MatheusAleM::Se não me engano, aguém da própria Fantasy Flight (ou que era da Fantasy Flight) disse por aí na internet que os dados prejudicaram sim o jogo, mas não por causa da jogabilidade, e sim porque a logística de juntar os dados com as cartas durante a produção foi complicada. Os dados eram feitos em um lugar, as cartas em outro, e se um atrasava, o cronograma do produto todo atrasava, o que aumentava os custos pra FF e a frustração dos jogadores. Tudo isso piorou com a pandemia, quando as coleções atrasaram ainda mais, até que o modelo ficou insustentável.
Essa mesma pessoa (se não me engano #2) também comentou que eles tinham vários planos sobre as próximas coleções, inclusive um novo grupo de cartas verdes que sairia na próxima temporada e seria de criaturas não senscientes, com novas mecânicas.
Se tudo isso é verdade, então parece que o jogo morreu pelo menos parcialmente por causa dos dados sim, mas não porque não foram bem recebidos em jogo, e sim porque ficou caro pra empresa produzir.
Depois que o jogo flopou eu peguei várias caixas em promoção (+- 75 reais cada booster box), personalizei os tokens e me divirto bastante jogando casualmente com a galera. Dos 4 card games que já joguei com uma certa frequência (Magic, Keyforge, Destiny e Horus Heresy), é o que eu prefiro. Quanto ao Unlimited, não gostei daquele lance de dividir o jogo entre espaço e terra e não curti a arte no geral (algumas cartas são muito bonitas, outras parecem HQ infantil), mas espero que sobreviva mais que o antecessor, o que SW passe a fazer parte de Magic, haha!
Caro
MatheusAleM
Rapaz, você tem toda a razão, e quando eu falei em risco de inovar, estava subtendido não apenas o risco das pessoas não aprovarem a novidade, como também a possibilidade de todo mundo gostar e comprar, mas a produção ficar tão problemática, conforme você relatou, que simplesmente deixar de valer a pena, continuar a investir no jogo.
O Magic lançou uma receita de um sucesso fabuloso, que funciona há décadas, e que foi imitada por uma cacetada de outros jogos. Por isso, quando se fala em CCG, dada a quantidade de jogos disponíveis, qualquer jogo novo precisa de algo que o diferencie dos demais. Por isso, até dá para entender essa ideia de incluir dados em um card game. O problema é que essa é uma aposta muito arriscada, porque pode dar muito certo, mas também pode dar muito errado.
No caso do Destiny, o jogo até que deve ter funcionado para Fantasy Flight, que deve ter lucrado um bom dinheiro com ele, só que nada perto do que seria, caso o Destiny fosse um CCG de sucesso, vendendo horrores até hoje, como muitos outros jogos. E, definitivamente, não foi bom para os fãs que encheram a burra da Fantasy Flight de dinheiro e acabaram órfãos do jogo.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
