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  3. High Frontier 4 All
  4. High Frontier 4: a sua primeira fábrica (Classe Espectral S)

High Frontier 4: a sua primeira fábrica (Classe Espectral S)

High Frontier 4 All
  • avatar
    Victor19/04/23 12:40
    avatar
    Victor
    19/04/23 12:40
    2516 mensagens MD

    Industrializando em High Frontier 4ALL (Fábricas S)

    Vamos agora à terceira parte do guia de industrialização da primeira fábrica em High Frontier. Nesta postagens discutirei as cartas e as  localidades do tipo S, concentrando-me especialmente nas patentes mais interessantes (Parte I e II) e áreas mais viáveis de estrear a sua industrialização no jogo (Parte III).  Eu não listarei todas as localidades S, concentrando-me naquelas que são mais interessantes como a sua *primeira* fábrica. A ênfase no "primeira" se deve porque há locais no mapa que são fáceis de prospectar e industrializar, mas que devido à distância ou ao tamanho, não recomendaria como a primeira fábrica S por haver outras opções estrategicamente mais fáceis.  Mais adiante, discutirei algumas destas localidades se tiverem importância para industrialização posterior. 

    Nota: Você pode acessar as análises de todas as classes espectrais através deste link. 

    Disclaimer: HF4All é um jogo que sofre alterações nas regras até hoje, com base no feedback dos jogadores. Da mesma forma que as regras em inglês impressas receberam alterações posteriores até sair a versão  em português, o jogo continua sendo modificado em um documento online chamado Living Rules ( https://docs.google.com/spreadsheets/d/1dt1g3XGxMcQPIij1uLAc-x9-TiZXiwHTX8-jYK-3hEg/edit#gid=0  ). Pode ser que algumas das dicas abaixo não valham mais por alguma alteração de regra, então não levem o que escrevi a ferro e fogo ou como verdade absoluta.

    A outra questão se refere a quais manuais adereçar neste guia. NÃO estou usando os Diamantes Espaciais ou o Corrida para Glória pois estes contêm regras que destoam ou reduzem as regras do básico. O conteúdo deste guia se concentrará no manual Regras-Base (incluindo apoios, cinturões de radiação, etc), INCLUINDO o Módulo Zero - Política. Para fins de referência, se um trecho deste guia está nesta cor preta-padrão, é porque estou usando as Regras-Base.

    Porém quando eu usar palavras usando fonte em vermelho , é porque estou mencionando o Modulo 1 (cargueiros, propulsores GW/TW, Futuros) . Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 1, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.

    Da mesma forma, se houver palavras nesta fonte em azul, é porque estou mencionando o Modulo 2 (Bernais e Colonizadores). Se você quer usar apenas as Regras-Base ou não leu o módulo 2, sinta-se livre para pular os trechos desta cor.

    Finalmente, alguns trechos abaixo envolvem estratégias bem mais avançadas do que a primeira fábrica, especialmente aqueles envolvendo os objetivos mais a longo prazo. Portanto, estou adicionando esta fonte verde quando estiver me referindo a dicas avançadas de estratégia, geralmente incluindo todos os módulos em português.  Portanto, se não estiver seguro das regras dos módulos, ignore estas seções ou leia sem compromisso e sem pânico.

    Introdução::  Conforme comentei  em postagens anteriores, a industrialização é um ponto em comum crucial na estratégia geral do High Frontier e a sua primeira fábrica pode moldar toda a sua estratégia posterior. As localidades S estão entre as mais difíceis de serem industrializadas como sua primeira fábrica, só perdendo para localidades H neste critério. Ou seja, enquanto há uma abundância de localidades C disponíveis e fáceis no mapa, as localidades de classe espectral S são pouco acessíveis e complicadas na sua estréia de fábrica.  Na primeira edição do High Frontier, estas eram AS localidades poderosas para industrializar, porque conseguia-se robonautas ISRU zero, refinarias e os melhores propulsores. Nesta ultima edição (e até certo ponto, na edição anterior), fábricas S continuam excelentes mas não tão monopolizadoras de cartas pretas revolucionárias. 

    Aviso importante: CERTIFIQUE-SE de que possua pelo menos uma carta em sua mão que possa ser virada para o lado preto na operação de produção extraterrestre após construir a sua fábrica. Em outras palavras, se quiser construir uma fábrica S, tenha pelo menos uma carta de patente com o símbolo S que possa ser produzida em seu lado preto. Não adianta nada montar um foguete com cartas C e M e após industrializar Ganimedes, descobrir que não tem nenhuma patente no momento a ser produzida na fábrica extraterrestre e daí ter que correr atrás de leilões de pesquisa. 

    Cartas S a considerar:

    A carta branca da classe espectral S que considero ter maior impacto na estratégia inicial é o robonauta de arma de feixe Laser de Elétrons Livres. Sim, ele não é leve. Sim, ele precisa de múltiplos apoios para ser operacional (um radiador e especialmente, um gerador do tipo -[]-), tornando a primeira viagem complicada pelo excesso de massa. MAS é o ÚNICO robonauta branco capaz de reivindicar localidades com umidade 1 (ISRU 1). Através desta carta, pode-se reivindicar localidades áridas próximas como Unitas (4S), Flora (4S), Psiquê (5M), Cleópatra (4M) e até a Lua da Terra (9S - se for o jogador inicial ou conseguir negociar com ele). Isto encurta muito uma viagem para localidades do tipo S, com ótima chance de sucesso no Teste de Tamanho e com opções variadas para reivindicar. Só atente que as localidades M acima possuem Perigos em sua órbita e a menos que planeje alguma carta M na Mão para produzir em fábrica, priorizaria as localidades S. Considere esta carta seriamente se ela aparecer no início da partida, mas tenha em mente que será custoso lançar um foguete para missão de industrialização devido à massa, atentando também para o consumo de combustível.

    A versão preta do Laser de Elétrons Livres, o robonauta Feixe de Elétrons Wakefield, não representa um grande progresso. A plataforma continua ISRU 1, trocando a categoria de arma de feixe para míssil. A propulsão 4*2 deste robonauta tem a vantagem de ser econômica no consumo e de não se preocupar mais com reabastecimento por usar combustível sedimental (basta pousar em qualquer localidade e encher quanto quiser). Em contrapartida, a sua potência é medíocre para uma carta preta, considerando que fábricas S produzem excelentes reatores para propulsores que exigem estes apoios, sem falar nos poderosos propulsores GW do tipo S. 

    Acima de tudo, o ponto crucial desta carta preta é que, como sua contraparte branca, continua exigindo um gerador do tipo -[]- . Como estes geradores são mais escassos e considerando a grande massa do seu foguete para industrializar a primeira localidade, há uma grande chance de que havia só um gerador deste tipo no foguete e, sendo utilizado como apoio do Laser de Elétrons Livres, foi desativado na industrialização, passando para a Mão. Desta forma, a menos que possua o único gerador -[]- de classe espectral S (Termiônico Integrado) para produzir na fábrica a sua versão preta (Microfissão Z-Pinch), você não terá o apoio necessário para tornar operacional o robonauta Feixe de Elétrons Wakefield, não podendo sair da fábrica utilizando este robonauta com sua propulsão. 

    Agora, SE você tiver acesso ao gerador preto supracitado, conseguirá possivelmente a melhor propulsão sedimentar do jogo. Um propulsor 8*2, capaz de reabastecer quanto quiser em qualquer localidade como ação livre! Note que o gerador gera um Therm de superaquecimento, mas geralmente não precisará se preocupar com radiadores, pois basta utilizar o sistema de pós-combustão toda fase de movimento. E daí que isto custa duas etapas extras de combustível sedimentar? Basta ter o bastante para pousar ocasionalmente em uma localidade (evitando tamanho acima de 8) e reabastecer o quanto quiser. Só tome cuidado se for em direção a Urano e além pois há muitas rotações em forma de zigue-zagues antes de chegar à localidades. Assim, se não tiver um radiador, para manter o robonauta operacional (mesmo que não passe por um ponto de queima!) será necessário realizar a pós-combustão toda rodada e pode esgotar seu combustível antes de que chegue a uma localidade. Finalmente, lembre-se que esse uso do robonauta como propulsor terá a limitação de não poder usá-lo na industrialização (que o desativaria), a menos que produza um propulsor novo na fábrica recém-criada ou que seja uma viagem só de ida. 

    O segundo robonauta do tipo S é o Raio Neutro, de plataforma ISRU 2 (arma de feixe) e tão pesado quanto o  Laser de Elétrons Livres, só que não precisa de um radiador para funcionar. O problema é que não considero a economia de um radiador compensar o ISRU piorado. Entre estes dois robonautas, por via de regra prefiro o Laser de Elétrons Livres pela maior abrangência de localidades, mesmo tendo que lidar com um foguete ligeiramente mais pesado e exigente. Isto porque, apesar do Raio Neutro ter utilidade, o beneficio do ISRU 2 para fins de estréia de industrialização com fábrica S é bem mais limitado, já que existem poucas localidades S com umidade 2 no mapa. Se não me engano, estas restringem-se apenas aos minúsculos asteróides 1S Khufu, 1S Karin a, 1S Karin c, além de 1S Skoll, respectivamente nas zonas heliocêntricas da Terra, Ceres e Saturno. E memo que consiga mitigar a sorte do Teste de Tamanho (por exemplo, se possuir a habilidade da faccao amarela B612, Telescópio Cintilador), focar nestes asteróides como alvo é uma estratégia mais incerta do que ter acesso às localidades maiores com ISRU 1 ou decidir pelas viagens mais difíceis para as localidades de maior umidade (cuja esmagadora maioria é de umidade 4).

    A versão preta do Raio Neutro é o robonauta do tipo míssil Fusão Inercial de Deutério. Comparado com o robonauta preto que citei anteriormente, o Feixe de Elétrons Wakefield, há algumas similaridades entre eles. Ambos são do tipo míssil com plataforma ISRU 1, ambos exigem um gerador do tipo -[]- (partilhando da mesma restrição de acesso a este gerador que já citei) e ambos não tem uma grande propulsão, beneficiando-se especialmente se tiverem acesso ao gerador preto Microfissão Z-Pinch. As diferenças é que a Fusão Inercial de Deutério usa combustível hídrico e precisará necessariamente de um radiador no mínimo, por superaquecer em dois Therms (possivelmente mais, dependendo do gerador -[]- que utilizar). E como só há duas cartas de radiador de tipo S (e um sendo bem limitado), aconselharia a trazer na missão de industrialização um radiador branco para resolver este problema - se é que já não estava levando previamente para arrefecer o calor do robonauta/propulsor. E apesar deste robonauta preto ter um consumo bem baixo, não adiantará muito se a sua propulsão não conseguir ter um aumento por um gerador apropriado ou a um reator que consiga fazer parte de sua cadeia de apoio (lembrando que reatores costumam superaquecer, necessitando de ainda mais radiadores!). Ou seja, em termos de restrição, considero a Fusão Inercial de Deutério ainda mais complicada de torná-la eficiente que o Feixe de Elétrons Wakefield. Finalmente, vale lembrar que a propulsão de ambos os robonautas não possui o símbolo de impulso, portanto não podem receber o benefício de um Powersat, que seria muito útil para eles. 

    O último robonauta de classe espectral S é o Laser com Bombeamento por Corpo Negro. Como o Raio Neutro, é um robonauta ISRU 2 de arma de feixe. Porém, tem massa zero e apesar de necessitar de um radiador e um reator não-X, considero estes apoios bem mais tranquilos para acomodar do que um gerador -[]-, pois este acaba agregando mais massa e/ou exigindo apoios extras. Em adição, se o seu propulsor não precisar de gerador e conseguir uma refinaria que  também não necessita dele, você consegue poupar muita massa ao utilizar apenas um reator e um radiador no total como apoios. Portanto, a menos que o transporte de gerador seja uma necessidade, normalmente considero  este robonauta S melhor que o Raio Neutro 

    Você pode perguntar: mas se o reator é desativado na industrialização e se o seu propulsor necessitava dele, como evitar que o foguete fique não-operacional? A solução está na própria fábrica S, pois esta é capaz de produzir reatores pretos. E como você já precisava trazer um radiador para tornar operacional seu robonauta (a menos que tenha reivindicado uma localidade de umidade 4 com sua carta de tripulação), o ideal é que consiga acesso aos reatores pretos Lâmpada de Fissão VCR ou Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio, pois estes não precisarão de radiadores extras. Os demais reatores pretos do tipo S são mais exigentes e superaquecem muito e os radiadores pretos das fábricas S não são os mais eficientes para arrefecer todo este calor. 

    Caso só tenha acesso a estes radiadores pretos do tipo S e mantenha uma deficiência de refrigeração, a forma mais rápida de resolver isto é se, além deste robonauta preto, consiga produzir a única refinaria preta do tipo S (Máquina do Papai Noel de Von Neumann) e portanto estando pronto para uma nova industrialização. Faça um reabastecimento na fábrica, utilize o propulsor químico da carta de tripulação e parta para a localidade C ou M de tamanho 4+ e mais próxima (a um ou dois pontos de queima). As fábricas C e M são proeminentes na produção de radiadores pretos e estes suprirão a sua deficiência. Assim o seu propulsor estará amplamente refrigerado e capaz de utilizar o reator preto (exceto o famigerado Projeto Valquíria, que discutirem mais adiante).
       

    Alguns podem se surpreender que, ao virar o Laser com Bombeamento por Corpo Negro para o lado preto na produção extraterreste, a sua versão aprimorada (Laser Aerossol Físsil) é praticamente igual a sua versão branca. A única diferença é que não precisa mais de reator como apoio. Ainda assim, é um robonauta muito útil por não precisar mais depender de reatores, dependendo apenas dele (e do radiador que transportou até a fábrica). E se conseguir produzir a refinaria preta S na fábrica, você não precisa mais se preocupar em retornar à Terra, pois com a produção repetida destas duas cartas (lembrando que um radiador não precisa ser desativado na industrialização) poderá industrializar o restante das localidades na partida. Então, não veja o Laser Aerossol Físsil como pouco revolucionário, mas sim como ergonômico pela maior facilidade de construir fábricas. O único porém em relação aos demais robonautas S é sua plataforma ISRU pior, mas ainda assim há uma ampla gama de localidades viáveis para industrializar, especialmente se possuir a refinaria preta S, que discutirei no parágrafo a seguir.

    A refinaria branca Fiação de Fibras de Basalto exige um reator como apoio, o que pode proporcionar uma configuração de foguete que não precise de geradores. Vale repetir: como geradores (e apoios) costumam pesar mais do que reatores (e apoios), além de possivelmente terem  dependência de luz solar ou precisar de apoios múltiplos, pode ser uma ótima idéia trabalhar apenas com reatores na industrialização. Apenas tome cuidado para que a desativação de um reator não torne inoperante seu propulsor, por isso pense carregar um reator extra ou seja capaz de produzir um reator preto (e apoio) na fábrica recém-criada. A sua versão preta, a Máquina do Papai Noel de Von Neumann é excelente e a única refinaria desta classe espectral. Para quem leu o meu texto sobre fábricas V, se quiser fazer um ponto de partida fora da Terra para industrializações a partir da sua primeira fábrica, considere esta carta tão importante quanto o único robonauta do tipo V, o Rompedor. Além disto, esta refinaria preta não apenas não exige apoios como também reduz em 1 o ISRU de qualquer plataforma integrada ao acervo da refinaria, ampliando ainda mais as opçoes de prospecção.  

    A Máquina do Papai Noel de Von Neumann inclusive torna possível a reivindicação de localidades com zero de umidade se utilizar em conjunto com os robonautas pretos S Feixe de Elétrons Wakefield e Fusão Inercial de Deutério. E se você iniciou a industrialização na Lua da Terra graças ao Laser de Elétrons Livres e obteve esta refinaria também, a outra localidade lunar (Aristarco - H) torna-se viável para industrialização (desde que seja o jogador inicial ou negocie com ele a reivindicação da localidade). E como cereja do bolo, após industrializar esta localidade, poderá enviar um cargueiro para a órbita L1 e construir um elevador espacial com um Teste de Perigo Épico, dobrando os pontos da rara fábrica H. E se o cargueiro em questão for a carta promovida Lançador Sedimentar de Nanotubos em D, este elevador já cumpre um terço do requisito do Futuro desta frota de cargueiros, descrito na parte II. 

    Já que foram mencionados os reatores, vamos a eles. A classe espectral S é a mais representada nas cartas de reatores. Os seus representantes brancos modificam apenas a propulsão se requeridos como apoio, enquanto todas suas contrapartes pretas reduzem o consumo de um propulsor se servir de apoio (e metade destas melhoram a propulsão também). O reator branco Fissão NERVA Cermet é um ótimo apoio por aumentar bem a propulsão, não produz Therm e tem apenas um ponto de massa - qualidades excepcionais para um reator branco. Seu único ponto fraco é que apenas dois propulsores e um robonauta exigem diretamente um reator do seu tipo , então nem sempre conseguirá utilizá-lo de forma tão fácil. A forma alternativa é se o propulsor (ou robonauta tipo míssil) em questão exigir um gerador e este gerador aceitar este reator. É ótimo quando consegue por em prática esta cadeia, mas lembre-se que precisará de múltiplas cartas específicas para que funcionem. 

    Já a sua versão preta, a carta Fissão Termonuclear Pulsada é  bem complicada para pôr em prática por produzir CINCO Therms de aquecimento, equiparando-se à cartas de propulsores GW)! Se tiver uma fábrica por perto e capaz de produzir radiadores para arrefecer esse calor todo, ótimo. Caso contrário, este reator é uma dor de cabeça para fazer funcionar. E apesar de economizar o consumo do foguete para 1/4, há reatores que reduzem o consumo pela metade com muito menos dificuldade.  Em adição, perde-se o ótimo bônus de propulsão de +3 que existia quando a carta era o  Fissão NERVA Cermet. Estude muito bem as cartas que pode produzir e acessar se planeja utilizar esse reator preto como apoio. 

    O reator branco Fissão de Leito de Esferas é uma versão "turbinada" do Fissão NERVA Cermet, por ter a mesma massa só que mais propulsão em troca de superaquecer um Therm. Se o propulsor do seu foguete aceitar este reator como apoio, possuir sistema de pós-combustão, não tiver nem massa excessiva nem um consumo muito alto de combustível (4 etapas por queima ou menos), é até possível dispensar um radiador, exceto se utilizar esse reator como apoio de um robonauta e precisar usá-lo para prospectar uma localidade. 

    A versão preta desta carta, a Lâmpada de Fissão VCR, eu considero o melhor reator preto do tipo S pelo que oferece em relação aos requesitos para deixá-lo operacional. Apresentando massa zero, +2 na propulsão e dividindo o consumo pela metade, tudo pelo aquecimento de um Therm o qual já tinha lidado em sua versão branca? Excelente! Com apenas uma carta preta e um propulsor que a exija como apoio, é possível que tenha um propulsor eficiente até o final da partida.

    O reator Armadilha Lyman-Alfa, em contrapartida,  é justamente ruim no lado branco pelo modificador negativo na propulsão, embora seja um dos poucos reatores que possuem o tipo "X", exigido por algumas cartas  (como o propulsor Hélio Metaestável). Por ter dois símbolos de reator, esta carta é mais fácil de fazer parte da cadeia de apoio de um propulsor do que o Fissão NERVA Cermet, mas o foguete terá que suportar a penalidade de -2 na propulsão, a menos que utilize este reator apenas como apoio para robonautas que não tenham/usem propulsão ou refinarias (ex: Secagem Supercrítica). Mas também há um dilema interessante. Se você utiliza um propulsor que requer este reator como apoio, ele será prejudicado, mas em contrapartida quando você produzir a versão preta deste reator (Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio), a penalidade é eliminada, a massa é reduzida e passa a reduzir o consumo do propulsor pela metade. Agora, se o seu propulsor não exige o reator como apoio, você não sofrerá a penalidade na viagem, mas também ao produzir a carta preta preta esta também não conferirá benefícios ao propulsor. Tirando este engasgo, a Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio é um bom reator para evoluir a propulsão dos seus foguetes e mesmo o leve aquecimento de um Therm pode ser contornado por um radiador ou pelo sistema de pós-combustão, se for permitido pelo propulsor.

    O último reator branco a discutir é o paquidérmico Projeto Órion, o qual aumentaram sua massa nesta quarta edição do HF. Antes que fiquem cegos pelo +7 de propulsão que confere a propulsores que possam requerer reator do tipo "bomba" como apoio, note os SEIS pontos de massa que ele acrescenta. Sem falar que este reator necessita resfriar um Therm e com a massa total que está é melhor adicionar um radiador (+1 ponto de massa, provavelmente) do que usar sistema de pós-combustão. Por que isto? Considere que um foguete equipado com um propulsor operacional mais as cartas necessárias para industrialização ultrapassarão facilmente onze pontos de massa seca. Este limiar faz com que cada etapa de combustível equipare a um tanque, pelo menos. Desta forma, aumentar a massa seca em 1 pelo acréscimo do radiador sairá menos custoso que utilizar o sistema de pós-combustão a cada fase de movimento. Levando em conta também o custo em aquas para lançar este reator monstrengo em órbita, logo nos primeiros Ciclos do jogo quando este recurso é mais escasso, não é de se espantar que sempre considero outras alternativas ao invés do Projeto Órion. Ainda assim, se tiver aquas sobrando e um propulsor econômico que aceite este reator (especialmente o Revestimento Ablativo), é possível uma missão de industrialização com esta configuração, mas faria o possível para conseguir produzir e tornar operacional a sua versão preta mais leve e extremamente exigente, o Projeto Valquíria.       

    No verso do Projeto Órion, temos o reator preto mais exigente do jogo, o Projeto Valquíria. Não apenas este reator superaquece em TRÊS Therms, mas também exige como apoio um segundo reator (e do tipo "X", que não é muito comum) e mais uma restrição a seguir após a observação abaixo: 

    Obs: É importante notar que se esse segundo reator possuir um modificador de propulsão (positivo ou negativo) ou de consumo (1/2, 1/4 etc), ele NÃO SERÁ APLICADO ao Projeto Valquíria e ao propulsor ao qual é apoiado por este. Isto porque, de acordo com o manual Regras-Base (seção J5d), estes modificadores NÃO são aplicados se forem provenientes de cartas de apoio PARA reatores, radiadores,cargueiros e propulsores GW. 

    A última restrição do Projeto Valquíria também é difícil: se você utilizar este reator, qualquer carta com Rad-Hard inferior a 4 que esteja integrada é automaticamente desativada. Isto faz com que precise ter MUITO cuidado ao montar o seu acervo. Esta restrição inviabiliza dez patentes de radiadores (duas delas pretas), o propulsor Hélio Metaestável e velas solares (embora seja duvidoso você precisar delas com esse foguete), cinco refinarias (uma delas preta), quatro reatores (dois desses do tipo "X"), quatro geradores (um sendo preto), quatro robonautas (dois sendo pretos), dois cargueiros não-promovidose quatro colonizadores (um sendo robô). Finalmente, as seguintes cartas de tripulação tem Rad-Hard 3 e são incompatíveis com o este reator preto: Shimizu, Fundacao B612 e Astronautas Nórdicos.  E tem um agravante: como você não pode voluntariamente desativar uma carta de tripulação (que é considerado pelas regras Assassinato/Suicídio) a menos que seja capaz de cometer Delitos (ex: durante o evento "Anarquia" do período azul do Ciclo de manchas solares), você sequer pode usar este reator se ele estiver integrado com a carta de tripulação (integrado = compartilhando acervo ou estando em outro acervo mas na mesma localidade do mapa).

    Dentre as três cartas de tripulação vulneráveis que citei, os Astronautas Nórdicos tem uma vantagem: se a sua habilidade estiver disponível (pois se usar o módulo 2, é necessário primeiro ancorar um bernal em Órbita Inicial), todos os seus veículos espaciais não precisam temer falhas técnicas pois esta tripulação pode removê-las à distância como uma ação livre. Então, você pode mover o seu foguete não-tripulado com o Projeto Valquíria sem se preocupar com o evento da falha técnica, diferente das outras facções. A única limitação é que, se não tiver utilizando o módulo 2 para transportar um colonizador com Rad Hard 4 ou mais, o foguete utilizando este reator preto NUNCA poderá criar uma colônia. 

    Assim, observe se um foguete que utilize este reator pode impedir uma missão de industrialização desativando alguma carta ou se inviabilizará a ancoragem de um bernal se o gerador utilizado for menos resistente.O lado positivo é que nenhuma carta do tipo S tem Rad-Hard menor que quatro, portanto o Projeto Valquíria não impedirá a sua primeira fábrica S de produzir e utilizar o reator "X" que precisa, nem os radiadores, robonautas, gerador e refinaria pretos dessa classe espectral. Se conseguir ultrapassar todos estes obstáculos, parabéns!  Você terá um propulsor espetacular, capaz de fazer frente aos poderosos propulsores GW sem precisar acumular o raro combustível isotópico.  

    Se você ancorar na Órbita Inicial o bernal Fábrica de Antimatéria L4, a sua carta de tripulação, passa a ter à bordo um reator "X", servindo de apoio para o Projeto Valquíria, enquanto esta carta estiver integrada a este reator e assumindo que tenha Rad-Hard 4+. Só atente que, se desancorar o bernal da Órbita Inicial, você perderá este reator de bordo enquanto a Fábrica de Antimatéria L4 não for ancorada de volta à Órbita Inicial ou se não estiver promovida.     

    Passando para os radiadores do tipo S, o primeiro  a discutir é o Refrigerador Magnetocalórico, que pode assustar pela massa e exigência de um gerador, mas na verdade pode ser extremamente útil pois consegue resfriar muitos Therms em relação a sua massa e é feito sob medida para ser o apoio de certos geradores de massa zero que exigem reatores mas que no total superaquecem muito (Termiônico Integrado, por exemplo). Tanto que a massa total de um gerador + reator de apoio +  Refrigerador Magnetocalórico fica similar à massa de certos geradores solares que não exigem apoio. Você precisará de mais cartas, claro, mas esclareço que neste caso a massa não é a vilã do radiador. 

    A sua versão preta, o Polarizador de Spin de Combustível Nuclear apresenta um dilema: se após a industrialização, o seu foguete ainda possui um propulsor operacional , é preciso verificar se este radiador preto ainda consegue arrefecer o calor do foguete. Isto porque a versão preta do  Refrigerador Magnetocalórico tem menos massa e não exige mais um gerador como apoio, mas em compensação a sua capacidade de resfriamento é reduzida para 1 ou 2 Therms. Felizmente, radiadores não precisam ser desativados na industrialização e se tiver ainda um gerador operacional, pode-se manter este radiador do lado branco caso ainda precise dele. Se o Polarizador de Spin de Combustível Nuclear for suficiente com a nova configuração, ótimo. Se este radiador preto passa a ser insuficiente após chegar à Terra por causa das cartas brancas que precisa lançar para uma nova industrialização, considere primeiro vendê-lo para obter aquas e depois lançar o Refrigerador Magnetocalórico novamente com as demais cartas. 

    A outra carta de radiador é o Dissipador Térmico de Fonte de Lítio. Sendo direto: eu não gosto muito deste radiador. O lado mais leve deste radiador é pesado demais para seu resfriamento medíocre enquanto o lado pesado só funciona uma vez. Ele pode servir se estiver desesperado para arrefecer Therms e só precisa utilizar uma vez o lado pesado (ex: se for apenas para utilizar em uma prospecção ou se for somente para ativar um propulsor que consiga chegar ao destino no final do movimento). Portanto, tome cuidado para não ficar à deriva no espaço ou encalhado em uma lua por este radiador não conseguir refrigerar mais como antes. Use-o com cautela. 

    A sua versão preta, o Dissipador Térmico de Fonte Termoquímica tem o mesmo problema, mas pelo menos é mais eficiente em relação à massa. Agora, se produzir o propulsor GW Zubrin de Água Salgada, este radiador funciona bem para A rodada de movimento que consegue resfriar este propulsor. Com a poderosa e econômica propulsão basal de 14*1/2 e tendo produzido combustível isotópico para múltiplas rodadas, é muito viável que um foguete equipado com este propulsor consiga chegar à Terra em uma rodada.  Daí, na próxima rodada, pode-se lançar em órbita mais radiadores que arrefeçam quatro Therms para compensar o Dissipador Térmico de Fonte de Lítio que foi "rebaixado" para o lado mais leve..Mas o ideal seria enviar da fábrica S este foguete com este radiador e propulsor pretos equipado também com um robonauta e refinaria pretos (preferencialmente, o Laser Aerossol Físsil e Máquina do Papai Noel de Von Neumann) e então partir para uma localidade capaz de produzir radiadores pretos com facilidade (de preferência M, se não C), evitando uma viagem desnecessária para Terra e o incômodo de depender dos radiadores brancos mais pesados. 

    Os geradores de classe espectral S são representados por duas cartas , e seus quatro reprentantes (dois brancos e dois pretos) são dignos de nota. O primeiro é o Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma, que já comentei em postagens passadas sobre a sua utilidade. Este gerador não serve como apoio para robonautas/refinarias durante a industrialização nem como apoio de bernais, inclusive para ancorá-los, mas em compensação enquanto estiver no acervo do seu veículo espacial, nunca mais precisará temer passar por aerofrenagens, pois pode adentrá-las sem precisar fazer Testes de Perigo. Mas há alguns pontos a observar: 

    - Todas as propriedades deste gerador solar NÃO funcionam na zona heliocêntrica de Netuno (exceto se possuir um Powersat) portanto não estará imune ao Perigo da aerofrenagem nesta região (Regras-Base, seções J2, J2e e J3). 

    - Adentrar com segurança em um ponto de aerofrenagem significa que não precisa fazer Teste de Perigo, mas não significa que isso impede de desativar uma vela solar. Estas velas que em sua descrição tem o aviso de desativação automática ao entrar em aerofrenagem continuam sendo desativadas se adentrar neste ponto com o gerador. 

    - A carta de colonizador Vela Semeadora Calypso 2 tem a propriedade de estar impedida de adentrar pontos de aerofrenagem e o Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma não remove esta proibição. 

    Agora, que usos práticos há para este gerador?

    * Pode-se pousar em localidades atmosférica sem risco pelas aerofrenagens (Marte, Titã, todos os aeróstatos etc).

    * Pode economizar o retorno a LEO na Terra, ao cruzar pontos de radiação e em seguida pegar a rota da aerofrenagem para LEO sem passar pelo ponto de queima "Órbita de Transferência". Por exemplo, é possível sair de Fobos ou da Lua da Terra e gastar apenas uma queima para chegar a LEO.

    * Ao cruzar o sobrevôo orbital dos gigantes gasosos, os Testes de Perigo ficam restritos essencialmente aos de não-aerofrenagem. Este gerador é particularmente valioso se utilizar o enorme sobrevôo orbital de Júpiter e desviar-se para as luas de Calisto, Ganimedes e Europa, como já comentei nas análises de classes espectrais anteriores. O Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma faz com que estas luas fiquem muito mais acessíveis após ganhar quatro queimas-bônus do sobrevôo joviano.  

    * A Operação de Reabastecimento por Aspiração Atmosférica (Regras-Base, seção I5c) torna-se muito mais viável e lucrativa. Conforme descrevi na postagem sobre as cartas do tipo C, existem geradores (e um reator) pretos que possuem o símbolo do Pac-Man, habilitando esta forma alternativa de reabastecimento. Com o Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma, o seu foguete é poupado do Teste de Aerofrenagem que poderia destruir seu foguete ou forçá-lo a  gastar quatro aquas, a cada rodada. Assim, é possível permanecer no ponto de aerofrenagem sem risco enquanto realiza esta Operação repetidamente. Na postagem das Fábricas de classe C eu detalho mais a fundo como esse reabastecimento pode lhe trazer um grande acúmulo de aquas.

    A versão preta do Paraquedas é o gerador Curral Iridescente Granular. Diferente do gerador branco, esta carta é capaz de servir de apoio para industrializar sendo um ótimo apoio por ter massa zero, ainda que mantenha a dependência solar. Da mesma forma, esta carta pode servir de apoio para bernais, inclusive muito facilitando o movimento independente destas estações espaciais se pretende levá-las até a zona heliocêntrica de Marte sem rebocá-las por um foguete. Para zonas mais distantes, é preferível utilizar um foguete a partir dai, mas ainda assim o bernal fica relativamente leve de transportar por seu apoio não acrescentar massa. De resto, esta carta mantém a mesma propriedade do Paraquedas em relação à aerofrenagem segura.

    A outra carta de gerador branco é o Termiônico Integrado, uma carta que, apesar da massa zero, não costumo utilizar por ser tão exigente de apoios. Quando consigo, geralmente é por ter obtido um radiador relativamente leve em relação aos Therms que consegue resfriar, como o Refrigerador Magnetocalórico ou a Membrana de Bolha, além de um reator de massa 1 ou 2 e que não superaqueça mais do que 1 Therm. Devido à essa configuração muito específica, é mais provável que se tiver condição (dado o limite da Mão e da necessidade de aquas), que eu preserve esta carta para que possa produzir numa fábrica S a sua excelente versão preta, o Microfissão Z-Pinch. Este gerador aprimorado, como sua versão branca, apresenta os símbolos  ("e", -[]- ) e não é solar, formando a combinação mais versátil para um gerador. Para propulsores convencionais que exijam geradores como apoio, esta carta é a opção que proporcionará maior bônus de propulsão (só lembre que é necessário resfriar 1 Therm e certos propulsores não tem sistema de pós-combustão). Para propulsores GW/TW, o seu valor cai porque o seu bônus de +4 na propulsão não é aplicado (Regras-Base, seção J5d) e é mais útil empregar geradores -[]- que não superaqueçam, como o Adutor Supercondutivo. Finalmente, ambos os geradores acima tem o símbolo do Pac-Man, podendo servir para extrair combustível de Pontos de Aerofrenagem SE valer a pena. 

    O único propulsor de classe espectral S é o Dumbo. Este é o propulsor branco que menos aprecio por causa do seu alto consumo: cinco etapas por queima. Geralmente, estabeleço meu limite de consumo em quatro etapas por queima para foguetes em missões de industrialização e isto pensando em viagens com menos queimas ou foguetes com massa 9 ou menos, de preferência. Agora compare este propulsor 6*5 com robonautas do tipo míssil que possuem uma propulsão 5*4. Ou melhor ainda, compare o Dumbo com outras cartas de propulsores que também exigem reatores: a Tubeira-Rolha Monoatômica (4*3) e a Tubeira Convergente-Divergente (5*4). Em todas estas alternativas, o Dumbo é uma opção pior. Sim, esta carta tem uma propulsão basal maior que as demais, mas no caso dos propulsores citados estes também exigem um reator como apoio, que podem facilmente elevar a sua propulsão para acima de 6. 

    Para localidades de tamanho 7+ que não possam ser aterrissadas pelos propulsores menos potentes que o Dumbo, considere que pode ser melhor utilizar um propulsor mais econômico até imediatamente antes da queima de aterrissagem e daí utilizar o propulsor da carta de tripulação para pousar. O propulsor da carta de tripulação custa próximo do dobro do consumo do Dumbo, mas pode ser mais econômico do que usar este propulsor durante toda a viagem. Claro, se estiver com a Facção Shimizu, esta opção não existe e o Dumbo fica mais interessante, mas ainda assim preferiria mantê-lo no acervo de foguete como um "propulsor secundário de emergência" na hora de aterrissar/decolar de localidades maiores e utilizar um propulsor menos gastador para o restante do movimento. Mas infelizmente, nem sempre temos a configuração que queremos e já houve partidas que tive que me virar apenas com o Dumbo no início da partida.

    A versão preta deste propulsor é o Timberwind, cuja melhor característica é ser superior ao Dumbo, o que francamente não é grande coisa. Sendo um propulsor 5*3 de massa zero e dependente de um reator qualquer como apoio, é ligeiramente melhor que os propulsores brancos, mas está longe de ser marcante. Vale também notar que este propulsor, assim como sua versão branca, não pode ser impulsionado por um Powersat. Mas apesar disto tudo, existe a vantagem de que tanto este propulsor como vários reatores pretos podem ser produzidos na mesma fábrica e portanto, mesmo que tenha perdido sua forma de propulsão e/ou apoio ao desativar cartas na industrialização, esta carta oferece uma forma de prosseguir a próxima viagem se também tiver um reator disponível e o superaquecimento não for um problema.

    FIM DA PARTE I

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    Comentários:

  • Victor
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    Victor19/04/23 12:40
    Victor » 19/04/23 12:40

    *** Aviso: Esta postagem contém as regras mais complexas, cobrindo essencialmente os módulos. Se ainda está aprendendo o manual das Regras-Base, é melhor pular esta parte.

    PARTE II  - Cartas dos Módulos 1 e 2

    Partindo para os propulsores GW, o primeiro a discutir é o Zubrin de Água Salgada. Se por um lado ele é muito potente, por outro é o propulsor GW que mais consome combustível, meia etapa por queima. Este consumo não é tão alto, mas no caso dos propulsores GW o limitador é a quantidade de extração de combustível isotópico: apenas um tanque por operação. Se tiver alguma carta que acelere a extração por rodada (ex: facções ISRO ou ACE], refinaria Femtoquímica, colonizadores mineradores, etc), este problema reduz-se bastante. Mas ainda assim, se quiser arriscar viagens mais longínquas (Urano e além), o ideal é que promova este propulsor e se livre deste consumo. 

    Um outro contraste deste propulsor se dá pelo apoio necessário. Por um lado, este propulsor GW, diferente da maioria, não exige um gerador de apoio (mas sua versão promovida sim, tenha um gerador -[]- integrado quando promovê-lo ou o propulsor deixará de funcionar!). Mas em contrapartida, é preciso resfriar CINCO Therms. Se quiser utilizar este propulsor regularmente, precisará no mínimo de dois radiadores (possivelmente três) para arrefecer todo esse calor. E os dois radiadores do tipo S são insuficientes para o resfriamento necessário. O Refrigerador Magnetocalórico é muito eficiente mas exige um gerador de apoio, o que não é conveniente pois uma das vantagens deste propulsor é justamente evitar geradores. O Polarizador de Spin de Combustível Nuclear resfria dois therms no máximo. Já o Dissipador Térmico de Fonte de Lítio e  Dissipador Térmico de Fonte Termoquímica são capazes por si só de apoiar o Zubrin de Água Salgada - por  UMA rodada (como já comentei na seção destes radiadores). Se conseguir trabalhar com esta rodada para obter mais radiadores, excelente. Caso contrário, terá que pensar em como obter mais radiadores da forma mais rápida possível. Pelo menos, a massa deste propulsor GW é bem baixa e no geral, eu gosto bem deste propulsor e sua versão promovida, mas TEM que planejar para contornar a questão dos radiadores.
     

    Se você possui este propulsor inoperante, há algumas formas de deixá-lo operacional. A primeira é rebocá-lo para a Terra junto com tanques de combustível isotópico transportados como massa seca (conforme descrito na operação livre de Tancagem de acordo com Regras-Base, seção G2). De lá, lance em órbita os radiadores que precisa e parta novamente para a próxima missão de industrialização (lançando refinaria e robonauta, se preciso), utilizando o propulsor GW agora operacional e convertendo os tanques isotópicos como combustível, que comporão a massa molhada do foguete. Vale lembrar que não deve-se misturar combustível hidrico/sedimentar com isotópico, pois perderá esse último se isto ocorrer (Regras-Base, seção F4d).  

    A segunda forma é partir da sua fábrica S para uma fábrica C ou M (já existente ou construindo se tiver as cartas necessárias) e desta construir os radiadores pretos necessários, já que estas fábricas são as mais indicadas para esta produção. O ideal é que a fábrica em questão fique muito próxima, para que até um propulsor de carta de tripulação possa ser o meio de locomoção do seu foguete. No caso de precisar construir uma fábrica, se conseguiu produzir previamente tanto o robonauta Laser Aerossol Físsil como a refinaria Máquina do Papai Noel de Von Neumann, você já possui todas as cartas necessárias para industrializar novamente. Um outro robonauta preto do tipo S exigirá um gerador -[]- . E se produziu na fábrica o gerador preto S Microfissão Z-Pinch, a princípio necessitará de um radiador para resfriar  o gerador.  Note que é possível dispensar o radiador se pretende prospectar uma localidade com umidade 4. Neste tipo de localidade,  você pode utilizar a plataforma de sua carta de tripulação ao invés do robonauta, evitando a necessidade de resfriamento (não é preciso radiadores como apoio na Operação de industrialização). PORÉM, como o objetivo afinal É produzir radiadores, se tiver como já levar um radiador da fábrica S, recomendo que o faça. Uma vez construída a fábrica C/M, produza os radiadores necessários para tornar operacional o Zubrin de Água Salgada.
      

    Seguem  algumas sugestões de fábricas S - C próximas, para conseguir produzir os radiadores necessários para o seu propulsor GW e daí utilizá-lo (assumindo que trouxe tanques de combustível isotópico como carga). 

    * Unitas - Eichfeldia (Minerva e Ceres como alternativas C): Estas são localidades vizinhas e formam uma estratégia otimizada se conseguiu industrializar Unitas graças ao robonauta  Laser de Elétrons Livres .  Eichfeldia tem uma ótima chance de prospecção, mas se por acaso tiver azar, Minerva e Ceres não estão tão distantes como opções secundárias. 

    * Europa (Conamara) ou Ganimedes (Memphis Facula) - Europa (Oceano Subterrâneo): Industrialize uma localidade  S destas luas jovianas e e parta para o Oceano Subterrâneo de Europa. A sua rota é muito mais curta se a sua fábrica S já estiver em Europa, mas para chegar lá em primeiro lugar exige mais trabalho que Ganimedes. 

    * Mimas - Tétis (ou Epimeteu/Janus/Pandora/Prometeu): As luas de Saturno são bem mais acessíveis entre si, embora com mais chances de falhar na prospecção. Porém, Tétis só tem 1/6 de chance de ser inviabilizada no Teste de Tamanho, sendo uma candidata natural. Como alternativa, se tiver uma arma de feixe e de preferência com uma carta extra para aumentar as chances de reivindicação (como a  Facção Fundação B612) pode-se tentar as localidades  mais próximas: as luas Epimeteu, Janus e as mais perigosas Pandora e Prometeu.  

    Agora, se o objetivo é promover o mais rápido possível Zubrin de Água Salgada para Zubrin-GDM e não possui planos mais imediatos para promover um bernal, recomendo o  que consiga industrializar e colonizar uma localidade de classe espectral M ao invés, pois é nesta colônia que conseguirá promover o seu propulsor para TW. Não apenas isto, fábricas M possuem ampla disponibilidade de cartas de radiadores para conter o superaquecimento do propulsor e ainda por cima, produzem excelentes geradores do tipo -[]- , necessários para o Zubrin-GDM. 

    Note que este propulsor promovido possui propulsão 6*0, então o foguete que trouxe o Zubrin de Água Salgada não necessariamente precisa trazer tanques de combustível isotópico como carga. Desta forma, a menos que o Zubrin-GDM  precise utilizar o sistema de pós-combustão para decolar/aterrissar em localidades (aumentando a propulsão em +8) é possível mover o foguete sem combustível. É claro que é preferível que o propulsor mova-se com uma propulsão de 14*0, mas a opção "seca" é bem viável se o fator tempo para gastar em operações de reabastecimento for um problema. Finalmente mas igualmente importante: no acervo do foguete tenha junto com sua carta de tripulação uma carta de colonizador, pois precisará desativar uma delas para criar a colônia. A carta remanescente é importante para que o foguete continue com humanos à bordo, evitando que o evento da Falha Técnica cause problemas neste acervo.

    Posto abaixo algumas sugestões de fábricas S - M próximas, para promover seu propulsor para TW, bem como produzir o gerador e radiadores necessários para então utilizá-lo. 

    Unitas - Psiquê: A parte boa é que apenas um ponto de queima separam estes asteróides. A parte ruim é que há um Perigo na entrada/saída de Psiquê (gaste quatro aquas para não precisar fazer o teste!). A parte complicada é que os dois asteróides necessitam de uma carta com plataforma ISRU 1 para tentar a reivindicação. 

    Flora/Unitas - Hertha (Lutetia se Hertha for inviabilizada): Esta combinação exige plataforma ISRU 1 apenas na primeira industrialização e não há Perigos nesta rota. Em contrapartida, o tamanho 3 de Hertha faz com que sua reivindicação seja mais incerta que Psiquê (5M). Mas mesmo que Hertha fique inviabilizado, Lutetia é uma segunda opção a duas queimas de distância. 

    Mimas - Encélado: dois pontos de queima (e um ponto de radiação) separam a sua fábrica S de uma colônia M. Caso teve sorte e industrializar uma das menores luas S de Saturno, a trajetória pode ter menos queimas ainda. Mas dada a distância para a Terra, esta estratégia realmente funciona melhor se conseguiu produzir em Mimas todas as cartas para a nova industrialização ao invés de ter que retornar à Terra. 

    Ganimedes (Memphis Facula) - Io  (Gish Bar): Esta é a opção mais difícil. Primeiro, pelo consumo de combustível. São quatro pontos de queima e duas queimas de aterrissagem com Perigo. Segundo, pela necessidade de propulsão de 10+ para decolar de Ganimedes E para pousar em Io. E terceiro, pela necessidade de plataforma ISRU 1 em Io. Mas incluí esta opção por ser possível. A melhor forma de resolver isto é por uma combinação muito específica. Utilize o  Zubrin de Água Salgada com um ou dois tanques de combustível e o radiador preto do tipo S Dissipador Térmico de Fonte Termoquímica, junto com a refinaria preta S Máquina do Papai Noel de Von Neumann , além de um dos dois robonautas pretos do tipo S (Fusão Inercial de Deutério ou o Feixe de Elétrons Wakefield) e como apoio o gerador preto  -[]- Microfissão Z-Pinch. Na rodada em que o radiador ainda está  em seu lado mais pesado, o seu foguete consegue chegar a Io (pagando quatro aquas por Perigo, via Falhar Não É Opção). Após reivindicá-lo sem chance de fracasso, pode industrializar  Io (que como bônus, obtém o privilégio Powersat), criando uma colônia para promover o propulsor para o lado terawatt. Em seguida, assumindo que tem as cartas necessárias, produza em Io os radiadores pretos e um novo gerador preto -[]- do tipo M (já que o gerador  Microfissão Z-Pinch foi desativado na industrialização por ser apoio do robonauta). Com isto, agora voce terá operacional o propulsor Zubrin-GDM. Utilize o combustível remanescente para sair de Io para retornar a Mephis Facula e reabastecer e/ou produzir as cartas pretas do tipo S novamente.  

    Agora, o que acrescentar sobre o propulsor Zubrin-GDM, propriamente? Este propulsor agrega uma massa total (incluindo apoios) maior que a sua versão não-promovida e é preciso planejar para obter o incomum gerador -[]-, mas ao torná-lo operacional os seus problemas de propulsão terminam. Mesmo sem tanques de combustível isotópico é capaz de movimentar o foguete com uma propulsão provável de 5*0 ou 6*0. Se quiser ir mais distante e mais rápido ou quiser pousar em qualquer localidade do mapa, inclua alguns tanques e cruze o tabuleiro com uma provável propulsão de 13*0 ou 14*0. Já o Futuro Viagem Espacial é muito viável de ser cumprido. Basta rebocar um bernal (fácil com este propulsor) e ancorá-lo à fábricas em localidades com umidade de anexos industriais totalizando 8 ou mais.  Sequer é necessário promover o bernal! Mas lembre-se que a menos que tenha muita sorte em reivindicar quase todos asteroides da família de Ceres (ou mais difícil ainda, todos os asteróides da família de Vesta), será necessário rebocar o bernal para a zona heliocêntrica de júpiter e além. Com isto, a menos que tenha o privilégio Powersat, será necessário um gerador não-solar de apoio para o bernal.

    Para escolher que anexos industriais totalizando umidade 8+, primeiro é preciso verificar a localidade de sua fábrica S: 

    * Se a fábrica S se localizar em Ganimedes ou Europa, basta industrializar a outra localidade desta lua e já cumprirá o seu requisito. 

    * Se a fábrica S se localizar em um asteróide mais seco e próximo como Unitas ou Flora ou simplesmente não quer uma localidade muito distante, as luas galileanas de Júpiter (exceto Io) são candidatas excelentes. A princípio eu recomendo Calisto, pois as demais exigem que industrialize uma segunda fábrica do tipo S (o que rebaixaria seu valor acionário), embora caso você ou seus oponentes já tenham fábricas C/V não há como fugir da desvalorização.

    * Se por acaso teve a grande sorte de conseguir reivindicar e industrializar uma das minúsculas luas de classe S de Saturno (Helena, Polideuces, Telesto, Calipso), as luas maiores Tétis ou Dione são candidatas óbvias. 

    Obs: Apesar de promover o bernal não ser necessário, se tiver uma estação espacial com o símbolo submarino, será um ótimo bônus se ancorar a uma colônia em Europa, Ganimedes ou Dione. Se o bernal for "promovível" ao ancorar numa colônia astrobiológica, atente que Tétis e Europa são ideais.

    * Se industrializou Mimas, há grupamentos de luas em Saturno e Urano que podem totalizar 8+ de umidade, mas é preciso sorte para reivindicar duas ou três destas localidades e pode-se gastar rodadas desnecessárias ao tentar prospectar cada grupo. Se fosse para arriscar e tiver uma plataforma de arma de feixe, tentaria uma rodada de prospecção no grupamento próximo de Epimeteu/Janus/Pandora/Prometeu (todos do tipo C, logo o valor acionário será baixo). Eu consideraria esta aposta especialmente se achar que conseguiria uma plataforma de ISRU zero, para posteriormente industrializar o aeróstato de Saturno e eventualmente considerar construir um elevador espacial. Caso contrário, não perderia tempo com estas localidades e visaria as luas de Júpiter, por ter 100% de chance e acessíveis com este propulsor.

    * A opção mais ambiciosa, assumindo que a falta de luz solar não seja um impeditivo, é rebocar o bernal até a órbita de Plutão/Caronte e industrializar ambas as localidades. Considere escolher um bernal com o símbolo astrobiológico ou submarino para promocão em laboratório, pois uma colônia em Caronte e Plutão possui respectivamente estes símbolos  para promover a estação espacial.  

    ---------------------------------

    Seção de estratégia extra-avançada:  uma pausa sobre a discussão do propulsor TW para abordar elevadores espaciais, Futuros, colonizadores (humanos e robôs) e cargueiros.

    Agora, para que este trabalho todo? Porque é possível construir dois elevadores espaciais nas localidades apontadas pelo mapa (exigindo um Teste de Perigo Épico para cada operação). Os elevadores espaciais dobrarão o valor acionário destas fábricas (compensando o fato de ambas serem de classe espectral D) e deixarão quase cumpridos os seguintes Futuros: Pé de Feijão (do cargueiro promovido Lançador Sedimentar de Nanotubos em D e do colonizador promovido Assembléia Marciana) e Pan Sapiens (do colonizador promovido Imortalistas da Coalescência Mental). Como bônus, mas sem relação com os elevadores, se tiver o colonizador promovido Nanoengenheiros de Kaluga, o seu FUturo OTN também é cumprido nesta estratégia, por exigir a industrialização de duas localidades na zona heliocêntrica de Netuno.

    Note que para construir um elevador espacial nesta região específica é preciso ter um cubo em órbita e um cubo na localidade a ser conectada pelo elevador. Geralmente, isto será representado pela fábrica na localidade e um cargueiro em órbita. Mas há duas opções: a primeira e mais otimizada é se tiver a carta de colonizador promovido Assembléia Marciana, que serve como "cubo" para este propósito. A segunda opção é que se o cargueiro estiver promovido, também é possível construir um elevador espacial se tiver o cargueiro na localidade e um construir um cubo pequeno de fábrica no bernal (ver Módulo 1, seção 1A7), mas considero mais simples utilizar o cargueiro em órbita e a fábrica na localidade. Sendo assim, sugeriria o seguinte roteiro:

    1) industrialize Caronte ou Plutão, preferencialmente já rebocando o bernal e apoio se conseguir administrar a massa e os tanques de combustíveis necessários. Se planeja promover o bernal ou apenas quer mais pontos de vitória, desative uma carta de tripulação ou colonizador e crie uma colônia. Contudo, lembre-se que se planejar cumprir Futuros com este acervo precisará de pelo menos uma carta contendo humanos ou um colonizador robô emancipado para cumprir Futuros. Se nesta nova fábrica D não puder produzir carta de refinaria e/ou robonauta para a segunda industrialização, traga de antemão a refinaria e/ou robonauta que falta(m) para construir a próxima fábrica. 
     
    2) Ancore e promova,se possível, o bernal. Note que ao ancorar o bernal, ganhará um colonizador (dois se este bernal estiver promovido) que surgirá no LEO ou no bernal ancorado na Órbita Inicial, de acordo com as regras do Módulo 2, seção 2A6 (Exomigração). 

    3) Produza as cartas pretas D necessárias para industrializar a localidade que não ainda não tem fábrica, complementando se necessário com cartas extras, conforme descrito no item "1". 

    Obs: Caso tenha em sua Mão pelo menos uma carta de colonizador robô (cuja esmagadora maioria é construída em fábricas de classe espectral D), além de ter promovido o bernal em órbita e possuir neste acervo uma carta de humano (tripulação ou colonizador), considere seriamente produzir um robô e promovê-lo (seja no laboratório, seja na colônia do tipo D).  Note que ao produzir o robô, você perderá uma carta de colonizador no mapa (Módulo 2 , seção 2C2b, último subitem), portanto considere descartar um dos colonizadores que estão no LEO/bernal na Órbita Inicial e que obteve ao ancorar o bernal em Plutão/Caronte. Uma vez promovido o robô, caso já não tenha um estoque de aquas comece a acumulá-las para totalizar 24 aquas. Este valor se refere ao gasto de 20 Aquas para cumprir o Futuro de Elevação Biológica do robô promovido (passando a ser emancipado e tratado como humano para todos os propósitos - Módulo 2, seção 2A6b), além das 4 aquas para evitar a necessidade de realizar o Teste de Perigo Épico (Falhar Não é Opção, ver Regras-Base, seção H7e). Este Futuro tem muita sinergia com esta estratégia de elevador transnetuniano, rendendo 12 PV sem muito esforço além dos requisitos e excesso de aquas.  Acima de tudo, considero este um Futuro de oportunidade, que depende se você conseguiu (e manteve) na Mão uma carta de robô do tipo D quando movimentou o baralho da Fila dos Colonizadores, possivelmente quando ocorreu a exomigração (Módulo 2, seção 2A6) ao ancorar em Plutão/Caronte o bernal promovido.

    4) Industrialize a localidade restante.  

    5) Se não produziu, produza no bernal e promova, se possível, o cargueiro.

    6) Em duas operações, construa os elevadores espaciais, graças a conexão entre cada fábrica e o cubo de cargueiro em órbita.

    Cumprida a função orbital do cargueiro, considere o que fazer com ele. Se estiver na busca do terceiro elevador espacial e tiver como produzir as cartas para uma nova industrialização, considere viajar para a mais longínqua Haumea ou para o Aeróstato de Netuno. Caso contrário, retorne para a Terra para virar a ficha de Glória de Netuno para o lado mais valioso ao realizar a Parada Triunfal (Regras-Base, seção La) e tente construir um elevador espacial entre Marte - Fobos. Para isto, primeiro construa uma fábrica em uma destas localidades (caso você ou um oponente não tenha feito ainda) e depois conclua a conexão ao reivindicar a localidade adjacente e utilizando o cargueiro integrado a ela. 

    Uma outra opçao, caso tenha o cargueiro promovido GCR de Fissão, é partir da órbita de Plutão para Sedna (utilizando o propulsor TW com tripulação humana ou robô emancipado). Daí, reivindique esta localidade longínqua com uma plataforma ISRU integrada, obtendo então uma fábrica da rara classe espectral H. Finalmente, cumpra o Futuro Busca por Exoplanetas. Se possível, tente retornar de Sedna para a Terra antes do jogo terminar, para realizar a Parada Triunfal já descrita.

    Finalmente, se não for possível industrializar mais a partir do bernal ou se já cumpriu ou não tem mais Futuros para cumprir, lembre-se que um cargueiro promovido em uma localidade reivindicada é considerado uma fábrica. Considere tentar reivindicar Nix, a localidade V adjacente ao bernal ancorado em Plutão/Caronte. Por ser mais um anexo industrial conectado ao bernal, esta fábrica adiciona mais quatro pontos de vitória pela umidade que a localidade confere. Como alternativa e se tiver uma plataforma ISRU 2, considere reivindicar o aeróstato de Netuno, criando uma fábrica de classe espectral H.

    Fim da seção de estratégia extra-avançada, retornando a discutir propulsores GW/TW
     

    ---------------------------------

    O outro propulsor GW do tipo S é o Fusão-Fissão Catalisada por Antimatéria. Um propulsor mais econômico, embora menos potente, que o Zubrin de Água Salgada, ele superaquece menos mas em compensação exige um reator X, que é o menos comum. O ponto positivo é que modificadores numéricos de reatores não afetam um propulsor GW, então até o terrível modificador do reator Armadilha de Paul RF de Mini-Magnetosfera não prejudicará este propulsor. Pelo contrário, é até desejável usar este reator por sua massa baixa. Infelizmente, entre as cartas "S", apenas um reator preto (Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio) é do tipo X e necessita ainda resfriar 1 Therm adicional. Obtendo o reator necessário e possuindo um ou no máximo dois radiadores para arrefecer o calor do Fusão-Fissão Catalisada por Antimatéria, o seu esforço será recompensado com um propulsor de longo alcance, precisando apenas levar em conta o seu consumo de combustível, lembrando que este propulsor mais seus apoios não são leves.     

    A partir do momento que você possui a carta de patente de um propulsor GW (mesmo que ainda não a tenha produzido) e construiu a fábrica daquela classe espectral, você já está habilitado para produzir um tanque de combustível isotópico por operação (Módulo 1, seção 1Cb). Já planejando para o propulsor TW descrito a seguir, se você tiver um colonizador minerador na fábrica já construída, a cada rodada como AÇÃO-LIVRE você pode extrair um combustível isotópico na fábrica (crie um acervo de posto avançado, se preciso). Então, enquanto prepara sua próxima missão, extraia o máximo possível de combustível. Produziu o propulsor GW? Na mesma rodada, extraia 1 TC isotópico. Produziu uma carta preta? Na mesma rodada, extraia 1 TC isotópico. Foi para a Terra para obter mais cartas para tornar operacional o propulsor GW? Enquanto isso, extraia TC isotópicos.  Mesmo que não tenha este colonizador, a cada rodada que não tenha uma ação estritamente importante, considere a produção deste combustível. Como segurança, tente ter algo em torno de 12-15 TC de combustível isotópico antes de partir com o seu foguete com este propulsor para a próxima industrialização, já pensando no Futuro desta carta promovida, que descreverei daqui a dois parágrafos. 

    A versão promovida do Fusão-Fissão Catalisada por Antimatéria  é o propulsor TW Magneto-inercial de H-B Iniciado por Antimatéria, que tem como particularidade a troca radical de apoio em relação a sua versão GW. Se antes era necessário um reator do tipo X, agora ao invés é preciso um gerador do tipo -[]- . Resolvida esta questão,  este propulsor é espetacular. Além de superaquecer em apenas 1 Therm, sua massa é bem pequena. Em adição, a sua propulsão 8*0 faz com que o sistema de pós combustão (+5 na propulsão, neste caso)  não seja necessário na maioria das vezes. Resta apenas a questão de como promover o propulsor GW para esta carta: via bernal promovido (laboratório) ou através de uma colônia de classe espectral D.

     Há uma grande sinergia entre promover esta carta e cumprir o seu Futuro Mini-Buraco Negro. Este Futuro requer este propulsor promovido, tripulado e operacional em um Centauro industrializado com dez tanques de combustível isotópico. Centauros são localidades que levam este título acima do seu nome. Você pode encontrar alguns deles no mapa, próximos às legendas das zonas heliocêntricas de Saturno e Urano, à direita do nome "High Frontier" no tabuleiro, dentre outros. Agora, com a notável exceção do asteróide Quíron, estas localidades costumam ser de classe espectral D, a mesma a qual você pode criar uma colônia e promover este propulsor e também a mesma capaz de produzir certos geradores pretos do tipo -[]- . Então, se você partir para uma missão de industrialização para um Centauro de classe D, já munido de pelo menos dez tanques de combustível acumulados como descrevi há dois parágrafos e tiver duas cartas contendo humanos (carta de tripulação + carta de colonizador humano ou robô emancipado), você  pode cumprir o Futuro sem demora, de acordo com o roteiro abaixo:

    1) Equipe o seu acervo de  foguete com o propulsor GW, no mínimo um radiador, pelo menos dez tanques de combustível isotópico (preferencialmente doze ou mais) e todas as cartas necessárias para uma industrialização, além das duas cartas contendo humanos/robôs emancipados, como já descrito. Se estiver utilizando o propulsor GW para movimento é necessário trazer também um reator do tipo X. Se pretende produzir na futura fábrica o gerador preto Multifásico de Rankine (veja passo "5") para apoio do propulsor TW, será necessário também um reator qualquer. 

    2) Escolha o Centauro de Classe D que pretende industrializar. Recomendo que tente o Centauro Pholus (4D), localizado ao lado da legenda da zona heliocêntrica de Urano, de preferência com uma plataforma ISRU do tipo jipe e/ou mais alguma carta que aumente suas chances (já elevadas) de sucesso ao reivindicar. Caso falhe no Teste de Tamanho, há dois Centauros (2D) por perto para  uma nova prospecção. Note que no caso de Pholus precisará planejar para entrar (e sair, se não conseguir reivindicar!) durante o período vermelho do Ciclo de Manchas Solares, pois apenas um propulsor TW consegue ignorar esta janela de entrada/saída obrigatória.

    3) Reivindique, industrialize e colonize o Centauro, desativando todas as cartas necessárias. Note que a carta de tripulação desativada para formar a colônia retornará para o LEO ou bernal ancorado em Órbita Inicial. Já uma carta de colonizador humano gasta para este propósito irá para o fundo do baralho da Fila dos Colonizadores e você receberá outra carta de colonizador humano deste baralho, que aparecerá no LEO/bernal Inicial (Módulo 2, seção 2A6), fora quaisquer cartas de colonizadores robôs que aparecerem antes do colonizador humano. Neste caso, estas cartas de robôs virão para a Mão. 

    4) Com a colônia de classe D, promova o propulsor GW para TW.

    5) Consiga (se já não o fez antes) e produza um gerador preto -[]- . Os três geradores mais indicados são o Microfissão Z-Pinch (tipo S, produzido previamente), o Interligação Eletrodinâmica Diamantoide (tipo D) e o Multifásico Rankine (tipo D). Destas cartas, note que precisará de um radiador capaz de arrefecer o Therm adicional do  Microfissão Z-Pinch, enquanto o Multifásico Rankine exigirá como apoio um reator de qualquer tipo, podendo ser o próprio reator do tipo X que servia de apoio para o gerador GW. 

    6) Com o propulsor TW operacional, tripulado e com pelo menos dez tanques de combustível isotópico, faça uma Operação para cumprir o Futuro Mini-Buraco Negro (exigindo um Teste de Perigo Épico). Feito isto, o seu propulsor TW pode sair da localidade, mesmo se esta possuir órbita excêntrica e não estar mais no período correto do Ciclo de Manchas Solares.


    A penúltima carta a ser detalhada é o cargueiro Propulsor "poodle" de Radioisótopo. Esta carta preta pode ser produzida em qualquer fábrica, mas a razão que chama a atenção é por ser promovida em uma colônia de classe espectral S. O lado positivo deste cargueiro é que ele não pesa nada, podendo ser transportado por um foguete sem custo adicional até o momento que queira vendê-lo ou promovê-lo. O lado negativo é que, além de só poder transportar a(s) carta(s) adicionada(s) se estiver numa fábrica, mesmo assim é um carregamento pífio de apenas dois pontos de massa. Já o  benefício "Radioisótopo" desta carta é temporário e muito situacional. A menos que o cargueiro saia de uma fábrica sem queima de aterrissagem, de tamanho 2 ou inferior (ou 3-5 utilizando decolagem auxiliada por fábrica, Regras-Base H5e, 3o subitem), este bônus não será utilizado. O benefício Powersat melhora este benefício, mas ainda assim, geralmente dependerá se o foguete conseguiu reivindicar e industrializar localidades de menor tamanho e depois avaliar se compensa o transporte de massa leve deste cargueiro independente, em vez de ser carregado por um foguete.

    Finalmente, considero a frota de cargueiro Lançador Sedimentar de Nanotubos em D um dos motivos principais para obter em primeiro lugar a sua versão não-promovida ( Propulsor "poodle" de Radioisótopo). Primeiro porque, mesmo que não veja possibilidade ou interesse em cumprir o seu Futuro, é um cargueiro promovido de massa zero que vira uma fábrica em qualquer lugar que consiga reivindicar - ou seja, pontos de vitória fáceis sem muito esforço para montar uma missão de industrialização.
    O segundo motivo é pelo seu Futuro Pé de Feijão que, dependendo das circunstâncias, pode ser bem rápido e fácil de cumprir. 

    Note que os requisitos e a recompensa do Futuro deste cargueiro promovido são os mesmos da carta de colonizador promovido Assembléia Marciana, mas não da carta de colonizador promovido Imortalistas da Coalescência Mental,  que tem um Futuro de nome diferente (Futuro Pan Sapiens). A diferença é que as cartas do Futuro Pé de Feijão exigem três elevadores construídos por quaisquer jogadores e como recompensa concederá +3 PV por fábrica conectada a elevador espacial, enquanto na última é exigido que que haja três fábricas conectadas a elevadores espaciais e a recompensa concede +2 PV por ficha de Glória. Qual a diferença? Porque nem todo elevador conecta-se a uma fábrica em uma ou em ambas extremidades.  Especificamente, temos:

    * O Bernal Elevador Geoestacionário cria um elevador espacial  após ser ancorado obrigatóriamente na Órbita Inicial de GEO. Este elevador não se conecta a nenhuma fábrica.

    * Os elevadores espaciais conectados à fábricas a Lua da Terra (Aristarco),  Plutão, Caronte e Haumea possuem uma extremidade "livre" em um ponto lagrange orbital a estas localidades. Logo, todos estes elevadores conectam-se apenas a uma fábrica.

    Então, apesar dos elevadores descritos acima contarem integralmente para o Futuro Pé de Feijão do cargueiro promovido e do colonizador promovido  Assembléia Marciana, para os Imortalistas da Coalescência Mental o elevador em GEO não conta nada e os demais só contam como uma fábrica conectada. Explicitada esta diferença e retornando ao Futuro deste cargueiro (lembrando que não é permitido cumprir mais de um Futuro Pé de Feijão por partida), é possível cumpri-lo muito rapidamente se possuir o bernal específico, se tiver acesso a uma plataforma ISRU zero e acesso permitido pelo Jogador Inicial para reivindicar a Lua da Terra e industrializá-la. Daí, resta apenas industrializar Marte (Arsia Mons) e Fobos, caso você ou outro jogador não tenha feito ainda.

    Caso queira uma abordagem mais difícil e com maior recompensa em PV, você pode substituir a localização de um ou mais destes elevadores para os aeróstatos de Saturno/Urano/Netuno (necessitando ISRU 0/1/2, respectivamente) ou se tiver um propulsor potente e econômico, para a órbita de Plutão, Caronte e Haumea. Conforme já descrevi na seção de estratégia extra-avançada, os benefícios de focar seus elevadores nestas localidades transnetunianas por ganhar mais PV por localidades e sinergia com o Futuro Viagem Espacial podem valer a pena o esforço extra em relação aos elevadores mais próximos. Mas como sempre, dependerá das cartas que tiver acesso.



    FIM DA PARTE II 

    3
  • Victor
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    Victor19/04/23 12:41
    Victor » 19/04/23 12:41

    PARTE III - Localidades S para a sua primeira fábrica

    De forma geral, estrear a industrialização através de uma fábrica de classe espectral S consiste em uma das seguintes abordagens:

    a) Conseguir plataforma ISRU 1 e partir para uma asteróide mais próximo e fácil ou para a Lua da Terra (se tiver acesso).
    b) Tentar uma prospecção de sorte em certos asteróides em órbita perigosa. 
    c) Realizar uma viagem certa mas penosa e difícil para uma das luas jovianas.
    d) Viajar ainda mais, só que menos difícil mas sem 100% de certeza, para as luas de Saturno.

    Seguem os detalhes de cada uma das categorias acima:

    a) Localidades próximas com Umidade 1 e boas chances de prospecção - asteróides Unitas (4S), Flora (4S) e a Lua da Terra (9S): Conforme mencionei no início da parte I e sendo a primeira carta do tipo S que analisei, começar com sua primeira fábrica na partida em uma localidade S de umidade 1 necessita ESPECIFICAMENTE de uma carta, o robonauta Laser de Elétrons Livres. É a única carta branca com plataforma ISRU 1, sendo exigente com apoios, mas bem recompensadora se conseguir industrializar rápido uma localidade de classe espectral S. O diferencial destas localidades com umidade 1 é que se localizam bem próximas da Terra e algumas delas com chances muito boas de reivindicação (sucesso automático no caso da Lua da Terra). Se não possuir uma plataforma ISRU 1, as suas possibilidades se reduzirão a uma prospecção difícil em asteróides minúsculos, a uma viagem dificil e muito custosa para Júpiter ou uma travessia demorada até Saturno.

    Os asteróides Flora e Unitas possuem a mesma chance de reivindicação e tem a vantagem de estarem a apenas dois pontos de queima de distância, caso a primeira tentativa de prospecção fracasse. Mas optar por qual das localidades optará em primeiro dependerá de alguns fatores: 

    * Primeiro, a distância. Flora está a menos queimas de distância do que Unitas (e se partir de um bernal ancorado em Órbita Inicial em L4 estará a apenas um ponto de queima), então se estiver escasso em aquas, pode ser um fator determinante. 

    * Segundo, o quanto você deseja ter uma fábrica de classe espectral S e quais cartas pretas pretende produzir? Se quiser priorizar este tipo de fábrica, recomendo primeiro partir para Flora e utilizar  uma prospecção orbital (pois o Laser de Elétrons Livres permite isto por ser uma plataforma ISRU de arma de feixe). Isto porque mesmo que fracasse em reivindicar Flora, nesta mesma operação poderá realizar um Teste de Tamanho para tentar reivindicar Ariadne (2S - mas atente que há um ponto de Perigo para aterrissar).  Se ainda assim teve o azar de falhar em ambos os Testes (1-4 em 1d6 e 1-2 em 1d6) e quiser insistir, ainda poderá viajar para Unitas se tiver combustível (reabastecendo extraindo água/sedimento de Flora, se preciso). Agora, se não quiser arriscar nem perder tempo e como plano "B" tiver cartas interessantes do tipo V (ou do tipo C, se não houver opção), vá para Unitas. Na prospecção orbital, conseguirá Unitas se obtiver 1-4 no 1d6 de Teste de Tamanho, mas se falhar poderá reivindicar na mesma operação Eichfeldia (4C - mesma chance de sucesso que Unitas) e Vesta (sucesso automático, mas tenha um propulsor capaz!).  Então, neste caso, Unitas apresenta um leque de opções maiores. 

    * Terceiro, como um fator menor, planeje qual será a próxima fábrica após a sua primeira industrialização. Por exemplo, Flora está muito próximo do asteroide Hertha (3M); se deseja que seu próximo passo seja uma fábrica desta classe espectral, Flora fica mais interessante. Inclusive, o Zubrin de Água Salgada é promovido em colônia M, com Hertha uma localização de escolha (e como segunda opção, Lutetia) , se tiver este propusor GW.O mesmo planejamento se aplica com Unitas e fábricas do tipo V, existindo proximidade ainda maior com Vesta. Neste último caso, pode até pensar em rebocar e ancorar um bernal e criar anexos industriais com Vesta e Unitas, extraindo combustível e produzindo cartas diretamente na estação espacial. A única ressalva sobre estas localidades é que, por não terem símbolos adicionais, não servirão para promover qualquer bernal, precisando ancorá-lo posteriormente em outra colônia, se deseja obter um laboratório.    

    Agora, tratando-se  do alvo mais óbvio e próximo da Terra, a localidade S (Shackleton) da Lua da Terra (ou Luna). Em primeiro lugar, devido a um tratado histórico, a Lua da Terra tem restrições de acesso, sendo permitido apenas ao Jogador Inicial daquele Ciclo solar a possibilidade de prospectar e reivindicar o satélite. Caso possua o Laser de Elétrons Livres e deseja esta localidade de Luna, como fazer para lidar com esta restrição:

    * Sendo o Jogador Inicial. O mais óbvio é conseguir que no final de um Ciclo Solar você consiga tornar-se o novo Jogador Inicial, pois geralmente não é permitido a um jogador permanecer como Jogador Inicial por Ciclos solares consecutivos. Então se você planeja reivindicar a localidader lunar no próximo Ciclo, tente negociar com o oponente a torná-lo Jogador Inicial. É  importante ressaltar que se o Jogador Inicial prévio perceber que você tem o robonauta de plataforma ISRU 1, ele pode "passar o bastão" para outro jogador (em partidas de dois jogadores ele não terá escolha) ou exigir um preço alto - mas lembre-se que você pode recusar e negociar com próximo Jogador Inicial pelo acesso (veja o próximo subitem). Note que se na mudança de Ciclo você ERA o Jogador Inicial, não poderá sê-lo novamente, a menos que a legislação vigente seja a da Lei Marcial (Regras-Base, seção O5d) ou se tiver ancorado na Órbita Inicial a cartaBernal de Controle Climático L1, que permite que sempre seja o Jogador Inicial. Portanto, se quiser a Lua da Terra e já é o Jogador Inicial, não demore para reivindicar e industrializá-la!   

    * Negociando com o Jogador Inicial. Com tantas regras, é fácil de esquecer no meio da partida que é permitido negociação, mas como geralmente os jogadores estão absortos com seus próprios problemas de logística e falta de recursos, podem acabar não optando por ela. Eu aprecio as tentativas de negociação, mas prefiro não abrir propostas a menos que o jogador já conheça bem as regras, porque caso contrário o oponente pode não saber do valor real do que está sendo barganhado. Dito isto, esta opção dependerá da disposição dos participantes da partida em negociar.

    * Cometendo um Delito. Se você tem a habilidade de ser criminoso, quem se importa com tratados? Há duas formas mais comuns de obter a capacidade de cometer Delitos. A primeira é se ocorreu o evento especial "Anarquia" durante o período azul do Ciclo de Manchas Solares, que entre outros efeitos permite que qualquer jogador possa cometer Delitos pelas poucas rodadas deste período. Este evento pode ocorrer na rodada anterior de ter a mudança de Jogador Inicial, fazendo que deixe-se de preocupar com este fator se já está pronto para viajar para a Lua da Terra. Este evento também pode ocorrer e manter-se efetivo durante a última rodada do período azul do Ciclo, então se não quiser negociar ainda com o Jogador Inicial e não estiver com urgência de tempo, uma possibilidade é esperar e torcer como um abutre para que ocorra este evento e naquela única rodada de anarquia aproveitar-se para apossar-se da localidade S. A segunda forma é se estiver jogando com a facção roxa da China e se estiver jogando com o Módulo 2, que já tenha um bernal ancorado em Órbita Inicial para habilitar seu privilégio de facção, que começa inativo neste módulo.. Com a capacidade de sempre cometer Delitos, a presença da China é um fator considerável caso exista uma corrida para Luna. Particularmente, tente evitar que um oponente que controle esta facção obtenha o Laser de Elétrons Livres ou faça-o pagar caro!

    Importante: Assumindo que tenha um propulsor poderoso o bastante (10+) para aterrissar/decolar na superfície lunar, há uma razão especial em realizar uma viagem única para lá, transportando de uma vez o robonauta e refinaria (e apoios). Pois se por acaso você reivindicou mas ainda não industrializou a localidade e deixou-a sem um humano para "guardar o território" (como por exemplo, se saiu de Luna com a carta de tripulação para retornar à Terra e buscar a refinaria/apoio), um oponente capaz de cometer delitos pode-se aproveitar de sua ausência e cometer uma Grilagem (Regras-Base, seção G4), removendo seu disco de reivindicação e colocando no lugar um disco da cor dele. Este criminoso sequer precisa de um robonauta para isto, basta ter na localidade  uma carta de humano (carta de tripulação ou colonizador).  E uma vez reivindicada, a localidade de umidade 1 não precisa mais de um robonauta com plataforma ISRU deste valor. Portanto, este seria o pior cenário possível: você fez todo o esforço de obter e tornar operacional o único robonauta branco de ISRU 1 e reivindicou a localidade S lunar, apenas ser roubada por outro jogador, que a industrializará relaxadamente, através de um robonauta mais vagabundo e refinaria. Não permita que isto aconteça. Lembre-se:  enquanto não forem produzidas cartas pretas, você é detentor do único robonauta capaz de reivindicar localidades com umidade 1. Planeje o momento de sua prospecção. Reivindique e  industrialize localidades sem deixar brecha de tempo para outros apossarem de seu trabalho.

    Um outro detalhe de regra sobre a Lua da Terra, mas igualmente importante, é que NÃO É PERMITIDO ANCORAR BERNAIS A LUA DA TERRA (Módulo 2, seção 2A5a e 2Ba, último subitem). Portanto, não é possível evitar as queimas de aterrissagem para produzir cartas pretas ou  extrair combustível direto na estação espacial. Da mesma forma, não é possível ancorar a Luna um bernal promovido e ter um laboratório para promover tão prontamente as cartas que produzirá nesta localidade. Esta última condição também impede de usar a Lua da Terra como anexo industrial para o Futuro Fusão de Prótio do propulsor TW Fusão de Foco H-B com Efeito de Fogo Cruzado 

    Caso, além do Laser de Elétrons Livres, você tenha utilizado a refinaria branca Fiação de Fibras de Basalto, considere a possibilidade de reivindicar a outra localidade lunar (Aristarco - H), pois as versões pretas deste robonauta e refinaria (Microfissão Z-Pinch e Máquina do Papai Noel de Von Neumann) em conjunto com um apoio de gerador do tipo -[]- (o mesmo que utilizou para tornar operacional o  Laser de Elétrons Livres) são capazes de reivindicar localidades com zero de umidade, como é o caso de Aristarco. Apenas lembre-se que esta localidade H também necessita da permissão do Jogador Inicial, portanto planeje para ter este acesso como o fez com a localidade S. 

    Uma observação muito importante sobre Aristarco é que, ao industrializar rapidamente ambas localidades lunares você pode optar pela produção de propulsor GW do tipo H ao invés dos propulsores de classe espectral S desta categoria. Em particular, a colonização de Aristarco permite a produção precoce do propulsor GW Fusão Inercial D-T Vista e sua subsequente promoção (promovível em colônia de classe espectral H)  para o mais épico propulsor TW do High Frontier, o lendário Fusão Inercial 3He-D Dédalo Sim, é um propulsor bem pesado, exigindo um gerador do tipo -[]- (o qual você já teve acesso previamente) e um ou dois radiadores. Mas estes obstáculos são mais que compensados por um propulsor 11*0 (!), podendo a chegar a 19*0 (com pós-combustão), capaz de alcancar sem problemas qualquer localidade do sistema solar. Dependendo dos apoios que tiver acesso, das localidades que pensa em industrializar e dos Futuros que estiver planejando, considere adiar a produção de um propulsor GW para a sua segunda fábrica em Aristarco, ao invés de produzir o propulsor do tipo S em Shackleton. Mas como sempre, não espere demais. É melhor um poderoso propulsor GW do tipo S utilizado mais cedo na partida do que esperar demais para a carta Fusão Inercial D-T Vista aparecer no topo do baralho de patentes.    

    b) Asteróides 1S:  Karin a, 1S Karin c, 1S Karin b:  Sinceramente, esta é a estratégia mais arriscada, precisando gastar rodadas de viagem, passando por três pontos de queima para no final depender do resultado de "1" em "1d6". Normalmente, eu costumo ignorar localidades pequenas como estas, a menos que esteja de passagem para outra localidade E decida gastar uma rodada para tentar a sorte de industrializar mais cedo E não precise ter custo extra na tentativa (como Testes de Perigo) E de preferência tenha algo para aumentar as minhas chances.  

    Eu começaria a pensar em arriscar a prospecção se tiver um robonauta com arma de feixe, pois para reivindicar não precisaria passar pelo ponto de Perigo (Efeito Yarkowsky, se não estou enganado) que orbita estes asteróides. Em adição, a plataforma deste robonauta precisaria ser exatamente ISRU 2, preferencialmente ou o Laser com Bombeamento por Corpo Negro ou o Raio Neutro. Mas por que exigiria exatamente  ISRU 2? Porque com ISRU 3 é possível tentar reivindicar apenas o asteróide Karin B, reduzindo ainda mais as minhas chances. E com ISRU 1 eu ignoraria estes asteróides e tentaria localidades muito mais viáveis, descritas na abordagem "d" , mais abaixo. Se por acaso estiver jogando com a facção amarela Fundação B612 e possuir seu privilégio ativado (Telescópio Cintilador, permite refazer um Teste de Tamanho com arma de feixe), o meu interesse nesta tática aumenta.  

    Agora, o mais importante: NÃO planeje a sua missão de industrialização tendo estes asteróides como alvo único. A pior coisa que pode fazer é enviar o foguete, rezando por o resultado de "1" em um dos testes, e com o fracasso não saber o que fazer. Veja as cartas do seu acervo e mão. Além de cartas do tipo S, também tem patentes "M" interessantes? Tente uma prospecção à distância e sem compromisso e, se tiver insucesso, parta para Hertha. Possui cartas do tipo V? Vesta fica a uma queima e meia de distância (e se o combustível esgotar, pode reabastecer em Eichfeldia primeiro). Múltiplas cartas "C"? Ceres está próxima. Tenha a seguinte mentalidade: "Estou partindo para Hertha/Vesta/Ceres, mas se no caminho conseguir um asteróide Karin, ótimo. Se não, mantenho o plano original".

    Uma vez reivindicando ao menos um dos asteróides Karin, estará pronto para industrializar com as cartas exigidas. Mas veja que há um ponto de Perigo na órbita destas localidades e toda vez que pousar e decolar precisará fazer um Teste de Perigo ou pagar quatro aquas para evitá-lo.  Obviamente, o ideal é que passe por este ponto o mínimo possível, então planeje para produzir todas as cartas pretas do tipo S que possui ou pense em adquirir (só não espere demais pelo leilão destas cartas!) para então decolar e não tão cedo retornar à fábrica.Uma outra forma de evitar o Perigo é ancorar um bernal à fábrica. 

    LEMBRETE: De acordo com as regras do Módulo 2 (seção 2A5a), para ancorar um bernal a uma fábrica e formar o anexo industrial, é preciso que a estação espacial esteja adjacente à esta localidade. Mas estas mesma regras proibem o ancoramento do bernal em um ponto de Perigo, não podendo então realizar a Operação no ponto de saída dos asteróides Karin. ENTRETANTO, de acordo com a definição de "Adjacência" no Glossário do Regras-Base, para fins de adjacência você IGNORA os Pontos de Perigo (exceto aerofrenagem), tratando-se como se não existissem para este fim. Então é possível ancorar um bernal a estes asteróides em três pontos possíveis: no ponto de Lagrange "B" da Família Koronis e nos pontos de interseção Hohmann, acima e abaixo do Perigo, especificamente a interseção onde passa a rota de cor verde e a interseção próximo ao asteróide Psiquê.

    Uma vez ancorado o bernal, não haverá mais necessidade de aterrissar/decolar do asteróide para obter cartas pretas ou reabastecimento, evitando a necessidade de fazer Testes de Perigo ou gastar 4 aquas. Apenas lembre-se que nenhuma destas localidades colonizadas é capaz de promover a estação espacial por não ter qualquer símbolo (astrobiológico, submarino, etc) exigido pelas cartas de bernais. Então se planeja construir um laboratório na partida, precisará levantar a âncora (Módulo 2, seção 2B6) deste bernal ou do bernal ancorado na Órbita Inicial.


     c) Ganimedes (Memphis Facula) e Europa (Conamara): Estas luas de Júpiter, junto com a Lua da Terra, representam as localidades S  que não possuem risco de fracasso se tiver a plataforma ISRU necessária. Infelizmente, é preciso cruzar múltiplos pontos de queima sem chance de reabastecimento até chegar a órbita de Ganimedes e Europa. Em adição, para pousar nestas luas será necessário uma propulsão 9 ou 10 para atravessar a queima de aterrissagem (que pode consumir muitas etapas de combustível, se utilizar o propulsor da carta de tripulação de sua facção). Para contornar a questão dos pontos de queima, você pode ao invés pegar um atalho fazendo um sobrevôo orbital em Jupiter e ganhar 4 queimas-bônus ao atravessar a atmosfera externa joviana em direção às luas, mas há um problema: esta rota exige três testes de perigo (dois de aerofrenagem, um pelos relâmpagos). O resultado de "1" em 1d6 em qualquer um destes testes destrói o seu foguete e desativa todas as cartas do acervo. Claro, você pode pagar 4 Aquas para evitar para cada um destes testes (Regras-Base, seção H7e - Falhar Não é uma Opçao), mas custa dispendiosas 12 aquas para uma viagem 100% segura.

    Dica: Para um atalho perigoso como esse, o ideal é que transporte em seu foguete o gerador Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma. Apesar deste gerador não servir para servir de apoio para bernais ou para industrializar, ele dispensa todos os testes de aerofrenagem de um foguete equipado com ele e o jogador precisará encarar apenas o teste de perigo dos relâmpagos de Júpiter (ou pagando apenas 4 aquas para evitar). Mas esta é uma situação excepcional, a qual você planeja uma missão nas luas de Júpiter, esta carta de gerador apareceu no topo do baralho E você conseguiu obtê-la no leilão e adicioná-la ao acervo do foguete. Não dependa desta carta para montar a sua estratégia!

    E se não pegar o atalho atmosférico? A viagem também fica complicada, pois necessitará de um foguete preferencialmente com massa 9 ou menos e um propulsor de consumo 2 ou menos, pois ao se aproximar de Júpiter precisará passar por cinco pontos de queima e uma queima de aterrissagem, sem qualquer localidade para extrair água/sedimento e reabastecer combustível. E ainda assim provavelmente necessitará pousar em uma localidade antes de adentrar estas queimas finais para reabastecer.

     Portanto, seja qual a rota que escolher, prova-se que as luas jovianas são localidades muito penosas para chegar na primeira industrialização, pois precisará gastar muitas aquas ou tempo (que é um limitador tão importante quanto, ficando mais precioso na medida que a  partida avança). Por isso, seja a abordagem que optar, utilize o que puder para economizar a sua viagem, como o gerador Paraquedas com Escudo Magnético de Plasma, a carta de facção verde Anonymous para reduzir o custo em aquas da manobra Falhar Não é Opção, bernais ancorados em Órbitas Iniciais mais próximas das rotas para Júpiter, o uso do poderoso e econômico propulsor do colonizador Cosmonautas Dopados para aterrissar em vez da carta de tripulaçao,  um colonizador minerador para acelerar a extração de água caso queira reabastecer, etc. 

    Em relação à Europa especificamente, considere que esta localidades seja um "Ganimedes" com um ponto de queima a mais e com dois pontos de radiação no caminho, uma rota ainda mais árdua. Mas ainda assim, pode ser que Europa seja mais atraente. Por exemplo, você precisa produzir mais radiadores pretos para tornar funcional o propulsor GW do tipo S que acabou de produzir e a outra localidade de Ganimedes (Uruk Sulcus - V) é incapaz de produzir este tipo de carta. Já a localidade não-S de Europa é de classe espectral C, cujas fábricas conseguem produzir radiadores pretos. 

    Ultrapassadas essas dificuldades e após industrializar qualquer uma dessas luas, o cenário ideal é que tenha a a carta Máquina do Papai Noel de Von Neumann para ser produzida nesta fábrica e também um robonauta preto (e apoio) para ser capaz de industrializar a outra localidade de Ganimedes/Europa (V/C). Só tome cuidado para, antes disso, NÃO colonizar a primeira fábrica com sua carta de tripulação, pois isto fará com que sua carta de tripulação retorne para o LEO  (ou ao bernal de Órbita Inicial) e daí terá que voltar a Terra para recuperar a carta se não tiver mais uma propulsão alta o bastante para decolar da lua industrializada. Finalmente, mesmo que não tenha todas as patentes necessárias para produzir e industrializar apenas com cartas pretas, a fábrica S ainda pode ser interessante, pois pode produzir cartas pretas que reduzem a massa e melhorem a propulsão para facilitar o seu retorno para a Terra. Só tente cruzar as queimas de aterrissagem perigosas destas luas o mínimo possível, para evitar riscos e gasto de aquas desnecessários.

    Com bernais, as luas jovianas industrializadas são ótimas para ancorar. Tendo duas fábricas em Ganimedes ou Europa como anexos industriais de um bernal, você produz diretamente na estação espacial as cartas pretas S e V ou S e C, respectivamente. Desta forma, você pode produzir diretamente no bernal um robonauta preto C e uma refinaria S, encher de combustível o seu foguete que está integrado ao bernal e partir para uma rápida industrialização em Calisto ou outra lua de Júpiter, sem precisar passar por aquelas queimas de aterrissagem com Perigo. E para melhorar, um bernal com o ícone submarino (símbolo da onda) ou astrobiológico (símbolo da folha verde) pode ser promovido a laboratório se ancorado à colônia apropriada em Ganimedes ou Europa. Com este laboratório, você pode promover não apenas colonizadores, mas também cargueiros e propulsores GW. 

    d) As Luas de Saturno - Helena, Polideuces, Telesto, Calipso e especialmente Mimas:  Não se intimide em ir para a zona heliocêntrica de Saturno. Apesar da distância, se utilizar os sobrevôos orbitais de Júpiter e Saturno (pausando para realizar rotações sem custo) são apenas quatro pontos de queima de distância entre LEO e Telesto/Polideuces. Se não quiser pagar oito aquas para evitar os dois Testes de Perigo no sobrevôo de Saturno, precisará executar quatro queimas adicionais, por isto considero preferível o sobrevôo. Apenas tome cuidado com dois problemas. Primeiro, como o sobrevôo de Saturno (e Júpiter) passa por um cinturão de radiação, considere utilizar durante o sobrevôo o propulsor da carta de tripulação para evitar desativar suas cartas com menor Rad-Hard. Segundo, tente para não depender de luz solar para a propulsão, pois caso contrário terá que se virar apenas com o dispendioso propulsor da carta de tripulação após o sobrevôo de Saturno, cuja zona heliocêntrica aplica uma penalidade enorme em propulsores solares.

    Ao chegar no ponto de queima L1, entre Telesto, Polideuces e Dione, observe quanto de combustível ainda possui. Se estiver seco, pouse em Polideuces ou Telesto e tente uma prospecção sem compromisso. Se conseguiu reivindicar, excelente. Se não, não há problema, pois de qualquer forma você já precisaria pousar em uma das minúsculas luas para reabastecer. A partir daí, planeje a prospecção de Calipso, Polideuces ou Mimas. 

    Agora, se ainda tiver combustível, observe que os dois primeiros pontos de queima L1 após o passar por Saturno foram "pagos" pelo sobrevôo. Qual propulsor utilizou para realizar o sobrevôo orbital? Se precisou utilizar o propulsor da carta de tripulação para não correr riscos com a radiação, qualquer ponto de queima à frente do supracitado L1 fará com que utilize esse propulsor químico no movimento desta rodada, porque só é permitido utilizar um triângulo de propulsão por rodada. Se utilizou um propulsor mais econômico e sem problema com a radiação E ainda tem combustível ainda para mais três queimas, pense em ir para Mimas diretamente, pois seu tamanho (4S) torna muito mais provável sua reivindicação do que as luas menores. Se teve fracasso em Mimas, aí é o momento de reabastecer e retroceder para tentar prospectar as localidades anteriores. 

    Dica: Se Mimas foi inviabilizada e  não tiver um jipe ou outra forma de aumentar sua chance de prospecção, considere mudar a estratégia de industrializar uma localidade S para criar ao invés uma fábrica de classe espectral M (Encélado) ou V (Dione), pois estas fábricas também são capazes de produzir robonautas e refinarias e tem muito mais chance de reivindicação que as demais luas do tipo S. Para ter uma noção do esforço e tempo envolvido, as quatro luas apenas são reivindicadas com um resultado de "1" no Teste de Tamanho. Assumindo a possibilidade razoável que apenas na última lua conseguirá reivindicar, você terá gasto no mínimo quatro rodadas e sete queimas de combustível (pois precisará passar repetidamente pelos pontos de queima L1 enquanto visita cada lua) para finalmente conseguir reivindicar uma delas. Sem uma carta para mitigar a sorte, não seria melhor ir de Mimas direto para Encélado, por exemplo, e tentar uma fábrica com muito mais chance e de forma bem mais rápida?

    Como já comentei na postagem das fábricas V, apesar das luas de Saturno serem mais fáceis de serem alcançadas do que as luas de Júpiter, a sua distância da Terra torna a sua ida e vinda entre Fábrica/LEO um estorvo pela quantidade de rodadas gastas em seu deslocamento. Mais do que as localidades jovianas, você desejará  ter uma matriz de industrializacao, um novo ponto de partida de construção de fábricas a partir de Mimas ou qualquer outra lua. Entretanto, para criar uma produção independente da Terra a partir de uma fábrica S é necessário uma carta específica. Da mesma forma que um jogador com uma fábrica V em Dione ou Titã necessita da carta preta Feixe de Plasma Magnetizado (o único robonauta do tipo V) para produzir junto com uma refinaria preta desta classe espectral, o necessário para a próxima industrialização, uma fábrica  S "autônoma" exige que o jogador possua a refinaria preta Máquina do Papai Noel de Von Neumann para produzir, junto com um robonauta preto deste tipo, as cartas exigidas para industrializar. Note que se o robonauta preto em questão for o Fusão Inercial de Deutério ou o Feixe de Elétrons Wakefield, será preciso ALÉM disto um gerador do tipo -[]-. E se você não trouxe da Terra um gerador funcional deste tipo e que não foi desativado na industrialização, a sua única solução para tornar operacional estes robonautas será produzir o único gerador preto -[]- do tipo S, o Microfissão Z-Pinch.  

    Obs: Se possuir um destes dois robonautas pretos e o gerador descritos (e mais um radiador, no caso do Fusão Inercial de Deutério), mas não prevê a chance de obter a refinaria preta necessária, você possuirá um propulsor operacional bem potente e de baixo consumo e fácil reabastecimento, especialmente se utilizar o Feixe de Elétrons Wakefield que utiliza combustível sedimentar. Com isto, reduz-se o tempo gasto para retornar à Terra e sendo uma solução viável para o problema da distância e ainda pode ganhar a ficha de Glória da zona de Saturno. 

    Caso não consiga produzir refinarias e robonautas na zona de Saturno, você também pode acelerar o seu retorno para a Terra com um propulsor GW adequado e apoios. Se produzir o Fusão-Fissão Catalisada por Antimatéria, será necessário um reator do tipo X, exigindo que OU tenha o trazido da Terra (e não foi desativado na industrialização) OU tenha produzida na fábrica S o único reator desse tipo nessa classe espectral (Armadilha de Radicais-Livres de Hidrogênio) OU que tenha ancorado na Órbita Inicial o bernal Fábrica de Antimatéria L4, que faz com que a sua carta de tripulação possua um reator do tipo X, servindo de apoio para este propulsor. Em adição, é preciso que o foguete possua pelo menos um radiador (idealmente que consiga arrefecer dois Therms para não ter que gastar o sistema de pós-combustão toda rodada). 
     

    O Retorno Obrigatório de Saturno para a Terra em uma rodada: Caso tenha o propulsor Zubrin de Água Salgada que superaquece absurdamente, será muito difícil  conseguir resfriar todos os Therms deste propulsor. Porém, há uma tática extrema que pode utilizar se possuir o radiador Dissipador Térmico de Fonte Termoquímica. A meta é conseguir utilizar nesta única rodada de movimento o sobrevôo orbital de Jupiter para que, com suas queimas-bônus, consiga chegar ao LEO ou (preferencialmente) bernal ancorado à Órbita Inicial. Partindo de Helena/Telesto/Polideuces/Calipso, são 13 ou 14 queimas necessárias até o sobrevôo joviano, custando sete etapas de combustível. Um foguete com massa seca 5 (propulsor GW + radiador + Carta de Tripulação + cartas pretas produzidas totalizando massa 1) e abastecido com 3 tanques de combustível isotópico (massa molhada 8) consegue a propulsão necessária para realizar quatorze queimas e consumir as sete etapas. 

    Saindo de Mimas, é impossível executar a manobra desta forma, pois são 16 queimas e não conseguirá ter a propulsão necessária para realizar todas estas queimas, pois a massa molhada não permitirá este valor, nem se utilizar o sistema de pós-combustão. Mas esta tática ainda é possivel se tiver um propulsor funcional alternativo (nem que seja o da carta de tripulação) para na primeira rodada de movimento usá-lo para chegar até o ponto de queima L1 situado entre Telesto e Calipso e na rodada seguinte utilizar o propulsor GW como descrito no parágrafo anterior. Assumindo  a mesma configuração do foguete descrito no parágrafo anterior, saia da fábrica em Mimas com massa seca 8 (cinco pontos de massa seca pelas cartas e três tanques de combustível isotópico carregados como carga - ver Regras-Base, seção G2) e tanques hídricos ou sedimentares suficientes para cobrir as duas primeiras queimas. Na primeira rodada você decola de Mimas e utiliza  e cruza os dois primeiros pontos de queima e termina o movimento no ponto de radiação apontado no mapa. 

    Na rodada seguinte e a última de movimentação, caso tenha sobrado alguma etapa de combustível hídrico ou sedimentar, realize um alijamento (Regras-Base, seção G1f) e descarte TODO o combustível deste tipo e em seguida converta para combustível os três tanques isotópicos de combustível que estava transportando como carga (regras-Base, seção G2a). A massa total do foguete fica inalterada, exceto que antes da conversão dos tanques a massa seca do foguete era 8 (idem para massa molhada) e agora a massa seca do foguete foi reduzida para 5 e a massa molhada permanece 8 (representando a adição dos três tanques de combustível). O motivo do alijamento total  do combustível hídrico/sedimentar é feito para evitar a mistura de combustível de tipos diferentes e perda do combustível isotópico (Regras-Base, seção F4d). Feito isso, você utiliza o propulsor GW para realizar as quatorze queimas descritas anteriormente, consumindo sete etapas e reduzindo a massa molhada de 8 para 5 (igual a massa seca), adentrando o sobrevôo orbital de Júpiter sem combustível, mas utilizando as queimas-bônus para chegar ao fim da viagem. 

    Agora, seja de qual fábrica sair, o seu destino final será ou LEO ou um bernal ancorado na Órbita Inicial. Analisando o uso das quatro queimas-bônus, pode-se calcular que pode chegar em segurança nos bernais ancorados nos pontos de Lagrange GEO, L2, L3, L4s, L5 e L5s. Para as demais Órbitas Iniciais e LEO será necessário utilizar o sobrevôo orbital da Terra para obter as queimas-bônus necessárias para chegar a seu destino, mas como consequência precisará passar por um ponto de aerofrenagem. Portanto, se este for o seu destino final, reserve quatro aquas para não precisar fazer o Teste de Perigo e não arriscar a destruição de seu foguete, tão próximo da chegada!


    Para concluir sobre as fábricas em Saturno, é importante notar que apenas Mimas tem um símbolo (onda - submarino) para promover alguns tipos de bernais. Considere cuidadosamente se vale a pena o esforço de rebocar o bernal até a órbita desta fábrica. Compare com as luas de Júpiter. Estas tem duas localidades com umidade total de oito (exceto Io) e que renderão essa quantidade de pontos de vitória com um bernal ancorado e têm pelo menos um símbolo submarino. Em adição, um bernal nestas enormes luas o poupará de pousar nas queimas de aterrissagem, o que não é um problema nos satélites de classe espectral S em Saturno. Por isto, enquanto Calisto/Ganimedes/Europa são candidatos óbvios de ancoragem se criou uma fábrica nestas localidades, as luas de Saturno precisam de um pouco mais de incentivo. Se é apenas a promoção do bernal em que deseja, veja que Ceres é uma candidata melhor que Mimas, por ser muito mais próxima e com chance de ter umidade total de anexos industriais acima de 4, que é o limite para Mimas. 

    Nota: Se você planeja promover o propulsor para  TW e possuir Zubrin-GDM, o Futuro Viagem Espacial fica bem mais interessante, especialmente se conseguiu industrializar uma das luas 1S, conforme descrevi na seção daquele propulsor.   Outros Futuros interessantes para se considerar é o Futuro de Secessão da carta de colonizador Casta Militar por exigir colonizadores humanos promovidos em um bernal ancorado a anexos industriais de umidade 5+ e o Futuro Submarino da carta de colonizador Vermes do Gelo, que exige três fábricas ou colônias submarinas, sendo que além de Mimas há três ótimas localidades deste tipo para se industrializar e bem próximas: Encélado, Dione e Réia. 

    Futuras industrializações de fábricas S:

    Para finalizar, discutirei abaixo localidades de classe espectral S que sejam viáveis como segunda fábrica em diante, após ter estreado a industrialização numa fábrica de tipo diferente. Como sempre, a classe espectral da fábrica e que cartas pretas passou a ter acesso serão decisivos para optar ou não por uma futura industrialização do tipo S e sua localidade. Em cada um dos itens a seguir, descrevo o benefício que foi obtido e que localidades você passa a ter vantagem em industrializar:

    I) Se você passou a obter plataforma ISRU 1 -> Unitas, Flora, Luna, Miahelena: Se para estrear o jogo nestas localidades era necessário o robonauta Laser de Elétrons Livres, as fábricas das classes espectrais C, D e M também são capazes de produzir robonautas que preenchem este critério. Por isto, pode-se pensar em Unitas após industrializar Eichfeldia, Ceres ou até Marte. Pode-se planejar uma missão para Flora após criar uma fábrica em Hertha, Lutetia, Higeia ou Fortuna. E caso tenha tido a sorte de reivindicar e industrializar a minúscula Deimos, a Lua da Terra pode ser alcançada com uma queima de aterrissagem. Esta localidade também pode ser uma opção secundária ou terciária no caso tenha azar e falhado o Teste de Tamanho em Unitas ou Flora.  

    Agora, qual a importância do asteróide Miahelena, de tamanho 2 e baixa chance de reivindicação? Porque ela compartilha a mesma órbita dos asteróides Ceres (100% de chance de prospecção) e Minerva (50% chance). Se por acaso você reivindicou estas duas localidades do tipo C e pensa em investir numa fábrica S, considere a possibilidade de prospectar Miahelena (de preferência com um robonauta do tipo jipe e mais qualquer outra carta que eleve sua chance de reivindicação).  Por que isto? Porque o Futuro Viagem Espacial do propulsor TW Zubrin-GDM exige um bernal ancorado a anexos industriais de umidade 8+ e o conjunto de fábricas em Ceres, Eichfeldia e Miahelena formam um somatório de anexos industriais de umidade 8, sendo o local mais próximo da Terra com este requisito para ancorar o bernal. E se o bernal já puder ser promovido, você pode produzir através de Miahelena o propulsor GW  Zubrin de Água Salgada, promovê-lo para Zubrin-GDM e uma vez operacional, já poderá cumprir o Futuro Viagem Espacial, uma sinergia perfeita! Mas atente que a sorte é determinante para tentar esta estratégia, por isto tente mitigá-la o quanto puder. 

     II) Se você passou a obter plataforma ISRU Zero -> Mercúrio (10S), Io (9S), asteróides da família Koronis (Koronis 3S, Urda 3S, Neckar 1S, Dresda 2S, Ida 2S, Dactyl 1S, Karin a/b/c 1S):  Existem dois robonautas pretos do tipo D e um do tipo C , além de um colonizador promovido, que possuem plataforma ISRU zero.  Se obteve uma destas cartas, disponibilizam-se as localidades supracitadas, que possuem muito potencial. Detalhando por partes:

    * Mercúrio ou Io: Estas duas localidades de grande tamanho e de difícil acesso oferecem vantagens (inclusive o privilégio Powersat) e dependerá de que cartas e fábricas possui ou planeja em seguida. Por exemplo, Mercúrio apresenta localidades de classe espectral S/V, enquanto em Io há S/M. Se você já possui uma fábrica prévia V, a tendência é que procure Io, já que ambas localidades desta Lua são classes espectrais novas (e de maior valor acionário, a princípio). Já se possui uma fábrica M, pela mesma lógica Mercúrio fica mais interessante. Agora, se você precisa absolutamente  de uma carta preta específica M ou V, a localidade correspondente torna-se mais atraente. 

     Um dilema surge se você pretende utilizar o propulsor TW do tipo V, Plasmas Complexos. Por um lado, ele pode ser produzido e promovido com um bernal ancorado a um anexo industrial mercuriano. Mas se decidiu por esta estratégia, a opção natural é industrializar a localidade S do planeta em vez de Io. Só que o Futuro deste propulsor TW (Feixe de Massa) requer a industrialização de Io ou Tritão (que é muito mais distante) e ancorar um bernal promovido a essa fábrica. Daí, você terá que escolher pela opção mais fácil e menos otimizada (pois Io apresenta uma localidade do mesmo tipo que Mercúrio e menos umidade de anexos industriais que Tritão) ou a mais difícil mas de maior potencial de pontos de vitória. Geralmente, se eu tenho este propulsor TW e consigo produzir e promover em uma localidade V não-mercuriana, Io é a opção de escolha. Mas se eu possuir um laboratório na órbita de Mercúrio, dependerá se conseguirei  rebocar o bernal promovido (mais gerador de apoio e cartas para industrializar) até Tritão e industrializar uma de suas localidades ou se terei que me contentar com Io.   

    Finalmente, se planeja promover um bernal ao ancorá-lo numa colônia astrobiológica ou de classe espectral M, Io é a opção. Já  Mercúrio é a opção de escolha se possuir a carta de colonizador  Cia de Salvatagem Lloyd,  que uma vez promovida para Zeladores de Svalbard disponibiliza-se o Futuro Esfera de Dyson, pois este exige a industrialização de ambas as localidades de Mercúrio 

    * Asteróides da Koronis:  Se você seguir de LEO a rota de cor verde, verá que abaixo dela na zona heliocêntrica de Ceres há um grupamento de dez asteróides (nove de classe espectral S, um de classe D). Eu já descrevi anteriormente, na seção das localidades S (asteróides Karin a/b/c) que do ponto de Lagrange "B" da Família Koronis é possível prospectar múltiplas localidades com um robonauta de arma de feixe com ISRU adequado. Se neste caso possuir uma plataforma de ISRU zero, todas as dez localidades estarão disponíveis para prospecção, tendo uma chance muito boa de reivindicar.pelo menos uma delas. 

    III) Se você possui previamente uma fábrica do tipo M e produziu a refinaria preta Volatilização de Carbonila -> localidades S de tamanho menor: Assumindo que possua uma plataforma ISRU de valor adequado, esta carta específica torna automática a reivindicação de localidades S de tamanho 3+ e torna facílima a prospeção de localidades 1 ou 2, pois confere um bônus de -3 nos Testes de Tamanho integrados em localidades S. E se tiver acesso a ISRU 1 ou Zero, esta carta facilita muito a estratégia das localidades que já descrevi. Em adição, asteróides muito próximos da Terra como Hátor e Mjolnir tornam-se bem viáveis, enquanto aquelas pequenas luas saturninas (Helena, Polideuces, Telesto e Calipso) são ótimas candidatas se por acaso produziu em Encélado esta refinaria (e de preferência, um robonauta preto também). 

     Esta refinaria também pode ser muito útil caso precise industrializar um cometa de órbita excêntrica. O motivo desta necessidade, por exemplo, pode ser para cumprir o Futuro Arca de Colméia do cargueiro promovido Lançador Sedimentar com Aro KESTS ou o Futuro Evento Footfall do colonizador promovido Peregrinos Eugênicos.  E como há dificuldade em reivindicar cometas (geralmente sendo localidades de tamanho 1), esta refinaria preta é perfeita para a prospecção do cometa 1S Ícaro, a única localidade da zona heliocêntrica da Terra que é acessível apenas no período vermelho do Ciclo de manchas solares. 

    IV) Se você já industrializou uma das luas de Júpiter -> Ganimedes, Europa, Io : Como as luas jovianas são custosas para alcançar da Terra, o ideal é que, após realizar a primeira industrialização em uma destas localidades, que consiga produzir uma refinaria e robonauta pretos em sua primeira fábrica e de lá partir para a próxima. Se a sua primeira fábrica não foi nas localidades S de Ganimedes (Memphis Facula) ou Europa (Conamara), a sua opção viável de industrialização independente é a partir de uma fábrica V em Calisto (Asgard) ou Ganimedes (Uruk Sulcus) e produzir aas cartas necessárias para estas localidades, conforme já descrevi na análise das fábricas do tipo V. Agora, se a sua primeira fábrica foi em Europa no Oceano Subterrâneo,  esta localidade de classe espectral C não será capaz de produzir uma refinaria preta e terá que retornar à Terra ou para alguma outra fábrica que consiga produzir. Superado este obstáculo e carregando também um robonauta operacional, pode-se industrializar a outra localidade de Europa (S). 

     Note que uma fábrica S em Ganimedes e Europa ajudam a cumprir dois Futuros: Viagem Espacial (bernal ancorado em anexos industriais de umidade 8+) e Futuro Antimatéria (bernal promovido e ancorado com anexo industrial do tipo S. 

    Caso sua fábrica C em Europa produza o robonauta preto de plataforma ISRU zero Laser em Cascata Quântica, você pode escolher industrializar a localidade S de Io (Loki). Todavia, para optar por esta localidade árida, perigosa e mais distante ao invés de apenas aterrissar e industrializar o outro lado de Europa (Conamara) é necessário um motivo muito importante (ex: para cumprir o Futuro Feixe de Massa do cargueiro promovido Plasmas Complexos).   

    V) Se você já industrializou uma das luas de Saturno-> Mimas, Helena, Polideuces, Telesto, Calipso: Se planeja que a sua segunda fábrica ao redor de Saturno seja do tipo S, provavelmente a sua primeira deve ter sido em Titã (Kraken - V, Ontario - D) ou Dione (V) ou Encélado (M). Conforme já repeti algumas vezes, o ideal é que a sua primeira fábrica seja capaz de produzir todas as cartas necessárias para uma industrialização, pois caso contrário será forçado a uma longa viagem de retorno para a Terra ou outra fábrica. Pela proximidade das luas, a distância ou consumo de combustível não será o problema, mas sim sua chance de prospecção. Desta forma, Mimas é a candidata natural, embora as demais luas também oferecem chance se teve azar com a primeira localidade. Como sempre, tente mitigar o fator sorte com robonautas do tipo jipe ou qualquer carta que ajude a reduzir o resultado do Teste de Tamanho.

    VI) Se você já industrializou uma das luas de Urano -> Sycorax: Urano e suas luas são localidades raramente visitadas pela distância, MAS se por acaso conseguiu combinar um propulsor econômico, capacidade de aterrisagem em localidades 6-7 e cartas pretas que possam ser produzidas para industrializar independente da Terra, pode ser uma estratégia viável. Após uma industrialização em Ariel/Miranda (V) e Oberon/Titânia/Umbriel (D), pode-se cogitar industrializar o Aeróstato de Urano (H) e Cordelia (C) com elevador espacial e, neste caso, arriscar uma reivindicação em Sycorax (S), passando pelo Perigo Orbital e de preferência munido de alguma carta que aumente suas chances de reivindicação para acima de 50%. De todas as classes espectrais uranianas, uma fábrica S é a menos provável (já que não existe M nesta região), mas a possibilidade existe caso precise de uma carta preta ou colônia S para promover.

    VII) Se você já planeja uma missão para Netuno e além por outro motivo -> Nereida, Galateia, Quaoar, Teharonhiawako : Netuno, suas luas e os objetos transtenunianos (OTN) são tão distantes que é preciso mais do que uma fábrica do tipo S para motivar mover um foguete até lá, sendo recomendado em muitos casos o uso de um propulsor GW/TW. 

    As localidades menos longínquas neste caso são as luas Nereida e Galateia. Nereida é bem convidativa se possuir o cargueiro promovido Seguidor de Feixe de Espelho Magnético e que após cumprir seu Futuro (Wisp Estelar) no ponto da Lente Solar de Neutrinos. Afinal, esta lua fica a um ponto de queima e a um Perigo de distância da Lente Solar de Neutrinos, podendo mover o seu cargueiro até a órbita e depois utilizar o propulsor da sua carta de tripulação (lembrando que é preciso de um humano para cumprir o Futuro!) para aterrissar. 

    As localidades menos longínquas neste caso são as luas Nereida e Galateia. Ambas com pontos de Perigo e de tamanho razoável, sendo que Nereida é ligeiramente maior  (4S), enquanto Galatéia (3S)  é  convenientemente mais próxima de Tritão. Caso você já tenha industrializado Tritão, este pode ser utilizado para cumprir requisitos de Futuros como Candeia de Fusão (do propulsor TW Fusão Inercial 3He-D Dédalo) e Feixe de Massa (do propulsor TW Plasmas Complexos). Galateia não ajuda para cumprir estes Futuros, mas uma vez cumpridos estes, porque não industrializá-la?

    As duas localidades transnetunianas, Quaoar e Teharonhiawako ficam mais isoladas, mas podem ser uma opção se não quiser se submeter (ou gastar aquas) a tantos Testes de Perigo que podem ser acionados próximos de Netuno. E qual o  propósito além de industrializá-las? É que estas, assim como todas demais as localidades industrializadas nesta zona heliocêntrica, servem para cumprir o Futuro OTN, do colonizador promovido Nanoengenheiros de Kaluga, mas honestamente, considero Tritão mais fácil de chegar e sem chance de falha na prospecção. 

    FIM

    7
  • Trentini
    113 mensagens MD
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    Trentini25/04/23 14:59
    Trentini » 25/04/23 14:59

    Victor, falei que ia dar um feedback lá nas fábricas C já, acabei não dando, minha vida deu uma reviravolta aí e acabou que eu não ando jogando o HF como gostaria, mas assim que tudo der certo, leio seus textos!!!

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  • Victor
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    Victor25/04/23 18:23
    Victor » 25/04/23 18:23

    Sem problemas, Trentini, quando puder :)

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  • Victor
    2516 mensagens MD
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    Victor17/05/23 09:35
    Victor » 17/05/23 09:35

    Aviso: Alterei os três últimos paragrafos da ultima parte do guia (sobre objetos transnetunianos) por uma questão de regra incorreta minha. Eu esqueci de um pequeno mas importante detalhe sobre o Futuro Wisp Estelar que inviabiliza a estratégia do cargueiro Seguidor de Feixe de Espelho Magnético posterior ao cumprimento do Futuro. Adicionei uma observação extra sobre Tritão e os objetos transnetunianos no final, também.

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High Frontier 4 All - High Frontier 4: a sua primeira fábrica (Classe Espectral S)
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