Ovatsug Rednal::
Po Iuri, média de preço e média de preço.
É óbvio que existem milhares de variáveis em qualquer produto.
É óbvio que um jogo de 100 reais pode ter só cartas ou meeples e tal e provavelmente terão um custo diferente, acima ou abaixo, mas aí tbm faz diferença tiragem, quantidade de peças.
Mas TUDO vc tem como calcular a média. Aqui na minha cidade põe exemplo o pão francês custa em média 1 real.. Pode ser q em algumas padarias custe 80 centavos e em outras 1,30? Pode. Mas. Média de preço é 1 real então eu sei que se quiser comprar 4 pães vou gastar um valor próximo de 4 reais. Pode ser mais ou menos, mas essa é a média.
No geral, jogos de mesmo valor no mercado terão um custo de produção parecido.
Se nao fosse assim, nenhuma empresa ia conseguir fazer planejamento de nada e todas iam quebrar.. "vou fazer um jogo.. Quanto vou gastar? Ah. Não sei, vai fazendo que a gente vê".
Quanto ao faturamento, pode ser de 1 bilhão. Se não deixa margem, não faz diferença. É bobo, eu sei, mas assiste shark tank. Vários pitchs tem lá o cidadão falando que a empresa fatura 5/6 milhões e quando os sharks apertam os números, veem que a operação não dá lucro. Então não adianta vc falar que o faturamento não é desprezível, se não sabemos a margem.
Como exemplo, o faturamento MÉDIO de uma mini padaria de bairro é de 10 a 25 mil por mês.
Vamos supor que seja 25 mil. Isso dá um faturamento anual de 300 mil, o que é próximo da conclave.
Você acha que uma padaria dessas de bairro q sobrevivem com esforço, é um puta exemplo de faturamento? Desculpa, mas faturar menos que 300 mil por ano inviabiliza quase qualquer negócio.
E não adianta faturar 15 milhões de te sobra, no fim das contas, 100 mil.
Margens apertadas não levam negócios pra frente.
Caro
Ovatsug Rednal
Meu camarada, nós já nos esbarramos em diversos tópicos, algumas vezes concordando, outras discordando, mas sempre nos tratamos com respeito. Por isso, não tenho dúvida de que você sabe que eu sou um cara sério, e que apesar das minhas críticas serem muito duras, porque acho que tem de ser assim, eu sempre procurei ser o mais respeitoso possível com as pessoas, mesmo diante da discordância.
Nesse quesito eu gostaria de lembrar o recente caso do tópico do High Frontier 4 All, em que eu tinha um posicionamento e você tinha outro. Eu critiquei veementemente a postura do Fábio da Mosaico, naquele momento, alguém que inclusive é seu amigo pessoal, mas em momento algum eu ataquei a pessoa do Fábio. Foi por isso, que mesmo eu não conseguindo te convencer do meu ponto de vista, nem você conseguindo me convencer do seu, nós terminamos mantendo a discordância, mas numa boa. Basta ver os termos com que você se dirigiu a mim nesse comentário. Além disso, eu já cheguei a uma idade em que a pessoa se torna mais experiente e fica mais fácil reconhecer quando se está errado, sem nenhum problema. Por isso, eu reconheço meus equívocos, obviamente, quando sou convencido de que eu não estava com a razão, naquele item em particular.
No caso do custo de produção, talvez o descompasso se deva ao fato da minha manifestação ter sido mais no sentido específico, quando o texto foca mais na questão geral. Já no caso do faturamento, como eu disse antes, nós temos de trabalhar em cima dos danos que nós temos. Nem eu, e acredito que nem você, nem quem não trabalha com gestão de um editora de board games tem acesso à contabilidade da empresa. Por isso, eu me manifestei com base em fontes que eu acho fidedignas, que são as revistas Forbes e Infomoney. Claro que apenas o faturamento não é o único indicador da lucratividade de uma empresa, mas não deixa de ser um bom indicador do tamanho dela.
Mas para ser sincero não quero nem mais tocar nesse assunto, para não ter de ler novamente que eu tento deliberadamente confundir as pessoas misturando lucro com faturamento (coisa que eu não fiz em momento algum). Nem que eu citei os dois artigos, de revistas sérias, para tentar ludibriar as pessoas, e jogá-las todas contra as pobres coitadas das editoras, que algumas pessoas acham que eu acredito serem a fonte de todo o mal, mesmo já tendo explicado diversas vezes que não é bem assim. Em qualquer setor econômico nós temos más empresas que não estão nem aí para seus consumidores e boas empresas que respeitam seus apoiadores. No mercado nacional de board games certamente não é diferente. A MS Jogos, a Papergames, entre outras estão aí para não me deixar mentir. Por outro lado, às vezes, eu fico com a impressão que só se pode falar das editoras de board game, aqui no Ludopedia, se for para elogiar o primoroso serviço que elas prestam, e agradecê-las pelo favor e abnegação de lançarem jogos de tabuleiro em português. Mas sei lá, vai ver que isso é só impressão minha.
Estou dizendo isso só para você ver que não precisa me ofender pessoalmente, como feito por outrem, para me convencer de um ponto de vista. Você falou comigo de forma respeitosa, apresentou uma argumentação sólida e razoável, me convenceu do meu equívoco e agora eu concordo consigo, pelo menos em parte. A verdade é que essas divergências fazem parte do jogo, e é desse embate construtivo e respeitoso que se chega a uma conclusão. Se todo mundo concordasse sempre, nunca chegaríamos a lugar algum, e dificilmente produziríamos algo de novo.
Todavia, eu prego e vivencio a máxima "respeite para ser respeitado", e não tenho dúvidas de que muita gente aqui no Ludopedia, que lê o que eu escrevo, pode atestar isso. Por isso, eu não concordo, nem posso admitir de forma alguma, ser pessoalmente atacado e acusado de ser um "hatter educado", um manipulador, e um escritor falacioso que tenta enganar as pessoas, com eu fui aqui nesse tópico. Eu nem sou assim, e nem faço isso, e tenho certeza de que você concorda comigo, nesse particular.
Um forte abraço, boas jogatinas e até a nossa próxima discordância!
Iuri Buscácio