No meu caso, a esposa joga muito raramente, quase nunca mesmo. Coisa de 1% das vezes que eu jogo, e em todas as raras oportunidades é sempre por bem pouco tempo e algum jogo que seja bem simples e rápido.

Por exemplo, esse ano ela não tinha aceitado jogar nenhuma vez ainda, mas, estou viajando, e, durante o voo, ela topou jogar Duo Regna. Jogamos umas duas partidas, durou uns 10minutos e foi isso, depois passei pro Regicide no modo solo durante o resto do voo.

Então, chamo meus amigos para jogar. Às vezes eles vêm, diria que em 30% das vezes. Nas outras todas, jogo solo, que hoje é meu principal modo de jogo.

Antes, quando ninguém topava, eu simplesmente não jogava, pois tinha o conhecido preconceito com jogar solo, achava que não era divertido e que jogo de tabuleiro não serva pra isso (sem nunca nem ter tentado de verdade), até o dia que realmente joguei (This War of Mine) e quebrei a cara.

Então, essa é minha experiência com minha esposa, a quem eu amo muito, mesmo que não se interesse quase nada por esse hobby.

Aqui a gente começou em 2020, no auge da pandemia. Minha esposa queria um quebra-cabeça pra passar o tempo e enquanto estávamos olhando em um site, sugeri comprar um jogo de tabuleiro e ela curtiu a ideia. Pegamos o Eldritch Horror, um jogo bem pesado pra quem nunca havia jogado jogos assim, tanto eu como ela só tínhamos jogados Banco Imobiliário, Detetive, essas coisas. E bem, a experiência foi incrível, a gente adorou o jogo desde o momento que abriu a caixa e ela ficou maluca ao ver como funcionava a cooperação (eu tinha uma noção por conta de jogar bastante coisa assim em videogames), desde então nossa biblioteca de jogos vem sofrendo mudanças onde a gente se desfaz de jogos que não funciona pra nós dois. Gostamos mais dos cooperativos e os competitivos que não tem muito toma essa. A gente sempre foca em jogos que funcione muito bem para 2 jogadores, se o jogo fica melhor em 3+ nem cogitamos pegar.
Até temos um outro casal de amigos que joga com a gente, mas a grande maioria das partidas é só nós dois mesmo e ela tá sempre chamando pra jogar o Eldritch Horror, Merlin, Res Arcana, Keep the Heroes Out e agora o Spirt Island.
Virou algo que criamos um carinho enorme por ter sido uma jornada que fizemos desde o inicio juntos.

Minha mulher nao joga.

Mas, tenho 3 filhos adultos e uma nora.

Formamos um grupo de 5 pessoas, jogamos tudo que temos.

Afinal de contas, filhos tem que servir para alguma coisa.

Meu grupo é basicamente eu e minha esposa também.
Jogamos tudo que tem na coleção, mas ela não é do Hobby, então quando vejo que não quer jogar eu nem insisto.

Mauricio Sergent::
Afinal de contas, filhos tem que servir para alguma coisa.

Aleluia!! ^^

Vamos ao tema do tópico:

Minha esposa foi apresentada, ainda criança, aos jogos de tabuleiro por meio dos "clássicos da década de 80": Ludo, Banco Imobiliário, Detetive, War..... ela os tem até hoje. E nenhum deles mofou, são mais de 20 anos no armário e estão intactos!! Qualidade superior dos componentes de antigamente?? (mas isso é assunto para outra conversa).

Durante a Pandemia, ainda como namorados, decidimos morar juntos. Na época, eu estava iniciando com os Board Games modernos, tinha apenas Zombicide medieval e Sword & Sorcery. E, como todo bom Nerd, aproveitei esse tempo para apresentar a ela o "Universo da Cultura Pop" em geral: Ficção Científica (Júlio Verne, Star Wars, Star Trek etc), Aventura (Senhor dos Anéis, Vikings, Game of Thrones - é sério, em pleno 2020/2021 ela não havia assistido NENHUM episódio, somente "havia ouvido falar" e, a propósito, ela adorou!! Principalmente a Daenerys Targaryen - como era de se esperar). De fato, acho que havia uma Nerd Leve adormecida dentro dela que ela desconhecia. Agora, estou tentando apresentá-la ao Universo MCU (Vingadores).

Voltando ao tema: o primeiro jogo que apresentei para ela foi o Zombicide, que a propósito ela adorou (por causa do visual, basicamente - tabuleiro, arte, MUITAS miniaturas) e também por ser cooperativo. Ela não gosta muito de jogos competitivos..... fica aí uma dica para os Senhores Cuecas: mulher é um ser EXTREMAMENTE competitivo e vingativo...... melhor evitar jogos competitivos e conflituosos ). Fica outra dica de apresentar o Zombicide (Black Plague e/ou Green Horde) para iniciantes: fica bonito na mesa e encanta os novatos!! Isso já é meio caminho andado para "trazê-los para o lado negro da força".

Depois de jogar sete ou oito missões, reduzimos muito a frequência das jogatinas (pela correria da vida e pelo mundo ter "saído da toca" com o final do isolamento), mas nesse período de reabertura e de resocialização ela chegou a me questionar se não jogaríamos mais (parece que ela gostou mesmo). Depois partimos para outro estilo: Senhor dos Anéis Card Game: ela achou "ok", mais pela temática de O Senhor do Anéis do que pelo jogo. Jogamos também Descent Segunda Edição (no modo cooperativo), desse ela não gostou ("prefiro o dos zumbizinhos").

Recentemente, joguei a primeira missão de Sword & Sorcery com ela. No início, ela ficou meio perdida (quem não fica, com a enxurrada de regras?), mas no decorrer do jogo, ela começou a gostar (principalmente por ser cooperativo e por ter DINHEIROS e LOJINHA para gastar os dinheiros!!....... medo ).

Os próximos que apresentarei a ela serão Senhor do Anéis Jornadas na Terra Média e, provavelmente, Fallout The Board Game. Não necessariamente nessa ordem.

De qualquer forma, jogar com a/o parceira/parceiro é muito bom!! Atividades lúdicas nos ajudam a conhecer a nós mesmos e a conhecer melhor os outros!!

Rapaz, essa pra mim foi complicada, mas gostaria de responder também.

Sim, minha ex-esposa era minha super companheira de jogos. Jogava de tudo e jogava bem. Desde jogos leves até os pesadões. E o mais bacana é que jogava melhor do que eu (embora eu também nunca fui competitivo contra ela, pois queria mesmo era jogar).

Hoje, se e quando entrar em um novo relacionamento, não sei se ficaria com uma pessoa que não compartilhasse esse hobby comigo. Pois faz parte de quem eu sou e não desejo nem pretendo abandoná-lo.

Mauricio Sergent::Minha mulher nao joga.

Mas, tenho 3 filhos adultos e uma nora.

Formamos um grupo de 5 pessoas, jogamos tudo que temos.

Afinal de contas, filhos tem que servir para alguma coisa.

Hahahahaha

Aqui em casa eu sou a mulher que ama jogos e casada com um homem que não gosta. Os únicos jogos que ele aceita jogar são Pandemic e o Sherlock Holmes: consulting detective (nesse último já passamos 4h sentados jogando, mas ele não aceita nem 15 minutos de outros jogos, rs).

Tenho alguns amigos que jogam, uma filha de 13 anos que joga alguma coisa mas a principal pessoa que joga comigo é minha mãe, ela topa absolutamente qualquer jogo.

Sempre curti jogos, jogava com meu pai, primos e amigos na infância. Na pandemia, qd minha cidade decretou quarentena, busquei jogos pra jogar com minha esposa e filha e descobri a oitava maravilha do mundo: jogos cooperativos rs desde então comprei varios jogos e no inicio do ano passado montamos um grupo fixo de 6 pessoas (com mais 6 que rotacionamos nas jogatinas). Minha esposa joga, gosta (não tanto como eu, que passaria tranquilo o FDS inteiro jogando, ja ela gosta de jogar mas nao tanto assim) e joga bem, é quem mais ganha o Duna Imperium por exemplo.