Jean Lopes::

tuliobarros::: Quando o Fel Barros começou a narrar a história dele no mundo dos assimétricos, eu vi de longe a bola kickando pro ftola falar do COIN. Especialmente porque o Root acabou sendo conhecido como introdução ao COIN.

E eu gostei bastante da provocação do primo sobre o que é mesmo assimetria. No limite você vai construindo assimetria até com a construção de máquinas diferentes, né? Glory to Rome ou seu sucessor Mottainai vão transformando muito o comportamento dos jogadores in game.

No geral, nos grupos que participo, uma assimetria muito grande a ponto de não haver ações comuns para todos os jogadores, não funciona. Fatalmente é sempre o dono do jogo (ou a pessoa mais empolgada em jogá-lo) que lê e explica as regras e, como o Tola falou, é trágico quando a pessoa tem que explicar regras muito diferentes que só funcionam para uma facção/player por vez. Ao ponto que acabo por achar que assimetria é overrated.

No geral eu curto quando tenho a sensação que "aquele poder é roubado demais", sendo que esse sentimento existe para todo mundo que está jogando e comparando o seu poder com o da outra pessoa. Quando todo mundo está com um "poder roubado demais", é a assimetria que eu gosto de ver na mesa.

Já tivemos assimetria: 1) nas condições de vitória; 2) nos poderes especiais dos jogadores; 3) nas condições iniciais de cada jogador; 4) no conjunto de ações cada jogador pode fazer. Qual seria o próximo passo? Jogar diferente do coleguinha, para mim, é mais uma curiosidade do que uma condição de divertimento. A pior assimetria certamente é a de divertimento, que é o maior risco. Talvez o próximo passo dependa muito mais de "para quem é o jogo". Se os jogadores topam jogar jogos diferentes em tempos diferentes e, no final das jogadas, veem quem venceu e ficam felizes com isso, ótimo para eles. Eu prefiro navegar nos pontos 1 a 3 que listei.

Grande Tulio! Obrigado mais uma vez pelo feedback. Confesso que não sabia o que era COIN antes do episódio, mas o Tola já despertou a vontade de conhecer(quem sabe na Covil Con hehe). 

Eu tbm gosto muito da assimetria que se é construída ao longo da partida, tanto que GtR é um dos melhores jogos para mim. Mas ao mesmo tempo também sou fã da assimetria do seu ponto 4. Apesar de achar a mais desafiadora e complicado de se jogar e apresentar. 

Grande abraço!!!

Toparia muito jogá-lo novamente com um grupo mais engajado.
Recomendo a versão de 2019, que é bem bonita e tem as regras originais, mas infelizmente não tenho mais minha cópia

Eu joguei esse Duna de 1979 e a impressão que ficou é que precisa dos 6 para brilhar.

O que aconteceu entre a versão da GF9 e a mais recente? A recepção foi bem mais morna.

De todo modo, jogaria de novo também.

No mais, obrigado pelos comentários, estou bem feliz com o resultado também!

Um dos melhores episódios dessa "nova temporada"

Assimetria é um tema muito interessante e, talvez, muito interpretativo, coisa que nunca havia pensado antes desse podcast...sempre pensei nela como a assimetria do Root ou do Terra Mystica, mas faz sentido pensar nela de uma forma mais crua, em que todos começam iguais e vão se diferenciando ao longo da partida.

Eu gosto muito de conhecer jogos com assimetria inicial alta, tal como Root e Hegemony, mas tendo a concordar com o Tola que esse nível de assimetria pode ser complexa (e trabalhosa) demais, às vezes, exigindo mais do que os jogadores estão dispostos a aprender/jogar.

Pensando nisso, acho que uma da assimetrias que mais gostei até hoje é a do Excelente Chaos in the Old World, que, grosso modo, todo personagem joga igual, mas cada um tem uma forma mais fácil de chegar à vitória (que pode ser alcançada de 2 formas, q também é interessantíssimo). É uma assimetria fácil de explicar e, principalmente, da mesa entender como um todo para poder contra-atacar os adversários antes que seja tarde demais.

Quando falaram que não teriam jogos com assimetria simples para citar senti falta do Enseada dos Mercadores
  ,tao assimetrico quanto root e simples.

Ótimo episódio, muito bom.

Acho Vast e Root comparáveis em termo de complexidade, se for para jogar com mesa cheia (Vast com as quatro facções principais, ou com todas as cinco). Agora, se retirar uma das facções principais (principalmente cavaleira, goblins e dragão, mas também caverna), Vast tem uma regra diferente para cada configuração, com setups diferentes e regras diferentes durante a partida (com lembretes em cartas específicas).

Root é muito mais elegante, jogando toda a assimetria nos tabuleiros individuais, e deixando o principal igual independente das facções.  No Vast, cada facção tem uma regra diferente dependendo de qual outra facção está em jogo.