storum::isR34L::
Cara, se tu conseguiu esse hack logístico, é ele toda vida, inclusive é o que recomendo pra quem não faz questão da cópia em português, já que além da produção ser com certeza melhor, fica mais adaptado pra vindoura expansão que sai esse ano (e não precisaria esperar 1 ano pelo atrasado lançamento nacional).
Sobre a falta de pronunciamento, tenso, mas acho tolerável até o delay de 1 semana para saber o nível do estrago / comunicado. Comunicado global é claro, para o cliente individual deveria ser muito mais rápido. Independentemente, com certeza tem que rolar um pronunciamento, acho que na época do Maracaibo, foi umas duas semanas, e veio entrevista com o cara da Ludens Spirit. Me pergunto o que vai vir agora.
Israel, eu consigo as vezes alguns bgs com amigos que viajam muito para o exterior e trazem na bagagem, outros, via redirecionador, promos,preços interessantes aqui tb na ludostore, etc. Na maioria das vezes o jogo sai quase empatando com o preço aqui ou um pouco mais caro, assim como vc não dependo de linguagem em portugues e nem faço questão disso, ao pé da letra hoje temos ate aplicativos que fazem a tradução imediata.
Na medida do possivel, apoio o mercado nacional, claro, somos brasileiros, o desejo de apoio se traduz na idéia de que esse mercado cresca por aqui, tenha uma produção nacional independente do exterior, tenha ótimos preços, competividade, qualidade, etc. Ocorre que, isso parece que é tudo ILUSÃO, a realidade caminha longe disso, pois, como no caso específico da Grok, o jogo sai quase o preço do importado e com uma péssima qualidade, de bonus vc ganha stress e raiva gratuita.
Nesse ponto, entra a questão: até que ponto temos q apoiar ou continuar sendo feito de palhaços ? Qual é a nossa atual realidade ? Como dito antes, já não é a primeira vez que vem ocorrendo esses problemas, cada vez mais frequentes, e os erros do passado vc percebe que a situação só piora, não querem de fato corrigir o problema... eles tem a falsa percepção que, o cliente de boardgames vive unicamente de mercado nacional, não sabe fazer uma importação, tipo aquele pensamento: " olha, se quiser é assim e pronto, aceite ou fique sem".....sendo assim, se não existe mais vantagem alguma em apoiar o mercado nacional, que cresça o mercado internacional das importações...
Erros grosseiros de mandar jogo faltando cartas, faltando tabuleiro extra, má qualidade em si, até erros de ORTOGRAFIA ESTAMPADO NO TABULEIRO, etc, a que ponto chegamos ? desculpe, mas não tenho mais pique e paciência pra apoiar isso, enfim, faltou fiscalização na produção e pós produção, é um total DESCASO, agora vai entrar a novela, editora jogando culpa na grafica e grafica jogando culpa na editora, ou as vezes ate não, editora ja deve ter parabenizado a grafica pelo "excelente produto, ficou como o esperado ".... isso não interessa para o consumidor que saiu lesado, isso tudo forma um conglomerado só de total descaso e desrespeito ao consumidor brasileiro !
Fica aquela velha máxima: pra pagar caro, prefiro então ficar com a versão gringa, pelo menos tem qualidade !
Enquanto ainda existir os que defendem com garras e unhas esses caras, o mercado nunca vai corrigir seus erros ou se desenvolver no país !
Sendo assim, fica impossivel de aceitar e tb apoiar !
Eu não apoio e parabéns aos que tb não estão aceitando e devolvendo esse produto com defeito !
Caros
storum e
isR34L
Meus camaradas eu acho que essa questão de importação depende de muitos fatores. Algumas pessoas já importaram diversos jogos e têm toda a manha de como fazer isso de forma muito favorável. Outras pessoas têm amigos que viajam constantemente para o exterior, ou elas próprias viajam, como é o caso do
metelo. Mas é preciso considerar que nem todos os compradores de jogos se encaixam nessas categorias. Por isso, muita gente não tem essas facilidades de importação, e para elas, importar sempre será muito mais caro.
Outra coisa importante a considerar, é que obviamente é importante apoiar a produção nacional dos jogos, porque eu acredito que essa é uma forma de baratear os board games, e eu sempre fui um defensor disso. Porém, isso não pode ser feito à custa das pessoas pagarem caro pelos jogos e receberem eles repletos de erros absurdos, como foi o caso do Ark Nova. Não sei quais componentes foram produzidos aqui e quais no exterior, mas o exemplo do Maracaibo já demonstrou que gráficas inexperientes somado a editoras negligentes em controle de qualidade é uma mistura perigosa, que só pode resultar em problemas. Continuo achando que ainda vale o investimento na produção nacional de parte dos componentes dos jogos, mas desde que isso seja atrelado a uma redução dos preços dos jogos como forma de ampliar o mercado nacional de board games. Se essa estratégia for apenas para aumentar os lucros das empresas, e os jogos continuarem cada vez mais caros, então o melhor é que eles continuem sendo produzidos na China, onde o controle de qualidade é mais rígido.
Quanto a questão especifica do Ark Nova, algumas pessoas receberam cópias apenas com um dos tiles em branco e com um erro no manual. Outras pessoas porém já relataram tudo que é tipo de erro, inclusive cópias faltando cartas. Isso demonstra claramente que alguns lotes do jogo têm problemas menores e outros têm problemas absurdos, ou seja, a produção desse jogo foi um verdadeiro caos. Aí é que deveria entrar o controle de qualidade da editora. Uma máquina de corte que produz as peças destacáveis é antes de tudo uma máquina, que depois de um determinado tempo acaba se desregulando, o que resulta em cortes ruins. Se a editora-cliente tiver um bom controle de qualidade, a gráfica sabe que, depois de um determinado tempo trabalhando, a máquina de corte tem de ser regulada novamente, porque a editora não vai aceitar aquele lote defeituoso. Por outro lado, se a editora não estiver nem aí para a qualidade, porque o jogo vai vender independente dos seus eventuais erros, certamente não é a gráfica que vai se preocupar com isso. E isso funciona tanto para gráficas nacionais quanto estrangeiras, muito embora estas últimas são muito mais cuidadosas, porque as editoras e os compradores europeus e norte-americanos têm uma tolerância para defeitos absurdamente inferior aos compradores brasileiros.
A questão é que os problemas de jogos com defeito no mercado nacional, aparentemente estão piorando ao longo dos anos. Isso é muito natural, porque se uma editora publica 10 jogos, 5 deles com problemas, mas as apenas 1 gera um nível de reclamação suficiente a ponto da editora ter de fazer a reposição, no ano seguinte não serão 5 de 10 jogos com problemas, mas sim 6 ou 7. A impunidade é o principal incentivo para a reincidência. E antes que alguém diga que a proporção correta não é essa, eu estou usando apenas um exemplo para ilustrar meu ponto de vista. Do jeito que o nosso mercado nacional de jogos anda, as editoras, principalmente as maiores, têm cada vez menos incentivo para gastar dinheiro com tradução, revisão e controle de qualidade. Para que fazer isso, se as pessoas de uma modo geral não se incomodam com o estado em que os jogos são lançados aqui, e acabam comprando de qualquer jeito?
Por fim, eu não acho que as pessoas devam boicotar o jogo só para boicotar. A minha posição é muito mais simples, e envolve apenas o consumo consciente. Se amanhã mesmo a Grok lançar outro jogo e anunciar uma pré-venda, as pessoas devem deixar de participar e esperar o jogo chegar até as lojas. Uma semana depois do lançamento, as pessoas já terão escrito aqui no Ludoedia se o jogo tem problemas ou não. Se o jogo estiver OK as pessoas compram. Caso contrario, se ele tiver problemas, as pessoas não compram, pelo menos até que a editora se pronuncie e faça a reposição ou o recall do jogo se for o caso. Simples assim. Mesmo que todas as pessoas comecem a fazer assim, sempre haverá uma parcela de ansiosos, que vão comprar o jogo em pré-venda, ou no dia do lançamento. São dessas pessoas que se deve aguardar o pronunciamento sobre erros ou não, antes de comprar o jogo.
Essa é a maneira que eu acho mais efetiva, para que a comunidade boardgamer dê a sua contribuição para a melhora do mercado nacional de jogos. Porque nenhuma editora vai querer ficar com lotes e lotes de jogos encalhados, em seus estoques, devolvidos pelos compradores e pelas lojistas. Das duas uma, ou a editora vai resolver os problemas de uma forma digna, e mandar adesivos não se enquadra nisso, ou, depois de alguns meses ela vai vender o jogo a preço de banana (e mesmo assim será difícil vender). Nas duas situações os compradores só têm a ganhar.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio