Gostei muito da análise. Vou me permitir alguns comentários sobre as referências.
Os dois livros usados como referência neste texto são excelentes. Principalmente o Realismo Capitalista do Fisher. Leitura fácil, atual e que conecta com qualquer público. Além de uma frase absurdamente impactante: "É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo". Lembro-me de uma palestra do Zizek, em que aborda o livro de Fisher, ele apresenta uma imagem de duas mulheres no meio de uma tempestade, com água até os joelhos, incapazes de largar a bolsa da loja Gucci para se salvarem. A imagem é um soco!
Tão bom quanto é o Direito a Preguiça do Lafargue, mas a leitura é um pouco cansativa mesmo os textos sendo curtos - mesmo assim você consegue trazer aos tempos atuais, pois a essência da crítica permanece (aliás, na minha perspectiva, se acentuou). Para quem quer uma abordagem mais atual sobre a temática da apropriação do nosso ócio pelo capitalismo, os livros do Byung-Chul Han (Sociedade do Cansaço, Psicopolítica, Agonia do Eros e Sociedade da Transparência) são boas pedidas - não precisa ler todos, escolha um e só vai - até porque ele é bem repetitivo.
Um abraço!