Na baia de Tóquio, uma gigantesca criatura ergue-se dezena de metros acima da superfície do mar (o que nos leva a perguntar, será que veio engatinhando até a beira e depois ficou de pé?). Outra vem das florestas e, com suas três cabeças, destrói tudo a sua frente (outra pergunta, como ninguém a viu, se só sua perna é muito maior que qualquer árvore da região?). Do subterrâneo, um monstro cava sua saída, criando abalos por toda cidade (e se ele veio cavando, por que os tremores só começaram quando ele saiu do chão?). E como pouco desgraça e bobagem, tornados surgem no horizonte junto com um beemote voador (nem vou perder tempo perguntando do furacão). Quatro bestas apocalípticas lutando entre si sobre escombros nipônicos e somente um pode sobreviver no vinal. Godzilla Tokyo Clash Tá na Mesa!

Godzilla Tokyo Clash é um jogo de 2020 criado por Prospero Hall. De dois a quatro jogadores, com duração média de 45 minutos, em Godzilla os jogadores são monstros tentando ser o único sobrevivente de uma luta colossal.
- Mentira. Isso é outro jogo. Chama King of Tokyo!
Errado você não está. Mas também não está certo, nosso pequeno e eterno baka. São jogos diferentes com o mesmo tema. Porém Godzilla tem um ótimo diferencial: não tem eliminação de jogador. Nada de tomar porrada de todo mundo e ficar só assistindo (Nota do Sr. Slovic: Não que isso um problema em KoT, mas tem vezes que o jogo demora, demora, demora e você sai rapidinho… Aí só resta assistir ao filme do Pelé).
Outro ponto diferente é que Godzilla não usa dados. Toda a ação é baseada em cartas. Ao realizar uma ação, o jogador baixa uma carta da sua mão, pagando os devidos custos em energia e faz o que o texto manda. Simples e direto. E aqui dá para andar pela cidade, jogar veículos para longe e destruir prédios (Nota da Sra. Slovic: Belas miniaturas em 3D). Cada uma das quatro criaturas: Mothra, Rei Ghidorah, Megalon e é claro, Godzilla, tem seu deck próprio, com poderes e habilidades bem características. Cada kaiju tem sua própria estratégia.
- Tomo guaraná, suco de caju. Goiabada para sobremesa….
Kichigai!!! Deixa de ser surdo. Kaiju é o termo em japonês para designar esse tipo de monstro. As criarturas não tem Pontos de Vida, mas isso não significa que não podem ser feridas. Em vez de perder vitalizade, elas perdem cartas do seu deck. Cada carta em um valor e é essa somatória que determina o vencedor. Quando Godzilla causa 3 de dano em Megalon isso significa que o jogador irá sacar três cartas do oponente e ficar com uma. Há golpes que permitem ficar com mais cartas. No fim de cada rodada (nota do Sr. Slovic: Isso é, quando todos os jogadores não tem mais cartas na mão ou energia para usá-las), ocorre dois eventos que são escolhidos no início da partida, que pode ser desde o aparecimento de trens pela cidade até o ataque de tanques, aviões ou mesmo naves espaciais (Nota da Sra. Slovic: A vida de um kaiju não é fácil.

Sempre que um prédio pequeno é destruido, ele é colocado na trilha de fim de jogo. Todo fim de rodada, o marcador de rodada avança. Quando esse marcador encontrar com os prédios, o jogo termina.

No geral, Godzilla Tokyo Clash é um bom jogo. A comparação com King of Tokyo e seus derivados é inevitável, mas Godzilla é muito mais estratégio e menos dependente da sorte. Não que KoT seja ruim, muito pelo contrário. Ele é um ótimo party game, com risada garantida e torcida gritando nos momentos finals da partida, porém como mencionamos, Godzilla a pegada é outra. É quse um xadrez, onde cada movimento pode ser fatal paras todos os lados. Se se a miniaturas dos prédios são bem legais, as dos montros estão em outro patamar (Nota do Sr. Slovic: Quem é bom entendeu, a referencia). O jogo tem um aspecto de ser velho, como se fosse da década de 1950 (Nota da Sra. Slovic: Quem olha destraído pode achar que o jogo está maltratado, memso), coloando mais uma camada no clima. Aqui ninguém está em busaca se ser rei, mas sim de ser o único sobrevivente.
E é isso, Shishô!