Industrializando em High Frontier 4ALL (Fábricas M)
Vamos agora à quarta parte do guia de industrialização da primeira fábrica em High Frontier. Nesta postagens discutirei as cartas e as localidades do tipo M, concentrando-me especialmente nas patentes mais interessantes e áreas mais viáveis de estrear a sua industrialização no jogo. Eu não listarei todas as localidades M, concentrando-me naquelas que são mais interessantes como a sua *primeira* fábrica. A ênfase no "primeira" se deve porque há locais no mapa que são fáceis de prospectar e industrializar, mas que devido à distância ou ao tamanho, não recomendaria como a primeira fábrica M por haver outras opções estrategicamente mais fáceis. Mais adiante, discutirei algumas destas localidades se tiverem importância para industrialização posterior.
Nota: Você pode acessar as análises de todas as classes espectrais através deste link.
Disclaimer: HF4All é um jogo que sofre alterações nas regras até hoje, com base no feedback dos jogadores. Da mesma forma que as regras em inglês impressas receberam alterações posteriores até sair a versão em português, o jogo continua sendo modificado em um documento online chamado Living Rules . Pode ser que algumas das dicas abaixo não valham mais por alguma alteração de regra, então não levem o que escrevi a ferro e fogo ou como verdade absoluta.
A outra questão se refere a quais manuais adereçar neste guia. NÃO estou usando os Diamantes Espaciais ou o Corrida para Glória pois estes contêm regras que destoam ou reduzem as regras do básico. O conteúdo deste guia se concentrará no manual Regras-Base (incluindo apoios, cinturões de radiação, etc), INCLUINDO o Módulo Zero - Política. Para fins de referência, se um trecho deste guia está nesta cor preta-padrão, é porque estou usando as Regras-Base.
Porém quando eu usar palavras usando fonte em vermelho , é porque estou mencionando o Modulo 1 (cargueiros, propulsores GW/TW, Futuros) . Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 1, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.
Da mesma forma, se houver palavras nesta fonte em azul, é porque estou mencionando o Modulo 2 (Bernais e Colonizadores). Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 2, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.
Finalmente, alguns trechos abaixo envolvem estratégias bem mais avançadas do que a primeira fábrica, especialmente aqueles envolvendo os objetivos mais a longo prazo. Portanto, estou adicionando esta fonte verde quando estiver me referindo a dicas avançadas de estratégia, geralmente incluindo todos os módulos em português. Portanto, se não estiver seguro das regras dos módulos, ignore estas seções ou leia sem compromisso e sem pânico.
Introdução:: Na edição anterior a fábrica M era considerada a fábrica mais forte por ser bem mais acessível de construir do que as fábricas S e sendo tão poderosa e autossuficiente quanto. Na quarta edição houve uma reclassificação de certas cartas, não concentrando tanto no tipo M, mas ainda assim a fábrica desta classe espectral continua sendo a minha favorita, assumindo que tenha acesso às cartas adequadas. De forma geral, fábricas M produzem dois ótimos geradores, radiadores por excelência, um único robonauta e reator, duas refinarias bem úteis e um ótimo cargueiro, além de um propulsor GW/TW que terá facilidade em torná-lo operacional.
Aviso importante: CERTIFIQUE-SE de que possua pelo menos uma carta em sua mão que possa ser virada para o lado preto na operação de produção extraterrestre após construir a sua fábrica. Em outras palavras, se quiser construir uma fábrica M, tenha pelo menos uma carta de patente com o símbolo M que possa ser produzida em seu lado preto. Não adianta nada montar um foguete com cartas D e C e após industrializar Lutetia, descobrir que não tem nenhuma patente no momento a ser produzida na fábrica extraterrestre e daí ter que correr atrás de leilões de pesquisa.
Quanto às localizações, uma abertura "M" geralmente consiste na tentativa de prospecção dos asteróides Hertha/Lutetia ou mais raramente, Psiquê (se tiver o robonauta de plataforma ISRU 1, Laser de Elétrons Livres), ou se decidiu ousar e viajar longe de primeira, a lua Encélado de Saturno.
Cartas M a considerar:
Começando pelos propulsores convencionais, a carta Tubeira Convergente-Divergente é um propulsor 5*4 que exige como apoio um reator não-X. Em edições passadas, essa carta era um pouco forte demais (propulsão 5*2), mas atualmente é um propulsor "Ok" que dependerá muito do reator para melhorar sua performance, idealmente conseguindo um reator que reduza o consumo do combustível (mas veja o próximo parágrafo). Note que sua propulsão é similar a de alguns robonautas do tipo "míssil" e se com estes consegue movimentar seu foguete, você pode abrir mão deste propulsor. TODAVIA, lembre-se que ao industrializar o seu robonauta será desativado. Se planeja um retorno para a Terra, será preciso produzir uma carta preta com propulsão (e apoio) ou utilizar o custoso propulsor da carta de tripulação (exceção: Facção Shimizu). Ou seja, pode ser uma boa idéia trazer o Tubeira Convergente-Divergente (e apoio) como propulsor secundário, visto que a massa zero da carta não provocará encargo extra para a viagem.
A versão preta deste propulsor (Tubeira Magnética), reduz drasticamente o consumo mas a custo da propulsão (3*1). Enquanto o Tubeira Convergente-Divergente ficava melhor com um reator que reduzia o consumo, com o Tubeira Magnética você desejará um modificador na propulsão. Isto se dá porque esta carta não pode ser impulsionada por um Powersat (apenas um propulsor do tipo M possui o símbolo de impulsão), o seu sistema de pós-combustão consome três etapas de combustível (custoso para o uso contínuo) e provavelmente sairá da fábrica carregado de tanques hídricos (i.e. a massa molhada reduzirá a propulsão). Ainda por cima, você terá que se preocupar em conseguir decolar das localidades. Se você conseguir ultrapassar este obstáculo e conseguiu um reator com modificador positivo na propulsão (seja retornando à Terra e lançando em órbita um reator branco apropriado, seja trazendo de antemão um reator na missão de industrialização e não o desativou), você terá um propulsor excelente, podendo usá-lo até o final da partida se não quiser/precisar de propulsores GW/TW.
Não há muito o que discutir sobre o propulsor branco Tubeira-rolha Monoatômica. Como o Tubeira Convergente-Divergente, esta carta tem massa zero, exige um reator (mais específico que o propulsor anterior), este último também sendo determinante para a sua eficiência. A diferença é que é um pouco mais econômico em troca da perda de propulsão (4*3).No geral, considero esta troca mais do que justa, pois o tipo de reator que utilizará costuma compensar bem a sua perda. Já a versão preta desta carta (Tubeira com Câmara de Vórtice) oferece uma troca inversa em relação ao propulsor preto anteriormente descrito (Tubeira Magnética): é um propulsor mais potente e menos econômico (4*2) comparado àquela carta preta. (3*1), enquanto mantém o requisito de um reator como apoio. A necessidade de um radiador além de um reator poderia ser um problema SE as fábricas de classe espectral M não fossem tão capazes de produzir radiadores. Graças à potencia maior e a um sistema de pós-combustão mais barato (custando uma etapa de combustível por ativação), este propulsor preto terá mais facilidade em decolar e aterrissar em localidades.
Se tivesse que escolher entre estes dois propulsores pretos, optaria pelo Tubeira Magnética pelo seu consumo menor, desde que tenha um reator de apoio para elevar sua propulsão para 6*1, de preferência. Mas não se engane, o Tubeira com Câmara de Vórtice é um propulsor muito competente com o seu apoio, salvo para as viagens mais demoradas e sem chance de reabastecimento.
O último propulsor de classe espectral M é a Catapulta Eletromagnética, que difere bastante dos anteriores. Este usa combustível sedimentar, pode ser impulsionado por um Powersat e exige, ao invés de um reator, um gerador do tipo -[]- . Apesar do seu consumo não ser muito alto (três etapas por queima), o foguete que utiliza este propulsor para uma viagem de industrialização costuma ser bem pesado. Primeiro, só a massa desta carta conta três pontos de massa seca. Segundo, um gerador -[]- (e apoios) costuma adicionar três ou quatro pontos de massa para ser operacional. Terceiro, além destes 6-7 pontos de massa, acrescente à massa seca uma carta de refinaria (comumente +3 pontos de massa) e robonauta (0-3 pontos de massa). Quarto e último ponto, tem a questão dos apoios para robonauta e refinaria. Se tanto a refinaria como o robonauta exigirem um reator como apoio, acrescentará mais 1-3 pontos de massa adicional. Se necessitar de um gerador ao invés, adicionará 2-4 pontos de massa. Eu costumo chamar o uso deste propulsor como "vôo de galinha": pesado e não muito econômico, o foguete costuma fazer uma breve viagem por duas ou três queimas antes de pousar em uma localidade de tamanho menor (1 ou 2) e reabastecer com sedimento para na rodada seguinte continuar a viagem, repetindo este procedimento até chegar a seu destino.
Nota: Você pode economizar massa ao utilizar o gerador -[]- de apoio do propulsor (e/ou o reator de apoio ao gerador -[]-, se este requerer) para também ser apoio do robonauta/refinaria, MAS lembre-se que neste caso estes serão desativados na industrialização. Cuidado para seu foguete não ficar "encalhado" em um asteróide após não possuir mais o apoio exigido pelo propulsor. Nesta situação, as opções são: realizar uma viagem apenas de ida, conseguir produzir a carta preta necessária para viabilizar a propulsão ou retornar para a Terra utilizando apenas a propulsão da carta de tripulação.
A versão preta do propulsor sedimentar é o MPD de Onda Progressiva, que também utiliza este tipo de combustível, mas considero BEM mais complicado de utilizar. Honestamente, este é um dos propulsores que menos vê uso nas minhas partidas. Isto porque, apesar de seu consumo diminuto, tem uma propulsão pífia de 2 e sem sistema de pós-combustão. De que adianta consumir pouco e reabastecer em qualquer localidade se não consegue se mover ou decolar? Mesmo com uma configuração de baixa massa e com o privilégio de facção Powersat, este propulsor é problemático. A solução para esta propulsão jaz no seu gerador -[]- de apoio. Se este exigir um reator de apoio que adicione pelo menos +2 na propulsão ou se você tiver previamente produzido o gerador preto S Microfissão Z-Pinch que adiciona +4 na propulsão, aí terá uma configuração desejável (lembre-se apenas que pode precisar de radiadores para arrefecer o calor dos apoios). Assim, necessitando de cartas específicas para tornar eficiente este propulsor preto, o uso desta carta é mais uma questão de oportunismo em obter estas cartas durante a partida (antes de produzir este propulsor) do que um planejamento direcionado, iniciado a partir do momento que produziu o MPD de Onda Progressiva e daí torcendo para que apareçam os apoios corretos.
Passando para os robonautas, há apenas um exemplar deste tipo de carta que pertence à classe espectral M. Como já comentei nas postagens das fábricas V e S, o ideal é que consiga produzir tanto robonautas quanto refinarias pretas em uma fábrica para que já possa partir para uma nova industrialização, em vez de ter que se desviar para outra fábrica ou para a Terra e obter o restante das cartas necessárias. E da mesma forma que as classes espectrais anteriores, há dependência de uma carta exclusiva de robonauta ou refinaria. Por exemplo, para a classe espectral V, só há um robonauta deste tipo (Rompedor). No caso de fábrica S, só há uma refinaria (Fiação de Fibras de Basalto). Agora, para uma localização industrializada de classe espectral M, a dependência fica a cargo do robonauta branco Resistojato de Tungstênio. Portanto, valorize este robonauta e considere iniciar a industrialização com esta classe espectral se obteve esta carta.
Quanto às características do Resistojato de Tungstênio, considero um ótimo robonauta por ter massa zero, com facilidade de obter apoio (apenas um gerador do tipo "e") e com um propulsor 5*4 embutido. Porém, deve-se prestar atenção às suas limitações, ainda que leves:
- A primeira deficiência é a combinação de ser um robonauta do tipo míssil (sem facilidade extra para prospeccção) com uma propulsão de 5. A questão é que, salvo se tiver algum apoio que adicione a este valor de 5, o propulsor desta carta será capaz de pousar apenas em localidades de tamanho médio ou inferior (especialmente se utilizar um apoio solar e for para a zona heliocêntrica de Ceres em diante), sendo justamente as de menor chance de reivindicação. Mas como normalmente sua primeira investida em fábricas M costumam ser os asteroides Hertha e Lutetia (ambos 3M), é um problema que já faz parte desta estratégia. Mas perceba que sem uma carta para ajudar na prospecção, você ficará dependente da sorte. Para contornar isto, é melhor ter um plano B (e C). Por exemplo, um foguete com este robonauta é capaz de pousar e tentar reivindicar os asteróides Hertha ou Lutetia. Fracassou no primeiro asteróide? Vá para outro que não tentou, visto que estão apenas a duas queimas de distância (você pode já prever isto e carregar tanques de água em seu foguete para cobrir essa contingência, para evitar gastar turnos em operações de reabastecimento). Teve azar na segunda prospecção? Aí já gastou tempo demais e valerá mais a pena reconsiderar sua estratégia e industrializar qualquer localidade ASAP, como por exemplo o asteroide 5C Higéia. Retornarei a esta questão na parte III desta análise.
- A segunda deficiência é que este robonauta possui ISRU 3, sendo bem menos abrangente na prospecção de localidades na área mais interna do sistema solar (das zonas heliocêntricas de Ceres a Mercúrio). Esta restrição pode motivá-lo ao invés a partir para Ceres ou Marte, que pode ser uma estratégia melhor e mais imediata (especialmente no caso de Ceres) SE tiver cartas pretas de classe espectral C que valham a pena. Lembre-se apenas que a desativação deste robonauta o privará de um propulsor e não poderá produzi-lo na fábrica do tipo C.
A versão preta deste robonauta, o Arcojato MITEE, é um ótimo "upgrade", mesmo reduzindo a potência do propulsor (de 5 para 4). A plataforma ISRU 1 abre um enorme leque de opções, o consumo do propulsor é reduzido pela metade, a sua massa continua sendo zero e mesmo mantendo a necessidade de um gerador "e" como apoio, não chega a ser um grande obstáculo pois a mesma fábrica M é capaz de produzir excelentes geradores pretos. Por ser um robonauta tão eficiente, dá até pena de ter que desativá-lo em uma futura industrialização em vez de usá-lo apenas como meio de transporte e prospecção.
Se a sua fábrica M for próxima da Terra e não tenha previsão de obter um propulsor melhor, considere um retorno rápido para lá e lançar um segundo robonauta (e apoio) para ser desativado em sua próxima industrialização, de preferência em uma localidade cuja classe espectral produza uma variedade de robonautas (C, S, D). Desta forma, você não precisará se desfazer do Arcojato MITEE e já produzirá um robonauta preto para a próxima industrialização. Uma outra opção se você for o Jogador Inicial deste Ciclo solar (ou tiver formas de burlar esta restrição se for capaz de cometer Delitos, por exemplo), considere reivindicar a Lua se tiver um propulsor capaz de aterrissar em sua localidade S (Shackleton). Localidades do tipo S são excelentes para obter novos propulsores, mas se ainda assim quiser preservar posteriormente o Arcojato MITEE, vá antes para LEO ou para o seu Bernal de Órbita Inicial (se possuir) e lance um robonauta (e apoio) para ser futuramente desativado na industrialização. Lembre-se: é uma manobra legal e válida você utilizar a plataforma ISRU 1 do Arcojato MITEE para reivindicar a localidade e utilizar outro robonauta (e apoio) na industrialização, desativando-o.
Em relação às refinarias, a primeira a discutir é a Moldagem CVD, que se destaca por não precisar de qualquer tipo de apoio, sendo mais fácil de montar um foguete adequado e teoricamente faz economizar massa. Enfatizo "teoricamente" porque numa missão de industrialização normalmente será necessário apoios para refinarias E robonautas, e para poupar massa é de praxe buscar que um único apoio sirva para ambas as cartas. Por isto, em termos práticos, se o seu robonauta exige um gerador, não fará diferença na economia de massa ter uma refinaria que exija esse mesmo apoio ou possuir uma que não exija qualquer apoio. Isto não significa que a Moldagem CVD é uma refinaria qualquer, pois ela te dará mais liberdade de planejamento na hora de optar por robonauta e a necessidade de um gerador ou reator. Apenas chamo atenção que essa vantagem não é tão forte como pode parecer quando avaliarem a carta isoladamente.
A sua versão preta, a refinaria Volatilização de Carbonila, é uma das minhas preferidas por causa de sua habilidade em reduzir em 3 o Teste de Tamanho se Integrado numa localidade de classe espectral S, facilitando muito a sua reivindicação. Se possuir uma plataforma ISRU 2 ou menor, aqueles minúsculos asteróides S que orbitam próximos à zona heliocêntrica da Terra tornam-se muito viáveis e excelentes candidatos para sua próxima industrialização. Eu detalhei a estratégia com esta refinaria preta mais a fundo no tópico das Fábricas do tipo S, especificamente na "PARTE III - Localidades S para a sua primeira fábrica", item III.
A outra refinaria branca é a Galvanoplástica. Esta carta não tem nada de especial, sendo a típica refinaria de massa padrão 3 e exigindo um gerador de apoio. A sua contraparte preta, a Sinterização e Estampagem, é uma versão mais genérica só que mais abrangente da Volatilização de Carbonila: em vez de conferir -3 em Testes de Tamanho em localidades de classe espectral S, ela confere -1 para qualquer localidade. Esta habilidade, associada ao fato de não precisar mais de um gerador de apoio, tornam esta refinaria bem útil e capaz de fazer a diferença, ainda que não seja revolucionária.
O único reator do tipo M é o Fissão de Película Fina de Rubbia , cuja redução de consumo pela metade torna-o um ótimo apoio para propulsores (e robonautas do tipo Míssil) de valor maior e consumo elevado. Tratando-se de reatores, esta carta superaquece pouco, necessitando resfriamento de apenas um Therm. Todos estes atributos são aplicados também para a sua versão preta (Garrafa de Positrônio), que tem as mesmas características exceto por ser um pouco mais leve e ,mais importante, adicionar o tipo "X" em sua classe de reator. Para propulsores mais econômicos e de potência menor, a utilidade de ambos os reatores cai, pois normalmente desejará mais um apoio capaz de elevar a sua potência, a fim de pousar/decolar de localidades e gastar menos tempo em viagens.
Desta forma, enquanto o Fissão de Película Fina de Rubbia é excelente para os propulsores que citei anteriormente (Tubeira Convergente-Divergente, Tubeira-rolha Monoatômica, com respectiva propulsão de 5*4 e 4*3), para as suas versões pretas (Tubeira Magnética, Tubeira com Câmara de Vórtice, com respectiva propulsão de 3*1 e 4*2) o seu consumo já é reduzido o suficiente para que talvez deseje ao invés um apoio que aumente a sua potência, ao invés de melhorar ainda mais o consumo. Este pode virar um dilema interessante, dependendo para aonde que seu foguete viajará a seguir. Por exemplo, Se tiver na fábrica M o propulsor branco Tubeira Convergente-Divergente e pode produzir o reator preto Garrafa de Positrônio, o que valerá mais a pena? Manter o propulsor do lado branco e com o apoio produzido ter uma propulsão modificada de 5*2 ou produzir o propulsor preto Tubeira Magnética e ter uma propulsão de 3*1/2? Lembrando que pode-se obter facilmente tanques de água em reabastecimento em fábrica, pode ser que esta economia de propulsão não seja necessária e seja mais importante chegar logo a seu destino. Lembre-se: em High Frontier, o tempo é um recurso precioso.
Agora, em relação aos geradores, as fábricas de classe espectral M são ótimas, pois produzem a maior quantidade de geradores pretos não-solares, todos apresentando o tipo -[]- , com a metade deles não precisando de nenhum apoio (os outros dois são mais difíceis de serem usados, um deles horrível). Qual a importância disto? Geradores -[]- são mais escassos que os do tipo "e" e necessários como apoio de algumas cartas importantes. E por serem não-solares não precisará se preocupar com seu desempenho nas zonas heliocêntricas mais distantes.Um dado importante é que, com exceção da classe espectral V, todos os propulsores promovidos do jogo exigem este tipo de gerador. Portanto, a menos que pretenda não utilizá-los ou sua meta é equipar o propulsor TW Plasmas Complexos, você precisará de um gerador -[]- para tornar operacional o propulsor TW. Vale lembrar que um gerador -[]- solar como apoio não infligirá o modificador de zona heliocêntrica em um propulsor GW/TW (Regras-Base, seção J5d) e funciona a princípio tão bem quanto um gerador -[]- não solar. PORÉM, se o foguete tentar iniciar o movimento na zona heliocêntrica de Netuno, este gerador (e por consequência, o propulsor GW/TW) estará não-operacional a menos que tenha o privilégio de facção Powersat. Ou seja, é importante levar esta limitação em consideração porque alguns Futuros exigem que sejam realizados em certas localidades na área mais externa do sistema solar.
O primeiro gerador a discutir é o Stirling Radioisotópico. Apesar de sua massa não ser tão grande quanto os geradores mais pesados, ela é ainda significativa e inflige uma penalidade horrenda de -2 na propulsão. Você pode planejar que o acervo de seu foguete não utilize este gerador para propulsão, empregando-o apenas como apoio do robonauta e refinaria. Contudo, como esta abordagem provavelmente requer um apoio independente para o propulsor (ou mais, se este necessitar de apoios secundários) este acúmulo de massa extra pode acabar sendo um problema. Como regra geral, eu optaria por usar este gerador para apoio do propulsor se este tiver uma propulsão basal de 5 (4 se você possuir ativo o privilégio Powersat e puder ser aplicado no propulsor), até para não temer tanto a passagem pelo cinturão de radiação da Terra.
Note que se você lançou no LEO uma carta de bernal, este gerador será INÚTIL como apoio da estação espacial PARA ATIVAR o propulsor dessa carta (3*3). Como o acervo do bernal já terá um modificador de massa de -1 (massa seca 13 somando a carta do bernal com este gerador), este modificador somado ao do Stirling Radioisotópico fará com que a propulsão da estação espacial seja zero, incapaz de cruzar um ponto de queima sequer. Se conseguir mover o bernal por outro meio, este gerador é uma opção para ancorar a estação na Órbita Inicial, mas lembre-se que a massa deste acervo já é muito alta para acrescentar mais cartas, levianamente . Pode ser melhor considerar um outro gerador menos problemático, para ajudar na propulsão do bernal E ancorá-lo.
Se o Stirling Radioisotópico é complicado de usar, a sua versão preta, o gerador Bateria Nuclear de Decaimento Estimulado é espetacular. Isoladamente, considero talvez o melhor gerador do High Frontier, pois possui apenas um ponto de massa, não há necessidade de apoios extras, não inflige modificador negativo ou solar, tem um Rad-Hard de 6 e possui os símbolos "e", -[]- . Não há muito o que acrescentar sobre esta carta e se não causar problema para seu limite de cartas na Mão, pode valer a pena manter o Stirling Radioisotópico nesta reserva se pretende em seguida construir uma fábrica M e ter acesso a sua versão preta excepcional.
O próximo gerador, o APC com Bateria Eletromecânica (que eu o apelido de "O Queijo" - basta ver a sua ilustração) é um monstrengo que possui quatro pontos de Massa e com dependência solar, MAS é o único gerador branco do tipo -[]- que não exige qualquer apoio. Claro, você pode ter a oportunidade extraordinária de ganhar em leilões o gerador Termoelétrico AMTEC e os seguintes apoios: reator Fissão NERVA Cermet e radiador Membrana de Bolha. Essa seria a configuração mais otimizada em termos de massa (2) para um reator branco operacional do tipo -[]- , mas quanto tempo demorou para obter cada carta? Quanto gastou em cada leilão? Será que esse esforço, tempo e aquas para ter dois pontos de massa a menos em relação ao APC com Bateria Eletromecânica compensaram? Não seria mais fácil aceitar a massa maior e já ter um apoio operacional para o seu propulsor VASIMIR Panderomotivo ou para o robonauta Laser de Eletrons Livres? É por este motivo de praticidade e de pronto apoio que gosto do "Queijo", apesar de sua massa. Apenas evite que o foguete fique com uma massa seca alta demais associada a um propulsor de consumo elevado (4 ou mais) e também não dependa deste gerador para mover além da zona heliocêntrica de Ceres.
A contraparte preta do "Queijo" é o gerador Adutor Supercondutivo, um outro gerador -[]- não-solar e de massa baixa, só perdendo por pouco para o Bateria Nuclear de Decaimento Estimulado porque seu Rad-Hard é um pouco menor (4). Mas não tenha dúvida: este é um dos melhores geradores do jogo, para mantê-lo e apoiar suas cartas até o final da partida.
Partindo para o gerador MHD de Rankine, esta carta é complicada de utilizar por necessitar de um radiador para resfriar dois Therms e um reator. Em adição, é um gerador do tipo "e", menos versátil do que geradores que exigem os mesmos apoios (Turbina de Brayton e Termiônico Integrado) e que possuem também o símbolo -[]- . Ainda por cima, apesar da massa zero do MHD de Rankine, a massa dos apoios que ele exige acaba tornando-o tão pesado quanto a maioria dos geradores solares. Porém, se o seu propulsor exige um gerador "e" e tem uma propulsão baixa (ex: Efeito Hall), necessitando portanto de um aumento em sua potência através de um reator, este gerador pode ser a resposta. Finalmente, este gerador (e sua versão preta) é o único da classe espectral M que possui o símbolo do Pac-Man, habilitando a Operação de Reabastecimento por Aspiração Atmosférica (Regras-Base, seção I5c), cuja utilidade já descrevi na Parte II das Fábricas do tipo C.
Do outro lado da carta, temos o gerador preto MHD de Ciclo Aberto, que reduz a necessidade de apoios para apenas um tipo de reator, além de manter massa zero, acrescentar o símbolo -[]- como gerador e conferir +1 na propulsão que o exige como apoio. Ou seja, ele torna um gerador desagradavelmente complicado de funcionar em um componente bem mais amigável, embora não tanto quanto os geradores pretos descritos anteriormente. Mas vale um alerta: se pretende utilizar este gerador preto, será preciso um reator lançado em órbita ou produzido em outra fábrica, pois o tipo de reator que o MHD de Ciclo Aberto exige NÃO pode ser produzido em fábricas M: o único reator preto desta classe espectral (Garrafa de Positrônio) não apresenta o símbolo necessário (bomba).
O último gerador branco a ser descrito é o Banco de Capacitores de Marx. Esta carta (incluindo seu lado preto) é a única do jogo que representa um gerador exclusivamente do tipo -[]- (todas as outras deste tipo também possuem o símbolo "e"), tornando-a bem mais específica. Para piorar, este gerador é ó único que exige um OUTRO gerador como apoio, sendo que este gerador secundário pode exigir apoios que também precisam ser respeitados para tornar o conjunto operacional. Ou seja, eu não gosto nada deste gerador branco, sendo o que menos utilizo nas minhas partidas. Se este gerador aparecer no topo do baralho de patentes dos geradores e você precisar de um gerador do tipo -[]- e outros deste tipo já foram arrematados por oponentes ou prefere não esperar mais, pode tentar uma aposta: abrir um leilão deste gerador e ver se o gerador seguinte será adequado para a sua configuração do seu foguete. Note que aproximadamente 40% dos geradores brancos são solares, então tenha isso em mente se pretende usar esta cadeia de geradores para o seu propulsor.
Se o Banco de Capacitores de Marx tem a desculpa de ser uma carta branca, utilizada na falta de opções ou na pressa de montar rápido um acervo de foguete funcional para a industrialização, a sua versão preta (o gerador Bateria de Casimir) não tem pretexto para a sua ruindade. O único benefício desta carta em relação a sua versão original é a economia de um mísero ponto de massa, mantendo a horrível necessidade de um gerador secundário como apoio. Sendo produzido em uma fábrica capaz de produzir geradores melhores, porque não usar estes outros ao invés desta carta, que acabaria precisando deles como apoio? Eu não vejo muito motivo para utilizar esta carta, a menos que todos os outros geradores desta classe espectral estejam nas mãos dos outros jogadores ou se o seu foguete precisa partir JÁ da localidade E você possui um outro gerador operacional como apoio (ou um cargueiro que tenha à bordo um gerador do tipo "e" embutido). Pelo menos esta carta ainda tem utilidade ao ser transportada de volta à Terra para ser vendida ou descartada em uma operação de assentamento (Módulo 2, seção 2A4).
Passando para os radiadores, metade do baralho de patentes desta categoria pode ser produzido em fábricas de classe espectral M, sendo uma referência ainda maior que as fábricas do tipo C no quesito construção de radiadores pretos. A diferença entre os radiadores se refere a sua massa, a quantidade de Therms que consegue resfriar e ao seu valor de Rad-Hard.
Importante: Para manter a massa do seu acervo de veículo espacial dentro do razoável,o objetivo é que seus radiadores brancos possuam ter idealmente um ponto de massa para cada Therm resfriado. Com radiadores pretos, prefere-se que o radiador possua "X-1" pontos de massa ou menos, onde "X" é a quantidade de Therms que arrefece.
Entre os radiadores brancos, se o seu objetivo é resfriar apenas UM THERM, recomendo os seguintes radiadores do tipo M em seu lado leve ou pesado (orientação da carta em menor ou maior massa): Tubulação Qu (lado leve e Rad-Hard alto) e Poeira Carregada ETHER (lado leve). Caso queira utilizar radiadores brancos de classe espectral M para resfriarem DOIS THERMS, recomendo: Poeira Carregada ETHER (lado pesado), Tubulação de Calor Mo/Li (lado leve) e Circuito de Bombeamento SS/NaK (lado leve). Finalmente, se você realmente precisa resfriar TRÊS THERMS, geralmente no início do jogo devido a um gerador superaquecido que exige um reator, a melhor escolha é o Tubulação de Calor Mo/Li (lado pesado), sendo o único radiador branco do jogo que consegue isoladamente resfriar três Therms com apenas dois pontos de massa.
Comparando os radiadores pretos, mesmo os menos eficientes tem o seu uso e dada a abundância de radiadores diferentes desta classe espectral, fica relativamente fácil criar uma boa configuração de resfriamento para o foguete. Se eu fosse classificar os radiadores ideais dentro de sua proposta, recomendaria:
a) Radiadores com massa zero: Ponto de Curie (-1 Therm - lado leve) , Gotículas de Estanho (-2 Therms - lado leve) e Nanobastão de Diamante Agregado/Tubulação de In (-2 Therms - lado leve).
b) Radiadores com alto Rad-Hard: Ponto de Curie (-1 Therm - lado leve), Bambolê (-2/-3 Therms em lado leve/pesado ), Supertérmico de Aprisionamento de Fluxo (-1/-3 Therms em lado leve/pesado ).
c) Radiadores com ótima custo-benefício de Massa:Resfriamento (X pontos de Massa resfriam X+2 Therms ou mais): Ponto de Curie (-3 Therms - lado pesado), Gotículas de Estanho (-2/-3 Therms em lado leve/pesado), Nanobastão de Diamante Agregado/Tubulação de In (-2/-3 Therms em lado leve/pesado) e Tubulação de Calor Pulsante (-4 Therms - lado pesado)
Concluindo, os radiadores podem ser mais ou menos otimizados para o seu propósito, mas mesmo um radiador mais pesado ou que não resfrie tanto pode-se servir. Lembre-se que nada impede de você adquirir e produzir múltiplos radiadores pretos do tipo M, especialmente se não possuírem massa significativa.
FIM DA PARTE I