Sensorial: Botanik
Texto: Rapha Albertos
Imagens: boardgamegeek.com/
Lançado no Brasil: NÃO
Imagina uma cientista renomada convocando equipes de pesquisadores para uma tarefa inovadora: produzir comida em um planeta mais poluído que o Rio Tietê. Como se fosse um episódio de MasterChef pós-apocalíptico, entra em cena "Botanik", um jogo que coloca os jogadores em ação para liderar essas equipes. A missão? Construir uma máquina que transforma flores em petiscos deliciosos, com uma lógica tão improvável quanto uma planta carnívora virando vegetariana.
A tarefa é construir uma máquina (colocação de tiles) para produzir flores (pontos) que, misteriosamente, viram comida. A mecânica do jogo é simples: os jogadores escolhem três peças da pilha, podendo colocar uma no seu território se coincidir com a cor ou tipo (reservando a peça), ou no meio do tabuleiro (cor ou tipo diferente) para tentar "liberar" outras peças (do seu território ou do oponente). O desafio aumenta ao construir a máquina, conectando as peças com canos e formando grupos da mesma cor, que geram mais pontos.
A estratégia em Botanik é constante, é um puzzle complexo com regras simples. Durante o jogo, você está sempre avaliando quando bloquear as peças do adversário e quando liberar as suas, enquanto planeja os próximos movimentos e encaixes.
No final das contas, "Botanik" é como uma brisa fresca em um dia quente. A simplicidade em entender as regras e a rapidez em jogar se torna um convite irrecusável para qualquer boardgamer. A arte charmosa acrescenta um toque a mais, e a sensação lembra um pouco "Jaipur" mas com uma pitada de um puzzle estratégico. Se estiver à procura de uma opção para dois jogadores em tardes tranquilas, esse jogo pode ser um ótimo parceiro. Depois de algumas partidas, você vai se perguntar como passou tanto tempo sem ele.