Roda bem em quaisquer contagens, já que a interação é baixa.

O que vai ter de maior mudança em mesa cheia é que nos últimos turnos vai ter mais locais pra alicar abertos, pois tem mais gente abrindo os locais. Isso te dá mais abertura a pegar aquele recurso que você precisa na reta final, mas em contrapartida tem mais disputa pra subir na trilha, então nem sempre dá pra contar com aqueles bônus que ficam lá.

Num geral diria que não tem melhor contagem, apenas pequenas diferenças no meta, que só se percebe jogando. Outro exemplo: em mesa cheia tem mais chance de ter guardião que alguém deixou pra trás sem conseguir matar, logo, aqueles artefatos que matam guardião sem precisar pagar o custo vão ficar atrativos.

Pra mim 2-3. Também gosto do solo. 

Em 4 pessoas eu já acho demais, mas nada que prejudique muito a experiência. 

Uma dica: No BGG os jogos tem um "pool" onde a comunidade vota no número de jogadores que acreditam ser melhor. No caso do Arnak inclusive o número favorito é 3, seguido de 2.  

gamense::O jogo funciona melhor com quantas pessoas? Fica bem com dois jogadores?

Já joguei várias vezes e para mim é um jogo que funciona bem em qualquer quantidade de jogadores.

O que eu posso ver as pessoas não gostando muito é o fato de que com 4 jogadores pode haver um certo downtime decorrente do AP.
Apesar do jogador realizar apenas uma ação, há ações livres e o jogador pode ficar lá pensando muito para ver qual o melhor caminho a se tomar. 

Mas mesmo com isso, eu acho que é um bom jogo e que vale a pena até mesmo você testar no BGA antes de realizar a compra.

Já joguei em todas as contagens e ratifico oq a galera disse, ele é uma maravilha em qualquer quantidade. Apenas em 4p (minhas duas primeiras partidas foi em 4p) pode demorar um pouco mais, mas estava tão imerso q nem senti o tempo passar. E ainda assim, não chega nem perto da demora de outros jogos médios e grandes.
Acho q ainda prefiro em 3p, mas em 2p tb é muito bom, roda rapidinho, bem dinâmico.

Outlaw::Roda bem em quaisquer contagens, já que a interação é baixa.

Não acho q a interação seja baixa, ela é ok. Até maior q muitos outros euros e jogos de gerenciamento de recursos: vc disputa pelas melhores cartas, pra chegar primeiro nos locais, para subir primeiro no templo e ganhar os bônus, chegar primeiro no topo e ganhar mais pontos, ... Apesar de não ser necessariamente uma "interação direta", acho q são vários pontos de "disputa direta".

tpcordeiro::

Outlaw::Roda bem em quaisquer contagens, já que a interação é baixa.

Não acho q a interação seja baixa, ela é ok. Até maior q muitos outros euros e jogos de gerenciamento de recursos: vc disputa pelas melhores cartas, pra chegar primeiro nos locais, para subir primeiro no templo e ganhar os bônus, chegar primeiro no topo e ganhar mais pontos, ... Apesar de não ser necessariamente uma "interação direta", acho q são vários pontos de "disputa direta".

Então, mesmo curtindo o jogo, considero a interação baixa. Mesmo que vc tome algum bloqueio em algo que pretendia fazer, sempre vai ter alguma similar tão boa quanto. Não é como se esses bloqueios fizessem vc repensar sua estratégia a curto prazo naquele momento, vc sempre meio que continua fazendo o que já tava fazendo.

Acho que ele tem o mesmo nível de interação que um Burgundy por exemplo, há uma disputa por certos elementos, mas se vc não chegar primeiro, sempre vai sobrar opção boa. Não acho que isso seja defeito, é escolha de design. Isso até ajuda a rodar bem em múltiplas contagens.

Outlaw::Então, mesmo curtindo o jogo, considero a interação baixa. Mesmo que vc tome algum bloqueio em algo que pretendia fazer, sempre vai ter alguma similar tão boa quanto.

Tão boa quanto? Depende... Sim, muitas vezes existem outra opções boas, mas já aconteceu N vezes do amiguinho ir justo no local q eu precisava para avançar no templo da forma exata q dava certinho, ou para matar um monstro, ... aí nesses casos vc continua fazendo ponto, mas deixa de fazer 3, 4, 5 pontos, oq as vezes em um jogo q costuma ser tão apertado quanto esse, é fatal.

Outlaw::Não é como se esses bloqueios fizessem vc repensar sua estratégia a curto prazo naquele momento, vc sempre meio que continua fazendo o que já tava fazendo.

Curioso, acho justamente o oposto. Pra mim, vc continua fazendo oq já estava sim, mas a longo prazo, e eventualmente vc ainda vai chegar onde queria, mas qdo ocorre o block, eu normalmente tenho q repensar minha estratégia a curto prazo, para continuar conseguindo obter os recursos q eu planejava naquele momento do jogo.
 
E sim, é claramente uma escolha de design, ele quer passar a sensação de jogo "feels good", onde vc quase sempre consegue fazer alguma coisa legal, mesmo q não seja a ótima. O contrário do jogo cobertor curto, onde vc tá sempre sofrendo pra não fazer quase nada. Gosto dos dois estilos, cada um a seu momento, mas Arnak falou muito com o meu coração.

tpcordeiro::E sim, é claramente uma escolha de design, ele quer passar a sensação de jogo "feels good", onde vc quase sempre consegue fazer alguma coisa legal, mesmo q não seja a ótima. O contrário do jogo cobertor curto, onde vc tá sempre sofrendo pra não fazer quase nada. Gosto dos dois estilos, cada um a seu momento, mas Arnak falou muito com o meu coração.

De fato, não tinha parado pra pensar nisso, mas é exatamente o oposto dos jogos de cobertor curto. Tinha que ter um nome, vou chamar de jogos de cauda longa, na falta de uma expressão melhor.

E essa  escolha de design torna o jogo até mais difícil de balancear, tem jogos nessa onda que vc tem tanto recurso, que acaba que o jogo vira um passeio no parque e vc consegue fazer tudo o que quiser, mata a tensão do gerenciamento, se tornando chato por isso. Alguns exemplos: Valeria, San Juan, Kingsburg, Fields of Green.

Outlaw::

tpcordeiro::E sim, é claramente uma escolha de design, ele quer passar a sensação de jogo "feels good", onde vc quase sempre consegue fazer alguma coisa legal, mesmo q não seja a ótima. O contrário do jogo cobertor curto, onde vc tá sempre sofrendo pra não fazer quase nada. Gosto dos dois estilos, cada um a seu momento, mas Arnak falou muito com o meu coração.

De fato, não tinha parado pra pensar nisso, mas é exatamente o oposto dos jogos de cobertor curto. Tinha que ter um nome, vou chamar de jogos de cauda longa, na falta de uma expressão melhor.

E essa  escolha de design torna o jogo até mais difícil de balancear, tem jogos nessa onda que vc tem tanto recurso, que acaba que o jogo vira um passeio no parque e vc consegue fazer tudo o que quiser, mata a tensão do gerenciamento, se tornando chato por isso. Alguns exemplos: Valeria, San Juan, Kingsburg, Fields of Green.

Esse tipo de board eu chamo de jogo "feels good". Ouvi essa expressão a primeira vez do David Coelho e gostei como ela explica exatamente o sentimento da partida.
 
Curioso vc tocar nesse assunto, pois há pouco tempo abri um tópico justamente sobre isso, em q eu comento sobre o GWT, q pra mim era um equilíbrio quase perfeito entre "feels good" e cobertor curto, mas analisando como a expansão da segunda edição me pareceu q transformou o jogo em um "passeio no parque", usando a sua própria expressão, oq (pra mim) tirou um pouco da graça e do desafio do jogo.