Jogamos o Darwin’s Journey e simplesmente nos encantamos!
Talvez seja o melhor novo jogo que jogamos esse ano! E certamente está entre os melhores da escola italiana dos últimos anos!
Explicamos a empolgação: O jogo tem um setup super rápido e ações diretas, alguns combos e muitas possibilidades de felicidade, além do mais ele tem uma belíssima ilustração, possui uma jogabilidade elegante e ainda tem um fino acabamento.
A NARRATIVA E A AÇÕES
A ideia do jogo é que somos pesquisadores contemporâneos do Charles Darwin ou membros de sua tripulação em meio a sua viagem as ilhas galápagos em meados do século XIX; iremos navegar pelo pacífico, explorar ilhas, conhecer espécies, apresentar espécies a universidade, enviar correspondências, cumprir objetos e aprimorar nossas habilidades. Tudo isso apenas (ou quase apenas) com alocação de trabalhares!
São 5 rodadas, cada uma tem uma pontuação com critérios que variam a cada rodada, no estilo ter X coisas e cada coisa vai te dar Y pontos. No final do jogo tem uma pontuação generosa que premiará seu nível de conhecimento junto a universidade. Tem alguns outros pontos espalhados, mas os principais são esses.
Iniciamos a partida com 4 trabalhadores ativos e mais 1 que poderá ser desbloqueado, cada um desses trabalhadores tem habilidades (selos, diplomas) que podem ser em quatro cores (mais uma quinta coringa), cada espaço pra alocar pede uma quantidade mínima de selos e indicará qual ação poderá ser realizada.
O detalhe é que apenas os primeiros trabalhadores de cada secção podem fazer a alocação gratuita, os demais terão que pegar um custo a mais (e dinheiro nesse jogo pode ser bem escasso). As ações são várias, temos alguns espaços fixos e 6 espaços aleatórios (sorteados a cada partida).
As ações: Uma delas permite que a gente compre mais selos e aprimore nossos trabalhadores; outra permite enviar correspondências que irão nos fazer ganhar bônus no fim da rodada num pequeno controle de área; há a ação de explorar que faz nossos exploradores andarem pelas ilhas e onde ele parar vai te dar um benefício, são três ilhas e para chegar em todas precisamos navegar; navegar é outra ação que também evitará a perda de preciosos pontos a cada rodada; nas ilhas e no mar descobriremos espécies que poderão ser entregues na universidade, isso nos renderá algum dinheiro e conhecimento que resultará em pontos de vitória no fim do jogo; podemos também comprar contratos que só precisamos ter os requisitos pra cumprir, não gastamos nada e ainda ganhamos um benefício passivo e pontos de fim de jogo; tem ainda um espaço pra desbloquear ações; e um de ordenação de turno que também vai dar uma graninha.
Tem muito mais nuances, mas no geral é isso aí, alocar, interagir com os oponentes e ver as oportunidades que aparecem, há diversas formas de pontuar e travar seus coleguinhas e pelo que já jogamos o jogo se balanceia muito bem.
E PRA QUEM É ESSE JOGO?
Definitivamente não é um jogo simples, pode até parecer fácil pra jogar, mas pegar a malícia e a estratégia pode requerer um pouco mais dos jogadores. Mas também não é nada burocrático ou complicado, é o típico “fácil de aprender, difícil de jogar”.
O jogo tem uma duração bacana, 30 a 40 mim por jogador pode ser uma média realista. Não há muito espaço pra AP, afinal cada jogada interfere nas outras, então tem que ficar ligado. Ganha quem melhor se aproveitar das possibilidades e jogador experiente pode ser uma certa vantagem em relação aos novatos.
É um belíssimo e conciso jogo da escola italiana, Luciani e Mangone acertaram em cheio nesse jogo e Paolo Voto faz uma ilustração deslumbrante.
E tudo isso é só com o jogo base, há várias expansões pequenas e uma grande que certamente oferece outra cara ao jogo, esperamos conseguir essa em breve. Mas só o base já vale muito, tem bastante rejogabilidade!
Essa crítica não contou com a parceria de nenhuma editora, se possível siga nosso instagram @wingscla e se tiver algum comentário, dúvida, discordância, pode puxar o fio!
Um cheiro!