7 jogadores
Belém (Ghost of Creuss)
Givago (Yin Brotherhood)
Luis (Mahact Gene-Sorceres)
Marcos (Letnev Alliance)
Murilo (Embers of Muaat)
Perretto (The Empyrean)
Tchesco (Argent Flight)
Logo de início acertamos que seria uma partida até 12 pontos, usando a variante de abrir todos os objetivos logo no começo (5 de 1pt e 5 de 2pts), mas travados, e que ao usar a carta de Diplomacia, o jogador escolhe um objetivo para destravar. Com as raças sorteadas e os assentos decididos aleatoriamente, seguimos para o jogo propriamente dito. A montagem da galáxia foi ruim para a Aliança Letnev (vermelho), com áreas vazias e planetas não muito bons. Para o lado das Brasas de Muaat (laranja), a situação não era das melhores, com pouca produção. Ao contrário, o local mais rico ficou próximo aos Argênteos (amarelo) e da Irmandade Yin (verde). Para a minha raça, os Empíreos (roxo), não fiquei mal, com algumas áreas de espaço vazio bem ao lado de meu planeta natal, mas, claro, áreas vazias, uma vez exploradas, não realmente ajudam com recursos ou influência, e senti isso em primeira mão: principalmente na influência, comigo figurando na maioria das votações, ainda que, puramente pela ousadia de votar em mim mesmo, acabei como Ministro da Guerra!
Em recursos eu não sofria, pois os planetas que tinha acesso produziam OK, contudo a força maior veio das mercadorias de troca, pois ao meu lado estava os Fantasmas de Creuss (azul), e forgei com eles um Pacto, que quando ele convertia suas commodities em produtos, se estivessem no máximo, tanto eles quanto eu recebia +1 mercadoria. Para manter a máquina funcionando, em 3 das 4 primeiras rodadas, peguei a carta de Comércio; assim, produção é o que não faltou, e sempre tinha uma reserva boa.
Início dos trabalhos:
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Mapa ainda no começo:
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No meu lado esquerdo estavam os Feiticeiros-Gene Mahact (preto), que muito assustaram na explicação das habilidades de cada raça. E o Luis, responsável por conduzi-los, não perdeu tempo em partir para a agressão, após ouvir que sua facção tinha uns bons benefícios ao combater e vencer. Tentou primeiro comigo, mas usei uma carta para escapulir. Tentou de novo, mas numa batalha entre apenas 1 Cruiser (dele) e 1 Destroier (meu), o Destroier deu-se melhor. Insistindo em combates pequenos, e com chance de 50% ou menor de vencer, os Mahacts começaram, cedo, a perder unidades e ganhar inimizades. Eu, com a carta de Comércio, cedi recursos para vários, mas não aos Mahact, que haviam me atacado. Assim, o buraco que os próprios Mahacts cavavam apenas crescia, ao contrário da presença no mapa, que somente reduzia, ao ponto de mesmo a inicialmente enfraquecida facção dos Letnev, que também fora alvo de ataques dos Mahacts (alguns com sucesso para estes), virar os olhos para os Mahact e mudar a maré, tornando-se os agressores.
No outro lado do mapa, os Muaat, apesar de ter 2 Warsuns no mapa já na 2a rodada, não foram belicosos cedo, optando por conquistar alguns planetas, e expandir suas unidades. O mesmo fazia os Yin. Enquanto os Argênteos usaram a rapidez de seus naves para chegar em Mecatol na 2a rodada.
Mecatol ocupada:
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Os Argênteos passaram a colocar uma enorme quantidade de tropas e naves em Mecatol, de forma a assegurar a posição. Virou, assim, uma corrida armamentista, pois os Muaat chegaram ao lado de Mecatol com seus Warsuns e passaram a, igualmente, aumentar sua presença militar ali. O combate por Mecatol era certo, sendo apenas uma questão de quando. Levei também os Empíreos para o lado de Mecatol, quem sabe para dar uma abutre e pegar as sobras.
Muaats movendo-se para Mecatol com os Warsuns, enquanto o resto da galáxia seguia em relativa paz:
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Crescimento militar em Mecatol e nos arredores:
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Os ataques dos Mahacts não pararam, e pior para os Muaats, que viram eles chegando por um portal, para destruir um canhão e ocupar um sistema, mas sem conseguir ocupar o planeta, tendo levado apenas uma tropa (um padrão dos Mahacts foi atacar com uma força razoável de naves, e uma força terrestre patética). Mas foi um ataque importante que custou um objetivo de 3 construções no mapa para os Muaats. Um incômodo, certamente, mas o foco dos Muaats era Mecatol, e na ali atacaram, já com a carta Imperial em mãos, prontinha para pontuar. Foi, sem dúvida, a maior luta que já tivemos no TI4, com uma quantidade ridícula de tropas terrestre envolvidas. Os Muaats venceram, pela força a dupla de Warsuns, a batalha no espaço, mas a luta no planeta, mesmo após os bombardeios do espaço, ficou para o lado dos Argênteos. Assim, os perdedores acabaram sendo os Muaats, que não conseguiram conquistar o planeta, e, assim, a Imperial ficou subutilizada. Ademais, os Warsuns estavam expostos, protegidos de ataques diretos apenas por um Carrier solitário. E eu tinha dois contingentes numerosos ao redor de Mecatol.
Resultado da mãe das batalhas por Mecatol:
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A pontuação estava apertada, mas o Argênteos tinha vantagem pelo controle de Mecatol. Isso refletiu-se, de maneira negativa, nas votações das agendas políticas. Usamos um conjunto diferenciado de agendas, onde o maior votante, independente do lado, adquire vantagens. Os Argênteos ficam mais poderosos com isto, pois têm a habilidade de ter 7 votos a mais, com o contraponto de precisarem votar sempre por primeiro. Assim, a mesa acabava indo contra os votos do Argênteos, e mesmo com esses tentando subornar alguns facções, incluindo um Apoio ao Trono sendo dado aos Mahacts, o resultado, quando efetivamente importava, ia ao contrário dos interesses dos Argênteos.
Ainda assim, com influência total perto dos 30, e liderança em pontos, as demais facções começaram a se preocupar, principalmente pelos Argênteos terem resistido bravamente ao ataque maciço dos Muaats em Mecatol. Com isso, ninguém estava dando mole, e deixando a Imperial chegar nos Argênteos, que tentava comprar tempo para se recuperar das perdas pegando, vezes seguidas, a carta de Diplomacia, pois a Irmandade Yin estava de olho em chegar chutando nos sistemas esvaziados dos Argênteos. Mas havia uma surpresa vindo... e para duas facções.
A primeira foi uma surpresa explosiva: com os Warsuns expostos, o Muaats abandonaram Mecatol e, com o uso do poder do Herói da facção, criaram uma supernova no sistema que Empíreos controlavam, e onde tinham a mais frota próxima de Mecatol. Num único golpe, perdi dois planetas e um monte de unidades, incluindo uma doca. Um desastre!
Uma supernova criada ao lado de Mecatol:
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Só não foi pior porque eu tinha uma Relíquia que me permitia colocar construções, e, com ela, posicionei uma nova doca no sistema ao lado, para continuar produzindo e explorando os arredores. Levei também sorte de ter, do lado direito, uma sólida aliança - ainda que cheia de problemas e "não me toques" - com os Creuss, e, do esquerdo, os Mahacts que eram apenas uma sombra, tendo sido maníacos de começo, e não conseguiam lidar com o custo.
Se uma supernova não foi suficiente para, a coisa logo ficou enlouquecida no mapa. Primeiro os Letnev ofereceram algo perfeitamente razoável aos Mahact: receber um Apoio ao Trono, ou ter seu sistema natal ocupado. Por algum orgulho praticamente inexplicável, os Mahacts não aceitaram a oferta, pagando para ver... e viram os Letnev chegarem com tudo, e tomarem o local. Um golpe basicamente irrecuperável.
Depois, os Fantasmas de Creuss, que eram motivo de piada na mesa, pois sequer tinham usado uma passagem por portal que fosse (o poder da facção envolve isto), decidiram trocar o boné de figurantes pelo de ator principal. Atacaram uma posição muito importante para os Letnev, onde estes tinham uma doca especial, com uma notável capacidade de produção, fruto de uma Relíquia. Atacaram, venceram e produziram ali, colocando um Warsun do lado da casa dos Letnev, e, de quebra, impedindo os Letnev de pontuaram uns objetivos importantes, atrapalhando enormemente no timming das pontuações da facção. Sequer os Creuss ficaram apenas nisto. Num movimento ousado, atacaram o sistema natal dos Argênteos, ocupando alguns planetas, e bloqueando as pontuações de objetivos públicos dos Argênteos. Em dois golpes precisos, mudaram o panorama da partida, pois os Letnev e os Argênteos iriam disparar na frente em pontos.
Notem as unidades azuis (Creuss) em primeiro plano, controlando a doca especial (rosa) e, lá ao longe, os azuis no sistema natal dos amarelos (Argênteos):
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Como tragédia pouca é bobeira, enquanto tinha seu sistema natal ocupado, os Argênteos passaram a conflitar com os Yin, e tentando voltar a ligar suas forças. Os Argênteos repetiram Mecatol, mas com papéis trocados: vencedor no espaço, mas perderam na terra.
Yin e Argênteos em conflito:
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O jogo seguia para seu desfecho, pois, com boa produção e bastante recursos, eu segui fazendo objetivos, incluindo meus 3 secretos, e cheguei a 10 pontos com os Empíreos. Era claro a todos que, sem ocupar meu sistema natal, não havia maneira clara de impedir minha vitória, pois entre os objetivos de 2 pontos, havia 2 que eu faria quase de qualquer maneira. Os primeiros a fazerem algo a respeito foram os Creuss, que vieram com um de seus Warsuns para a briga. Creio que não conseguiria vencer, pois como os Creuss agiram rápido, não tinha tido tempo de reforçar meu sistema natal. Mas os Creuss erraram: ao tomar um dano, optaram por recebê-lo no Warsun, que tem sustentar dano (basicamente tem 2 de vida), mas na minha mão eu tinha a resposta: um Ataque Certeiro (Direct Hit), que detonou o War Sun, e apenas com Fighters, os Creuss acabaram por perder a luta, pois eu tinha um combo de sustentar dano no meu Dreadnought, ganhar recurso, e usar recurso para "curar" o Dreadnought.
Depois do susto, reforcei com tudo que podia meu sistema natal. Mas sabia bem qual era a ameaça: os Muaat tinham 2 Warsuns em distância para atacar meu sistema, pois possuíam a tecnologia que permitiam suas naves passarem por sistemas ocupados. Sabendo que ele viria principalmente com Fighters como escolta dos Warsuns, fiz a tecnologia para melhorar meus Destroiers, de forma a terem uma barragem contra os Fighters muito melhor.
Os Creuss ainda planejavam em como usar seu segundo Warsun contra mim, mas eles não contavam com a vingança dos Letnev. Usando seu herói, ficaram, pelo turno, sem limite de naves, e usaram quase tudo o que tinham num ataque contra os Creuss:
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Os vitoriosos, claro, foram os Letnev, que ainda pontuaram um objetivo secreto de destruir um Warsun.
Assim, sem chance de uma parceria maior, os Muaats atacaram. Enviaram 2 Warsuns, 4 Fighters e 6 Infantarias e 2 Mechas - precisam concentrar a maior parte do espaço de carregamento dos Warsuns em tropas terrestres, pois de nada adiantariam ganhar no espaço e perder na terra, o que já era quase um tema da partida. Só que, com apenas 4 Fighters, meus Destroiers melhorados fizeram a festa, e destruíram todos logo na chegada. Os Warsuns, desprotegidos, causaram estrago, sim, mas foram destruídos sem muita demora.
Warsuns vencidos:
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Isto não marcou o fim das batalhas, pois o Argênteos tentaram retomar o controle total de seu sistema, mas falharam, deixando ainda um planeta nas mãos dos Creuss. Isto matou qualquer chance que os Argênteos ainda tinham de tentar a vitória. Depois disto, apenas os Muaats e os Empíreos estavam ainda jogando, com os demais tendo passado. Eu tinha vários marcadores de Comando, e para não sofrer algum ataque surpresa, faria de tudo para não passar antes dos Muaats, os quais ainda tinham duas surpresas: primeiro, utilizaram uma Relíquia, a qual tínhamos esquecido já, que permitia reativar uma peça de ação. E a peça que os Muaats tinham era a Imperial! Dessa maneira, fizeram um objetivo de 2 pontos, e chegaram a 11 pontos. Mas com a peça 8, mesmo que fizessem outro de 2 pontos na fase de status, a peça que eu tinha era a 6 (Warfare), então os Empíreos chegariam em 12 antes dos Muaats. Porém o Muaats só tinham feito 2 objetivos secretos, e se de algum modo o objetivo secreto que tinham em mãos pontuasse na fase de ação, os Muaats venceriam!
Na queda de braço para passar, os Muaats tiveram que passar antes (além de eu ter mais Comando, tinha ainda a Warfare para usar, e, numa exploração, peguei uma carta que me meu 2 Comandos). Isto marcou a revelação da última surpresa do dia: o objetivo secreto que os Muaats tinham era: Ser o último a passar numa rodada! Que pontua na fase de ação! Bastava eu ter sido ligeiramente relapso, e, vendo que não havia mais como ser atacado efetivamente em meu sistema natal, passar para o fim, já comemorando a vitória, para, de fato, perder!
Situação final do mapa:
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No fim, a pontuação geral foi notavelmente apertada. Os Letnev e os Yian tiveram as chances mais claras de vencer, com turnos que marcariam 4 pontos sendo parados pela mesma facção, os Creuss - além de que, caso os Mahacts tivessem cedido aos Letnev o Suporte ao Trono, teriam vencido pela ordem de turno (no jogo, os Letnev, na última rodada, pegaram a carta 7, mas apenas porque sabiam que não chegariam em 12 pontos, mas chegou nelas a carta 5, assim, poderiam chegar em 12 pontos, neste cenário hipotético, antes de mim, que na última rodada tinha a carta 6). Os Muaats, nas mãos sempre perigosas do Murilo, que é muito esperto no TI, nunca foram considerados para a vitória, mas tivessem tomado Mecatol, teriam chances amplas de vencer ainda na 5a rodada (o jogo, como foi, encerrou na 6a rodada). A pontuação ficou:
Perretto (The Empyrean) - 12
Marcos (Letnev Alliance) - 11
Murilo (Embers of Muaat) - 11
Givago (Yin Brotherhood) - 10
Belém (Ghost of Creuss) - 10
Tchesco (Argent Flight) - 9
Luis (Mahact Gene-Sorceres) - 2
Foi uma partida recheada de ação desde o começo e muitas reviravoltas. As novas agendas foram excelentes, e o método de liberar objetivos e abrir todos logo de início, faz com que a partida seja muito mais estratégica e tensa. Bons aprimoramentos. A partida durou cerca de 9 horas. Iniciamos 11hs a montagem da galáxia, e o jogo propriamente dito, após uma explicação para todos do que cada facção pode fazer, iniciou perto do meia dia; o jogo terminou eram 22hs, com uma parada para almoço. Para encerrar, foi uma partida com feitos que acredito não serão simples de superar em nosso grupo:
- Maior batalha - Muaats x Argênteos (mais de 30 unidades envolvidas);
- Quatro Warsuns destruídos;
- Três Warsuns destruídos pela mesma facção (Empíreos);
- Primeira facção a não pontuar nem um objetivo público: os Mahacts fizeram 2 pontos, sendo 1 de um objetivo secreto e 1 de uma carta de Suporte ao Trono.
A turma:
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