PARTE III - Localidades S para a sua primeira fábrica
De forma geral, estrear a industrialização através de uma fábrica de classe espectral S consiste em uma das seguintes abordagens:
a) Conseguir plataforma ISRU 1 e partir para uma asteróide mais próximo e fácil ou para a Lua da Terra (se tiver acesso).
b) Tentar uma prospecção de sorte em certos asteróides em órbita perigosa.
c) Realizar uma viagem certa mas penosa e difícil para uma das luas jovianas.
d) Viajar ainda mais, só que menos difícil mas sem 100% de certeza, para as luas de Saturno.
Seguem os detalhes de cada uma das categorias acima:
a) Localidades próximas com Umidade 1 e boas chances de prospecção - asteróides Unitas (4S), Flora (4S) e a Lua da Terra (9S): Conforme mencionei no início da parte I e sendo a primeira carta do tipo S que analisei, começar com sua primeira fábrica na partida em uma localidade S de umidade 1 necessita ESPECIFICAMENTE de uma carta, o robonauta Laser de Elétrons Livres. É a única carta branca com plataforma ISRU 1, sendo exigente com apoios, mas bem recompensadora se conseguir industrializar rápido uma localidade de classe espectral S. O diferencial destas localidades com umidade 1 é que se localizam bem próximas da Terra e algumas delas com chances muito boas de reivindicação (sucesso automático no caso da Lua da Terra). Se não possuir uma plataforma ISRU 1, as suas possibilidades se reduzirão a uma prospecção difícil em asteróides minúsculos, a uma viagem dificil e muito custosa para Júpiter ou uma travessia demorada até Saturno.
Os asteróides Flora e Unitas possuem a mesma chance de reivindicação e tem a vantagem de estarem a apenas dois pontos de queima de distância, caso a primeira tentativa de prospecção fracasse. Mas optar por qual das localidades optará em primeiro dependerá de alguns fatores:
* Primeiro, a distância. Flora está a menos queimas de distância do que Unitas (e se partir de um bernal ancorado em Órbita Inicial em L4 estará a apenas um ponto de queima), então se estiver escasso em aquas, pode ser um fator determinante.
* Segundo, o quanto você deseja ter uma fábrica de classe espectral S e quais cartas pretas pretende produzir? Se quiser priorizar este tipo de fábrica, recomendo primeiro partir para Flora e utilizar uma prospecção orbital (pois o Laser de Elétrons Livres permite isto por ser uma plataforma ISRU de arma de feixe). Isto porque mesmo que fracasse em reivindicar Flora, nesta mesma operação poderá realizar um Teste de Tamanho para tentar reivindicar Ariadne (2S - mas atente que há um ponto de Perigo para aterrissar). Se ainda assim teve o azar de falhar em ambos os Testes (1-4 em 1d6 e 1-2 em 1d6) e quiser insistir, ainda poderá viajar para Unitas se tiver combustível (reabastecendo extraindo água/sedimento de Flora, se preciso). Agora, se não quiser arriscar nem perder tempo e como plano "B" tiver cartas interessantes do tipo V (ou do tipo C, se não houver opção), vá para Unitas. Na prospecção orbital, conseguirá Unitas se obtiver 1-4 no 1d6 de Teste de Tamanho, mas se falhar poderá reivindicar na mesma operação Eichfeldia (4C - mesma chance de sucesso que Unitas) e Vesta (sucesso automático, mas tenha um propulsor capaz!). Então, neste caso, Unitas apresenta um leque de opções maiores.
* Terceiro, como um fator menor, planeje qual será a próxima fábrica após a sua primeira industrialização. Por exemplo, Flora está muito próximo do asteroide Hertha (3M); se deseja que seu próximo passo seja uma fábrica desta classe espectral, Flora fica mais interessante. Inclusive, o Zubrin de Água Salgada é promovido em colônia M, com Hertha uma localização de escolha (e como segunda opção, Lutetia) , se tiver este propusor GW.O mesmo planejamento se aplica com Unitas e fábricas do tipo V, existindo proximidade ainda maior com Vesta. Neste último caso, pode até pensar em rebocar e ancorar um bernal e criar anexos industriais com Vesta e Unitas, extraindo combustível e produzindo cartas diretamente na estação espacial. A única ressalva sobre estas localidades é que, por não terem símbolos adicionais, não servirão para promover qualquer bernal, precisando ancorá-lo posteriormente em outra colônia, se deseja obter um laboratório.
Agora, tratando-se do alvo mais óbvio e próximo da Terra, a localidade S (Shackleton) da Lua da Terra (ou Luna). Em primeiro lugar, devido a um tratado histórico, a Lua da Terra tem restrições de acesso, sendo permitido apenas ao Jogador Inicial daquele Ciclo solar a possibilidade de prospectar e reivindicar o satélite. Caso possua o Laser de Elétrons Livres e deseja esta localidade de Luna, como fazer para lidar com esta restrição:
* Sendo o Jogador Inicial. O mais óbvio é conseguir que no final de um Ciclo Solar você consiga tornar-se o novo Jogador Inicial, pois geralmente não é permitido a um jogador permanecer como Jogador Inicial por Ciclos solares consecutivos. Então se você planeja reivindicar a localidader lunar no próximo Ciclo, tente negociar com o oponente a torná-lo Jogador Inicial. É importante ressaltar que se o Jogador Inicial prévio perceber que você tem o robonauta de plataforma ISRU 1, ele pode "passar o bastão" para outro jogador (em partidas de dois jogadores ele não terá escolha) ou exigir um preço alto - mas lembre-se que você pode recusar e negociar com próximo Jogador Inicial pelo acesso (veja o próximo subitem). Note que se na mudança de Ciclo você ERA o Jogador Inicial, não poderá sê-lo novamente, a menos que a legislação vigente seja a da Lei Marcial (Regras-Base, seção O5d) ou se tiver ancorado na Órbita Inicial a cartaBernal de Controle Climático L1, que permite que sempre seja o Jogador Inicial. Portanto, se quiser a Lua da Terra e já é o Jogador Inicial, não demore para reivindicar e industrializá-la!
* Negociando com o Jogador Inicial. Com tantas regras, é fácil de esquecer no meio da partida que é permitido negociação, mas como geralmente os jogadores estão absortos com seus próprios problemas de logística e falta de recursos, podem acabar não optando por ela. Eu aprecio as tentativas de negociação, mas prefiro não abrir propostas a menos que o jogador já conheça bem as regras, porque caso contrário o oponente pode não saber do valor real do que está sendo barganhado. Dito isto, esta opção dependerá da disposição dos participantes da partida em negociar.
* Cometendo um Delito. Se você tem a habilidade de ser criminoso, quem se importa com tratados? Há duas formas mais comuns de obter a capacidade de cometer Delitos. A primeira é se ocorreu o evento especial "Anarquia" durante o período azul do Ciclo de Manchas Solares, que entre outros efeitos permite que qualquer jogador possa cometer Delitos pelas poucas rodadas deste período. Este evento pode ocorrer na rodada anterior de ter a mudança de Jogador Inicial, fazendo que deixe-se de preocupar com este fator se já está pronto para viajar para a Lua da Terra. Este evento também pode ocorrer e manter-se efetivo durante a última rodada do período azul do Ciclo, então se não quiser negociar ainda com o Jogador Inicial e não estiver com urgência de tempo, uma possibilidade é esperar e torcer como um abutre para que ocorra este evento e naquela única rodada de anarquia aproveitar-se para apossar-se da localidade S. A segunda forma é se estiver jogando com a facção roxa da China e se estiver jogando com o Módulo 2, que já tenha um bernal ancorado em Órbita Inicial para habilitar seu privilégio de facção, que começa inativo neste módulo.. Com a capacidade de sempre cometer Delitos, a presença da China é um fator considerável caso exista uma corrida para Luna. Particularmente, tente evitar que um oponente que controle esta facção obtenha o Laser de Elétrons Livres ou faça-o pagar caro!
Importante: Assumindo que tenha um propulsor poderoso o bastante (10+) para aterrissar/decolar na superfície lunar, há uma razão especial em realizar uma viagem única para lá, transportando de uma vez o robonauta e refinaria (e apoios). Pois se por acaso você reivindicou mas ainda não industrializou a localidade e deixou-a sem um humano para "guardar o território" (como por exemplo, se saiu de Luna com a carta de tripulação para retornar à Terra e buscar a refinaria/apoio), um oponente capaz de cometer delitos pode-se aproveitar de sua ausência e cometer uma Grilagem (Regras-Base, seção G4), removendo seu disco de reivindicação e colocando no lugar um disco da cor dele. Este criminoso sequer precisa de um robonauta para isto, basta ter na localidade uma carta de humano (carta de tripulação ou colonizador). E uma vez reivindicada, a localidade de umidade 1 não precisa mais de um robonauta com plataforma ISRU deste valor. Portanto, este seria o pior cenário possível: você fez todo o esforço de obter e tornar operacional o único robonauta branco de ISRU 1 e reivindicou a localidade S lunar, apenas ser roubada por outro jogador, que a industrializará relaxadamente, através de um robonauta mais vagabundo e refinaria. Não permita que isto aconteça. Lembre-se: enquanto não forem produzidas cartas pretas, você é detentor do único robonauta capaz de reivindicar localidades com umidade 1. Planeje o momento de sua prospecção. Reivindique e industrialize localidades sem deixar brecha de tempo para outros apossarem de seu trabalho.
Um outro detalhe de regra sobre a Lua da Terra, mas igualmente importante, é que NÃO É PERMITIDO ANCORAR BERNAIS A LUA DA TERRA (Módulo 2, seção 2A5a e 2Ba, último subitem). Portanto, não é possível evitar as queimas de aterrissagem para produzir cartas pretas ou extrair combustível direto na estação espacial. Da mesma forma, não é possível ancorar a Luna um bernal promovido e ter um laboratório para promover tão prontamente as cartas que produzirá nesta localidade. Esta última condição também impede de usar a Lua da Terra como anexo industrial para o Futuro Fusão de Prótio do propulsor TW Fusão de Foco H-B com Efeito de Fogo Cruzado
Caso, além do Laser de Elétrons Livres, você tenha utilizado a refinaria branca Fiação de Fibras de Basalto, considere a possibilidade de reivindicar a outra localidade lunar (Aristarco - H), pois as versões pretas deste robonauta e refinaria (Microfissão Z-Pinch e Máquina do Papai Noel de Von Neumann) em conjunto com um apoio de gerador do tipo -[]- (o mesmo que utilizou para tornar operacional o Laser de Elétrons Livres) são capazes de reivindicar localidades com zero de umidade, como é o caso de Aristarco. Apenas lembre-se que esta localidade H também necessita da permissão do Jogador Inicial, portanto planeje para ter este acesso como o fez com a localidade S.
Uma observação muito importante sobre Aristarco é que, ao industrializar rapidamente ambas localidades lunares você pode optar pela produção de propulsor GW do tipo H ao invés dos propulsores de classe espectral S desta categoria. Em particular, a colonização de Aristarco permite a produção precoce do propulsor GW Fusão Inercial D-T Vista e sua subsequente promoção (promovível em colônia de classe espectral H) para o mais épico propulsor TW do High Frontier, o lendário Fusão Inercial 3He-D Dédalo Sim, é um propulsor bem pesado, exigindo um gerador do tipo -[]- (o qual você já teve acesso previamente) e um ou dois radiadores. Mas estes obstáculos são mais que compensados por um propulsor 11*0 (!), podendo a chegar a 19*0 (com pós-combustão), capaz de alcancar sem problemas qualquer localidade do sistema solar. Dependendo dos apoios que tiver acesso, das localidades que pensa em industrializar e dos Futuros que estiver planejando, considere adiar a produção de um propulsor GW para a sua segunda fábrica em Aristarco, ao invés de produzir o propulsor do tipo S em Shackleton. Mas como sempre, não espere demais. É melhor um poderoso propulsor GW do tipo S utilizado mais cedo na partida do que esperar demais para a carta Fusão Inercial D-T Vista aparecer no topo do baralho de patentes.
b) Asteróides 1S: Karin a, 1S Karin c, 1S Karin b: Sinceramente, esta é a estratégia mais arriscada, precisando gastar rodadas de viagem, passando por três pontos de queima para no final depender do resultado de "1" em "1d6". Normalmente, eu costumo ignorar localidades pequenas como estas, a menos que esteja de passagem para outra localidade E decida gastar uma rodada para tentar a sorte de industrializar mais cedo E não precise ter custo extra na tentativa (como Testes de Perigo) E de preferência tenha algo para aumentar as minhas chances.
Eu começaria a pensar em arriscar a prospecção se tiver um robonauta com arma de feixe, pois para reivindicar não precisaria passar pelo ponto de Perigo (Efeito Yarkowsky, se não estou enganado) que orbita estes asteróides. Em adição, a plataforma deste robonauta precisaria ser exatamente ISRU 2, preferencialmente ou o Laser com Bombeamento por Corpo Negro ou o Raio Neutro. Mas por que exigiria exatamente ISRU 2? Porque com ISRU 3 é possível tentar reivindicar apenas o asteróide Karin B, reduzindo ainda mais as minhas chances. E com ISRU 1 eu ignoraria estes asteróides e tentaria localidades muito mais viáveis, descritas na abordagem "d" , mais abaixo. Se por acaso estiver jogando com a facção amarela Fundação B612 e possuir seu privilégio ativado (Telescópio Cintilador, permite refazer um Teste de Tamanho com arma de feixe), o meu interesse nesta tática aumenta.
Agora, o mais importante: NÃO planeje a sua missão de industrialização tendo estes asteróides como alvo único. A pior coisa que pode fazer é enviar o foguete, rezando por o resultado de "1" em um dos testes, e com o fracasso não saber o que fazer. Veja as cartas do seu acervo e mão. Além de cartas do tipo S, também tem patentes "M" interessantes? Tente uma prospecção à distância e sem compromisso e, se tiver insucesso, parta para Hertha. Possui cartas do tipo V? Vesta fica a uma queima e meia de distância (e se o combustível esgotar, pode reabastecer em Eichfeldia primeiro). Múltiplas cartas "C"? Ceres está próxima. Tenha a seguinte mentalidade: "Estou partindo para Hertha/Vesta/Ceres, mas se no caminho conseguir um asteróide Karin, ótimo. Se não, mantenho o plano original".
Uma vez reivindicando ao menos um dos asteróides Karin, estará pronto para industrializar com as cartas exigidas. Mas veja que há um ponto de Perigo na órbita destas localidades e toda vez que pousar e decolar precisará fazer um Teste de Perigo ou pagar quatro aquas para evitá-lo. Obviamente, o ideal é que passe por este ponto o mínimo possível, então planeje para produzir todas as cartas pretas do tipo S que possui ou pense em adquirir (só não espere demais pelo leilão destas cartas!) para então decolar e não tão cedo retornar à fábrica.Uma outra forma de evitar o Perigo é ancorar um bernal à fábrica.
LEMBRETE: De acordo com as regras do Módulo 2 (seção 2A5a), para ancorar um bernal a uma fábrica e formar o anexo industrial, é preciso que a estação espacial esteja adjacente à esta localidade. Mas estas mesma regras proibem o ancoramento do bernal em um ponto de Perigo, não podendo então realizar a Operação no ponto de saída dos asteróides Karin. ENTRETANTO, de acordo com a definição de "Adjacência" no Glossário do Regras-Base, para fins de adjacência você IGNORA os Pontos de Perigo (exceto aerofrenagem), tratando-se como se não existissem para este fim. Então é possível ancorar um bernal a estes asteróides em três pontos possíveis: no ponto de Lagrange "B" da Família Koronis e nos pontos de interseção Hohmann, acima e abaixo do Perigo, especificamente a interseção onde passa a rota de cor verde e a interseção próximo ao asteróide Psiquê.
Uma vez ancorado o bernal, não haverá mais necessidade de aterrissar/decolar do asteróide para obter cartas pretas ou reabastecimento, evitando a necessidade de fazer Testes de Perigo ou gastar 4 aquas. Apenas lembre-se que nenhuma destas localidades colonizadas é capaz de promover a estação espacial por não ter qualquer símbolo (astrobiológico, submarino, etc) exigido pelas cartas de bernais. Então se planeja construir um laboratório na partida, precisará levantar a âncora (Módulo 2, seção 2B6) deste bernal ou do bernal ancorado na Órbita Inicial.
c) Ganimedes (Memphis Facula) e Europa (Conamara): Estas luas de Júpiter, junto com a Lua da Terra, representam as localidades S que não possuem risco de fracasso se tiver a plataforma ISRU necessária. Infelizmente, é preciso cruzar múltiplos pontos de queima sem chance de reabastecimento até chegar a órbita de Ganimedes e Europa. Em adição, para pousar nestas luas será necessário uma propulsão 9 ou 10 para atravessar a queima de aterrissagem (que pode consumir muitas etapas de combustível, se utilizar o propulsor da carta de tripulação de sua facção). Para contornar a questão dos pontos de queima, você pode ao invés pegar um atalho fazendo um sobrevôo orbital em Jupiter e ganhar 4 queimas-bônus ao atravessar a atmosfera externa joviana em direção às luas, mas há um problema: esta rota exige três testes de perigo (dois de aerofrenagem, um pelos relâmpagos). O resultado de "1" em 1d6 em qualquer um destes testes destrói o seu foguete e desativa todas as cartas do acervo. Claro, você pode pagar 4 Aquas para evitar para cada um destes testes (Regras-Base, seção H7e - Falhar Não é uma Opçao), mas custa dispendiosas 12 aquas para uma viagem 100% segura.
Dica: Para um atalho perigoso como esse, o ideal é que transporte em seu foguete o gerador Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma. Apesar deste gerador não servir para servir de apoio para bernais ou para industrializar, ele dispensa todos os testes de aerofrenagem de um foguete equipado com ele e o jogador precisará encarar apenas o teste de perigo dos relâmpagos de Júpiter (ou pagando apenas 4 aquas para evitar). Mas esta é uma situação excepcional, a qual você planeja uma missão nas luas de Júpiter, esta carta de gerador apareceu no topo do baralho E você conseguiu obtê-la no leilão e adicioná-la ao acervo do foguete. Não dependa desta carta para montar a sua estratégia!
E se não pegar o atalho atmosférico? A viagem também fica complicada, pois necessitará de um foguete preferencialmente com massa 9 ou menos e um propulsor de consumo 2 ou menos, pois ao se aproximar de Júpiter precisará passar por cinco pontos de queima e uma queima de aterrissagem, sem qualquer localidade para extrair água/sedimento e reabastecer combustível. E ainda assim provavelmente necessitará pousar em uma localidade antes de adentrar estas queimas finais para reabastecer.
Portanto, seja qual a rota que escolher, prova-se que as luas jovianas são localidades muito penosas para chegar na primeira industrialização, pois precisará gastar muitas aquas ou tempo (que é um limitador tão importante quanto, ficando mais precioso na medida que a partida avança). Por isso, seja a abordagem que optar, utilize o que puder para economizar a sua viagem, como o gerador Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma, a carta de facção verde Anonymous para reduzir o custo em aquas da manobra Falhar Não é Opção, bernais ancorados em Órbitas Iniciais mais próximas das rotas para Júpiter, o uso do poderoso e econômico propulsor do colonizador Cosmonautas Dopados para aterrissar em vez da carta de tripulaçao, um colonizador minerador para acelerar a extração de água caso queira reabastecer, etc.
Em relação à Europa especificamente, considere que esta localidades seja um "Ganimedes" com um ponto de queima a mais e com dois pontos de radiação no caminho, uma rota ainda mais árdua. Mas ainda assim, pode ser que Europa seja mais atraente. Por exemplo, você precisa produzir mais radiadores pretos para tornar funcional o propulsor GW do tipo S que acabou de produzir e a outra localidade de Ganimedes (Uruk Sulcus - V) é incapaz de produzir este tipo de carta. Já a localidade não-S de Europa é de classe espectral C, cujas fábricas conseguem produzir radiadores pretos.
Ultrapassadas essas dificuldades e após industrializar qualquer uma dessas luas, o cenário ideal é que tenha a a carta Máquina do Papai Noel de Von Neumann para ser produzida nesta fábrica e também um robonauta preto (e apoio) para ser capaz de industrializar a outra localidade de Ganimedes/Europa (V/C). Só tome cuidado para, antes disso, NÃO colonizar a primeira fábrica com sua carta de tripulação, pois isto fará com que sua carta de tripulação retorne para o LEO (ou ao bernal de Órbita Inicial) e daí terá que voltar a Terra para recuperar a carta se não tiver mais uma propulsão alta o bastante para decolar da lua industrializada. Finalmente, mesmo que não tenha todas as patentes necessárias para produzir e industrializar apenas com cartas pretas, a fábrica S ainda pode ser interessante, pois pode produzir cartas pretas que reduzem a massa e melhorem a propulsão para facilitar o seu retorno para a Terra. Só tente cruzar as queimas de aterrissagem perigosas destas luas o mínimo possível, para evitar riscos e gasto de aquas desnecessários.
Com bernais, as luas jovianas industrializadas são ótimas para ancorar. Tendo duas fábricas em Ganimedes ou Europa como anexos industriais de um bernal, você produz diretamente na estação espacial as cartas pretas S e V ou S e C, respectivamente. Desta forma, você pode produzir diretamente no bernal um robonauta preto C e uma refinaria S, encher de combustível o seu foguete que está integrado ao bernal e partir para uma rápida industrialização em Calisto ou outra lua de Júpiter, sem precisar passar por aquelas queimas de aterrissagem com Perigo. E para melhorar, um bernal com o ícone submarino (símbolo da onda) ou astrobiológico (símbolo da folha verde) pode ser promovido a laboratório se ancorado à colônia apropriada em Ganimedes ou Europa. Com este laboratório, você pode promover não apenas colonizadores, mas também cargueiros e propulsores GW.
d) As Luas de Saturno - Helena, Polideuces, Telesto, Calipso e especialmente Mimas: Não se intimide em ir para a zona heliocêntrica de Saturno. Apesar da distância, se utilizar os sobrevôos orbitais de Júpiter e Saturno (pausando para realizar rotações sem custo) são apenas quatro pontos de queima de distância entre LEO e Telesto/Polideuces. Se não quiser pagar oito aquas para evitar os dois Testes de Perigo no sobrevôo de Saturno, precisará executar quatro queimas adicionais, por isto considero preferível o sobrevôo. Apenas tome cuidado com dois problemas. Primeiro, como o sobrevôo de Saturno (e Júpiter) passa por um cinturão de radiação, considere utilizar durante o sobrevôo o propulsor da carta de tripulação para evitar desativar suas cartas com menor Rad-Hard. Segundo, tente para não depender de luz solar para a propulsão, pois caso contrário terá que se virar apenas com o dispendioso propulsor da carta de tripulação após o sobrevôo de Saturno, cuja zona heliocêntrica aplica uma penalidade enorme em propulsores solares.
Ao chegar no ponto de queima L1, entre Telesto, Polideuces e Dione, observe quanto de combustível ainda possui. Se estiver seco, pouse em Polideuces ou Telesto e tente uma prospecção sem compromisso. Se conseguiu reivindicar, excelente. Se não, não há problema, pois de qualquer forma você já precisaria pousar em uma das minúsculas luas para reabastecer. A partir daí, planeje a prospecção de Calipso, Polideuces ou Mimas.
Agora, se ainda tiver combustível, observe que os dois primeiros pontos de queima L1 após o passar por Saturno foram "pagos" pelo sobrevôo. Qual propulsor utilizou para realizar o sobrevôo orbital? Se precisou utilizar o propulsor da carta de tripulação para não correr riscos com a radiação, qualquer ponto de queima à frente do supracitado L1 fará com que utilize esse propulsor químico no movimento desta rodada, porque só é permitido utilizar um triângulo de propulsão por rodada. Se utilizou um propulsor mais econômico e sem problema com a radiação E ainda tem combustível ainda para mais três queimas, pense em ir para Mimas diretamente, pois seu tamanho (4S) torna muito mais provável sua reivindicação do que as luas menores. Se teve fracasso em Mimas, aí é o momento de reabastecer e retroceder para tentar prospectar as localidades anteriores.
Dica: Se Mimas foi inviabilizada e não tiver um jipe ou outra forma de aumentar sua chance de prospecção, considere mudar a estratégia de industrializar uma localidade S para criar ao invés uma fábrica de classe espectral M (Encélado) ou V (Dione), pois estas fábricas também são capazes de produzir robonautas e refinarias e tem muito mais chance de reivindicação que as demais luas do tipo S. Para ter uma noção do esforço e tempo envolvido, as quatro luas apenas são reivindicadas com um resultado de "1" no Teste de Tamanho. Assumindo a possibilidade razoável que apenas na última lua conseguirá reivindicar, você terá gasto no mínimo quatro rodadas e sete queimas de combustível (pois precisará passar repetidamente pelos pontos de queima L1 enquanto visita cada lua) para finalmente conseguir reivindicar uma delas. Sem uma carta para mitigar a sorte, não seria melhor ir de Mimas direto para Encélado, por exemplo, e tentar uma fábrica com muito mais chance e de forma bem mais rápida?
Como já comentei na postagem das fábricas V, apesar das luas de Saturno serem mais fáceis de serem alcançadas do que as luas de Júpiter, a sua distância da Terra torna a sua ida e vinda entre Fábrica/LEO um estorvo pela quantidade de rodadas gastas em seu deslocamento. Mais do que as localidades jovianas, você desejará ter uma matriz de industrializacao, um novo ponto de partida de construção de fábricas a partir de Mimas ou qualquer outra lua. Entretanto, para criar uma produção independente da Terra a partir de uma fábrica S é necessário uma carta específica. Da mesma forma que um jogador com uma fábrica V em Dione ou Titã necessita da carta preta Feixe de Plasma Magnetizado (o único robonauta do tipo V) para produzir junto com uma refinaria preta desta classe espectral, o necessário para a próxima industrialização, uma fábrica S "autônoma" exige que o jogador possua a refinaria preta Máquina do Papai Noel de Von Neumann para produzir, junto com um robonauta preto deste tipo, as cartas exigidas para industrializar. Note que se o robonauta preto em questão for o Fusão Inercial de Deutério ou o Feixe de Elétrons Wakefield, será preciso ALÉM disto um gerador do tipo -[]-. E se você não trouxe da Terra um gerador funcional deste tipo e que não foi desativado na industrialização, a sua única solução para tornar operacional estes robonautas será produzir o único gerador preto -[]- do tipo S, o Microfissão Z-Pinch.
Obs: Se possuir um destes dois robonautas pretos e o gerador descritos (e mais um radiador, no caso do Fusão Inercial de Deutério), mas não prevê a chance de obter a refinaria preta necessária, você possuirá um propulsor operacional bem potente e de baixo consumo e fácil reabastecimento, especialmente se utilizar o Feixe de Elétrons Wakefield que utiliza combustível sedimentar. Com isto, reduz-se o tempo gasto para retornar à Terra e sendo uma solução viável para o problema da distância e ainda pode ganhar a ficha de Glória da zona de Saturno.
Caso não consiga produzir refinarias e robonautas na zona de Saturno, você também pode acelerar o seu retorno para a Terra com um propulsor GW adequado e apoios. Se produzir o Fusão-Fissão Catalisada por Antimatéria, será necessário um reator do tipo X, exigindo que OU tenha o trazido da Terra (e não foi desativado na industrialização) OU tenha produzida na fábrica S o único reator desse tipo nessa classe espectral (Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio) OU que tenha ancorado na Órbita Inicial o bernal Fábrica de Antimatéria L4, que faz com que a sua carta de tripulação possua um reator do tipo X, servindo de apoio para este propulsor. Em adição, é preciso que o foguete possua pelo menos um radiador (idealmente que consiga arrefecer dois Therms para não ter que gastar o sistema de pós-combustão toda rodada).
O Retorno Obrigatório de Saturno para a Terra em uma rodada: Caso tenha o propulsor Zubrin de Água Salgada que superaquece absurdamente, será muito difícil conseguir resfriar todos os Therms deste propulsor. Porém, há uma tática extrema que pode utilizar se possuir o radiador Dissipador Térmico de Fonte Termoquímica. A meta é conseguir utilizar nesta única rodada de movimento o sobrevôo orbital de Jupiter para que, com suas queimas-bônus, consiga chegar ao LEO ou (preferencialmente) bernal ancorado à Órbita Inicial. Partindo de Helena/Telesto/Polideuces/Calipso, são 13 ou 14 queimas necessárias até o sobrevôo joviano, custando sete etapas de combustível. Um foguete com massa seca 5 (propulsor GW + radiador + Carta de Tripulação + cartas pretas produzidas totalizando massa 1) e abastecido com 3 tanques de combustível isotópico (massa molhada 8) consegue a propulsão necessária para realizar quatorze queimas e consumir as sete etapas.
Saindo de Mimas, é impossível executar a manobra desta forma, pois são 16 queimas e não conseguirá ter a propulsão necessária para realizar todas estas queimas, pois a massa molhada não permitirá este valor, nem se utilizar o sistema de pós-combustão. Mas esta tática ainda é possivel se tiver um propulsor funcional alternativo (nem que seja o da carta de tripulação) para na primeira rodada de movimento usá-lo para chegar até o ponto de queima L1 situado entre Telesto e Calipso e na rodada seguinte utilizar o propulsor GW como descrito no parágrafo anterior. Assumindo a mesma configuração do foguete descrito no parágrafo anterior, saia da fábrica em Mimas com massa seca 8 (cinco pontos de massa seca pelas cartas e três tanques de combustível isotópico carregados como carga - ver Regras-Base, seção G2) e tanques hídricos ou sedimentares suficientes para cobrir as duas primeiras queimas. Na primeira rodada você decola de Mimas e utiliza e cruza os dois primeiros pontos de queima e termina o movimento no ponto de radiação apontado no mapa.
Na rodada seguinte e a última de movimentação, caso tenha sobrado alguma etapa de combustível hídrico ou sedimentar, realize um alijamento (Regras-Base, seção G1f) e descarte TODO o combustível deste tipo e em seguida converta para combustível os três tanques isotópicos de combustível que estava transportando como carga (regras-Base, seção G2a). A massa total do foguete fica inalterada, exceto que antes da conversão dos tanques a massa seca do foguete era 8 (idem para massa molhada) e agora a massa seca do foguete foi reduzida para 5 e a massa molhada permanece 8 (representando a adição dos três tanques de combustível). O motivo do alijamento total do combustível hídrico/sedimentar é feito para evitar a mistura de combustível de tipos diferentes e perda do combustível isotópico (Regras-Base, seção F4d). Feito isso, você utiliza o propulsor GW para realizar as quatorze queimas descritas anteriormente, consumindo sete etapas e reduzindo a massa molhada de 8 para 5 (igual a massa seca), adentrando o sobrevôo orbital de Júpiter sem combustível, mas utilizando as queimas-bônus para chegar ao fim da viagem.
Agora, seja de qual fábrica sair, o seu destino final será ou LEO ou um bernal ancorado na Órbita Inicial. Analisando o uso das quatro queimas-bônus, pode-se calcular que pode chegar em segurança nos bernais ancorados nos pontos de Lagrange GEO, L2, L3, L4s, L5 e L5s. Para as demais Órbitas Iniciais e LEO será necessário utilizar o sobrevôo orbital da Terra para obter as queimas-bônus necessárias para chegar a seu destino, mas como consequência precisará passar por um ponto de aerofrenagem. Portanto, se este for o seu destino final, reserve quatro aquas para não precisar fazer o Teste de Perigo e não arriscar a destruição de seu foguete, tão próximo da chegada!
Para concluir sobre as fábricas em Saturno, é importante notar que apenas Mimas tem um símbolo (onda - submarino) para promover alguns tipos de bernais. Considere cuidadosamente se vale a pena o esforço de rebocar o bernal até a órbita desta fábrica. Compare com as luas de Júpiter. Estas tem duas localidades com umidade total de oito (exceto Io) e que renderão essa quantidade de pontos de vitória com um bernal ancorado e têm pelo menos um símbolo submarino. Em adição, um bernal nestas enormes luas o poupará de pousar nas queimas de aterrissagem, o que não é um problema nos satélites de classe espectral S em Saturno. Por isto, enquanto Calisto/Ganimedes/Europa são candidatos óbvios de ancoragem se criou uma fábrica nestas localidades, as luas de Saturno precisam de um pouco mais de incentivo. Se é apenas a promoção do bernal em que deseja, veja que Ceres é uma candidata melhor que Mimas, por ser muito mais próxima e com chance de ter umidade total de anexos industriais acima de 4, que é o limite para Mimas.
Nota: Se você planeja promover o propulsor para TW e possuir Zubrin-GDM, o Futuro Viagem Espacial fica bem mais interessante, especialmente se conseguiu industrializar uma das luas 1S, conforme descrevi na seção daquele propulsor. Outros Futuros interessantes para se considerar é o Futuro de Secessão da carta de colonizador Casta Militar por exigir colonizadores humanos promovidos em um bernal ancorado a anexos industriais de umidade 5+ e o Futuro Submarino da carta de colonizador Vermes do Gelo, que exige três fábricas ou colônias submarinas, sendo que além de Mimas há três ótimas localidades deste tipo para se industrializar e bem próximas: Encélado, Dione e Réia.
Futuras industrializações de fábricas S:
Para finalizar, discutirei abaixo localidades de classe espectral S que sejam viáveis como segunda fábrica em diante, após ter estreado a industrialização numa fábrica de tipo diferente. Como sempre, a classe espectral da fábrica e que cartas pretas passou a ter acesso serão decisivos para optar ou não por uma futura industrialização do tipo S e sua localidade. Em cada um dos itens a seguir, descrevo o benefício que foi obtido e que localidades você passa a ter vantagem em industrializar:
I) Se você passou a obter plataforma ISRU 1 -> Unitas, Flora, Luna, Miahelena: Se para estrear o jogo nestas localidades era necessário o robonauta Laser de Elétrons Livres, as fábricas das classes espectrais C, D e M também são capazes de produzir robonautas que preenchem este critério. Por isto, pode-se pensar em Unitas após industrializar Eichfeldia, Ceres ou até Marte. Pode-se planejar uma missão para Flora após criar uma fábrica em Hertha, Lutetia, Higeia ou Fortuna. E caso tenha tido a sorte de reivindicar e industrializar a minúscula Deimos, a Lua da Terra pode ser alcançada com uma queima de aterrissagem. Esta localidade também pode ser uma opção secundária ou terciária no caso tenha azar e falhado o Teste de Tamanho em Unitas ou Flora.
Agora, qual a importância do asteróide Miahelena, de tamanho 2 e baixa chance de reivindicação? Porque ela compartilha a mesma órbita dos asteróides Ceres (100% de chance de prospecção) e Minerva (50% chance). Se por acaso você reivindicou estas duas localidades do tipo C e pensa em investir numa fábrica S, considere a possibilidade de prospectar Miahelena (de preferência com um robonauta do tipo jipe e mais qualquer outra carta que eleve sua chance de reivindicação). Por que isto? Porque o Futuro Viagem Espacial do propulsor TW Zubrin-GDM exige um bernal ancorado a anexos industriais de umidade 8+ e o conjunto de fábricas em Ceres, Eichfeldia e Miahelena formam um somatório de anexos industriais de umidade 8, sendo o local mais próximo da Terra com este requisito para ancorar o bernal. E se o bernal já puder ser promovido, você pode produzir através de Miahelena o propulsor GW Zubrin de Água Salgada, promovê-lo para Zubrin-GDM e uma vez operacional, já poderá cumprir o Futuro Viagem Espacial, uma sinergia perfeita! Mas atente que a sorte é determinante para tentar esta estratégia, por isto tente mitigá-la o quanto puder.
II) Se você passou a obter plataforma ISRU Zero -> Mercúrio (10S), Io (9S), asteróides da família Koronis (Koronis 3S, Urda 3S, Neckar 1S, Dresda 2S, Ida 2S, Dactyl 1S, Karin a/b/c 1S): Existem dois robonautas pretos do tipo D e um do tipo C , além de um colonizador promovido, que possuem plataforma ISRU zero. Se obteve uma destas cartas, disponibilizam-se as localidades supracitadas, que possuem muito potencial. Detalhando por partes:
* Mercúrio ou Io: Estas duas localidades de grande tamanho e de difícil acesso oferecem vantagens (inclusive o privilégio Powersat) e dependerá de que cartas e fábricas possui ou planeja em seguida. Por exemplo, Mercúrio apresenta localidades de classe espectral S/V, enquanto em Io há S/M. Se você já possui uma fábrica prévia V, a tendência é que procure Io, já que ambas localidades desta Lua são classes espectrais novas (e de maior valor acionário, a princípio). Já se possui uma fábrica M, pela mesma lógica Mercúrio fica mais interessante. Agora, se você precisa absolutamente de uma carta preta específica M ou V, a localidade correspondente torna-se mais atraente.
Um dilema surge se você pretende utilizar o propulsor TW do tipo V, Plasmas Complexos. Por um lado, ele pode ser produzido e promovido com um bernal ancorado a um anexo industrial mercuriano. Mas se decidiu por esta estratégia, a opção natural é industrializar a localidade S do planeta em vez de Io. Só que o Futuro deste propulsor TW (Feixe de Massa) requer a industrialização de Io ou Tritão (que é muito mais distante) e ancorar um bernal promovido a essa fábrica. Daí, você terá que escolher pela opção mais fácil e menos otimizada (pois Io apresenta uma localidade do mesmo tipo que Mercúrio e menos umidade de anexos industriais que Tritão) ou a mais difícil mas de maior potencial de pontos de vitória. Geralmente, se eu tenho este propulsor TW e consigo produzir e promover em uma localidade V não-mercuriana, Io é a opção de escolha. Mas se eu possuir um laboratório na órbita de Mercúrio, dependerá se conseguirei rebocar o bernal promovido (mais gerador de apoio e cartas para industrializar) até Tritão e industrializar uma de suas localidades ou se terei que me contentar com Io.
Finalmente, se planeja promover um bernal ao ancorá-lo numa colônia astrobiológica ou de classe espectral M, Io é a opção. Já Mercúrio é a opção de escolha se possuir a carta de colonizador Cia de Salvatagem Lloyd, que uma vez promovida para Zeladores de Svalbard disponibiliza-se o Futuro Esfera de Dyson, pois este exige a industrialização de ambas as localidades de Mercúrio
* Asteróides da Koronis: Se você seguir de LEO a rota de cor verde, verá que abaixo dela na zona heliocêntrica de Ceres há um grupamento de dez asteróides (nove de classe espectral S, um de classe D). Eu já descrevi anteriormente, na seção das localidades S (asteróides Karin a/b/c) que do ponto de Lagrange "B" da Família Koronis é possível prospectar múltiplas localidades com um robonauta de arma de feixe com ISRU adequado. Se neste caso possuir uma plataforma de ISRU zero, todas as dez localidades estarão disponíveis para prospecção, tendo uma chance muito boa de reivindicar.pelo menos uma delas.
III) Se você possui previamente uma fábrica do tipo M e produziu a refinaria preta Volatilização de Carbonila -> localidades S de tamanho menor: Assumindo que possua uma plataforma ISRU de valor adequado, esta carta específica torna automática a reivindicação de localidades S de tamanho 3+ e torna facílima a prospeção de localidades 1 ou 2, pois confere um bônus de -3 nos Testes de Tamanho integrados em localidades S. E se tiver acesso a ISRU 1 ou Zero, esta carta facilita muito a estratégia das localidades que já descrevi. Em adição, asteróides muito próximos da Terra como Hátor e Mjolnir tornam-se bem viáveis, enquanto aquelas pequenas luas saturninas (Helena, Polideuces, Telesto e Calipso) são ótimas candidatas se por acaso produziu em Encélado esta refinaria (e de preferência, um robonauta preto também).
Esta refinaria também pode ser muito útil caso precise industrializar um cometa de órbita excêntrica. O motivo desta necessidade, por exemplo, pode ser para cumprir o Futuro Arca de Colméia do cargueiro promovido Lançador Sedimentar com Aro KESTS ou o Futuro Evento Footfall do colonizador promovido Peregrinos Eugênicos. E como há dificuldade em reivindicar cometas (geralmente sendo localidades de tamanho 1), esta refinaria preta é perfeita para a prospecção do cometa 1S Ícaro, a única localidade da zona heliocêntrica da Terra que é acessível apenas no período vermelho do Ciclo de manchas solares.
IV) Se você já industrializou uma das luas de Júpiter -> Ganimedes, Europa, Io : Como as luas jovianas são custosas para alcançar da Terra, o ideal é que, após realizar a primeira industrialização em uma destas localidades, que consiga produzir uma refinaria e robonauta pretos em sua primeira fábrica e de lá partir para a próxima. Se a sua primeira fábrica não foi nas localidades S de Ganimedes (Memphis Facula) ou Europa (Conamara), a sua opção viável de industrialização independente é a partir de uma fábrica V em Calisto (Asgard) ou Ganimedes (Uruk Sulcus) e produzir aas cartas necessárias para estas localidades, conforme já descrevi na análise das fábricas do tipo V. Agora, se a sua primeira fábrica foi em Europa no Oceano Subterrâneo, esta localidade de classe espectral C não será capaz de produzir uma refinaria preta e terá que retornar à Terra ou para alguma outra fábrica que consiga produzir. Superado este obstáculo e carregando também um robonauta operacional, pode-se industrializar a outra localidade de Europa (S).
Note que uma fábrica S em Ganimedes e Europa ajudam a cumprir dois Futuros: Viagem Espacial (bernal ancorado em anexos industriais de umidade 8+) e Futuro Antimatéria (bernal promovido e ancorado com anexo industrial do tipo S.
Caso sua fábrica C em Europa produza o robonauta preto de plataforma ISRU zero Laser em Cascata Quântica, você pode escolher industrializar a localidade S de Io (Loki). Todavia, para optar por esta localidade árida, perigosa e mais distante ao invés de apenas aterrissar e industrializar o outro lado de Europa (Conamara) é necessário um motivo muito importante (ex: para cumprir o Futuro Feixe de Massa do cargueiro promovido Plasmas Complexos).
V) Se você já industrializou uma das luas de Saturno-> Mimas, Helena, Polideuces, Telesto, Calipso: Se planeja que a sua segunda fábrica ao redor de Saturno seja do tipo S, provavelmente a sua primeira deve ter sido em Titã (Kraken - V, Ontario - D) ou Dione (V) ou Encélado (M). Conforme já repeti algumas vezes, o ideal é que a sua primeira fábrica seja capaz de produzir todas as cartas necessárias para uma industrialização, pois caso contrário será forçado a uma longa viagem de retorno para a Terra ou outra fábrica. Pela proximidade das luas, a distância ou consumo de combustível não será o problema, mas sim sua chance de prospecção. Desta forma, Mimas é a candidata natural, embora as demais luas também oferecem chance se teve azar com a primeira localidade. Como sempre, tente mitigar o fator sorte com robonautas do tipo jipe ou qualquer carta que ajude a reduzir o resultado do Teste de Tamanho.
VI) Se você já industrializou uma das luas de Urano -> Sycorax: Urano e suas luas são localidades raramente visitadas pela distância, MAS se por acaso conseguiu combinar um propulsor econômico, capacidade de aterrisagem em localidades 6-7 e cartas pretas que possam ser produzidas para industrializar independente da Terra, pode ser uma estratégia viável. Após uma industrialização em Ariel/Miranda (V) e Oberon/Titânia/Umbriel (D), pode-se cogitar industrializar o Aeróstato de Urano (H) e Cordelia (C) com elevador espacial e, neste caso, arriscar uma reivindicação em Sycorax (S), passando pelo Perigo Orbital e de preferência munido de alguma carta que aumente suas chances de reivindicação para acima de 50%. De todas as classes espectrais uranianas, uma fábrica S é a menos provável (já que não existe M nesta região), mas a possibilidade existe caso precise de uma carta preta ou colônia S para promover.
VII) Se você já planeja uma missão para Netuno e além por outro motivo -> Nereida, Galateia, Quaoar, Teharonhiawako : Netuno, suas luas e os objetos transtenunianos (OTN) são tão distantes que é preciso mais do que uma fábrica do tipo S para motivar mover um foguete até lá, sendo recomendado em muitos casos o uso de um propulsor GW/TW.
As localidades menos longínquas neste caso são as luas Nereida e Galateia. Nereida é bem convidativa se possuir o cargueiro promovido Seguidor de Feixe de Espelho Magnético e que após cumprir seu Futuro (Wisp Estelar) no ponto da Lente Solar de Neutrinos. Afinal, esta lua fica a um ponto de queima e a um Perigo de distância da Lente Solar de Neutrinos, podendo mover o seu cargueiro até a órbita e depois utilizar o propulsor da sua carta de tripulação (lembrando que é preciso de um humano para cumprir o Futuro!) para aterrissar.
As localidades menos longínquas neste caso são as luas Nereida e Galateia. Ambas com pontos de Perigo e de tamanho razoável, sendo que Nereida é ligeiramente maior (4S), enquanto Galatéia (3S) é convenientemente mais próxima de Tritão. Caso você já tenha industrializado Tritão, este pode ser utilizado para cumprir requisitos de Futuros como Candeia de Fusão (do propulsor TW Fusão Inercial 3He-D Dédalo) e Feixe de Massa (do propulsor TW Plasmas Complexos). Galateia não ajuda para cumprir estes Futuros, mas uma vez cumpridos estes, porque não industrializá-la?
As duas localidades transnetunianas, Quaoar e Teharonhiawako ficam mais isoladas, mas podem ser uma opção se não quiser se submeter (ou gastar aquas) a tantos Testes de Perigo que podem ser acionados próximos de Netuno. E qual o propósito além de industrializá-las? É que estas, assim como todas demais as localidades industrializadas nesta zona heliocêntrica, servem para cumprir o Futuro OTN, do colonizador promovido Nanoengenheiros de Kaluga, mas honestamente, considero Tritão mais fácil de chegar e sem chance de falha na prospecção.
FIM