens MD
    avatar
    caioarrais03/01/25 15:33
    caioarrais » 03/01/25 15:33

    danipeixoto87::O dia que fizerem um simulador de futebol tipo FM em tabuleiro, pode ter a certeza que vai vender horrores.

    Aí também não condiz com a realidade do mercado brasileiro. Eleven: Um Jogo de Gerenciamento de Futebol veio a uns poucos anos e encalhou, tendo visto várias promoções ano passado. E é um jogo pique Football Manager. Não creio que vendeu como se espera vender dentro do "país do futebol".

    2
  • iuribuscacio
    3163 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio03/01/25 15:41
    iuribuscacio » 03/01/25 15:41

    dharrebola::Invoco o senhor iuribuscacio em modo de ataque.

    Tá faltando ele nesse tópico.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/da9bc_8nxwk9.jpeg

    Caro heliangelo e Davi Henrique (dharrebola)

    Inicialmente eu pensei em não comentar, justamente porque eu tenho um artigo prestes "a sair do prelo", tratando justamente da relação wargames e mercado nacional de jogos, então eu não queria dar nenhum spoiler. Além disso, os companheiros Gabriel (GabrielAlmeida) e Raphael (RaphaelGuri) já falara muito mais e melhor, do que aquilo que eu conseguiria expor. Aliás só faltou "um Miguel" para completar a trindade.

    No entanto, sem antecipar muita coisa, e atendendo a invocação do Davi, eu gostaria de tecer alguns comentários.

    Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que eu não concordo muito, quando aqui se falou do brasileiro em geral, tanto em relação a fatal de leitura, quanto à falta dos temas bélicos serem uma questão cultural. Isso porque quando se fala em termos gerais, a escala é muito grande, e por isso o hobby dos boards games modernos não se aplica, porque ele envolve uma fração tão mínima da população brasileira, que não faz sentido, pelo menos do meu ponto de vista, usar expressões como "o brasileiro em geral". Eu não tenho nenhuma dúvida em afirmar que qualquer um de nós que joga e compra board games regularmente não representa "o brasileiro em geral". A bem da verdade é que nós somos parte de uma minoria privilegiada capaz de gastar 300, 500, 700, reais ou até mais do que isso, em um hobby, algo que está fora de questão para a maioria esmagadora do povo brasileiro. 

    Por isso, apesar de também achar que o brasileiro médio infelizmente lê pouco, e de que o brasileiro médio é um sujeito pacífico para o qual o tema "guerra" não diz muita coisa, acho que esse fatores são muito menos influentes do que se pensa, porque obviamente o público boardgamer não é composto pelo público médio, nem quantitativamente nem economicamente. 
         
    Em segundo lugar, eu acho que antes de tratar da relação entre wargames e o mercado nacional de jogos, é preciso especificar o conceito de "wargame" ao qual se está referindo na questão. Na minha humilde opinião existem basicamente duas formas de encarar o conceito de "wargame", ou seja os "wargames stricto sensu" e os "wargames lato sensu". Só para esclarecer estamos aqui falando apenas sobre jogos de tabuleiro, porque se formos expandir o conceito de wargames, incluindo os jogos de guerra militares, com armamentos, veículos e soldados reais, ou os wargames de treinamento das academias militares prussianas, esse comentário ficaria longo demais.

    Dito isso, do modo como eu vejo, os wargames na definição clássica e tradicional são os "jogos de guerra" com grade hexagonal, para duas pessoas, de altíssima complexidade, partidas durando horas e em alguns casos dias, e que emulam ao máximo um conflito militar, nos moldes dos antigos wargames da Avalon Hill, que tiveram seu auge entre 1975 e 1985. Nesse caso, acho que esses jogos não vem para o Brasil, nem para nenhum outro lugar do mundo, como era antigamente, simplesmente porque eles são um produto muito característicos de uma outra era, quando não havia internet, redes sociais, celular, videogames de última geração, e o ritmo de vida era muito mais lento. Isso permitia a dedicação necessária que um wargame clássico demandava, e a possibilidade de se dedicar horas a uma única partida. Essa não é a realidade de hoje em dia. Isso me leva a crer que os wargames tradicionais não tem nem de longe a mesma relevância e sucesso que já tiveram outrora. Basta pensar há quantos anos um wargame tradicional não é o destaque principal de Essen ou da GenCon. No mesmo sentido, desde a criação do Kenerspiel des Jahres, para jogos mais complexos, nenhum wargame tradicional foi sequer finalista desse tão prestigiado prêmio. Na lista "War" para jogos de guerra do BGG (que incluem qualquer board gamre com esse tema), só aparece um wargame tradicional mais recente, ou seja, de 2010 para cá, na 30ª posição, que é o Holland '44 de 2017 (o D-Day Omaha Beach é de 2009, o Empire of the Sun: The Pacific War 1941-1945 é de 2005 e o Combat Commander Europe é de 2006). 

    Assim sendo, veja que wargames tradicionais ainda são produzidos atualmente, como comprova a própria lista "War" do BGG, mas eles são direcionados especificamente para um público, que apesar de muito fiel, é também muito pequeno e restrito. Tanto que esses wargames tradicionais só aparecem nos prêmios específicos da categoria, com o Golden Geek Best Wargames e o Charles S. Roberts Best Wargames. Aliado a isso, como repetido à exasutão, o nosso mercado nacional de jogos é muito pequeno, com tiragens irrelevantes, mesmo dos board games de maior sucesso. Portanto, se já é difícil para as editoras gringas lançarem wargames tradicionais porque o mercado lá fora, para esse tipo de jogo específico, não é muito grande, para um mercado do tamanho do nosso, lançar wargames tradicionais e totalmente inviável, e n nehuma editora nacional se arriscaria nisso.

    Por outro lado, existem os wargames lato sensu, que são quaisquer jogos que envolvam o tema "guerra", sem as restrição dos wargames tradicionais ëstilo Avalon Hill 1975-1985". Esses jogos chegam ao Brasil constantemente e com bastante sucesso, como é o caso por exemplo do Destemidos e do Memoir "44. Se for expandido o conceito e incluir outros cenários como fantasia e ficção científica, aí o "o céu é o limite", porque há o Twilight Struggle, Guerra do Anel, Batalha dos CInco Exércitos, Kemet, Twilight Imperium,  Clash of Cultures, e por aí vai.

    Por fim, como bem lembrou o Gabriel, não custa lembrar que o board game mais jogado em todo o Brasil é o WAR da Grow, que também é um wargame lato sensu, o que, mesmo consideradas as características específicas do jogo e as condições quando ele foi lançado, eu acho que contradiz essa noção de que brasileiro não curte jogos de guerra. Talvez o brasileiro não curta aquilo que a nossa diminuta comunidade board gamer entenda como "wargame", mas no caso do brasileiro em geral, tão citado em alguns comentários anteriores, a história é bem diferente.

    Por isso na minha opinião, a análise dessa eventual pouca penetração dos wargames no mercado nacional, vai depender muito do conceito de wargame e dos parâmetros aplicados, o que interfere bastante em qualquer tipo de conclusão, a respeito.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 

    P.S. Davi, meu camarada, você perdoe a falta de modéstia, mas espero que, ao menos nesse seu baralho, eu seja o "Dark Magician" do Yugi... :D:D:D   
         
          

    4
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena03/01/25 15:46
    Bruno Marchena » 03/01/25 15:46

    dharrebola::
    Bruno Marchena::
    heliangelo::Esses dias eu estava pesquisando sobre jogos de guerra por conta de um livro que estou lendo, e então percebi que, por algum motivo, existem muito poucos jogos de guerra por aqui comparado com a quantidade inacreditável de jogos lançados lá fora sobre o tema, principalmente do lado histórico. Jogos de guerra tem uma rica história que você pode traçar até os anos 70, e algumas empresas grandes, como a GMT, só conseguiram emplacar pouquíssimos jogos por aqui (cono Twilight Struggle, imagino eu que por conta da popularidade do jogo no BGG). O que acontece por aqui que faz as empresas não terem motivação de trazer esses jogos para ca? 

    (Por favor, sem post de eles são uma empresa e só publicam o que dá lucro, eu sei disso, eu quero saber porque acham que não daria lucro).


    Eu acho que há uma diversidade enorme de wargames, apesar de no geral muitos serem complexos/pesados em regra, tática, estratégia e tempo de jogo. Mas ainda assim, eu acredito que mesmo se viessem os wargames mais leves ao Brasil (leves em regra, tática, estratégia e tempo), eles não fariam tanto sucesso. Claro que o fato de existirem poucos(as) jogadores(as) interessados(as) em wargames no Brasil é uma resultante de várias variáveis, mas eu acho que a variável principal é a falta de interesse em jogar um jogo como forma de experienciar um contexto/simulação histórica.

    Para muitos desse nicho do nicho, o mais prazeroso é jogar enquanto relaciona a partida com os conhecimentos que já tinham sobre o tema, e depois (ou antes) se debruçar sobre livros, artigos e filmes sobre aquele contexto histórico, tentando compreender quem foi cada personagem, quais foram os fatores políticos, estratégicos, táticos ou tecnológicos do conflito que mais afetaram os resultados daquele momento histórico, daquela batalha e por aí vai. Esse feeling é a fina flor da experiência com wargames e com outros jogos históricos.

    Se analisarmos, por exemplo, as vendas do Guerra do Anel, que é um jogo que mecanicamente se aproxima dos wargames, eu tenho certeza que muita gente comprou por causa da franquia, da temática relacionada às obras de Tolkien. Esse feeling de estar jogando esse jogo de guerra enquanto relaciona o decorrer da partida com os personagens e com os acontecimentos dos livros do Senhor dos Anéis, certamente eleva uma experiência meramente mecânica e estratégica (o que não é pouco) ao seu ápice, porque incrementa fatores de empatia com os personagens, memórias afetivas sobre o enredo etc. Mas se a temática desse mesmo jogo, com as mesmas mecânicas, fosse sobre as batalhas e os resgates em Dunkirk, por exemplo, tenho certeza que meia dúzia de pessoas o consumiria.

    Ainda vou além... Se analisarmos os jogos que nem são wargames, mas que trazem pelo menos alguma bagagem mais histórica, podemos ver que até eles são pouco vendidos, comentados em textos, videos etc. Mesmo os mais leves e nada complicados, como citaram aqui o Watergate, que é tão leve que se soprar ele voa.

    A GMT, por exemplo, tem criado jogos históricos que ela chama de Luchtime Games, que são bem leves e dá pra jogar rapidinho, em meia hora. É o caso do Red Flag Over Paris, jogo bem bonito (em vários aspectos) e interessante sobre o qual fiz esse texto aqui. Tem também a série ICS (Irregular Conflicts Series), que é uma "simplificação" do sistema COIN (Counterinsurgencies series), que tem feito sucesso através dos jogos A Gest of Robin Hood ou Vijayanagara. São jogos interessantes como experiências intrudutória que podem instigar pessoas a depois encararem um COIN mais leve como Cuba Libre, Andean Abyss ou Fire in the Lake, por exemplo.

    A Gest of Robin Hood, por exemplo, tenta pôr um pé no mito/fantasia e deixar o outro pé na história, e aproveita-se da lenda(?) do Robin Hood para trazer diversas referências históricas e das ciências políticas nos títulos e temas de suas cartas (como a carta Weapons of the Weak, que faz referência a um livro do James Scott). Mesmo tentando dar um ar de jogo semi-histórico e semi-fantasioso, com um manual de "meia página", acredito que ele não faria nenhum sucesso no Brasil. Ele está inclusive em versão teste no Boardgame Arena. Vijayanagara então, jogo que acho muito mais interessante que o Gest of Robin Hood, se souberem que é na Índia do século XIII, sairiam correndo.

    Se o público brasileiro foge dos temas históricos, até quando o jogo é leve, com poucas regras e rápido, ou até quando é misturado com a lenda de um arqueiro que vive na floresta com um bando de guerreiros que saqueiam os ricos para dar aos pobres, como esperar que joguem Crusade and Revolution, Empire of the Sun, Here I Stand, Hannibal and Hamilcar ou um COIN com um tema histórico mais distante do gosto do nosso público tabuleirista, como Gandhi ou Colonial Twilight? De fato, como disseram, elfos e anões fazem mais sucesso!

    Então, reforçando a minha tese, acho que a falta de público tabuleirista com interesse na História é muito mais determinante para a falta de wargames no Brasil do que devido ao peso de regras, de tamanho de manual ou tempo de duração de jogo, pois há sim opções de jogos mais leves. Inclusive, reforçar esse desinteresse pela História, pelas ciências humanas em geral, têm sido uma tendência em nossa educação, apoiada por um lobby político e econômico fortíssimo e nefasto que, infelizmente, só tende a crescer.

    É isso... o buraco é muito mais embaixo!

    Abraços!

     




    Onde consigo esse Red Flag? Parece ótimo!

    Eu tive que importar pela página da GMT Games mesmo.

    1
  • iuribuscacio
    3163 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio03/01/25 15:50
    iuribuscacio » 03/01/25 15:50

    caioarrais::
    danipeixoto87::O dia que fizerem um simulador de futebol tipo FM em tabuleiro, pode ter a certeza que vai vender horrores.

    Aí também não condiz com a realidade do mercado brasileiro. Eleven: Um Jogo de Gerenciamento de Futebol veio a uns poucos anos e encalhou, tendo visto várias promoções ano passado. E é um jogo pique Football Manager. Não creio que vendeu como se espera vender dentro do "país do futebol".

    Caro caioarrais

    Concordo e digo mais, por esse mesmo parâmetro, do que o brasileiro curte, o "Roda de Samba" deveria estar sendo anunciado no intervalo do Jornal Nacional, e o "Carnavalesco" deveria ter vendido, e ainda estar vendendo, mais que o Dixit. :):):)

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio   

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  • iuribuscacio
    3163 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio03/01/25 15:55
    iuribuscacio » 03/01/25 15:55

    dharrebola::
    danipeixoto87::Tópico interessante, bastante discussão legal sobre o tema, mas acho que a galera ta levelando muito o assunto.
    No final é questão cultural. O que entendemos de guerra? Nada.
    Os americanos vivem isso, discutem isso diariamente, literalmente entendem de táticas de guerra e a gente quando vai pro exercito é pra cortar grama e pintar meio fio.
    Wargame fala de uma realidade que não é a nossa, e é por isso que não faz sucesso.

    E se fizéssemos um War Game onde o exército Brasileiro invade a Argentina e pinta todas as guias de Buenos Aires?

    Caro Davi Henrique (dharrebola)

    Acho que poderíamos ir adiante e colocar com dois dos objetivos adicionais, regravar todos os tangos em português e em ritmo de samba, e fazermos a Seleção Argentina jogar de camisa verde e calção amarelo.:D:D:D

    Isso sim seriam dois baita objetivos em termos de dificuldade!!!!

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 

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Por que jogos de guerra não vem para o Brasil?
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