Bora falar de Beyond the Sun, um jogo com árvore de tecnologias e controle de área que, infelizmente, ninguém trouxe para o Brasil ainda.
Em
Beyond the Sun, a Terra está fadada ao fim e o melhor a se fazer é abandoná-la e explorar outros planetas. Nele, os jogadores representam facções que estão estudando tecnologias novas, enquanto competem para ter o melhor desenvolvimento econômico e científico, além da maior influência galáctica.
O jogo tem
complexidade média, mas pra quem está acostumado com jogos mais pesados, ele é tranquilo.
A partida tem um número variado de rodadas e dura por volta de
1h20 em 2 jogadores (pelo menos foi a média das minhas 3 partidas).
Durante seu
turno, você passará por
três fases:
Alocar seu “peão” em um local e realizar a ação. Existem diversas ações (estudar tecnologia, terraformar, gerar recursos etc). Você não pode ficar parado ou ir para o mesmo local em que outro jogador está - exceto se houver a possibilidade de fazer isso.
Depois, você irá para a fase de produção, que está no seu próprio tabuleiro. Você pode gerar mais população (necessária para estudar tecnologias), gerar minério ou fazer trocas de recursos.
A última fase é verificar se completou algum objetivo.
O bacana nesse jogo é o
tabuleiro individual. Os dados são pessoas ou naves e para você liberá-los do depósito, é preciso automatizar sua produção, ou seja, tirar os tokens de lá para liberar mais pessoas e mais recursos na fase de produção. Esse processo pode ser trabalhoso, mas eu gostei por ser tudo bem amarrado.
(Não coloquei a melhor das fotos, mas é por aí)
A
árvore de tecnologias também é bem legal. Para estudar uma tecnologia do nível 2, você precisa ter estudado alguma específica do nível 1, para o nível 3, precisa de duas do nível 2 e assim por diante.
O
controle de área é bacana. Você direciona suas naves para um planeta e após dominá-lo, consegue liberar tokens para a automatização. Porém, se um jogador colocar naves nesse mesmo planeta e superar sua força, o token volta para você. Logo, é importante colonizar e terraformar rápido. Aliás, essa é a única parte que tem interação entre os jogadores.
O jogo acaba quando um certo número de objetivos tiver sido cumprido (3 em 2 jogadores). Os objetivos são públicos, alguns tem mais de um espaço, outros apenas uma pessoa conseguirá cumprir.
Eu
gostei do jogo, gostei da forma como você tem que gerenciar seus recursos no tabuleiro e da influência de área, mas tenho a impressão que pode se tornar
repetitivo. Por mais que exista 8 (4 básicos e 4 avançados) tabuleiros de facção diferentes, eles não dão uma super vantagem ou assimetria. Além disso, 2 tabuleiros não podem ser usados em partidas com 2 jogadores.
O que também me incomoda um pouco é que existem
poucas cartas de tecnologia. No primeiro nível, que é a base da árvore, por exemplo, existem apenas 4 cartas, não varia de partida para partida.
A forma como você lida com seu tabuleiro individual também é meio que um caminho certo, pois você precisa liberar os tokens de automatização de ambos, para não acabar travando a sua evolução.
Por fim, o jogo funciona como um todo, não vejo nenhuma regra que te deixe em dúvida, nada que não faça muito sentido. Acho que só
faltaram componentes para rejogabilidade. Gostamos do jogo, mas
não entrará para a coleção - também porque ele é bem carinho lá fora…
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Beyond the Sun?
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