Amom Assis::Bom demais, gente. Curto muito o conteúdo de vocês. Ouvi tudo até aqui e gosto de todos os blocos. Acho, inclusive, que o fica a dica nos traz pertencimento ao universo nerd/geek (mesmo havendo indicações que extrapolam esse campo e que eu curto mesmo assim). E aqui vai a perguntinha pro Pergunte ao Beakman: "O Davi Coelho acertou o palpite sobre quem ganharia a Copa do Brasil. Desta forma, pergunto: foi pé de coelho ou é sinal de que o caminho do cabeludo é queimar todos os argumentos em seu favor?"

P.S.: Aguardo o streaming do torneio de Lorcana.

Abraço!

Obrigado por acompanhar e deixar um comnetário! Estou estudando formas de realizar a transmissão de um torneio de Lorcana. Abração!

Ótimo episódio! Continuem com o formato longo! Obrigado pelo cast e vai uma pergunta: É melhor inserir regra da casa ou partir pra outro jogo?

Abraços e boas jogatinas a todos!

Thiago Maciel::Parabéns pelo podcast, muito bom ouvir todo o conteúdo, as horas passam rapidinho quando a conversa é boa.
Queria ouvir a opinião de vocês e de quem mais quiser opinar sobre o assunto da pirataria/cópia, no caso de jogos que não existe esperança de alguma editora trazer para o Brasil, como exemplo posso citar o Marvel Champions, um jogo muito conceituado e que pelo o que observo não existe esperanças nenhuma de ver ele em PT-BR, mas as pessoas que querem muito podem produzir o material por conta própria para ter o prazer de joga-lo.
Outro caso poderia ser os jogos que tem muito material exclusivo de KS e as editoras não podem comercializar, o público que é fã do jogo acaba sentindo a vontade/necessidade de produzir o material exclusivo e mandar para impressão em gráficas. 
Com o aumento e "facilidade" de pessoas adquirindo impressoras 3D, até obter as miniaturas está ficando mais fácil.
Todos os casos que cito são de pessoas que não querem ter lucro com ilegalidade, mas querem ter o prazer de jogar seus jogos favoritos e compartilhar isso com a comunidade que também curte os jogos. 

Oi meu caro! Vou te responder só porque o Paulo me citou ali, ok? Vamos ver se eu consigo me expressar direito aqui (já aviso pra não levarem minha opinião a ferro e fogo, é só a minha opinião).

Eu vejo que muito do pressuposto do PNP (print and play) vem desse argumento de não ter acesso ao conteúdo original e, por isso, se justifica a impressão, mesmo que particular, da cópia do jogo. Pra mim isso é um argumento que cai no caso das fitas K7 de gravação da música que tocava na rádio ou dos torrents dos filmes e séries. Não tô dizendo que nunca fiz isso, veja bem. Eu também tive infância hahaha. O acesso ao produto é uma coisa que há anos é discutido no Brasil, e imagino que em mais países em desenvolvimento/hemisfério Sul do mundo. Quantas vezes escutei que "na minha cidade não tem cinema, vou baixar o torrent".

Então vou responder aqui com base em dois pontos de vista, o da lei e o do hobby:

1. Pela lei, não é crime se você estão fazendo uma cópia para uso pessoal. Ponto. Tem muita discussão sim é na forma em que as pessoas estão tendo acesso à esse material, no caso do Marvel Champions por exemplo, em que as cartas estão perfeitas, não parecem ter sido escaneadas nem nada. E, se a forma que essas imagens foram obtidas for ilegal? Tipo, alguém lá da gráfica que fez a impressão vazou o conteúdo de propriedade privada de alguém? Então temos que ver que não é só a cópia em si, mas todo o processo envolvido. Sei de muitos jogos que a galera pega de um site russo que tem acesso às fábricas chinesas e compartilha esse material. É roubo de uma obra que a fábrica teve direito ao acesso somente para fazer a impressão. Agora, se o seu PNP é baseado em um scan das cartas, vai fundo.

2. Do ponto de vista do hobby, eu já tenho uma opinião muito diferente. Nosso hobby é pequeno. E, apesar de muito endemoniarem a Asmodee e seus braços como Fantasy Flight e Galápagos, o lucro dessas empresas perto de outros setores da economia é ínfimo. Logo, as pessoas associadas a ele também ganham muito pouco. E não to falando só de autores de jogos, mas de ilsutradores, desenvolvedores, pessoas que trabalham na editora mas em outras áreas como a comercial, marketing, etc. Todos ganham bem pouco, ninguém é rico fazendo jogos. Ainda mais no Brasil. Meu ponto é que, da mesma forma que você pode fazer o PNP de um jogo gringo e dizer que não tem acesso, você pode fazer isso com um jogo nacional (e sim, já vi gente dizendo). Aí você vai lá, compartilha as imagens do jogo, distribui, várias pessoas fazem o PNP e bom, o que acontece com o jogo original? Ele não vende, não gera lucro, não abastece a economia, os valores não chegam nas mãos de quem de fato criou e produziu o jogo. Ah, mas foi só umas 5 cópias, você pode pensar. Na verdade, são milhares de cópias que deixam de ser vendidas. "Ah, mas a própria editora colocou o jogo no Board Game Arena/Tabletopia/Tabletop Simulator." Beleza, a editora que faz isso sabe os riscos que tem e, muitas delas, usam essas plataformas pra promover um jogo e deixar ele mais popular e, como consequência, vender mais. Quem tem uma cópia PNP de um jogo dificilmente vai comprar o original. Do meu ponto de vista, fazer o PNP do jogo com a desculpa de que não tem acesso ao jogo original, você está ferindo a economia do hobby e prejudicando cada vez mais um mercado que é pequeno e que as pessoas recebem bem pouco pelo que fazem. Não é a mesma coisa da música ou do cinema que são de fato industrias multimilionárias e que pouco são afetadas por essas práticas (não to falando da pirataria, mas das cópias sem fim de obter lucro).

Então, faça o que a sua consciência te permitir. hehe

Coelho, melhor definição do arroz , impossível.... é isso mesmo, o arroz é a barragem pra proteger outros atrativos do prato

  Caras, o ponto de ação está se tornando o podcast mais agradável de ouvir junto com o Tipo War, valeu demais pelo conteúdo.  A contratação do Robert foi sensacional,  ele é muito carismático,  e acrescenta muito. Parabéns mesmo, e vida longa ao ponto de ação 

Primeiramente, obrigado pela referência! Dessa vez deu pra sacar o tema principal do cast.

Vi que muita gente aqui falou de pirataria tentando justificar ou imediatamente condenando. Mas devo lembrar que Lost, Game of Thrones e The Walking Dead foram objeto de muita pirataria. Também teve muita vista grossa da RIAA, MPA e ESA por anos, porque, de alguma forma, a pirataria também estava popularizando IPs e, por reflexo, o produto original também tinha aumento das vendas. Mas isso foi nos tempos do pai do Tankbr. Ele mesmo não vai lembrar dessas coisas (se bem que, nesse cast, ele sugeriu que tinha 29 anos). Era também a época que os custos para achar e punir infratores era maior. Os custos para obter os bem ou serviço original não tinha a acessibilidade de hoje. E para complementar o ponto, sugiro a leitura do artigo "A Influência da Pirataria na Série Breaking Bad", acessível em https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/baleianarede/article/view/4623

IMHO, eu acho que o fiscal, o regulador, o proprietário, detentor dos direitos etc, vai fazer uma conta não tão simples: quanto vale o retorno pelo quanto vai ser gasto para coibir uma irregularidade? No fim, todo mundo segue a regra de Pareto: onde eu vou gastar 20% dos meus recursos para obter 80% de resultado? Isso é bem longe de ser inerte ou de não ser combatente.

No caso específico dos jogos, fazer as coisas na garagem de casa ou buscar uma gráfica em vez de comprar o original, no aspecto econômico, dificilmente faz sentido pra mim. Lembro que gastei mais para confeccionar Kingdomino: A Corte com componentes minimamente próximos aos do jogo original do que gastei para comprar Kingdomino: Age of Giants (lembrando que não existe "A Corte" versão retail). E o custo de uma unidade tem que ser maior mesmo, porque o custo do retail é diluído na escala. E, para vender, faz menos sentido ainda. Correr o risco imobilizar um capital num produto delicado, anunciar num market place, torcendo para não ser denunciado e ser suspenso da plataforma. Eu não vejo, neste nicho, nenhuma maneira da pirataria prosperar.

Já a cópia de ideias, daí a gente copia sem nem perceber, né? Nossos designers estão melhores porque têm mais referências, têm mais acesso a jogos, têm mais experiências antes de "copiar" um jogo. Daí pega a alocação de trabalhadores do Vinhos, o mercado do Clãs da Caledônia, a mudança de ordem de turno do Belfort, as cartas multi-uso do Oh My Goods! e vai montando uma deliciosa feijoada (com o arroz por baixo ou separando a farofa, né?) e a "cópia" vira algo totalmente novo de um monte de coisa já conhecida. E com tantas referências e com tanto contato, é até difícil chegar com algo absolutamente inédito. Continuando com a ilustração da feijoada: será que seria qualificada como "gostosa" uma feijoada com um gosto tão longe do que é esperado? Quantas e quantas vezes já não ouvimos o comentário: "isso nem jogo é!"? Não é verdade, berrolder?

Nas perguntas ao Beakman, a veia artística do Robert Coelho não se conteve. Saiu o designer e o developer e entrou o dramaturgo. Ah! Na oportunidade, "O Urso" é muito bom mesmo.

Como eu não fiz perguntas no cast anterior, vou gastar um ponto de ação a mais para fazer duas perguntas:

- Querido Beakman, que comportamento que um indivíduo tivesse ou indumentária que alguém trajasse (e que hoje não é ilegal) deveria ser passível de multa pela demonstração de baixíssimo grau de bom senso flagrada pela autoridade policial?

- Querido Beakman, quanto mais ar no pastel japonês, mais saboroso ele fica?
(Pastel japonês, também conhecido como pastel de feira, normalmente bastante infladoem formato retangular e com uma minúscula tira de queijo ou salpicado com quase nada de carne; também é vendido na versão murcha, e, consequentemente, muito menos saborosa)