A carta está certa, uma vez que é um conteúdo extra para a edição Nacional.

Olá, Nando, tudo bem? Eu posso responder a essa dúvida bem compreensivel e posso adiantar  que a carta da AEB foi feita SIM para ser 99% identica a da NASA (mas leia o ultimo paragrafo dessa mensagem). Não houve erro, apesar de ser fácil pensar que foi um caso de copy+paste errado.

Explicando, quando eu criei essa carta promo AEB/ACE, e pensei no design destas facções, precisava levar em consideracao:

- A cor da facção e as habilidades da carta de tripulação original(ambos os lados) que seriam perdidas pela promo.

- A nova habilidade da facção (frente/verso)

- O tipo de plataforma ISRU 4 que usaria.

- Os valores do triângulo de propulsão da carta. 

- E de menor impacto, a resistência à radiação da tripulação.

Como ponto de partida, pensei que habilidade fosse tematicamente compatível com as da agencia espacial brasileira e chilena. 

O Chile tem um observatório por excelencia em Atacama (Projeto ALMA)  e daí pensei em usar uma varredura mais estrategica na hora da exploracao de localidades (traduzindo na extração superior de TC) mas sem ficar igual a habilidade de prospeccao repetida de uma das facções amarelas ou sem imitar a habilidade dos Glavcosmonautas. Em relação à essa ultima facção, há um "trade-off": os Glavcosmonautas extraem mais tanques hídricos mas ficam "reféns" de manter uma ficha de Gloria (precisando de mais humanos para obter mais fichas e nao obtendo o valor maior do Retorno Triunfal) enquanto a ACE tem mais liberdade de obter sua extração sem precisar se preocupar com Glória.

Já o Brasil tem o Centro Espacial de Alcântara, que possui localização mais privilegiada de lancamento pela proximidade da Linha do Equador, logo um beneficio para a Operação de Lançamento era 100% compativel. A habilidade da NASA também possui este beneficio e cheguei a pensar numa alternativa, como desconto no custo de Lançamento. O problema é que este desconto acaba se tornando mais fraco que o "rebate" de Aquas da habilidade da NASA por causa da quantidade de cartas de Massa zero que nao ativariam essa alternativa. Em adicao, a clássica habilidade de lançamento da NASA é fácil e intuitiva. Quanto mais pensava em uma mecânica nova, mais me parecia que estava forçando desnecessariamente. No fim, mantive os atributos da carta da NASA para a Agencia Espacial Brasileira, mesmo sendo uma opcao mais cômoda. A promo ja tinha um lado inovador e achei mais seguro manter uma "versão brazuca da NASA."

Finalmente, há dois "easter eggs" na carta do Brasil,  Primeiro aloquei  atributos "propulsao e impulso específico" que ficam ao lado da imagem  do foguete (e que NÃO fazem  parte da mecanica da carta) que sao ligeiramente dos da NASA, para pelo menos diferenciar um pouco (mas nao sei se foi para a versao final). O segundo é o nome do foguete que escolhi:  FRVMI é uma alusão aos principais nomes envolvidos na versão traduzida do High Frontier:  (F)abio, (R)icardo, (V)ictor, (M)arlon, (I)srael.

Victor::Olá, Nando, tudo bem?

(...)

Valeu, Victor!
Sem dúvida preferiria um "poder" novo, mas vindo de você posso ter certeza que a decisão foi pensada com muita reflexão.
Obrigado pelo esclarecimento.

Obrigado pela confiança, Nando.  Não foi uma decisão fácil, porque obviamente gostaria mais de uma facção diferente. Mas no final pesaram os seguintes fatores para que eu não arriscasse:

- A concessão da promo foi uma adição quando o estava esgotando prazo para o fechamento do material final para a impressão, entao nao tive tanto tempo quanto gostaria para analisar cada carta de facção existente e traçar comparação com uma nova carta.

- Como não tinha o material impresso, não tinha como eu fazer playtest (nem solo!) para verificar o equilíbrio das habilidades novas. Tinha que intuir e estimar se estava ok. 

- Somando os dois fatores acima, havia um risco real de criar uma promo inútil ou desbalanceadamente forte. E eu não queria ser autor de algo quebrado numa promo do meu jogo favorito . 

Para ter uma noção,  a facção ACE foi mais fácil porque pude pegar uma habilidade de uma facção (Glavcosmonautas) reduzir o ganho absoluto mas em troca deixar mais acessível o seu benefício. Enquanto a agencia indiana pode obter 14 tanques de TC em operações de reabastecimento enquanto a chilena obtém apenas 8, ela depende que o jogador obtenha fichas de gloria. Lembre-se que há competição entre os jogadores por essas fichas e se outros obterem primeiro as fichas das Zonas da Terra e Marte ou até a Zona de Ceres, isto retardará o jogador da agencia indiana a obter o seu beneficio. E mesmo obtendo ficha, se não estiver jogando com o módulo 2 (colonizadores), enquanto estiver com uma ficha de Glória no seu foguete não poderá pegar outra a menos que a remova para a sua cartela para o lado mais baixo (1 VP), que vai reduzir seu ganho especialmente se obter fichas das zonas de Júpiter e adiante. E apesar do modulo 2 permitir extrações insanas de TC com a Índia, o fato das habilidades de facção só se iniciarem com um Bernal ancorado na órbita inicial retardará o impacto do beneficio no jogo, especialmente porque o valor estratégico da água vai reduzindo na medida em que a partida progride. 

Ainda assim, para adoçar mais a facção chilena dada a sua extração mais acessível porém menos poderosa, melhorei seu propulsor de tripulação (porque o da Índia é horroroso), permitindo acesso rápido com sua carta da ACE  à localidades de gravidade maior como Marte, o que fica praticamente inviável com a tripulação indiana.

Agora, com a AEB, a falta de opções (dentro da ideia de lançamento num centro de excelência) estava caminhando para que eu precisasse criar algo bem diferente, sem tempo para analisar como gostaria e sem condição de testar. Se ja tive que levar todas as considerações sobre a ACE nos parágrafos acima, com uma derivação simples de uma habilidade preexistente, inventar na pressão algo mais diferente com prazo apertado e sem testar e com chance real de desequilíbrio não era uma opção palatável. 

PS: considerei muito a cor da facção do Brasil/Chile entre as cores branca e roxa, mas a chance de causar problema temático e gerar flames com a cor roxa foi decisiva para que a promo fosse branca.