Bom texto, Iuri. Concordo contigo, o jogo parece ser legal e tal, mas não parece ser "inovador" nem "espetacular", é o que me parece... só que isso nem é a questão, ou seja, se ele é bom ou não.
O fato é que o preço da caixa base é absurdo, tendo em vista tokens de papelão, bem como todo o resto não vale o dinheiro que se paga. Nenhum jogo deveria custar isso, muito menos em financiamento coletivo.
Aliás, esse caso exemplifica bem o desvirtuamento do conceito de "financiamento coletivo", que na verdade tem origem na possibilidade de se lançar algo com preços mais justos, com o intuito maior de disponibilizar o produto/serviço. Aqui, o objetivo é outro, é ter o máximo de lucro possível, com a garantia de não ter NENHUM prejuízo quanto ao risco do empreendimento das editoras, já que tem a garantia de receber os valores (absurdos) da maioria das cópias que serão impressas.
Na verdade, com o financiamento coletivo nesses termos abusivos, o empresário passa o risco de seu empreendimento totalmente ao consumidor, já que não terá o risco de lançar um jogo meia boca com valores exagerados e ele flopar, ficando com o prejuízo para ele. Quem tem o risco é o consumidor, que pode pagar 4k num jogo que poderá flopar e não conseguir vender nem pela metade do preço... mas aí já não é problema da editora, né
rsrs
O financiamento coletivo sempre tem que favorecer, de alguma forma, o colaborador, e nesse caso é a entrega de umas minis que não são nada demais... teoricamente, quando o jogo é lançado no mercado após o financiamento, sempre vem mais caro... aí eu me pergunto: qual será o preço depois disso aí? pqp kkkk
Sinceramente, não é desmerecer o designer do jogo e tal, mas é ultrajante mesmo esse preço praticado, e isso não tem nada a ver com o cara que criou o jogo, mas sim pela editora e proprietários dos direitos sobre os livros, série, etc. Acredito que o preço do licenciamento do jogo não seja tão caro assim pra praticamente explorar o consumidor desavisado quanto ao incrível hype que se criou em volta desse jogo.