Antonio Ernande::
Opa, irei ler o outro texto indicado com certeza
Eu sou um jogador iniciante, agora que estou me dedicando um pouco mais aos jogos mais complexos etc, e é mto legal ver um pouco da história dos BG e trocar uma ideia sobre isso, então boas indicações de discussões são muito bem vindas 
Olha só que interessante, tanto o "Monopoly", em sua origem, quanto o Jogo da Vida, também em sua origem, tinham a ideia de mostrar outro ponto de vista, mas foram desvirtuados com o tempo, provavelmente pela influência das novas relações humanas que foram surgindo, dentre outras coisas né...
Eu concordo contigo quando fala que os jogos realmente refletem a sociedade de forma geral, como no nosso exemplo do Jogo da Vida x sociedade americana, mas é aí que tá a crítica: Precisamos jogar e estimular as crianças/adolescentes a jogarem esses jogos que, em tese, acabam por influenciar os jovens em valores que estão cada vez mais ficando ultrapassados diante dos avanços filosóficos e humanitários?
Significa dizer que esses jogos estão "envelhecendo mal", é o que quero dizer...
Mas olhem só, não estou dizendo que os jogos antigos não são legais e não devem ser jogados rsrsrs a crítica não é para todos
Tem muitos jogos antigos e legais, mas acho que cabe essa análise por nós, jogadores, até pra dar espaço pra jogos mais modernos e em melhor sintonia com o que estamos pensando no momento contemporâneo.
Caro
Antonio Ernande
Meu camarada, considerando que você conheceu o hobby recentemente, eu também te recomendo uma série de artigos que eu escrevo aqui no Ludopedia e também no site Maxiverso.com.br, falando sobre os diversos aspectos do hobby. Atualmente, a série está no texto de número 17, e lá eu informo os links para os textos anteriores. Eu só te recomendo ler na ordem porque isso facilita e muito o entendimento. O link desse 17º artigo é o seguinte:
https://ludopedia.com.br/topico/67760/17-dica-p-novos-jogadores-as-mecanicas-modernas-iii
Outra forma de acessar os artigos é colocar "dica p/ novos jogadores" na ferramenta de busca, aqui do Ludopedia.
Quanto ao que você mencionou no seu comentário, eu concordo totalmente. Eu só gostaria de destacar que, embora o Monopoly e o Jogo da Vida, na sua origem fossem muito mais instrutivos e moralizantes, as suas versões mais recentes abandonaram esse viés e se converteram em puro entretenimento. Nesse aspecto, eu acredito que não aconteceria esse problema da transmissão de valores anacrônicos para nossos jovens.
O problema é que esse jogos envelheceram mal e suas mecânicas e regras são ultrapassadas. Eles só se mantém relevantes, porque já fazem parte do inconsciente coletivo da população brasileira, para a qual jogo de tabuleiro é WAR, Banco Imobiliário e Jogo da Vida. Conta muito para isso o "fator nostalgia", ou seja, aquele esquema "filho, o papai vai te mostrar o jogo que ele jogava quando era da sua idade". Além disso, o fator preço também contribui muito para que esse jogos clássicos continuem sendo por muitos anos o padrão de board games. Para o grande público jogos ainda são sinônimo de brinquedo, e, com isso, gastar R$ 300,00 ou R$ 400,00 (preço médio dos jogos de complexidade mediana) em um "brinquedo" está fora de cogitação para a grande maioria das pessoas.
Por outro lado, existem jogos clássicos que eu acho que envelheceram muito bem. Esse é o caso, por exemplo, do Detetive e do Imagem & Ação. Na minha opinião eles ainda funcionam hoje em dia, e continuam divertidos mesmo depois de tanto tempo. Também é preciso considerar que os jogos clássicos são mais simples, e isso facilita muito na hora de explicar para os mais jovens. O jogador tem apenas uma ou duas ações e é isso que ele fará o jogo inteiro.
No mais, essa questão de "envelhecer bem" ou "envelhecer mal", varia caso a caso, e depende muito mais do gosto pessoal do que qualquer coisa.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio