Boa noite! E só porque hoje eu estou inspirado, é a segunda análise que eu faço hoje. Bora lá!
Tiny Epic Dungeons é um jogo cooperativo que comporta o modo solo ou até quatro jogadores. O jogo é um carro de palhaço porque você não acredita na quantidade de coisas que sai daquela minúscula caixinha: É miniatura, é carta de equipamento, é carta de dungeon, é carta de feitiço, é tokens de bicho, é carta de chefe, é token de token e, é isso aí.
O jogo é um dungeon crawler, no qual os heróis deverão correr por uma dungeon cheia de armadilhas e de goblins pentelhos com o intuito de encontrar os lacaios do chefe, que quando derrotados, permitem que os jogadores possam enfrentar o boss da dungeon. A dungeon é randômica de cuja quantidade de salas é de acordo com a quantidade de jogadores.
Beleza, mas pensa num jogo difícil! Todo dungeon crawler de responsa é tenso e além do complicador de praxe do gênero, você tem uma tocha que dura apenas 18 ativações para enfrentar dois lacaios e conseguir encontrar a sala do chefe. Se o contador da tocha zerar, game over. Quer moleza, vai jogar Candy Crush.
Mas eu não considero a dificuldade a parte mais difícil do jogo. Devo dizer que eu acho que as regras não foram escritas da maneira mais didática possível, volta e meia eu precisei caçar as coisas no manual para tentar entender direito o jogo, mas bora lá.
Um outro ponto negativo e também positivo é a iconografia: Ela permite que todos os componentes do jogo dispensem uma tradução, mas eu acho que se eles tivessem usado a descrição por meio da própria escrita, seria mais fácil de entender o efeito da carta ao invés de termos que quebrar a cabeça para entender os hieróglifos da carta.
Além disso, outro fator que considero uma deficiência é o balanceamento dos personagens: Alguns são incrivelmente bons e outros, incrivelmente péssimos. Não há muita variedade de habilidades dentro dos arquétipos disponíveis, e acho que poderiam ter pensado melhor numa variedade maior de equipamentos/habilidades iniciais. Poderiam também ter mudado a capacidade de determinados personagens utilizarem equipamentos e feitiços: O monge por exemplo poderia ser proibido de usar armaduras para contrabalancear o fato dele ser o monge; a caçadora de tesouros poderia usar mais do que duas joias; um mago poderia ter acesso a mais do que dois feitiços, etc.
Isso sem falar que o jogo não permite troca de itens, os jogadores precisam descartar o item/feitiço. É tipo você virar para o seu irmão e dizer que precisa do item que ele não tá usando, ele concordar em entregar para você, mas aí ele atira o item no meio do terreno baldio. Puro caos. A única forma seria você por meio de alguma habilidade ou sala da dungeon pegar um equipamento/feitiço descartado.
Ainda assim, apesar de todos os pesares, considero Tiny Epic Dungeons, (pasmem!), um ótimo jogo. O jogo é relativamente simples depois que você vence o primeiro desafio que é entender o manual e aí você se torna bilíngue após entender os códigos das cartas. A grande vantagem do jogo é que a caixa cabe literalmente dentro do bolso se você for o Shaquille o'neal, e se você não for, cabe tranquilo numa bag da nike e ainda sobra espaço, sabe aquela bag que você comprou para ir à academia, mas nunca foi? É a hora dela, just do it!
Enfim, são as minhas considerações sobre o jogo, espero ter ajudado e uma ótima noite!