Textos como esse, acredito, serão mais presentes no mundo daqui para a frente, pois já estamos nos dando conta do mal que nos tomou com as redes sociais! Minha pequena contribuição, atacando o problema por outro ângulo:
Encontrei na leitura da filosofia e da lógica as maneiras mais eficazes, para mim, para lidar com discussões. Quando vejo uma discussão, penso: os pontos levantados são objetivos? Se não, passo a tentar levantar a parte objetiva da discussão, se houver. Sleeves são bons ou não? A questão não é gostar ou não deles, mas sim levantar o que há de positivo e negativo sobre eles e depois ponderar se vale a pena discutir sobre isso ou não.
Também vale, antes de começar a discussão, estabelecer os seus pressupostos. Se me chamam de esquerdista, pergunto o que, para a pessoa, significa ser um esquerdista ou um direitista. Se a explicação dela fizer sentido, o debate já começa diferente. Se não, a gente debate esses conceitos, e não a questão sobre votar em A ou B ou sobre quem é melhor.
Por fim, o principal é entender que, por uma questão da nossa espécie mesmo:
1- enxergamos o mundo de uma maneira dualista;
2-nos separamos em grupos;
3- defendemos esses grupos;
4- as nossas escolhas se tornam identitárias;
Com isso, uma pergunta simples como sleeves ou não, ainda mais numa rede virtual, onde a comunicação é cheia de ruídos, vira uma briga porque: ou sim ou não; eu sou sim; logo, me identifico com quem é sim; logo, me oponho a quem é não; logo, ataco essas pessoas, pois o ataque que elas fazem à minha escolha eu sinto como um ataque a mim. Enxergar essas estruturas nos ajuda a diminuir a temperatura interna e não entrar numa discussão inútil