
Shackleton Base: A Journey to the Moon (Fabio Lopiano e Nestore Mangone, 2024)
Num futuro não muito distante (no qual estranhamente a humanidade não sucumbiu ao colapso ambiental) somos empresas instalando e explorando uma base permanente no polo lunar. O tema me agrada e acho que está presente no jogo de forma satisfatória. Não é nada de outro mundo, padrão euro.
O jogo envolve algumas mecânicas que se entrelaçam, alocação de trabalhadores, construção de motor, controle de área entre outras. Ele possui 3 eras, cada uma com 3 etapas. Na primeira etapa do turno você deverá escolher uma das naves que está chegando na base. Elas trazem recursos e trabalhadores (são 3 tipos diferentes). Quanto melhor a nave mais atrás você ficará na ordem da etapa 2, que é a central do jogo. Nela você enviará os seus trabalhadores para fazer diferentes ações, as principais são:
Construir prédio: o tabuleiro principal é dividido em hexágonos. Ao construir um prédio você irá ocupar esses territórios, disputando o controle deles. Além disso, você abrirá espaços no seu tabuleiro pessoal, que, se ocupado por trabalhadores, lhe darão renda e pontos de vitória.
Interagir com corporações: No início do jogo serão sorteadas 3 corporações (entre 7 possíveis). Cada corporação terá uma dinâmica própria e uma pontuação específica. Essas pontuações são muito determinantes no compito geral.
Comprar cartas. Cada corporação terá o seu baralho de cartas. Ao comprá-las você irá construir o seu motor e interagir com essa corporação.
Coletar recursos: enviando um trabalhador para a extremidade de uma das linhas do tabuleiro principal, você irá interagir com todos terrenos destas linhas que tenham pelo menos uma construção. Cada tipo de trabalhador irá interagir de forma diferente. Caso você não tenha estrutura em um setor ativado, o controlador dele ganhará créditos seus.
Enviar um trabalhador para a estação espacial e pegar outro que esteja lá para a sua estação espacial.
Com uma ação livre você poderá reivindicar um dos objetivos das corporações.
Na terceira do turno haverá a disputa pelos trabalhadores que foram enviados para coletar concursos. Quem tiver o controle de mais territórios da linha que ele foi enviado irá recrutá-lo para o seu tabuleiro pessoal.
Eu gostei de Shackleton Base. O fato das suas decisões terem mais de uma consequência é uma característica que eu gosto muito. A construção de motor é boa, mas acho que não consegui aproveitá-la. Também fiquei animado com as corporações, acredito que elas proporcionarão boa rejogabilidade. Também há um poder assimétrico inicial que colabora neste quesito. Não é um jogo que explodiu a minha cabeça, mas fiquei com vontade de me aprofundar nele. Se você gosta de jogos italianos, acredito que você deve conhecer este jogo. Outros jogos que esses autores fizeram, como Autobahn, Merv e Darwin’s Voyage, me agradaram mais.
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