R DKS:: Eu já ouvi de gente que trabalha na publicação de board que o Brasil ainda não dá lucro; no caso do D&D e do Magic então, que precisam que um número maior de pessoas continue interessado...

Você está querendo dizer que jogos, em sua grande maioria lançamento acima de R$300, não dá lucro? 
As editoras tão fazendo caridade por aqui então? Vendem por paixão, já que mal conseguem se manter?

Dá lucro sim, mas não o lucro/volume de vendas desejado. Por isso a decisão.

clebercastilho::

R DKS:: Eu já ouvi de gente que trabalha na publicação de board que o Brasil ainda não dá lucro; no caso do D&D e do Magic então, que precisam que um número maior de pessoas continue interessado...

Você está querendo dizer que jogos, em sua grande maioria lançamento acima de R$300, não dá lucro? 
As editoras tão fazendo caridade por aqui então? Vendem por paixão, já que mal conseguem se manter?

Dá lucro sim, mas não o lucro/volume de vendas desejado. Por isso a decisão.

É muito fácil se iludir com isso.

Porque seus custos indiretos estão sempre ali esperando por você, e o lucro só vem quando o volume de vendas já com a margem consegue vencer tanto os custos diretos quanto os custos indiretos. É muito fácil ter prejuízo mesmo com um produto que você tem que vender caro.

É bom lembrar que dos R$ 300,00 do valor de venda uma parte considerável é imposto e taxa. Aí tem custo com transporte, armazenamento, folha de pagamento... se não tem volume de vendas, você acaba ficando no prejuízo mesmo, mesmo que tenha conseguido bater os custos diretos de produção e distribuição. É muito fácil passar de R$ 50.000,00 só em gastos que independem de vendas, e, para piorar, existe um teto no estabelecimento do valor de venda do produto. 

Então é fácil ficar no prejuízo mesmo, ou ficar naquela situação tão conhecida para os empresários brasileiros: o negócio se paga, mas não dá lucro (e falo isso por experiência de convivência, pois venho de uma família de contadores e vejo o perrengue que passa o empresário brasileiro para fazer com que o negócio se sustente).

viniciusjf::

Electo::D&D tornou-se famoso como "uma boa porta de entrada para o rpg" pelo simples fato se ser famoso e pela Wizards of the Coast ter muita força internacionalmente, até mesmo pela força do Magic. Há um impacto positivo em expandir o hobbie dessa forma, mas, sinceramente, cada vez mais percebo como existem outros jogos melhores, inclusive nacionais para iniciar no rpg. 
Há sistemas mais simples, sistemas mais baratos, sistemas gratuitos, há cenários mais diversos e que trazem uma representatividade genuína de populações brasileiras. E adivinha só, já são em PT-BR!
Se a WotC está demonstrando o quanto não se importa com a comunidade (vide treta da OGL) e em especial a brasileira (com essa questão da tradução), é hora de valorizarmos o que temos dentro de casa.
Descanse em paz WotC, vida longa ao RPG.

Olá, bom dia.
Poderia indicar alguns?
Obrigado.

Claro, meu caro!
Particularmente, gosto do Dungeon World, um PbtA trazido pela Secular, e muito bom se você curte se envolver na história ao jogar RPG.
Olhando pra grandes nacionais tem Skyfall, Old Dragon e Tormenta20 que acredito serem boas alternativas ao D&D.
O Lampião Game Studio tem vários jogos bem interessantes com propostas variadas.
No Bazar Verde tem publicações diversas e acessíveis de desenvolvedores independentes.
Alguns destes não tive oportunidade de jogar ainda, mas já pude ler e acompanhar streams e opiniões da comunidade.
Tem muitos além destes, um grande terreno a se explorar.

Muito obrigado.

Bem, deixa eu colocar aqui meus dois dedinhos de prosa...

Jogo/mestro RPG desde o início dos anos 90, principalmente D&D (D&D 1e, AD&D 1e e AD&D 2e, D&D 3.5e), mas também joguei Vampiro, GURPS e X-Men... Tivemos traduções fracas da Abril Jovem (porém tinha uma distribuição absurda, comprava-se livro de D&D na banca de jornal ), reclamações quanto a Devir (distribuição péssima, alguns erros básicos, etc), e sempre pouco material em português, com uma dificuldade enorme para conseguir material original, visto que a internet ainda engatinhava e o xerox comandava as ações. Suporte era algo que inexistia.

Em 2007, a vida adulta me requisitou (sair da faculdade, trabalhar, casar e ter filhos) e sai do hobby, num período que os jogos de tabuleiro substituíram esse necessidade, pois RPG necessita de compromisso e muito, mas muito tempo. Não acreditava que iria voltar, pois os jogos de tabuleiro me atendiam, e não tava muito afim de pegar o D&D 3.5e ou D&D 4e (o primeiro achava meio fraco em relação ao AD&D e o segundo só ouvi falar horrores), e não achava que valia a pena aprender um novo sistema.

Em 2022 decidi, depois de ouvir falar muito bem do D&D 5e, que tinha a obrigação moral de ensinar RPG para minhas filhas (que já jogam jogos de tabuleiro) e conversei com um amigo de montarmos uma mesa para introduzi-las no hobby. Fiquei admirado com a nova edição e sua facilidade de ensinar, voltei com força para o hobby, ainda mais que tava (quase) tudo saindo em português. Essa notícia do encerramento (mais um deles) da tradução é uma ducha de água fria para o D&D no Brasil, mas sei que também será temporário, o complicado é o timing (visto que sairá os novos livros de regras ainda esse ano).

Mesmo assim, nesse retorno ao RPG, vi que existem diversos sistemas nacionais e nacionalizados já, para todos os gostos. É só escolher um e ser feliz. Tem o Old Dragon 2e; o Old School Essentials; o Pathfinder; o Skyfall; o Tormenta20; o Traveller (vindo aí); e outros. Além das opções de aventuras que são lançadas usando o sistema D&D 5e (que tem todos os livros de regras atuais em português), por exemplo: Brancaleona; Phantyr; Odisseia dos Dragões; e outros ainda por lançar.

Então, ao contrário do que alguns apregoam, essa saída dá oportunidades (para aqueles que não quiserem seguir com o D&D 5e em inglês) de conhecer esses outros sistemas ou cenários. A Hasbro (detentora dos direitos da WotC) não se importa com ninguém, nunca se importou. Então, o que não faltam são escolhas para aqueles que querem seguir jogando RPG. Escolha a sua e boas jogas!

D&D vai voltar um dia a sair em português, assim como já ocorreu... Você só não precisa ficar sentado esperando, tem muita coisa por aí.

PATCH_BSB::Bem, deixa eu colocar aqui meus dois dedinhos de prosa...

Jogo/mestro RPG desde o início dos anos 90, principalmente D&D (D&D 1e, AD&D 1e e AD&D 2e, D&D 3.5e), mas também joguei Vampiro, GURPS e X-Men... Tivemos traduções fracas da Abril Jovem (porém tinha uma distribuição absurda, comprava-se livro de D&D na banca de jornal ), reclamações quanto a Devir (distribuição péssima, alguns erros básicos, etc), e sempre pouco material em português, com uma dificuldade enorme para conseguir material original, visto que a internet ainda engatinhava e o xerox comandava as ações. Suporte era algo que inexistia.

Em 2007, a vida adulta me requisitou (sair da faculdade, trabalhar, casar e ter filhos) e sai do hobby, num período que os jogos de tabuleiro substituíram esse necessidade, pois RPG necessita de compromisso e muito, mas muito tempo. Não acreditava que iria voltar, pois os jogos de tabuleiro me atendiam, e não tava muito afim de pegar o D&D 3.5e ou D&D 4e (o primeiro achava meio fraco em relação ao AD&D e o segundo só ouvi falar horrores), e não achava que valia a pena aprender um novo sistema.

Em 2022 decidi, depois de ouvir falar muito bem do D&D 5e, que tinha a obrigação moral de ensinar RPG para minhas filhas (que já jogam jogos de tabuleiro) e conversei com um amigo de montarmos uma mesa para introduzi-las no hobby. Fiquei admirado com a nova edição e sua facilidade de ensinar, voltei com força para o hobby, ainda mais que tava (quase) tudo saindo em português. Essa notícia do encerramento (mais um deles) da tradução é uma ducha de água fria para o D&D no Brasil, mas sei que também será temporário, o complicado é o timing (visto que sairá os novos livros de regras ainda esse ano).

Mesmo assim, nesse retorno ao RPG, vi que existem diversos sistemas nacionais e nacionalizados já, para todos os gostos. É só escolher um e ser feliz. Tem o Old Dragon 2e; o Old School Essentials; o Pathfinder; o Skyfall; o Tormenta20; o Traveller (vindo aí); e outros. Além das opções de aventuras que são lançadas usando o sistema D&D 5e (que tem todos os livros de regras atuais em português), por exemplo: Brancaleona; Phantyr; Odisseia dos Dragões; e outros ainda por lançar.

Então, ao contrário do que alguns apregoam, essa saída dá oportunidades (para aqueles que não quiserem seguir com o D&D 5e em inglês) de conhecer esses outros sistemas ou cenários. A Hasbro (detentora dos direitos da WotC) não se importa com ninguém, nunca se importou. Então, o que não faltam são escolhas para aqueles que querem seguir jogando RPG. Escolha a sua e boas jogas!

D&D vai voltar um dia a sair em português, assim como já ocorreu... Você só não precisa ficar sentado esperando, tem muita coisa por aí.

Amigo, esse foi o melhor comentário que eu li nesse tópico inteiro, parabéns e obrigado!