Olha, não sou nenhum parâmetro para Root não, mas vivo no fórum do jogo lá na BGG e é a primeira vez que escuto essa queixa. E acredito que a Aliança continua sendo a única facção das 10 lançadas até hoje a ser oficialmente modificada para ficar menos forte? Fora ela, de modificação substancial acho que tivemos só os Lagartos Cultistas, mas por razões opostas. Mas, de novo, não sou parâmetro e só adquiri o Root esse ano.

Acho que para você ter um feedback de qualidade, seria interessante antes discutir qual o estilo de jogo e estratégia típicos de quem tem jogado com a Aliança no seu grupo, não?

Na nossa opinião aqui, essa modificação ferraria o jogo. Mas a nossa abordagem com a Aliança é diferente da que temos com as demais facções, principalmente com as consideradas "militares", com muita presença. O jogo da Aliança sempre é de poucos pontos no início, com potencial para turnos altos no meio para o fim do jogo e alto poder de criação de cartas, fora o poder disruptivo das Revoltas.

Estilos de jogo que dificilmente casam com a Aliança:

• Achar que pode policiar ou guerrear como Marqueses, Dinastia, etc. Guerreiros da aliança deveriam focar em proteger suas bases primeiro, por força ou dissuasão, e depois em Organizar para espalhar simpatia quando ou se a Lei Marcial desacelerar muito sua máquina de simpatia. Policiar a mesa e guerrear com outros, não.
• Achar que convém colocar todas as bases na mesa. Na maioria das vezes, basta uma bem feita;
• Achar que convém ter muitos Oficiais. Mais de 4 eu já acho um exagero;
• Esquecer da ação Organizar, já mencionada

À exceção da questão de ficar dando ponto de graça para os outros, a Aliança não liga muito para a retirada dos tokens, não. Ela pontua baixando tokens, não mantendo eles no mapa – diferentemente das Rapinas, do Ducado, etc. Nisso é meio parecida com os Marqueses: se a cadeia de suprimento de madeira está firme, os gatos não ligam muito para construções sendo removidas porque pontuam na verdade é baixando construções.
Considerando isso, Ultraje nem é tanto assim uma "compensação". É mais lenha para a fogueira. O calcanhar de Aquiles da Aliança é a remoção de bases, porque a remoção detona o baralho de Apoiadores dela.

Acho que o meu comentário vai ser meio insatisfatório pra vc, meio que tangente. Foi mal! Mas é que a alteração sugerida realmente surpreendeu.

Edit: Além das discussões no BGG, recomendo muito o podcast da Woodland War Machine. O Cole Wehrle, designer do Root, já participou um punhado de vezes! Tem episódio de tudo, inclusive um com o próprio Cole comentando a abordagem que ele sugere ou que tinha em mente para cada uma das facções do jogo base (#21, acho). Episódios específicos sobre a Aliança sei de mais dois, o #08 com uma análise da facção e discussão de estratégias, e o #27, que é um guia de como enfrentar a Aliança.

Recomendo.

dhiego::
O grupo entende que isso sai muito barato para o atacante e muito caro (e chato), para a Aliança. 

Root depende muito da mentalidade do grupo. O que mais escuto quando jogo, por exemplo, é que a Aliança da Floresta é forte demais 
Não acho que seja muito barato para o Atacante e caro pra Aliança por 2 motivos:

- A Aliança pontua toda vez que distribui simpatia, então devolver o token já lhe rendeu uma carta de apoiador e a possibilidade de pontuar por aquela simpatia mais barata do que seria a próxima (provavelmente);
- Quando o atacante não tem a carta do naipe da clareira ou uma de pássaro, ele precisa revelar a mão para Aliança. Com essa informação a Aliança já consegue antecipar emboscadas, ter uma ideia de que cartas o atacante está querendo criar e ainda utilizar essa informação como moeda de barganha com outras facções inimigas.

Basta quem tiver jogando com a Aliança ter mais maldade pra explorar essas vantagens do Ultraje 

marioho::Olha, não sou nenhum parâmetro para Root não, mas vivo no fórum do jogo lá na BGG e é a primeira vez que escuto essa queixa. E acredito que a Aliança continua sendo a única facção das 10 lançadas até hoje a ser oficialmente modificada para ficar menos forte? Fora ela, de modificação substancial acho que tivemos só os Lagartos Cultistas, mas por razões opostas. Mas, de novo, não sou parâmetro e só adquiri o Root esse ano.

Acho que para você ter um feedback de qualidade, seria interessante antes discutir qual o estilo de jogo e estratégia típicos de quem tem jogado com a Aliança no seu grupo, não?

Na nossa opinião aqui, essa modificação ferraria o jogo. Mas a nossa abordagem com a Aliança é diferente da que temos com as demais facções, principalmente com as consideradas "militares", com muita presença. O jogo da Aliança sempre é de poucos pontos no início, com potencial para turnos altos no meio para o fim do jogo e alto poder de criação de cartas, fora o poder disruptivo das Revoltas.

Estilos de jogo que dificilmente casam com a Aliança:

• Achar que pode policiar ou guerrear como Marqueses, Dinastia, etc. Guerreiros da aliança deveriam focar em proteger suas bases primeiro, por força ou dissuasão, e depois em Organizar para espalhar simpatia quando ou se a Lei Marcial desacelerar muito sua máquina de simpatia. Policiar a mesa e guerrear com outros, não.
• Achar que convém colocar todas as bases na mesa. Na maioria das vezes, basta uma bem feita;
• Achar que convém ter muitos Oficiais. Mais de 4 eu já acho um exagero;
• Esquecer da ação Organizar, já mencionada

À exceção da questão de ficar dando ponto de graça para os outros, a Aliança não liga muito para a retirada dos tokens, não. Ela pontua baixando tokens, não mantendo eles no mapa – diferentemente das Rapinas, do Ducado, etc. Nisso é meio parecida com os Marqueses: se a cadeia de suprimento de madeira está firme, os gatos não ligam muito para construções sendo removidas porque pontuam na verdade é baixando construções.
Considerando isso, Ultraje nem é tanto assim uma "compensação". É mais lenha para a fogueira. O calcanhar de Aquiles da Aliança é a remoção de bases, porque a remoção detona o baralho de Apoiadores dela.

Acho que o meu comentário vai ser meio insatisfatório pra vc, meio que tangente. Foi mal! Mas é que a alteração sugerida realmente surpreendeu.

Edit: Além das discussões no BGG, recomendo muito o podcast da Woodland War Machine. O Cole Wehrle, designer do Root, já participou um punhado de vezes! Tem episódio de tudo, inclusive um com o próprio Cole comentando a abordagem que ele sugere ou que tinha em mente para cada uma das facções do jogo base (#21, acho). Episódios específicos sobre a Aliança sei de mais dois, o #08 com uma análise da facção e discussão de estratégias, e o #27, que é um guia de como enfrentar a Aliança.

Recomendo.

Com certeza não foi um comentário insatisfatório.  Obrigado por opinar no tópico.
Aqui nós escolhemos as facções de cada jogador de forma aleatória. Aí cada um tem uma estratégia diferente.
Vou ouvir o podcast!

AMVinicius::Basta quem tiver jogando com a Aliança ter mais maldade pra explorar essas vantagens do Ultraje 

Pois é, por isso que propus a tangente de discutir o approach do grupo do OP. Vai que nisso a gente vê até uma regra sendo mal interpretada, tipo limite do baralho de apoiadores?
É como disse, Ultraje não me parece "prêmio de consolação" da Aliança. Não é indenização, não é compensação. É um baita bônus, e algo que ta aí apontando os jogadores para o estilo de jogo que casa melhor com a facção.
Aliança é insurgente, se bobear a facção insurgente por excelência do jogo – mais até que os Corvos. E costuma ser fortíssima.

marioho::

AMVinicius::Basta quem tiver jogando com a Aliança ter mais maldade pra explorar essas vantagens do Ultraje 

Pois é, por isso que propus a tangente de discutir o approach do grupo do OP. Vai que nisso a gente vê até uma regra sendo mal interpretada, tipo limite do baralho de apoiadores?
É como disse, Ultraje não me parece "prêmio de consolação" da Aliança. Não é indenização, não é compensação. É um baita bônus, e algo que ta aí apontando os jogadores para o estilo de jogo que casa melhor com a facção.
Aliança é insurgente, se bobear a facção insurgente por excelência do jogo – mais até que os Corvos. E costuma ser fortíssima.

Concordo totalmente! Inclusive a minha estratégia pessoal quando jogo contra a Aliança é justamente tentar ignorar as simpatias dela. Sem o fluxo de apoiadores pelo Ultraje, fica difícil a facção progredir em potencial durante a partida.

AMVinicius::

dhiego::
O grupo entende que isso sai muito barato para o atacante e muito caro (e chato), para a Aliança. 

Root depende muito da mentalidade do grupo. O que mais escuto quando jogo, por exemplo, é que a Aliança da Floresta é forte demais 
Não acho que seja muito barato para o Atacante e caro pra Aliança por 2 motivos:

- A Aliança pontua toda vez que distribui simpatia, então devolver o token já lhe rendeu uma carta de apoiador e a possibilidade de pontuar por aquela simpatia mais barata do que seria a próxima (provavelmente);
- Quando o atacante não tem a carta do naipe da clareira ou uma de pássaro, ele precisa revelar a mão para Aliança. Com essa informação a Aliança já consegue antecipar emboscadas, ter uma ideia de que cartas o atacante está querendo criar e ainda utilizar essa informação como moeda de barganha com outras facções inimigas.

Basta quem tiver jogando com a Aliança ter mais maldade pra explorar essas vantagens do Ultraje 

Eu acho que me expressei mal quando falei "grupo". Na verdade, seria a opinião de alguns do grupo. Nas vezes que joguei com a Aliança não tive dificuldade com isso, inclusive já ganhei com ela. 
Essa questão de ver as cartas do outro e poder prever possíveis emboscadas é interessante. Aqui vejo que o pessoal "erra" muito quando o outro jogador diz que não tem a carta, mas não mostra a mão. O O jogador da Aliança simplesmente acredita, na confiança. Mas nesse caso, claramente a Aliança tá deixando de lado uma grande vantagem de poder ver a mão do outro jogador. Talvez esse seja um dos pontos que leva alguns a acharem que comprar uma carta do baralho "é muito barato" e desequilibrando o jogo.

dhiego, que bom que teve serventia haha!

Continuando, uma das formas de se conter a Aliança é tornando cara a distribuição de simpatia pela Lei Marcial. Aí é literalmente contenção mesmo: a mesa entender que tem que deixar as clareiras ao redor da Aliança bem municiadas de guerreiros para gatilhar a Lei Marcial lá. A remoção de tokens de simpatia é (ou deveria ser) mais lero lero, porque a Aliança não só vai continuar pontuando (próxima Simpatia dela vai ser tão barata quanto ou talvez até mais que a última que baixou), como ainda tem mais carta no baralho de Apoiadores. 

Haha é "ultraje", não é "desmantelamento". Ultraje alimenta revolta, né? O nome que o Cole deu não é à toa.

Isso de ver a mão também não dá para ignorar. E, taí, belo exemplo de regra sendo mal aplicada. Informação vale ouro nesse jogo! Root é jogo de Guerra, poxa! Se eu sou Aliança e o trouxa que vem me importunar não tem carta correspondente à clareira, melhor ainda! "Me mostra" e saio feliz. Às vezes até esqueço de olhar que que comprei e pus nos Apoiadores, de tão carnuda que é essa coisa de ver a mão dos outros haha

Estranho, nunca tivemos essa percepção aqui. Não sugiro house rules.

marioho::

AMVinicius::Basta quem tiver jogando com a Aliança ter mais maldade pra explorar essas vantagens do Ultraje 

Pois é, por isso que propus a tangente de discutir o approach do grupo do OP. Vai que nisso a gente vê até uma regra sendo mal interpretada, tipo limite do baralho de apoiadores?
É como disse, Ultraje não me parece "prêmio de consolação" da Aliança. Não é indenização, não é compensação. É um baita bônus, e algo que ta aí apontando os jogadores para o estilo de jogo que casa melhor com a facção.
Aliança é insurgente, se bobear a facção insurgente por excelência do jogo – mais até que os Corvos. E costuma ser fortíssima.

Acho que é bem isso que está acontecendo mesmo, @marioho.
Como citei na resposta ao @AMVinicius, esses jogadores do meu grupo não costumam ver a mão do outro jogador quando ele diz que não tem a carta. Além disso, realmente parece faltar um pouco de exploração no Ultraje por parte desses jogadores.