Industrializando em High Frontier 4ALL (Fábricas D)
A penúltima categoria a discutida neste guia de primeira fábrica em High Frontier refere-se à classe espectral D. Desta vez, discutirei as cartas e as localidades do tipo D, concentrando-me especialmente nas patentes mais interessantes e áreas mais viáveis de estrear a sua industrialização no jogo. Eu não listarei todas as localidades D, concentrando-me naquelas que são mais interessantes como a sua *primeira* fábrica. A ênfase no "primeira" se deve porque há locais no mapa que são fáceis de prospectar e industrializar, mas que devido à distância ou ao tamanho (com uma exceção), não recomendaria como a primeira fábrica D por haver outras opções estrategicamente mais fáceis. Mais adiante, discutirei algumas destas localidades se tiverem importância para industrialização posterior.
Nota: Você pode acessar as análises de todas as classes espectrais através deste link.
Disclaimer: HF4All é um jogo que sofre alterações nas regras até hoje, com base no feedback dos jogadores. Da mesma forma que as regras em inglês impressas receberam alterações posteriores até sair a versão em português, o jogo continua sendo modificado em um documento online chamado Living Rules . Pode ser que algumas das dicas abaixo não valham mais por alguma alteração de regra, então não levem o que escrevi a ferro e fogo ou como verdade absoluta.
A outra questão se refere a quais manuais adereçar neste guia. NÃO estou usando os Diamantes Espaciais ou o Corrida para Glória pois estes contêm regras que destoam ou reduzem as regras do básico. O conteúdo deste guia se concentrará no manual Regras-Base (incluindo apoios, cinturões de radiação, etc), INCLUINDO o Módulo Zero - Política. Para fins de referência, se um trecho deste guia está nesta cor preta-padrão, é porque estou usando as Regras-Base.
Porém quando eu usar palavras usando fonte em vermelho , é porque estou mencionando o Modulo 1 (cargueiros, propulsores GW/TW, Futuros) . Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 1, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.
Da mesma forma, se houver palavras nesta fonte em azul, é porque estou mencionando o Modulo 2 (Bernais e Colonizadores). Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 2, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.
Finalmente, alguns trechos abaixo envolvem estratégias bem mais avançadas do que a primeira fábrica, especialmente aqueles envolvendo os objetivos mais a longo prazo. Portanto, estou adicionando esta fonte verde quando estiver me referindo a dicas avançadas de estratégia, geralmente incluindo todos os módulos em português. Portanto, se não estiver seguro das regras dos módulos, ignore estas seções ou leia sem compromisso e sem pânico.
Introdução: As cartas do tipo D são bem atraentes. É a única categoria que possui mais de um robonauta E mais de uma refinaria. O seu propulsor GW é o único capaz de ser produzido E promovido na mesma colônia. Finalmente, esta classe espectral é responsável pela produção de quase todos os robôs do jogo, também passíveis de promoção numa colônia do tipo D.. Apesar de todas estas vantagens, abrir com uma estratégia D não é infalível. Primeiro, as localidades desta classe espectral são difíceis de reivindicar ou distantes - a localidade mais próxima com 100% de certeza na prospecção localiza-se em Titã, depois só nas luas de Urano em diante. Segundo, em termos de apoio, as suas cartas são bem limitadas: apenas um radiador (que arrefece pouco calor), um único reator (que superaquece demais) e dois reatores do tipo -[]- (um excelente, outro que exige um reator, voltando ao problema do aquecimento se quiser ser autossuficiente apenas com cartas pretas do tipo D).
Por isto, é preciso planejar bem sua missão de industrializar fábricas D, seja programando uma missão para a distante Titã, seja tendo planos de contingência se fracassar na reivindicação de localidades menores. Adicionalmente, tenha cuidado especial no planejamento das cartas necessárias, pois é possível que na missão de industrialização precise trazer uma carta branca extra da Terra para ajudar a suprir os apoios produzidos. Afinal, você não pode contar que terá todas as cartas que deseja de uma classe espectral, mesmo que você seja o único em investir em fábricas do tipo D e nem sempre aparecerá no topo do baralho aquela única carta que falta para completar o seu foguete ideal, ou mesmo se conseguirá vencer o leilão caso esta apareça. Por isto, pode compensar partir da Terra para a futura fábrica com um foguete mais pesado e ineficiente mas pronto para partir da localidade industrializada do que esperar para sempre pela carta ideal para formar o acervo perfeito de cartas pretas do tipo D.
Aviso importante: CERTIFIQUE-SE de que possua pelo menos uma carta em sua mão que possa ser virada para o lado preto na operação de produção extraterrestre após construir a sua fábrica. Em outras palavras, se quiser construir uma fábrica de classe espectral D, tenha pelo menos uma carta de patente com o símbolo D que possa ser produzida em seu lado preto. Não adianta nada montar um foguete com cartas V e C e após industrializar Titã, descobrir que não tem nenhuma patente no momento a ser produzida na fábrica extraterrestre e daí ter que correr atrás de leilões de pesquisa.
Cartas D a considerar:
A primeira carta a avaliar é o único propulsor convencional desta classe espectral, o Mariposa Solar. A sua propulsão é ineficiente ( 3*4 e solar), porém mais útil do que aparenta. Isto porque esta carta tem massa zero e não exige apoios. Para a sua primeira missão de industrialização, especialmente se o seu robonauta não for do tipo Míssil, este propulsor atende bem para sua necessidade se não pretende ir além da zona heliocêntrica de Júpiter e pode utilizar o propulsor da sua carta de tripulação (exceção: Shimizu) para pousar, especialmente se a localidade não possuir queima de aterrissagem. Inclusive, com três tanques de combustível e uma carta de tripulação, este propulsor serve até para missões de Glória para as zonas heliocêntricas da Terra e Marte. Ou seja, para uso inicial na partida, não menospreze este propulsor.
Ironicamente, é bem mais complicada de utilizar a sua contraparte preta, o propulsor Fusão H-B de Feixe Colisor. Por um lado, o propulsor concede uma rotação-bônus (símbolo da bailarina - Regras-Base, seção H4c e glossário) e tem o mais baixo consumo hídrico do jogo (não contando apoios): 1/10. Em contraponto, a sua propulsão é baixa e diferente do Mariposa Solar, não pode ser impulsionada por um Powersat (por não ter o símbolo de impulsão no triangulo de propulsão - Regras-Base, seção H3d). Em adição, a massa foi aumentada para dois e seu sistema de pós combustão - quase uma necessidade para melhorar esta propulsão - consome duas etapas em seu uso. Mas o maior problema é que, diferente do lado branco, esta carta passa a exigir um gerador do tipo "e", além de aquecer 1 Therm.
Com a necessidade de um gerador para tornar este propulsor operacional, uma opção não-otimizada é trazer um gerador da Terra quando fizer a missão de industrialização. Para melhorar a propulsão do Fusão H-B de Feixe Colisor , o ideal é que o gerador seja não-solar, exija um reator e que não superaqueça demais, preferencialmente o Termoelétrico AMTEC ou o Motor de Ciclo Ericsson. Contudo, os geradores destas características exigirão pelo menos um radiador além do reator como apoio, aumentando ainda mais a massa do acervo de foguete, já alta pelos componentes costumeiramente exigidos para industrializar (refinaria, robonauta, apoio). A outra opção é produzir um gerador preto na fábrica D. Discutirei cada gerador desta classe espectral mais adiante, mas antecipo que um destes geradores funciona sem problemas (mas nao concederá nenhum bônus na propulsão) enquanto o outro exigirá um reator (sendo que o único reator preto do tipo D superaquece muito).
Independente se obterá o gerador da Terra ou produzido em fábrica, a solução gira em torno de colocar um reator na cadeia de apoio do propulsor. Mas apesar do reator ser a melhor forma de aumentar esta propulsão, é muito comum que produza superaqueça e produza Therms. E se você já tem um propulsor que gera 1 Therm (que por si só pode ser resfriado pelo sistema de pós-combustão), qualquer Therm extra exigirá um radiador, sendo que fábricas do tipo D são bem ruins neste quesito: há apenas um radiador desta classe espectral e resfria no máximo dois Therms. Desta forma, se quiser tornar o Fusão H-B de Feixe Colisor realmente eficiente, serão necessárias múltiplas cartas. Além do propulsor, é preciso que haja um gerador que exija um reator como apoio (preferencialmente, o gerador preto do tipo D, Multifásico de Rankine, para produzir direto na fábrica) e pelo menos mais uma carta, dependendo das abordagens abaixo:
a) Utilizando um gerador e reator não-solares e que não superaqueçam. Assim, o seu foguete não precisará resfriar mais do que o único Therm produzido pelo propulsor, este sendo arrefecido pelo sistema de pós-combustão ou através de um radiador leve (carta branca ou o radiador preto D Espelho para Raios-X de Cristal de Grafeno). O problema aqui é que poucos reatores brancos não produzem Therms (o único reator preto do tipo D superaquece), menos ainda aqueles que também concedem um modificador positivo na propulsão e não são solares. A minha opção de escolha é o Fissão NERVA Cermet, que concede +3 na propulsão. A segunda opção, bem inferior, é o reator Fusão Balística de D-T (exige um gerador -[]- ). Este último reator concede +1 na propulsão e divide por quatro o consumo. Em teoria, isto torna o consumo do propulsor em 1/40, mas na prática não faz a menor diferença. Isto porque o propulsor, que era originalmente 3*10 e tornou-se 4*1/40 com o apoio, só conseguirá cruzar quatro ou cinco queimas no máximo. E como o consumo total é arredondado para cima, não importa se o seu foguete cruza quatro queimas consumindo uma etapa a cada dez ou quarenta queimas: no final das contas o seu consumo total da rodada será arredondado para uma etapa.
b) Utilizando um gerador e/ou reator não-solar que superaqueça, mas que tenha o radiador necessário para resfriar o calor do reator e propulsor: esta abordagem é mais eficiente e abrangente para reatores, mas exige obrigatoriamente que traga um radiador branco ou produza o radiador preto D Espelho para Raios-X de Cristal de Grafeno. Note que neste último caso, mesmo se o radiador produzido estiver do lado pesado E contar com o sistema de pós combustão, ainda assim NÃO será suficiente para resfriar junto com o propulsor o único reator preto de classe espectral D, o Plasmoide Alternante de Fusão de H-B.
Conclusão: Independente da abordagem, será preciso pelo menos três cartas específicas para conseguir uma propulsão excepcional de 6*1/10 ou melhor. Apesar desta configuração ser o suficiente para resolver a questão da movimentação pelo restante da partida, ela é tão específica e exigente que fará com que dificilmente terá como utilizar o Fusão H-B de Feixe Colisor sem esperar demais pelas cartas. Se por acaso obteve as cartas certas e a curto prazo, ótimo, mas não conte com a sorte. Comparando com o propulsor GW de classe espectral D, facilmente promovível e que depende de apenas um gerador -[]- (e mais um reator e radiador, na pior das opções), não é à toa que costumo NÃO correr atrás do Fusão H-B de Feixe Colisor e prefiro focar ao invés no propulsor GW, sendo mais eficiente e rápido de tornar operacional, apesar de precisar de combustível isotópico. Mas já teve raras vezes que consegui a combinação certa e em tempo hábil para o Fusão H-B de Feixe Colisor, por isto não o desconsidere automaticamente.
Passando para os robonautas, a classe espectral D tem representantes excelentes neste tipo de carta, tanto no lado branco como preto. Começando pelo Mosquito de Kuck, não se sinta desanimado pelo consumo monstruoso de sua propulsão, reserve o seu uso apenas quando precisar pousar em localidades maiores (guardando etapas de combustível para atravessar a queima de aterrissagem). Perceba que a massa deste robonauta é inexistente, e ele exige apenas um reator do tipo "bomba" como apoio. E reatores brancos deste tipo, com exceção do paquidérmico Projeto Orion, não pesam muito. E daí se alguns estes não conferem bônus ou inferem penalidades à propulsão? Com este robonauta esta deficiência só será sentida nas maiores localidades. E se conseguir uma refinaria que não precise de gerador como apoio, terá a chance de ter um foguete em missão de industrialização com massa bem baixa, especialmente se o seu propulsor principal não precisar de apoio, como o Mariposa Solar ou uma vela. Ou seja, tenha uma outra forma mais econômica de propulsão que este robonauta servirá perfeitamente para um foguete mais "enxuto".
Poupando o Mosquito de Kuck na industrialização: Se possuir este robonauta e utilizar como apoio o reator Fusão Balística de D-T (que exige um gerador -[]- e este possivelmente um radiador), conseguirá uma propulsão fantástica de 11*2, composta inteiramente de cartas brancas! Sim, é uma configuração que exige duas cartas específicas e pelo menos um gerador -[]- operacional. Mas se conseguir formar esta cadeia, poderá utilizá-la na maior parte do jogo, ou até durante toda a partida, se não realizar missões na zona heliocêntrica de Netuno. Desta forma, se obter este robonauta e reator, considere seriamente trazer um segundo robonauta operacional e que não consuma os apoios da cadeia do Mosquito de Kuck, preservando-os quando construir uma fábrica.
A versão preta deste robonauta, o Laser Ablativo é excelente, desde que não dependa dele para sair da fábrica de uma localidade com queima de aterrissagem ou para mover além da zona heliocêntrica de Ceres. Por que enfatizo isto? Porque antes de construir a fábrica você tinha um robonauta com uma propulsão teoricamente funcional*** de 10*8 e com a sua desativação e a produção do Laser Ablativo a sua propulsão será alterada 3*1 (solar e com um dispendioso sistema de pós-combustão de três etapas). Então, a menos que tenha a sorte de reivindicar uma pequena localidade de classe espectral D na zona heliocêntrica de Ceres ou mais próxima, não pense em utilizar este robonauta como propusor se estiver mais distante da Terra (a limitação amenizará se tiver o privilégio Powersat e/ou o bernal ancorado em Órbita Inicial Fábrica de Células Solares L5). Tendo em mente essa restrição solar, esse robonauta ainda assim é muito útil por ter massa zero e não precisar de apoio, mantendo-se operacional até a zona heliocêntrica de Urano (Netuno, apenas se tiver o privilégio Powersat).
*** É possível utilizar o Mosquito de Kuck na industrialização mesmo se sua propulsão não estiver operacional. Se for equipado com um reator correto, mas superaquecendo sem radiadores para arrefecer o calor, o robonauta pode ser utilizado ainda assim para a operação de industrialização, de acordo com o Regras-Base, seção I 7g. Mas neste caso para a prospecção será preciso uma outra plataforma ISRU, como a da carta de tripulação (respeitando a restrição da umidade da localidade e o valor do ISRU).
Curiosidade: O Laser Ablativo como propulsão pode ser observado mais a fundo neste site de pesquisa aeroespacial: https://arc.aiaa.org/doi/10.2514/6.2004-651 . Em uma edição passada, o Mosquito de Kuck era uma carta de classe espectral V. Participei muitos anos atrás de um play-by-forum de High Frontier do BGG, e nomeei a missão de industrialização com este robonauta de "A Iniciativa Pakhomov" (em homenagem a um dos pesquisadores deste projeto) e batizei o foguete de "SS Trimegistus" (uma alusão oblíqua a Mercúrio, para onde o foguete viajaria). Foi uma estratégia arriscada ir direto para Mercúrio (que naquela edição poderia produzir o Laser Ablativo), com risco sério do foguete ser fulminado por uma erupção solar, mas felizmente isto não ocorreu.
O próximo robonauta branco é o Perfuratriz Nuclear, que considero ótimo pela sua simplicidade, sendo capaz de substituir um propulsor se a viagem não for muito longa (até a zona heliocêntrica de Júpiter) e o foguete não tiver massa em demasia (não mais do 10, preferencialmente 8 ou menos). E apesar do tipo de reator que este robonauta exige como apoio ser bem comum, deve-se atentar com o superaquecimento. Para evitar depender demais de radiadores, consideraria como apoios ideais os reatores Fissão NERVA Cermet (por não produzir Therms) e especialmente o Fissão de Película Fina de Rubbia (por produzir apenas um Therm, mas reduzirá pela metade o consumo deste robonauta!). E caso consiga uma refinaria que não exija geradores, o uso deste robonauta como propulsor melhorará ainda mais, por economizar em massa seca.
No outro lado da carta, temos o robonauta preto Canhão Eletromagnétrico Helicoidal, que apesar de ser excelente pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, é um robonauta 5*4 com platafotma ISRU Zero, de classe Míssil E Arma de Feixe, capaz de prospectar qualquer localidade do sistema solar. Por outro lado, apesar de sua propulsão agora passar a utilizar combustível sedimentar, não é mais possível utilizar o sistema de pós combustão e não aceita mais um reator como apoio, mas sim um gerador do tipo -[]- . Isto significa que você perdeu uma categoria de apoio que era mais acessível e fácil de aumentar a propulsão por outra mais escassa e que terá bem mais dificuldade em melhorar o propulsor.
Uma vez produzido o Canhão Eletromagnétrico Helicoidal, colocaria como prioridade máxima a produção local de um gerador preto do tipo D (ambos possuem o símbolo -[]- ), especialmente o Interligação Eletrodinâmica Diamantoide, por não precisar de apoios secundários. Apesar deste gerador não conferir bônus, o Canhão Eletromagnétrico Helicoidal tem propulsão o suficiente para ter uma movimentação satisfatória por rodada (além de poder ser reabastecido em qualquer localidade), ainda mais se você tiver o privilégio Powersat. O outro gerador preto do tipo D é o Multifásico de Rankine, que já mencionei mais acima e que esbarra no dilema: OU terei que trazer um reator (e talvez radiador) da Terra para apoio deste gerador OU produzo o único reator do tipo D (Plasmoide Alternante de Fusão de H-B) mas que superaquece e terei que trazer da Terra um radiador, pois o único radiador preto de classe espectral D não consegue resfriar este reator preto. Por esta dificuldade, contentar-se com o Interligação Eletrodinâmica Diamantoide dá bem menos dor de cabeça e, diferente do propulsor preto Fusão H-B de Feixe Colisor, o robonauta Canhão Eletromagnétrico Helicoidal tem propulsão extra o bastante para ser funcional com apenas uma carta.
Uma vez munido de uma carta com plataforma ISRU zero, você pode passar a considerar localidades inacessíveis até então. Dependendo de onde está a sua fábrica D e se possui robonauta, refinaria e apoios para a próxima industrialização, há várias localidades de alto valor estratégico, seja para nova fábrica e produção de cartas pretas, criação de colônias e busca de Futuros. Considere:
* De uma fábrica de Titã (Ontario Lacus), pode-se industrializar as duas outras localidades desta lua (Kraken Mare E Aeróstato) e sua órbita permite ancorar e promover quase qualquer bernal, e faz sinergia com o Futuro Terraformação do cargueiro promovido Espelhos de Arquimedes-Palmer. Mas note que para esta abordagem é preciso primeiro reivindicar Ontario Lacus com uma plataforma ISRU 2, não sendo possível com o robonauta Perfuratriz Nuclear. Entre os robonauta brancos do tipo D, apenas o Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada é capaz de iniciar a industrialização em Titã. Contudo, a contraparte preta deste robonauta (Catalisação Inercial de H-BG) não será operacional apenas com cartas pretas produzidas nesta fábrica (descreverei esta questão mais adiante). Por isso, nesta abordagem serão necessários dois robonautas. Primeiro é preciso usar o Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada para industrializar Ontario Lacus e depois produzir nesta fábrica o Canhão Eletromagnétrico Helicoidal (e apoio e refinaria) para reivindicar e construir as fábricas nas outras localidades de Titã.
* Quer investir em fábrica/colônia H? Parta para o Aeróstato de Saturno ou a Lua da Terra. Note que nesta última localidade é preciso permissão do Jogador Inicial para reivindicar e NÃO se pode ancorar um bernal a ela - ou seja não serve para cumprir o Futuro Fusão de Prótio do propulsor TW de classe espectral D (Fusão de Foco H-B com Efeito de Fogo Cruzado).
* Quer ancorar e promover um bernal mas não tem propulsão ou combustível para rebocá-lo longe da Terra? O Aeróstato de Vênus está logo ali, permitindo promoção de bernais com símbolo astrobiológico, atmosférico e de impulsão, além de conceder o privilégio Powersat.
* Planeja cumprir o Futuro Esfera de Dyson do colonizador promovido Zeladores de Svalbard? Graças a este robonauta preto você pode reivindicar as duas localidades de Mercúrio exigidas para a industrialização e cumprimento do Futuro.
* Quer uma fábrica S próxima da Terra e sem dificuldades? Próximo de Vesta há um grupamento de dez localidades de classe espectral S (asteróides da família Koronis), todos passíveis de prospecção em uma única operação com robonauta de arma de feixe e plataforma ISRU zero se estiver em órbita no seu baricentro (marcado como ponto "B" no mapa) destas localidades.
O penúltimo robonauta do tipo D a ser discutido é o ótimo Trator à Bateria Eletromecânica pois apesar de ter apenas plataforma ISRU 3, ele possui massa zero (dependendo de um gerador como apoio) e mais importante, é do tipo jipe, permitindo refazer um Teste de Tamanho na operação de prospecção. Este robonauta é a minha opção de escolha para tentar reivindicar, dentre as localidades de classe espectral D, os asteróides jovianos troianos do acampamento Troiano (acima de Titã no mapa).
Se pensar em industrializar localidades M, este robonauta é a melhor opção para prospectar os asteroides Hertha e Lutetia (sendo que este último não é possível com esta carta se utilizar integralmente o Módulo 3 de Conflito, que alterou-o para umidade 1). Finalmente, este robonauta é perfeito para localidades maiores como as luas de Júpiter (Calisto, Ganimedes e Europa) e Marte, pois poderá com uma única operação de prospecção reivindicar todas as localidades conectadas com a linha tracejada amarela (Regras-Base, seção H9, I6b). Apenas tenha ciência das dificuldades de decolar destas localidades (veja a análise das Fábricas C sobre os problemas de Marte).
Se o Trator à Bateria Eletromecânica é ótimo, é ainda melhor o seu lado preto, o Verme de Areia Eletroforético (uma homenagem à criatura de Duna, de Frank Herbert). Em troca de possuir massa 1, este robonauta não precisa mais de qualquer apoio e a plataforma ISRU 1 deste jipe aumenta muito o seu leque de opções. Se planeja construir uma fábrica S com este robonauta, considere os asteroides 4S Unitas e Flora. Ambos situam-se na zona Heliocêntrica de Ceres, possuindo alta chance de reivindicação com este jipe e sendo bem mais fáceis de lidar do que Luna, mesmo esta tendo 100% de chance de prospecção.
O último robonauta branco desta classe espectral é o Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada, sendo mais um do tipo jipe. Comparado com o Trator à Bateria Eletromecânica, seus apoios são bem mais exigentes: em vez de um gerador, é necessário um radiador e um reator do tipo X, o mais incomum. Mas vale notar que o apoio exigido pela refinaria que pretende usar pode ser crucial para o valor deste robonauta. Se a refinaria exigir um reator, o Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada torna-se muito mais atraente do que o Trator à Bateria Eletromecânica. Outro aspecto muito importante é que o Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada possui plataforma ISRU 2, permitindo abordagens mais ousadas do que os seus antecessores:
* Arriscar Deimos: Normalmente, eu não recomendaria uma localidade de tamanho 1, mesmo com o benefício do jipe, a menos que tivesse mais algum fator para mitigar a sorte. Porém, Deimos é muito perto da Terra e você tem aproximadamente 1/3 de chance de sucesso com este robonauta. Considerando os benefícios de uma fábrica precoce e tão próxima, compensa arriscar perder uma rodada tentando a prospecção desta lua marciana. O mais importante é você contar que provavelmente não reivindicará Deimos e precisará de um plano alternativo. Considere Deimos como um ponto de parada em uma viagem maior, com chance pequena mais possível de acelerar a sua estratégia. Voltarei a discutir sobre esta lua marciana na seção das localidades.
Decolando de Deimos se esta lua for inviabilizada, pode partir em direção aos asteróides jovianos troianos do acampamento grego (pegando a rota azul e depois desviando para o sobrevôo orbital de Júpiter) OU aos asteróides jovianos troianos do acampamento troiano (localizados do título "HIGH FRONTIER" no mapa). Ambas regiões ficam a duas ou três queimas de distância de Deimos, por isto parta da Terra com mais combustível do que o necessário para chegar à lua marciana. Assim, não precisará perder rodadas gastando operações de reabastecendo em Deimos . Perceba que ainda assim neste plano alternativo, é possível que não consiga reivindicar qualquer uma quatro localidades de classe espectral D destes acampamentos e tenha que se contentar com uma localidade C. Mas se tiver múltiplas cartas do tipo D, esta abordagem é uma estratégia válida de risco mais elevado mas com ganho igualmente alto.
* Vênus: Se utilizar o reator do tipo X Armadilha de Paul RF de Mini-magnetosfera, este reator reduz para zero o ISRU do Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada, podendo prospectar Vênus, como já descrevi na análise das Fábricas C, na seção "A Iniciativa Vênus".
* Titã (Ontario Lacus) : Este é o único robonauta branco de classe espectral D capaz de reivindicar esta localidade da maior lua de Saturno. Titã tem a vantagem de ser reivindicada com 100% de chance, além de possuir ter múltiplas localidades com símbolos diferentes (astrobiológico, submarino, atmosférico). Porém, se você procura as luas de Saturno, o ideal é que para a próxima industrialização não precise retornar à Terra para ter as cartas necessárias.
O lado preto do Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada é o robonauta do tipo míssil (propulsão 4*1/3) Catalisação Inercial de H-BG. Apesar de combinar de forma excelente plataforma ISRU zero e propulsão extremamente econômica, há dois problemas:
- Primeiro, um robonauta com esta propulsão e plataforma ISRU dói ao jogador quando for desativá-lo para industrializar uma fábrica em outro lugar, especialmente se nesta nova localidade não tiver meios imediatos de transporte para prosseguir a uma missão posterior. Idealmente, gostaria que um foguete com este robonauta possuísse um segundo robonauta no acervo para que fosse consumido na industrialização. Conforme já descrevi anteriormente, na escolha de localidades a reivindicar, use e abuse da plataforma ISRU zero do robonauta, visando localidades previamente inacessíveis.
- A segunda e maior questão é a permanência do reator do tipo X como exigência de apoio para este robonauta preto. Não apenas os reatores do tipo X são mais escassos e raros, mas também não aumentam a propulsão (só melhoram o consumo, que não é necessário com este propulsor), sendo que a massa aumentada do robonauta preto (dois pontos) também não facilita a obter um bônus de propulsão por massa leve. Mas o grande agravante deste problema é que fábricas de classe espectral D NÃO são capazes de produzir este tipo de reator. Desta forma, se a sua intenção é realizar uma nova missão de industrialização partindo desta fábrica e sem precisar retornar à Terra, será necessário OU trazer um segundo reator do tipo X quando partir para industrializar Titã (pois um deles será desativado na construção da fábrica em Ontario Lacus) OU produzir um dos outros robonautas pretos descritos anteriormente (e apoio) OU usar uma das manobras descritas nos parágrafos a seguir.
Estratégia fácil, mas específica: Se você tiver ancorado em Órbita Inicial o bernal Fábrica de Antimatéria L4, a sua tripulação é considerada ter um reator do tipo X à bordo. Assim, a carta de tripulação sua pode servir de apoio para o robonauta Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada (e sua contraparte preta). Porém, quando utilizá-la desta forma na operação de industrialização, a carta de tripulação será OBRIGATORIAMENTE desativada, criando automaticamente uma colônia na fábrica e aparecendo uma nova carta de tripulação no acervo do bernal da Órbita Inicial (Módulo 2, seção 2B3g). Desta forma, se trouxer adicionalmente em seu foguete da Terra uma carta de reator do tipo X convencional, você terá um segundo reator similar para permitir as duas industrializações: a primeira fábrica utilizando um dos reatores como apoio do Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada e a segunda fábrica desativando o segundo reator como apoio Catalisação Inercial de H-BG, lembrando que necessitará também de uma refinaria preta D, produzida na primeira fábrica. A ordem de desativação destas cartas dependerá de qual localidade você deseja criar a colônia obrigatória e se alguma destas necessita o propulsor da carta de tripulação para decolar. Finalmente, se possível traga uma carta de colonizador no foguete da missão de industrialização, para que mantenha tripulado o seu veículo espacial após criar a colônia com a carta de tripulação, assumindo que consiga prosseguir viagem com o foguete ou cargueiro.
Estratégia específica mais extrema, recomendada apenas se não tiver outra opção : Tendo ancorado em Órbita Inicial um bernal que não seja o Fábrica de Antimatéria L4 e não tendo previsão de obter um segundo reator do tipo X nem um robonauta do tipo D mais fácil, há uma outra maneira bem específica de suprir a carência de um reator do tipo X para a segunda industrialização (ou seja, você já industrializou a fábrica D, desativando o reator como apoio do Maçarico Z-Pinch de Fusão Catalisada).
Primeiro, é preciso desativar um colonizador (preferencialmente) ou carta de tripulação na fábrica D, criando uma COLÔNIA. Se desativou um colonizador, este vai para o fundo do baralho da Fila de Colonizadores (de acordo com o Módulo 2, Exomigração - seção 2A6), e você obterá outro colonizador HUMANO que aparecerá no acervo do bernal de Órbita Inicial, bem como qualquer colonizador robô que apareça antes no topo deste baralho, que será posto no acervo da Mão. Este colonizador humano que aparecerá no bernal não terá importância, pois logo será descartado, como verá a seguir. Se desativou a carta de tripulação, a Fila de Colonizadores não será mexida e o colonizador que possui graças ao bernal ancorado em Órbita Inicial, não importa onde esteja, permanecerá no mesmo local do mapa.
Segundo, é PRECISO que tenha em seu acervo de Mão (seja previamente ou seja porque obteve na exomigração que acabou de acontecer) a carta de colonizador robô (Módulo 2, seção 2C2b) Sistema de Segurança. PRODUZA esta carta na operação de produção ET. Como é preciso respeitar o limite do número de colonizadores no mapa (um, por ter o bernal ancorado em Órbita Inicial - Módulo 2, seção 2Ca), isto provocará a demissão e o descarte do colonizador humano (Módulo 2, seção 2C2b, 3o subitem), não importa onde esteja, indo para o fundo do baralho da Fila de Colonizadores. Você agora possui um colonizador robô nesta colônia de classe espectral D, que atende o requisito necessário para promover este colonizador.
Terceiro, PROMOVA o colonizador robô Sistema de Segurança para o lado roxo, passando a ter agora o Navegador de Frankenstein. Esta carta tem apenas um ponto de massa, possibilita a operação de Reabastecimento por Aspiração Atmosférica (Regras-Base, seção I5c) e o detalhe importante para esta estratégia, possui um reator do tipo X embutido. Parabéns, agora você pode tornar operacional o robonauta preto D Catalisação Inercial de H-BG, junto com o radiador branco (que você originalmente trouxe da Terra para resfriar o lado branco desse robonauta). Munido também de uma refinaria operacional preta do tipo D, você pode partir para a próxima industrialização. O ideal é que para esta manobra tenha conseguido preservar a carta de tripulação, pois mesmo um colonizador robô promovido NÃO pode evitar o evento Falha Técnica nem criar colônias, obter Fichas de Glória ou cumprir Futuros pois não é considerado Humano (e para isso é preciso que seja emancipado - tratarei deste conceito ao comentar sobre as cartas de colonizadores robôs, mais adiante).
Quarto, parta com o foguete para a próxima localidade que queira industrializar. Ao construir a nova fábrica, desativa-se a refinaria, o robonauta Catalisação Inercial de H-BG e o robô promovido Navegador de Frankenstein por utilizar seu reator do tipo X embutido. Diferente do colonizador humano, este robô desativado vai para o acervo da Mão (Módulo 2C2a - 5o subitem). Como agora você não possui mais nenhum colonizador no mapa, ativa-se automaticamente a exomigração, e você ganha no acervo do bernal de Órbita Inicial o primeiro colonizador humano que aparecer no topo do baralho da Fila dos Colonizadores. Quaisquer colonizadores-robôs que apareçam antes do colonizador humano vão para a sua Mão. Se não planeja continuar a viajar com o foguete depois desta segunda fábrica e tiver com a carta de tripulação, pode desativá-la e criar uma colônia, com a carta retornando para o acervo do bernal de Órbita Inicial, junto com o novo colonizador humano que acabou de obter.
Concluindo, esta é uma estratégia muito trabalhosa e depende de uma carta específica, com gasto de operações (produção e operação de um colonizador robô que depois retornará para a Mão) e que eu não recomendo se tiver alternativa. Mas se estiver na distante Titã, pode ser preferível a executá-la a ter que voltar para a Terra para só depois continuar a industrializar. Voltarei a adereçar os robôs de forma mais específica na parte II desta análise .
Passando para as refinarias, assim como os robonautas estas têm boa representação nesta classe espectral. A primeira a ser analisada é a Lixiviação Local. Esta refinaria branca difere das outras que descreverei mais adiante por exigir como apoio um reator qualquer (ao invés de um gerador), sendo excelente se combinada com todos os robonautas brancos do tipo D que exigem reatores (i.e. todos exceto o Trator à Bateria Eletromecânica), atentando para o fato de que o reator exigido pelos robonautas tem que ser de um tipo específico. A sua contraparte preta (Cupinzeiro) é uma das refinarias mais leves do jogo, mas infelizmente mantém a necessidade de um reator qualquer como apoio. Se você for capaz de produzir na fábrica D o único reator desta classe espectral (o Plasmoide Alternante de Fusão de H-B), perceberá que ele superaquece em 3 Therms, sendo incapaz de ser resfriado com o único radiador preto do tipo D (o Espelho para Raios-X de Cristal de Grafeno), necessitando que tenha pelo menos uma carta de radiador branco que trouxe da Terra (ou de outra fábrica).
Agora entra um dilema importante: você pode ignorar por completo esta exigência de radiadores, especificamente durante a operação de industrialização (Regras-Base, seção I7g), MAS para todos os outros efeitos a refinaria não estará operacional. Isto não seria um problema, porque normalmente estas cartas só tem a utilidade de construir fábricas. Entretanto, todas as refinarias pretas têm habilidades especiais, cujo texto impresso só será válido se estiver operacional (Regras-Base, seção J2). No caso do Cupinzeiro, a refinaria tem a propriedade "Reabertura de Mina". Esta habilidade única permite transformar, como uma operação, qualquer localidade de tamanho 2+ previamente inviabilizada (ou seja, tentaram reivindicar com a plataforma ISRU exigida, mas falhou no Teste de Tamanho) para automaticamente reivindicada. Então, se produziu o reator Plasmoide Alternante de Fusão de H-B ou possui no acervo um outro reator que superaqueça demais e não possuir os radiadores necessários, terá que escolher entre abrir mão desta ótima habilidade em troca de não ter que lidar com o calor OU ter acesso ao benefício especial, mas precisando se preocupar em trazer da Terra ou de outra fábrica radiadores extras que consigam lidar com o superaquecimento ou então reatores que não produzam Therms em excesso.
Sugestões de localidades para a Reabertura de Mina: Há localidades de tamanho 2-5 no mapa que recomendo em particular, por estarem próximas de fábricas D:
a) Os asteróide Nestor (2C), Agamênon (3C) e Telamon (3C), da família de jovianos troianos (acampamento grego).
b) Os asteróides 3M Lutetia e Hertha.
c) O asteroide Flora (4S) - necessário plataforma ISRU 1 para ter tentado reivindicá-lo previamente.
d ) As luas de Saturno Encélado(5M), Tétis (5C), Mimas (4S), caso tenha partido de Titã (Ontario Lacus).
e) Caso você tenha uma refinaria e plataforma ISRU zero operacional, além de um cargueiro promovido, fica mais fácil ainda construir um elevador espacial em Saturno e sair do gigante gasoso. Primeiro reivindique (e use a Reabertura de Mina, se falhar) a lua Prometeu e deixe seu cargueiro promovido na localidade, sendo efetivamente uma fábrica. Depois, desça até o Aeróstato de Saturno, reivindicando-o e industrialize a localidade. Com dois cubos em cada extremo, construa o elevador espacial. As localidades são consideradas integradas e pode escapar do Aeróstato e retornar diretamente para a lua Prometeu.
f) Urano é distante para a primeira fábrica D, mas possui luas desta classe espectral com 100% de chance de prospecção. Se posteriormente na partida industrializou uma destas localidades (Oberon, Titania, Umbriel) e por algum motivo não quer ou não consegue chegar a Ariel (6V), as luas menores Miranda (4V), Puck (3C), Belinda (2V), Portia (3V) e Julieta (2V) são alternativas sem pontos de Perigo e 100 % seguras com a refinaria Cupinzeiro. Se procura uma localidade S uraniana perto da fábrica D, a opção é Sycorax (3S)
g) Se por acaso construiu uma fábrica do tipo D nos longinquos Caronte, Plutão, Sawiakera e 20021TX, com o Cupinzeiro pode-se industrializar de forma segura as localidades Nix (2V), Teharonhiawako (4S), 19900Y (2V), Hi'iaka (4C) e Namaka (3C).
h) Minerva (3C) + Miahelena (2S - necessário ISRU 1 em tentativa prévia de prospecção): Se você tem o propulsor TW Zubrin-GDM e planeja cumprir o Futuro Viagem Espacial (requer bernal ancorado a anexos industriais de umidade total 8+), a refinaria Cupinzeiro garante este Futuro de forma mais tranquila. Com a industrialização de Ceres (umidade 4), mesmo que tenha fracasso em prospectar Minerva (umidade 3) e Miahelena (umidade 1), a Reabertura de Mina permite que industrialize estas localidades. Daí, basta transportar o bernal para esta órbita (próxima da Terra) e ancorá-lo (não precisa promovê-lo) a estes anexos industriais, cumprindo assim o Futuro muito mais facilmente do que tentar as Luas de Júpiter, por exemplo.
Obs: Note que a esmagadora maioria de Cometas de Órbita Excêntrica (Regras-Base, seção B7h) possuem tamanho 1 e estão fora do alcance da Reabertura de Mina.
A próxima refinaria é a Sinterização de Vidro Celular, uma típica refinaria branca de três pontos de massa e exigindo o customeiro gerador. A sua versão preta (Crescimento Pedestal por Aquecimento a Laser tem massa bem reduzida e melhora as chances de reividicação se integrada a uma plataforma ISRU de arma de feixe, passando a ter sucesso automático para localidades de tamanho 5 prospectados com uma arma de feixe (respeitando o requisito de ISRU) que esteja no mesmo ponto da refinaria. Apesar desses benefícios, eu não costumo usar muito esta refinaria produzida em fábrica por ela manter a necessidade de um gerador. E dos dois geradores que podem ser produzidos em fábricas do tipo D (descritos mais adiante), um deles exige um reator e outro considero muito bom como apoio de propulsor GW/TW para ser desativado em industrialização.
Sendo assim, eu prefiro utilizar esta refinaria com um gerador produzido por uma fábrica de outra classe espectral e que não exija apoios (combina muito bem com os geradores pretos C) do que usar os geradores produzidos na fábrica D para esta finalidade. Porém, essa produção de refinaria + gerador pretos (e reator de apoio, se precisar) pertencentes exclusivamente a tipo D pode funcionar bem se for curta a distância entre a fábrica inicial e a localidade que deseja industrializar ,especialmente se tiver um colonizador engenheiro para produzir novamente a refinaria, gerador e robonauta do tipo D.. E se a fábrica seguinte for capaz de produzir um gerador independente e mais dispensável para que sirva de apoio quando produzir o Crescimento Pedestal por Aquecimento a Laser novamente, melhor ainda.
A última refinaria branca é a Flotação, que excetuando o Rad-Hard mais alto, é idêntica a Sinterização de Vidro Celular. Já sua contraparte preta, a Femtoquímica é excepcional, sendo uma das minhas favoritas. Além de não precisar de qualquer tipo de apoio, se estiver integrada em operações de reabastecimento, ela DOBRA a extração de tanques de combustível, sendo CUMULATIVA com outras habilidades.
Exemplos de extração de tanques de combustível hídrico ou isotópico na fábrica da mesma classe espectral de seu propulsor GW/TW utilizando a refinaria preta Femtoquímica em UMA operação de reabastecimento:
a) Se estiver com a refinaria + platforma operacional ISRU 2 em localidade de umidade 4, obtém-se seis tanques hídricos: [ 1 + (4-2)] x2 = 6
b) Se estiver com a refinaria em uma fábrica, obtém-se catorze tanques hídricos: 7 x 2 = 14
c) Se estiver com a refinaria + platforma operacional ISRU 2 em localidade de umidade 4 e estiver com a carta de tripulaçao ACE e estiver ativo o seu privilégio de facção (extrai um tanque de combustível adicional durante operação de reabastecimento), obtém-se oito tanques hídricos: [1 + (4-2) +1] x2 = 8
d) Se estiver com a refinaria em uma fábrica e estiver com a carta de tripulaçao ISRO e estiver ativo o seu privilégio de facção (dobra a extração de tanque de combustível durante operação de reabastecimento se possuir uma ficha de Glória integrada), obtém-se vinte e oito tanques de combustível hídrico: 7 x 2 x 2 = 28 .
Sim, é isto mesmo que você leu acima, sendo que há outras combinações que, mesmo sem esta carta de tripulação, também concedem uma enorme quantidade de tanques hídricos. Se extrair todos esses tanques e retornar para a Terra logo na primeira industrialização para converter em aquas e ter recursos à vontade, pode tornar-se uma grande vantagem, especialmente se a fábrica estiver na zona heliocêntrica de Ceres ou mais próxima da Terra. Este retorno imenso de também aquas servirá muito bem para financiar o Futuro de Elevação Biológico, presente nas cartas de colonizadores robôs promovidos, caso você tenha obtido algum deles. Mas para não tachar este acúmulo como necessariamente absurdo, é preciso lembrar que:
- Aquas tem seu valor estratégico reduzido na medida em que o jogo progride (e o tempo vai se tornando mais valioso).
- Além da distância de retorno fábrica-Terra para obter seu lucro, terá que ter espaço de armazenamento em seu foguete para carregar estes tanques (massa molhada máxima: 32) e precisará gastar uma parte como combustível.
- Enquanto a carta de tripulação ISRO estiver com a ficha de Glória (não podendo pegar mais nenhuma ficha enquanto isto) e seu foguete estiver parado reabastecendo, seus oponentes podem estar livres para pegar mais fichas de Glória, perigando você ficar atrás nesta corrida. Para contornar isto, se o jogador desta facção possuir um colonizador humano no tabuleiro, pode criar um novo acervo de foguete com ele (transformando o acervo que está recebendo reabastecimento em posto avançado) ou produzir um cargueiro transportando este colonizador para obter Glória (mas atente para a limitação de propulsão 1*0 deste cargueiro, 2*0 se tiver Powersat).
e) Se estiver com a refinaria em uma fábrica e estiver com a carta de tripulaçao ACE e estiver ativo o seu privilégio de facção, obtém-se quatro tanques de combustível isotópico: (1 + 1) x 2 = 4. Este valor também é obtido se utilizar o privilégio da facção ISRO: 1 x 2 x 2 = 4.
f) Se estiver com a refinaria em uma fábrica e estiver com um colonizador do tipo minerador, obtém-se vinte e oito tanques hídricos: (7 x 2) x 2 = 28
***** AVISO IMPORTANTE DE MUDANÇA DE REGRA (A partir do Módulo 3): O módulo 3 (Conflito) que não foi publicado no Brasil alterou a habilidade do colonizador minerador (Módulo 3, seção 3A3i). AO INVÉS de conceder como ação livre uma operação de Reabastecimento toda rodada, agora este tipo de colonizador REPETE a extração quando você FIZER esta operação. Esta mudança é significativa, pois OBRIGA você a gastar a sua operação da rodada para obter o benefício, enquanto antes permitia que você executasse outras operações enquanto o colonizador acumulava tanques livremente, deixando-os prontos para um resgate enorme de combustível quando seu foguete chegasse na localidade. Eu aprovo esta mudança na regra.*****
g) Se estiver com a refinaria Femtoquímica em uma fábrica e estiver com DOIS colonizadores do tipo minerador e possuir a carta de tripulaçao ISRO ou ACE com privilégio ativo, obtém-se dezesseis tanques de combustível isotópico: 1 x 2 x 2 x 2 x 2 ou (1+1) x 2 x 2 x2 = 16 . Mas lembre-se que, de acordo com as regras do Módulo 2 - seção 2Ca, você pode ter no máximo 1 colonizador por bernal ancorado ou 2 por bernal ancorado E promovido. Em teoria, é possível possuir na mesma localidade até quatro colonizadores mineradores se tiver ancorado e promovido os seus dois bernais e ter conseguido obter quatro colonizadores desta profissão, mas é uma expectativa MUITO irreal.
Dica: Procure se puder, pela refinaria Femtoquímica e/ou pelo menos um colonizador minerador quando planeja cumprir Futuros de certos propulsores TW que, entre outros pré-requisitos, exijam o acúmulo de tanques de combustível isotópicos (Futuro de Nave de Amônia Congelada Lítica, Futuro Mini-Buraco Negro). O benefício é óbvio: em vez de gastar dez rodadas acumulando um tanque isotópico por operação, consegue-se acelerar muito a extração necessária, economizando rodadas para cumprir esses Futuros.
h) Se estiver com a refinaria Femtoquímica em uma fábrica e estiver com a carta de tripulaçao ACE, possuir o colonizador minerador promovido Aviadores Alquimistas (cuja habilidade especial, sem precisar cumprir o Futuro, é dobrar a extração de combustível isotópico), além de possuir o cargueiro promovido Coletor/Vela de Antiprótons E ter cumprido seu Futuro Antimatéria (reabastecimento isotópico dobrado), obtém-se trinta e dois tanques de combustível isotópico: (1 + 1) x 2 x 2 x 2 x 2 = 32 . Este exemplo poderia até ser mais absurdo se tivesse mais um colonizador minerador e/ou se possuísse o propulsor TW Fusão Inercial 3He-D Dédalo após executar o Futuro Candeia de Fusão, mas aí já seria demais
.
Por todos os casos acima descritos, fica claro porque gosto tanto da refinaria Femtoquímica.
FIM DA PARTE I