Odanan::Ovatsug Rednal::E complementando um pouco..
Eu tive uma partida de agrícola, q me fez pegar trauma do jogo.. Que depois da segunda rodada eu só fiz figuração.. E foi q experiência mais massante que já tive em boards, por que não tinha como se recuperar. Em cada jogada, eu xingava o jogo. Kkk. Até q teve uma hora q caguei pra fome e comecei a fazer qualquer coisa no tabuleiro (eu não construi uma máquina de comida, então durante o jogo tinha q toda rodada usar meus meeples pra pegar comida ou sofrer de fome)..
Entao pra eu tentar ter um mínimo de diversão ali, eu simplesmente ignorei parte do jogo e comecei a fazer oq queria.
Certa vez estávamos jogando fortune and glory. Quase ao final da partida, um jogador conseguiu uma série insana de sucessos nos testes, fez uma jogada maravilhosa, tipo pilotou um avião entre montanhas, bateu em nazis, entrou numa caverna, escapou das armadilhas e conseguiu pegar a relíquia que o faria ganhar o jogo.. Aí outro jogador puxou uma carta chamada "its a fake" que é piada até hj entre a gente, e dizia q a relíquia era falsa. E o jogo continuou. Foi broxante pro cara q fez os bagulho épicos.
Mas voltando ao TI, tem também a frustração do jogador que ia ganhar, que vc não levou em consideração..
O seu amigo se preparou por algumas rodadas, planejando até a melhor hora de trair os companheiros, deu lá o "golpe de mestre" dele, mostrou todos os planos dele numa jogada arriscada que poderia por todo o jogo a perder caso ele falhasse nos dados...
E vc impediu tudo com uma carta que existe entre as 200 do jogo e por sinal estava na sua mão. Vc não se preparou, não deixou MR fortificada e ganhou o combate.. Vc só anulou umas duas horas de planejamento do jogo do cara por ter sorte na cartinha que puxou. Isso é bem frustrante tbm. O se acontece cmg, claro q eu manteria o game play, amizade e etc, mas ia sentir uma baita frustração.
Exatamente.
Qualquer jogo com interação (especialmente Take That) está sujeito a isso: você faz a partida perfeita, está à beira da vitória, e surgem 1 ou mais jogadores para arruinar seus planos. Faz parte. Não aguenta? - Melhor jogar multiplayer solitário então.
O que chateia é o kingmaker descarado, em que uma pessoa, sem chance mais de ganhar, fica ajudando a outra. Porque aí você não está jogando mais contra um oponente, de igual pra igual, está jogando contra dois. Se é um jogo competitivo, acho o ideal que todos os jogadores dêem o melhor de si para tentar vencer, o tempo todo. Não é contra as regras nem imoral se desviar disso, mas em determinados grupos vai estragar a experiência dos outros.
Caro
Odanan
Rapaz, eu concordo consigo em parte, porque eu já sofri do mal "un-kingmaking". No kingmaking uma pessoa ajuda outra a vencer, abdicando de suas chances de vitória. No un-kingmaking acontece o contrário, a ideia é não deixar alguém ganhar. Lá pelos idos de 2011, 2012, ou algo assim, havia no meu grupo de jogo um amigo muito competitivo, ao ponto de disputar até quem aperta o botão do elevador primeiro. Eu que não valia um tostão furado, me juntava a um terceiro amigo que valia menos ainda, e a nossa diversão não era ganhar, mas sim impedir que o nosso amigo competitivo ganhasse. Ele ficava uma fera, e reclamava horrores, principalmente quando perdia. Mas quando ele ganhava também, descontava toda a frustração das partidas perdidas, com dancinha da vitória e um mar de zoação de todo o tamanho. Sei que essa postura minha e do meu comparsa não é a mais digna, nem e mais confessável, porém tem três coisas que eu gostaria de pontuar:
Primeiro que isso ocorria em jogos nada sérios, curtos e com muito Take That!, tais como Guillotine, Love Letter, Coup, King of Tokyo e Munchkin (esse último nós jogávamos com house rules limitando a quantidade de rodadas para não demorar muito, no final de 10 rodadas ganhava quem tinha o nível mais alto).
Segundo que isso não ocorria o tempo todo, e com jogos mais sérios, e de longa duração, nós deixávamos a palhaçada de lado e jogávamos todos fazendo o melhor possível para ganhar.
Terceiro, que era tudo sempre na brincadeira e quando o nosso amigo competitivo perdia ele levava na esportiva (não gostava mas entrava na brincadeira), da mesma forma que nós também mantínhamos o mesmo espírito quando o amigo competitivo ganhava e nos zoava dobrado.
O importante é que no final, com esse "un-kingmaking", ou sem ele, todos nós nos divertíamos e todo mundo sabia que era apenas uma brincadeira, que terminava após alguma zoação pós-partida. Tanto assim é, que jogamos por anos, até o grupo se desfazer porque perdemos o contato quando um se mudou para o exterior e o outro para outra região do país. Agora fazer isso em um jogo sério, com horas de partida (me parece que foi isso que dois dos jogadores da aliança fizeram, para que o terceiro vencesse), eu não acho legal. E acho menos legal ainda, criticar um outro jogador que fez exatamente o que estes outros dois estavam fazendo desde o início do jogo, mas em apenas uma jogada.
Por fim, cada vez me parece mais que esse é mais um daqueles casos "quando eu faço com você não tem nada demais, mas quando você faz comigo, a mesma coisa, aí é broxante, imoral e antiético".
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio