Cara, que texto bom! Vou dar minha opinião como jogador de RPG há algumas décadas e que viveu tudo que é ciclo do hobby aqui no país. Espero poder contribuir um pouco com a discussão.
Eu e boa parte dos amigos e colegas com os quais joguei, paramos lentamente de apoiar RPG aqui no país por conta de como as editoras destruíram o conceito de financiamento coletivo. Como dito por outro colega, a empresa por trás desse lançamento está lançando em outra plataforma justamente pelo catarse ter dado um basta na prática predatória de múltiplos FCs. E foi exatamente isso que cansou muita gente que conheço.
Entendo a dificuldade de ter capital inicial e de giro pra comprar licenças e lançar tiragens como uma editora tradicional, mas eu (e muitos dos amigos e colegas) simplesmente cansei de participar de projetos com administração duvidosa e equipes que pouco se importam com a base de clientes. Projetos que sempre atrasam, ficam sem comunicação… Pior ainda é ou ficar sem o produto ou receber um pedaço de lixo no lugar do que foi prometido.
FCs por essas editoras não são encarados como projetos fechados em si, mas sim dinheiro/empréstimo de financiadores pra se sustentar. Esse serviço é de banco ou de apoiadores constantes, como rola no próprio catarse e YouTubr. E fica esse eterno jogo de gato e rato de precisar de mil projetos correndo pra poder sustentar os novos E antigos ainda não entregues. Isso precisa mudar. Mas eu larguei de mão já e, triste por admitir, digo que nem acompanho mais lançamentos e editoras.
Não sei como resolver a situação. Com certeza tem componentes multifatoriais e mesmo estruturais perpetuando essa prática. Mas enquanto os FCs serem encarados dessa forma, continuarei comprando importado ou depois de lançado e validado pela comunidade.