trprado::Algumas duvidas:
- Não existe o papel/papelão usado com tratamento anti mofo de fabrica?
- Se existe, ficaria tão mais caro para eles usarem a ponto de preferirem entrar nessa briga de manchar o próprio nome?
- Será que o número de reclamações não vale nem a pena ouvir as exigências do publico por uma maior margem de lucro?
- Também, o número de devoluções sobre mofo é considerado ínfima que eles nunca falam ou emitem notas de desculpas com uma solução?
DaniloVenancio::
Se o problema fosse no local da produção, então o mofo deveria acontecer em jogos distribuídos para outras editoras/países certo?
Mas por "coincidência", esse problema só acontece com a Galápagos!
Logo, é provável que o problema esteja relacionado a própria Editora, e não no local de fabricação.
GabrielAlmeida::
Isso já foi discutido em muitos tópicos, muitas vezes. Eu não disse que a culpa não é da editora, até porque é. O que eu disse é que dificilmente será mudado algo no processo de fabricação das cópias da Galápagos, pois a produção é padronizada, mudando apenas os aspectos linguísticos. O que se supõe é que o problema da editora no Brasil é o local de armazenagem dos jogos, que é numa região litorânea muito úmida.
TVictorio::
Não aceita a troca mas continua vendendo? Devolve e compra de novo. Vão se negar de vender também? É uma queda de braços, se for um comportamento coletivo uma hora a Galápagos toma vergonha.
Caros
trprado,
DaniloVenancio,
GabrielAlmeida,
TVictorio e
LrzPlays
Mesmo correndo o risco de pisar em alguns calos, eu acho que o problema não são os jogos da nossa editora líder de mercado virem mofados de fábrica. O problema é que muito se fala a respeito disso, mas pouco se faz em relação a esse problema. Isso porque nas condições atuais do mercado nacional de jogos, há pouco que se possa fazer, a não ser ao menos reclamar, e deixar registrada a nossa indignação.
Antes até dava para culpar o fato de haverem poucos lançamentos, então não tinha escapatória. Se o jogo comprado viesse mofado ou com erros grosseiros, a escolha era ficar com o produto do jeito que viesse, ou desistir dele sabendo que haviam poucas alternativas, e que importar era proibitivamente caro, complicado e arriscado. Mas hoje em dia, opção de jogo é o que não falta, mas mesmo assim a comunidade boardgamer continua com um modus operandi de viciados, porque ela só quer aquele jogo recém-lançado e nenhum outro e capaz de satisfazer a volúpia lúdica das pessoas. Isso pelo menos até o próximo lançamento.
Quando se diz : "ah, eu vou devolver um jogo atrás do outro, até encontrar um que não esteja mofado", isso para mim não faz sentido, porque normalmente toda a tiragem é estocada em um mesmo local (só ainda não sei se é em algum porão em Manaus ou em alguma adega em Bombaim!!!!). Portanto, há uma grande possibilidade de que todos os jogos venham mofados, talvez diferenciando apenas no grau de comprometimento do produto em termos de mofo. Do mesmo modo, também acho que não adianta muito o raciocínio, vou destacar todos os componentes e devolver assim, porque aí eles não podem revender o jogo como se fosse novo. Se as pessoas aceitam o jogo mofado, certamente elas não verão problema algum em comprar o jogo com as peças já destacadas em saquinhos do tipo zip-lock, e talvez até prefiram, porque não terão o trabalho de destacar.
De todo o modo, e seja porque razão for, a verdade é que a malfada editora não está nem aí para a qualidade dos produtos ou para a sua reputação, porque se ela lançar um jogo literalmente sujo de merd*, é capaz das pessoas receberem, limparem e ainda ficarem felizes, porque agora possuem uma cópia do jogo tão fundamental para a felicidade pessoal do sujeito, e em português. Esse é o nível do conformismo de grande parte da comunidade boardgamer.
Por tudo isso, enquanto a comunidade continuar a se comportar assim, de forma tão viciada e tão conformada, não tem jeito, a editora não vai mudar e continuará a lançar jogos mofados, com erros grosseiros, mal traduzidos, ou seja lá do jeito que for, porque literalmente nada disso impacta nas vendas do jogo de forma expressiva, que é a única linguagem que as editoras entendem, e a única coisa que as preocupa.
Perdão pela franqueza, e pelos termos duros, mas é assim que eu penso.
Iuri Buscácio