johnmatosd::Os jogos em geral tão em um preço muito acima do que deveriam estar. Jogos de tabuleiro são pensados para serem baratos, por isso são feitos de papel, e materiais ecológicos. Mas não sei o que houve aqui no Brasil, os jogos viraram um artigo de luxo. Mais caros que gadgets tecnológicos, sem exagero. E isso é um assunto que deveria ser mais discutido. Não faz sentido lógico os jogos estarem absurdamente caros como estão.
John, acho que esses conceitos que você colocou estão mais de acordo com os anos 2000 do que os últimos anos.
A “gentrificação” dos jogos de tabuleiro é um fenômeno mundial. Os jogos deixaram de ser meramente um instrumento de diversão para se tornar um item colecionável de valor artístico e cultural. Lá fora, isso se percebe mais nos lançamentos de KS, mas o mínimo básico que se espera de um jogo aumentou muito. Os custos de mão de obra com isso aumentaram demais.
Um jogo dos anos 2000, como o Luis XIV podia vir com uma arte genérica. Seria impensável lançar um jogo daquele jeito agora.
Os gadgets eletrônicos são produzidos aos borbotões na China, enquanto a tiragem dos nossos jogos é muito pequena. Eu sei que parece estranho, mas de fato os jogos são mais caros.
E, por fim, os jogos se tornaram aqui no Brasil uma espécie de reserva de valor. As pessoas compram jogos e esperam obter a maior parte do valor investido na revenda, com sorte um lucro. Isso acontece de fato em poucos jogos, ou com quem joga no inicio do ciclo e vende rápido.
Eu não estou dizendo que concordo ou que gosto dessas tendências, mas elas são um fato. As média do publico atual valoriza jogos de alto valor agregado e não jogos de poucos componentes (a menos que eles saiam ridiculamente baratos, o que não vai acontecer, porque os custos de design são continuam ali).
Obrigado pela sua contribuição!