Dreamhaven, estúdio Secret Door, revela Sunderfolk: uma mistura entre D&D e Jackbox
Quando veteranos da Blizzard Entertainment, como Mike Morhaime, Chris Sigaty e Alan Dabiri, deixaram a empresa responsável por sucessos como Warcraft e Starcraft para formar o estúdio Dreamhaven em 2020, eles tinham uma promessa: criar experiências positivas e que conectassem as pessoas, independentemente de suas origens.
Agora, quatro anos depois, a equipe do Dreamhaven finalmente revelou o projeto que estava sendo desenvolvido: Sunderfolk, um jogo co-op de aventura tática inspirado em Dungeons & Dragons e Gloomhaven, mas com uma pegada única que promete revolucionar a experiência de jogar com amigos.
Uma nova abordagem aos jogos de tabuleiro
Chris Sigaty, líder do Secret Door e entusiasta de jogos de tabuleiro, explica que a ideia por trás de Sunderfolk surgiu da vontade de capturar a profundidade dos jogos de mesa, mas sem as barreiras que muitas vezes afastam novos jogadores. “Queríamos criar algo colaborativo, diferente dos jogos competitivos nos quais já trabalhamos, como StarCraft e Hearthstone”, diz Sigaty.
Ele reconhece que muitos jogos de tabuleiro exigem leitura de manuais extensos e um longo tempo de preparação. Em jogos como Gloomhaven ou Frosthaven, os jogadores passam horas montando o tabuleiro e aprendendo regras, em vez de simplesmente jogar. Sunderfolk busca eliminar esses obstáculos, transformando a experiência em algo mais dinâmico e acessível.
Como funciona Sunderfolk?
Em Sunderfolk, até quatro jogadores podem se reunir em torno de uma TV ou monitor, com o jogo rodando em um PC ou console. Cada jogador interage com o jogo através de um aplicativo em seus dispositivos móveis, semelhante à experiência de Jackbox. Isso torna o jogo fácil de aprender e jogar, já que as regras são gerenciadas automaticamente pelo sistema.
Os jogadores escolhem um dos seis heróis antropomórficos disponíveis — como Arcanista, Bardo, Berserker e outros —, cada um com habilidades únicas e estratégias específicas. A progressão do personagem é feita através de decks de cartas personalizáveis, onde cada jogador pode montar seu baralho de habilidades conforme avança na história.
Uma mecânica interessante é a carta do Destino, uma espécie de “dado” que pode alterar a eficácia das habilidades dos jogadores, adicionando um toque de sorte que remete aos testes de rolagem de dados do Dungeons & Dragons. Essa carta pode ser customizada com novos efeitos à medida que os jogadores progridem.
Experiência de mesa na tela
O jogo é tático, com um tabuleiro hexagonal cheio de monstros, tesouros e armadilhas. Embora a ação principal aconteça na tela, o aplicativo móvel oferece interações pessoais, como receber mensagens secretas do mestre do jogo, permitindo tomar decisões que podem (ou não) ser compartilhadas com o grupo. Essas interações dão uma camada extra de role-playing, além de momentos de diversão competitiva — como tentar pegar tesouros antes dos outros jogadores.
A narração e o papel do mestre de jogo ficam por conta da atriz Anjali Bhimani, conhecida por seus papéis em Overwatch e Apex Legends. Ela não só narra os eventos, mas também dá vida aos personagens não-jogáveis, com diferentes entonações para cada animal antropomórfico que compõe o elenco do jogo.
Conectando as pessoas de forma inovadora
O grande diferencial de Sunderfolk está em sua promessa de ser uma alternativa simplificada aos jogos de mesa tradicionais, sem perder a profundidade e diversão colaborativa. O jogo será lançado para Nintendo Switch, PlayStation 5, PC e Xbox Series X em 2025. O aplicativo de suporte será gratuito e permitirá que qualquer pessoa entre rapidamente em uma partida, mesmo remotamente, através de plataformas como Discord ou Zoom.
A ideia do Dreamhaven é que Sunderfolk possa “trazer de volta a noite de jogos” e até atrair aqueles que nunca se aventuraram no mundo dos jogos de tabuleiro. Agora, a pergunta que fica é: será que ele vai conseguir converter os jogadores averse ao formato de longas sessões de jogo? Só o tempo dirá, mas o potencial já é gigantesco.
Vídeos
Embarque no colorido mundo de Arden com o trailer de Sunderfolk! Explore o jogo cooperativo inspirado em board games e RPGs de mesa.
Mike Morhaime, cofundador da Blizzard, compartilha suas expectativas para a Dreamhaven e revela detalhes de seu primeiro jogo, Sunderfolk.
Mas eu quero jogar jogos de tabuleiro justamente pela qualidade de analógicos e por querer um tempo saudável longe de telas e distrações baratas na internet…
Não sei se perdi alguma informação mas qual é a reinvenção?
Estão fazendo um jogo cooperativo online, que pode ser couch co-op ou online co-op, e ao invés de utilizarmos controles ou mouse / teclado, usamos um app do celular para fazer as ações?
A única coisa diferente do que já existe é o uso do celular, e na minha opinião é uma desvantagem ao tratarmos de jogos de tabuleiro. Você no meio da escolha da ação do turno e chega uma mensagem ou ligação, onde fica a imersão?
Alem disso, se eu quiser jogar com amigos de outros locais, cada um terá que comprar a sua cópia, provavelmente.
E os usados? Se não gostarmos do jogo poderemos passar para outros jogadores?
O jogo ser físico, e poder ser vendido a qualquer momento, dá uma sensação de investimento e de não estar perdendo dinheiro caso o jogo se torne obsoleto ou desinteressante.
Não sei vocês mas gosto de sentar no sofá e apreciar a coleção na estante, lembrar dos momentos bons que tive jogando cada um dos jogos. Não sinto a mesma emoção olhando para a biblioteca de jogos da Steam.
Thokmay::Não sei se perdi alguma informação mas qual é a reinvenção?
Estão fazendo um jogo cooperativo online, que pode ser couch co-op ou online co-op, e ao invés de utilizarmos controles ou mouse / teclado, usamos um app do celular para fazer as ações?
A única coisa diferente do que já existe é o uso do celular, e na minha opinião é uma desvantagem ao tratarmos de jogos de tabuleiro. Você no meio da escolha da ação do turno e chega uma mensagem ou ligação, onde fica a imersão?
Alem disso, se eu quiser jogar com amigos de outros locais, cada um terá que comprar a sua cópia, provavelmente.
E os usados? Se não gostarmos do jogo poderemos passar para outros jogadores?
O jogo ser físico, e poder ser vendido a qualquer momento, dá uma sensação de investimento e de não estar perdendo dinheiro caso o jogo se torne obsoleto ou desinteressante.
Não sei vocês mas gosto de sentar no sofá e apreciar a coleção na estante, lembrar dos momentos bons que tive jogando cada um dos jogos. Não sinto a mesma emoção olhando para a biblioteca de jogos da Steam.
Interessante que essa materia sai na mesma semana que a STEAM começa a avisar que os jogos que vc "compra" não são seus, são apenas licenças "temporarias" para o "serviço"....
Diferente dos jogos de tabuleiros que são seus, que se bem cuidados duram dezenas de anos (tenho um WAR 1972 totalmente jogavel até hj)... ja o RIFT de XBOX 360 ja naum da para jogar mais....
Todos os boardgames onlines eu vejo como uma "demo" ou "learn to play" pago... pois o legal do hobby, mesmo com muitas pessoas não concorando ultimamente, é a interação offline, sem estar ligado a consoles ou em locais diferentes... se for para jogar com seu amigo longe tem centenas de jogos online para isso... agora meu motivo para ser fã de boardgame e RPG é exatamente sentar em volta de uma mesa e desconetar do mundo eletronico atual...
Não vejo diferença em um teburu e um jogo de videogame daqueles de colocar peças em uma plataforma para aparecer algo na tela... no meu ver já estamos entrando em outro nicho..... nem boardgame nem videogame... e que a anos tentam e nunca consegue ir para frente...