Guy de Lombard ::Antonio Ernande:::Caso interessante ao Direito, mas à jogatina, não há dúvidas, LIBERDADE AOS MEEPLES!!! #freedom! rsrsrs
Mas uma opinião pessoal, acho que o termo "meeple" deve ser protegido sim, em termos comerciais em títulos e marcas, afinal, foi a produção intelectual de alguém, mas como formato de peças ou recurso linguístico pra se referir à peças de jogos, ao seu formato, sem uma intenção comercial direta, acho que não deve ter a mesma proteção e todos podem usar, pois já integra o idioma da jogatina.
Mas, pelo que eu entendi da matéria, o termo meeple não é produção intelectual deles, mas sim propriedade intelectual, já que ele foi cunhado por outra pessoa, em outro contexto, sem qualquer ligação com a empresa. Esta apenas se apropriou da palavra quando fez o registro da forma do meeple de Carcassone. Me soa meio parecido com a tentativa do Japão de registrar "cupuaçu" faz uns anos
Antonio Ernande::
A história é que a moça que criou o termo faz em referência direta ao carcassonne, jogando ele, e a empresa conseguiu o registro justamente pq provou que o termo foi usado para designar a sua peça do jogo, o "meeple original"... então não foi em outro contexto, pelo contrário, teve toda a relação, não me parece igual ao caso do japão x cupuaçu... mas, de fato, a criação não foi de alguém da empresa ou o designer do jogo, não teve uma ligação "profissional" como a empresa, mas a referência foi o "bonequinho" do jogo.
Agora, isso não tem mais importância né, pq o registro já foi feito e o uso comercial é deles, não há dúvida nisso, nem de que meeple nasceu com o bonequinho deles rsrs
Caros
Guy de Lombard e
Antonio Ernande
Sinceramente eu acho isso uma palhaçada. Mesmo que a jornalista tivesse criado o termo se referindo à peça do Carcassonne, foi ela que cunhou o termo, e não alguém da editora alemã, então no mínimo, a Hans Im Glueck está se apropriando da criação de outra pessoa. Além disso, é bom lembrar que a Hans Im Glueck possui o registro da marca apenas para UE, e não para o resto do mundo. Por isso, se eu estivesse no lugar dos americanos, eu registraria o nome Meeple e o formato da peça nos EUA, e proibiria a Hans Im Gluek de utilizar tanto um quanto o outro, enquanto a empresa não assinasse um compromisso de liberar tanto a marca quanto o formato da peça para a humanidade. Nesse caso, ou os alemães paravam com esse absurdo, ou perderiam o mercado norte-americano, que é coisa para caramba.
Já imaginou se a Hasbro, que é dona da Milton Bradley Company, resolvesse registrar a palavra "game" para jogos de tabuleiro, porque o próprio Milton Bradley em pessoa criou o Checkered Gamer of Life em 1860?!?! Nem adiantaria argumentar que game é um termo genérico, utilizado amplamente pela indústria, porque esse é exatamente o mesmo caso de meeple, mas isso não impediu que a Hans Im Glueck conseguisse registrar a marca.
Não duvido nada que daqui a pouco a Hans Im Glueck vai estar cobrando pelo uso do termo e do formato da peça, e se isso acontecer tomara que criem outro formato e chamem por outro nome, o mais rapidamente possível. Só fico imaginando qual vai ser a próxima coisa que essas editoras de board games vão inventar de registar...
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio