O que eu entendi sobre o uso do termo imposição: não é sobre você ter a opção de comprar ou não o jogo, mas sobre você ter que fazer exatamente o que está escrito no manual de regras: DESTRUA O COMPONENTE. E também sobre muitas pessoas quererem que isso seja seguido como Lei inquestionável. Ora, quem quer destruir, destrói. Quem não quer destruir, não o faz. Cada um tem a experiência que quiser ter com o que comprou, conforme se sentir melhor, e não a experiência que os outros acham que se DEVE ter. Nem o designer do jogo tem essa prerrogativa sobre ninguém. 

Júlio Ferreira::Eu gosto da experiência legacy, e concordo com o que a galera no geral já falou.

Mas eu fico curioso se o público brasileiro vai aderir a um jogo de 769 reais com 12 episodios de mais ou menos 45 minutos (ticket to ride legacy) ... No final vira um ticket to ride com várias coisas novas e tals, mas me perguntando se vai ter adesão no Brasil. Dado o preço. 

Nesse preço eu já declino, kkkkk

Mateus Dantas::Eu nunca joguei um Legacy, mas em meio a tantas opções, essa é mais uma. Assim como diversos tipos de entretenimento possuem gêneros diferentes, essa é mais uma. Acredito que acrescenta ao hobby, embora eu tenha receio de gastar meu dinheiro com eles. Há quem goste!


Nesse caso o que pega é que quem experimenta curte, daí a pessoa fica com vontade de jogar, mas não tem a coragem de pagar pela experiência. É assim com diversas coisas da vida.


Utilizar o termo imposição é apelação, afinal, além de haver diversos tipos de jogos, ninguém obriga o cidadão a comprar. Não acho possível pensar todo o hobby para todos. Há uma diversidade de tipos de jogos exatamente por isso.

Então Mateus, quando eu disse imposição é que com certeza o jogo legacy poderia ser feito sem necessidade de danificar os componentes. 
É tomar como exemplo os RPGs, ou Zombicide 2ª edição. 

djleotec::

Mateus Dantas::Eu nunca joguei um Legacy, mas em meio a tantas opções, essa é mais uma. Assim como diversos tipos de entretenimento possuem gêneros diferentes, essa é mais uma. Acredito que acrescenta ao hobby, embora eu tenha receio de gastar meu dinheiro com eles. Há quem goste!


Nesse caso o que pega é que quem experimenta curte, daí a pessoa fica com vontade de jogar, mas não tem a coragem de pagar pela experiência. É assim com diversas coisas da vida.


Utilizar o termo imposição é apelação, afinal, além de haver diversos tipos de jogos, ninguém obriga o cidadão a comprar. Não acho possível pensar todo o hobby para todos. Há uma diversidade de tipos de jogos exatamente por isso.

Então Mateus, quando eu disse imposição é que com certeza o jogo legacy poderia ser feito sem necessidade de danificar os componentes. 
É tomar como exemplo os RPGs, ou Zombicide 2ª edição. 

Neste caso, todo jogo de campanha pode ser considerado um Legacy? Ou são definições diferentes? Pergunto para saber mesmo, pois talvez são exatamente estes fatores de alteração do jogo que os define como Legacy.

Gente, obrigado por responderem, gosto muito de saber as opiniões das pessoas.
Respeito mesmo cada opinião. Agora vou dizer um pouco mais diretamente a minha opinião.
Percebi que muitos foram para a questão de que é justificável estragar porque é divertido.
Ou não é imposição porque você pode não comprar este tipo de jogo.
Ou até mesmo relatos de jeitos de não danificar o jogo.

Mas o que eu queria mesmo é a reflexão de olhar para esse tipo de jogo e pensar:
Seria menos divertido se ao invés de ter que colar algo definitivo no tabuleiro, no manual, ou na carta... Tivéssemos cortes vazados para encaixar fichas? 
Seria menos divertido se ao invés de ter que abrir uma caixinha do jogo com pontilhados para nunca mais fechar, tivéssemos uma caixinha normal para abrirmos e fecharmos?
Seria menos divertido se ao invés de riscarmos com tinta definitiva, fosse feito em material que poderíamos apagar ao estilo de um simples Imagem & Ação Junior?

Quem nunca repetiu um filme, jogou novamente um jogo eletrônico, releu um livro, ou simplesmente depois de aproveitar, vendeu, ou doou?
Há dinheiro envolvido, mas eles precisam realmente fazer deste modo?
Eu tenho a maior vontade de jogar Pandemic Legacy, mas me sentiria tolo vendo que fizeram o jogo desta maneira.
Como eu disse anteriormente, me parece a situação de tirar os carregadores dos celulares.
E onde nós estamos nisso?

Então vou fazer um reformulação e perguntar aos colegas, algo que já mencionei parecido em outro fórum.

Você chega na loja e há duas caixas de um mesmo jogo legacy, uma descartável e outra que permite a total reaproveitamento.
Qual da duas você compraria? 

Olha Leonardo, vou te dar minha sincera opinião sobre dois pontos:

1) Esse lance de legacy é desnecessário. Existe? Sim. Sou contra? Não importa. Acontece que tem jogo que é de campanha e que não precisa modificar nada no jogo. Comprei um USADO esses dias, inclusive. Paguei metade do preço. Tainted Grail, se quer saber. Veio todo desordenado! Mas todos os componentes estavam em excelente estado e só me deu um trabalho extra de reorganizar o jogo. O jogo é excelente, a história é bem interessante e complexa, e tem diferentes caminhos para seguir e vários finais (e nenhum deles sugere pra você modificar nada fisicamente no game, apenas numa folha de registro de campanha que você pode imprimir em casa). Outra sugestão nesse formato e que "tá na moda" é o sleeping gods. Mas esse eu só vou comprar usado também (sei lá quando). Tomara que consiga pela metade do preço novamente 

2) Já joguei o pandemic legacy season 1 e não achei o espetáculo todo que vendem por aí. Pra mim foi só uma mistura marketing, FOMO e autoengano. Muita coincidência o questionável ranking do BGG elegê-lo como #1 por vários anos, todos os influencers vendendo o peixe de que o jogo era incrível, ÚNICO, espetacular (na verdade, é só um pandemic mais fácil de ganhar e com objetivos diferentes, umas regras extras e uma história clichê - edit: e com raspadinha!), e convencendo todo mundo de que a única forma de apreciar DE VERDADE o jogo era seguindo fielmente todas as orientações do jogo (com uma cópia nova, claro). Teve gente que comprou várias cópias do jogo pra poder jogar com grupos diferentes... Enfim, o dinheiro não é meu, cada um "rasga" como quer (trocadilho irresistível).

Na real, rasgar uma carta revela alguma coisa no jogo? Tem alguma informação escondida dentro da carta que só rasgando ela você consegue acessar? Ou é só destruir pq tá "todo mundo" destruindo? (sim, teve pessoas que mesmo sendo fieis ao manual não conseguiram cruzar essa linha específica, por algum motivo...) E praticamente todo mundo se convencendo que é a coisa certa a se fazer? O CEO da Z-man deve ter adorado essa época.

Enfim, eu não destruí o meu e revendi a um preço justo. E não tenho nenhuma vergonha se ofendi algum deus sagrado do hobby fazendo isso. Talvez isso responda a sua pergunta.

Edit: Tem também aquela recomendação famosa do Tolkien, na voz do Gandalf: "Aquele que quebra uma coisa para descobrir o que ela é deixou o caminho da sabedoria."

Monocelho_mann::

Júlio Ferreira::Eu gosto da experiência legacy, e concordo com o que a galera no geral já falou.

Mas eu fico curioso se o público brasileiro vai aderir a um jogo de 769 reais com 12 episodios de mais ou menos 45 minutos (ticket to ride legacy) ... No final vira um ticket to ride com várias coisas novas e tals, mas me perguntando se vai ter adesão no Brasil. Dado o preço. 

Nesse preço eu já declino, kkkkk

Vou fazer o mesmo.