Rodrigo Deus::Entendo vários pontos quanto ao jogos e concordo com a maioria deles, porém o nosso mercado é bem diversificado quanto ao gosto por jogos. Jogos antigos costumam ser bem recebidos e, as vezes, jogos novos não criam tanto fomento. É diverso, é estranho, é brasileiro. Ao menos temos bastante variedade por aqui.

Acho que é um tiro certeiro lançar coleções e continuações de jogos, no geral. 

Caro Rodrigo Deus

Concordo totalmente consigo, porque o mercado brasileiro de board games é realmente muito volátil, e não há como prever o que fará sucesso, e o que não fará. A Geeks'n'Orks, fez o maior investimento e lançou o Loot, um jogo do Knizia, que fez muito sucesso no exterior, mas que no Brasil quase não vendeu, segundo o próprio Renato Simões. Aliás o Brasil deve ter alguma quizila com o Knizia, porque o Loot não vender, a gente até compreende, porque é um jogo de cartas legal, mas que não é lá nada do outro mundo. Mas o Tigris & Euphrates, também do Knizia, é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, e mesmo tendo um preço excelente (um tempo atrás ele era vendido por R$ 150,00 mais ou menos), mesmo assim ele não agradou e vendeu muito menos que o esperado.

Desse modo, se já é incerto um jogo vender bem aqui no Brasil, fica ainda mais importante que ele seja lançado no momento certo. Mesmo que o Campeões de Midgard seja lançado amanhã, certamente não será um momento tão favorável, quanto seria se ele tivesse sido lançado em 2016/2018. 

Apesar de preferir, de longe o Stone Age, que foi lançado aqui em 2015, se o Campeões de Midgard tivesse sido lançado pouco tempo depois, e tendo um tema mais atraente (principalmente naquela época), talvez hoje ele fosse a referência de alocação de trabalhadores que o Stone Age é. E para quem acha isso loucura, é sempre bom lembrar que no ranking geral do BGG, a posição do Campeões de Midgard (121) é superior à do Stone Age (140).

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio    
 

iuribuscacio::

Rodrigo Deus::Entendo vários pontos quanto ao jogos e concordo com a maioria deles, porém o nosso mercado é bem diversificado quanto ao gosto por jogos. Jogos antigos costumam ser bem recebidos e, as vezes, jogos novos não criam tanto fomento. É diverso, é estranho, é brasileiro. Ao menos temos bastante variedade por aqui.

Acho que é um tiro certeiro lançar coleções e continuações de jogos, no geral. 

Caro Rodrigo Deus

Concordo totalmente consigo, porque o mercado brasileiro de board games é realmente muito volátil, e não há como prever o que fará sucesso, e o que não fará. A Geeks'n'Orks, fez o maior investimento e lançou o Loot, um jogo do Knizia, que fez muito sucesso no exterior, mas que no Brasil quase não vendeu, segundo o próprio Renato Simões. Aliás o Brasil deve ter alguma quizila com o Knizia, porque o Loot não vender, a gente até compreende, porque é um jogo de cartas legal, mas que não é lá nada do outro mundo. Mas o Tigris & Euphrates, também do Knizia, é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, e mesmo tendo um preço excelente (um tempo ele era vendido por R$ 150,00 mais ou menos), mesmo assim ele não agradou e vendeu muito menos que o esperado.

Desse modo, se já é incerto um jogo vender bem aqui no Brasil, fica ainda mais importante que ele seja lançado no momento certo. Mesmo que o Campeões de Midgard seja lançado amanhã, certamente não será um momento tão favorável, quanto seria se ele tivesse sido lançado em 2016/2018. 

Apesar de preferir, de longe o Stone Age, que foi lançado aqui em 2015, se o Campeões de Midgard tivesse sido lançado pouco tempo depois, e tendo um tema mais atraente (principalmente naquela época), talvez hoje ele fosse a referência de alocação de trabalhadores que o Stone Age é. E para quem acha isso loucura, é sempre bom lembrar que no ranking geral do BGG, a posição do Campeões de Midgard (121) é superior à do Stone Age (140).

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio    

Grande Iuri!

Eu acho que fato do Loot não ter vendido foi não só uma pequena falta de investimentos em parcerias e divulgação, como também o fato de que existem dezenas de jogos especificamente do Reiner Knizia. Se você reparar, o autor alemão tem uma "receita de bolo", os jogos podem ter mecânicas diferentes, mas em se tratando dos fillers (jogos leves) do autor, muita coisa se parece. Se formos colocar na ponta do lápis, da gigante Devir até a pequena e Imagine Jogos, uma boa parte das editoras tem alguma coisa do autor no seu catálogo, seja antigo ou novo.

Por conta dessa incerteza que eu acho que não seja uma má ideia por parte da Mosaico de lançar o jogo de 2015, o Campeões. Principalmente se vier com o conteúdo do Kickstarter. O nosso público é incerto e, por mais que possamos apostar que jogos festivos e baratos vendem bem (e vendem), também podemos apostar que um euro pesado faz sucesso. Taí Mage Knight, um jogo que não me deixa mentir, pois era disputado antes, veio ao Brasil e se esgotou, e agora continua sendo disputado.

Abraço e continue com os excelentes comentários!

Rodrigo Deus::  
Grande Iuri!

Eu acho que fato do Loot não ter vendido foi não só uma pequena falta de investimentos em parcerias e divulgação, como também o fato de que existem dezenas de jogos especificamente do Reiner Knizia. Se você reparar, o autor alemão tem uma "receita de bolo", os jogos podem ter mecânicas diferentes, mas em se tratando dos fillers (jogos leves) do autor, muita coisa se parece. Se formos colocar na ponta do lápis, da gigante Devir até a pequena e Imagine Jogos, uma boa parte das editoras tem alguma coisa do autor no seu catálogo, seja antigo ou novo.

Por conta dessa incerteza que eu acho que não seja uma má ideia por parte da Mosaico de lançar o jogo de 2015, o Campeões. Principalmente se vier com o conteúdo do Kickstarter. O nosso público é incerto e, por mais que possamos apostar que jogos festivos e baratos vendem bem (e vendem), também podemos apostar que um euro pesado faz sucesso. Taí Mage Knight, um jogo que não me deixa mentir, pois era disputado antes, veio ao Brasil e se esgotou, e agora continua sendo disputado.

Abraço e continue com os excelentes comentários!

Caro Rodrigo Deus

Agora você disse tudo, meu camarada. Tenho todo o respeito do mundo pelo Dr. Knizia, e para mim ele sempre será um verdadeiro gênio dos board games. Mas não dá para ignorar que nos jogos leves, tem coisa dele que, praticamente, só muda o nome do jogo.

No mais, quanto ao Campeões de Midgard, paguei R$ 750,00 no base e nas duas expansões Valhalla e Dark Mountains e estou cada vez mais satisfeito com o jogo. E se for para por na ponta do lápis, cada um dos três saiu por R$ 250,00, o que é um preço muito bom, considerando o quanto os jogos de médio para cima custam hoje em dia.  

Por fim, mesmo sendo cada vez mais cético em relação ao lançamento nacional do Campeões de Midgard, ainda assim estou na torcida para que ele seja lançado, porque o jogo é muito bom, e acredito que quem não teve a oportunidade de comprar e jogar, também vai gostar bastante. Nós estamos falando de um jogo lançado sete anos atrás, e que ainda assim, hoje está na 121ª posição no ranking geral do BGG. Portanto, é possível até alguém não gostar do jogo, mas não dá para negar o quanto ele é bom.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio 

Frost Far::Sempre adorei esse game, com ou sem expansões, tenho o KS completo (EM PORTUGUES, vale o destaque) do Conquistadores, achei magnífico, acessível na complexidade e muito fechadinho, gostoso de jogar.

Minha grande e persistente crítica ao Champions, com ou sem expansões: os preços sempre foram surreais, não existe board game, com ou sem alta do dolar, hoje ou a 5 anos atrás, caro igual a esse game, nunca entendi, e dps de investir no KS do Conquistadores, ficou fora de wish em definitivo. Imagino, que além de 'estar vindo' com o timing péssimo, o preço deve persistir alto, saindo da lista de mt gente que pensa como eu. 

Resumindo: com a grana do Champions tranquilamente eu iria atrás de um Lords of Waterdeep, por exemplo, sendo esse um imenso e baita game, com ou sem expansão, dentro do tema alocação. Espero não estar forçando demais na 'comparação' entre os jogos pois não há, mas apenas pra pensar em contraponto de custo. Aliás, eu teria dúvidas, inclusive, se não sobraria algum dinheiro nessa sugestão kkk

Espero ter colaborado com o papo, o post está ótimo, parabéns!

Abraços!

Caro Frost Far

O Conquistadores de Midgard é um bom jogo, mas nem se compara ao Campeões de Midgard, não apenas na minha opinião, mas também na de muita gente aqui do fórum. Existe, algures, um tópico com a comparação entre os dois, e nele não apareceu nenhuma pessoa defendendo que o Conquistadores é melhor que o Campeões. Inclusive eu me surpreendi, porque eu comprei o Conquistadores para ir jogando enquanto esperava o Campeões, que era o jogo que eu queria, e descobri que várias pessoas também fizeram a mesma coisa. Por isso, muito possivelmente essa espera pelo Campeões auxiliou nas vendas do Conquistadores.

Para comprovar essa diferença, basta dizer que, em termos gerais, no ranking Ludopedia os jogos com lançamento nacional ocupam posições muito superiores àqueles que não foram lançados por aqui. E mesmo com apenas poucas pessoas tendo o Campeões, ele ainda ocupa um posição, que não está tão longe assim do Conquistadores. O primeiro está na posição 197 e o segundo na 162. Porém, no ranking geral do BGG, onde não acontece essa distorção em virtude do lançamento, porque no geral as pessoas tem acesso aos dois jogos, a situação é muito diferente. No BGG o Campeões está na impressionante posição 121, mas o Conquistadores amarga a posição 990. Isso quer dizer que o Campeões está mais perto de figurar entre os TOP 100, enquanto que o Conquistadores está mais de perto de não aparecer nem entre os TOP 1.000.

Isso leva à óbvia questão sobre o motivo pelo qual a editora resolveu lançar um jogo inferior (Conquistadores), no lugar e um jogo superior (Campeões), sendo que os dois estão dentro da mesma temática. A resposta, aparentemente, é mais uma vez o timing do lançamento. O Campeões é de 2015, e segundo informações da própria editora, o reprint mundial foi cancelado duas vezes. Isso mostra duas coisas, ou seja, primeiro que a editora perdeu a oportunidade de participar das primeiras tiragens (por conta da saída dos sócios da antiga editora), e segundo, que o mercado internacional já não estava tão interessado no jogo. Por outro lado o Conquistadores foi lançado em 2019, quando a editora atual já estava mais organizada. O tema viking já não tinha tanto apelo, mas mesmo assim o Conquistadores era um jogo recém lançado. Claro que não dá saber disso com certeza, porque a editora atual jamais vai reconhecer que perdeu as primeiras tiragens do Campeões, por falta de organização. Mas essa me parece a explicação mais lógica e plausível.

Para terminar, eu concordo totalmente com você no sentido de que, mesmo gostando muito do jogo, o Campeões realmente tem um preço caríssimo, totalmente incompatível com aquilo que ele entrega. Também concordo que existem outras opções no mercado, com preço mais em conta, para quem gosta de alocação de trabalhadores como é o caso do Lords of Waterdeep (posição 84 no BGG e 58 no Ludopedia). Acabei de verificar e há uma cópia no Mercado de Usados sendo vendida por R$ 383,00, e mesmo havendo o custo do paste up das cartas, esse preço não sobe muito mais. Além disso, existe até mesmo uma opção para quem gosta de alocação de trabalhadores com tema viking, que é o excelente Invasores do Mar do Norte (posição BGG 97 e Ludopedia 107). Vez por outra aparece uma cópia no Mercado de Usados e hoje mesmo existem dois anúncios, o primeiro por R$ 266,98 e o segundo por R$ 298,55. Tanto o Lords of Waterdeep, quanto o Invasores do Mar do Norte, são jogos melhores e mais divertidos que o Campeões de Midgard, e além disso, é altamente improvável que o preço de lançamento do Campeões esteja na faixa dos R$250,00/R$350,00.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio

iuribuscacio::

Frost Far::Sempre adorei esse game, com ou sem expansões, tenho o KS completo (EM PORTUGUES, vale o destaque) do Conquistadores, achei magnífico, acessível na complexidade e muito fechadinho, gostoso de jogar.

Minha grande e persistente crítica ao Champions, com ou sem expansões: os preços sempre foram surreais, não existe board game, com ou sem alta do dolar, hoje ou a 5 anos atrás, caro igual a esse game, nunca entendi, e dps de investir no KS do Conquistadores, ficou fora de wish em definitivo. Imagino, que além de 'estar vindo' com o timing péssimo, o preço deve persistir alto, saindo da lista de mt gente que pensa como eu. 

Resumindo: com a grana do Champions tranquilamente eu iria atrás de um Lords of Waterdeep, por exemplo, sendo esse um imenso e baita game, com ou sem expansão, dentro do tema alocação. Espero não estar forçando demais na 'comparação' entre os jogos pois não há, mas apenas pra pensar em contraponto de custo. Aliás, eu teria dúvidas, inclusive, se não sobraria algum dinheiro nessa sugestão kkk

Espero ter colaborado com o papo, o post está ótimo, parabéns!

Abraços!

Caro Frost Far

O Conquistadores de Midgard é um bom jogo, mas nem se compara ao Campeões de Midgard, não apenas na minha opinião, mas também na de muita gente aqui do fórum. Existe, algures, um tópico com a comparação entre os dois, e nele não apareceu nenhuma pessoa defendendo que o Conquistadores é melhor que o Campeões. Inclusive eu me surpreendi, porque eu comprei o Conquistadores para ir jogando enquanto esperava o Campeões, que era o jogo que eu queria, e descobri que várias pessoas também fizeram a mesma coisa. Por isso, muito possivelmente essa espera pelo Campeões auxiliou nas vendas do Conquistadores.

Para comprovar essa diferença, basta dizer que, em termos gerais, no ranking Ludopedia os jogos com lançamento nacional ocupam posições muito superiores àqueles que não foram lançados por aqui. E mesmo com apenas poucas pessoas tendo o Campeões, ele ainda ocupa um posição, que não está tão longe assim do Conquistadores. O primeiro está na posição 197 e o segundo na 162. Porém, no ranking geral do BGG, onde não acontece essa distorção em virtude do lançamento, porque no geral as pessoas tem acesso aos dois jogos, a situação é muito diferente. No BGG o Campeões está na impressionante posição 121, mas o Conquistadores amarga a posição 990. Isso quer dizer que o Campeões está mais perto de figurar entre os TOP 100, enquanto que o Conquistadores está mais de perto de não aparecer nem entre os TOP 1.000.

Isso leva à óbvia questão sobre o motivo pelo qual a Mosaico resolveu lançar um jogo inferior (Conquistadores), no lugar e um jogo superior (Campeões), sendo que os dois estão dentro da mesma temática. A resposta, aparentemente, é mais uma vez o timing do lançamento. O Campeões é de 2015, e segundo informações da própria editora, o reprint mundial foi cancelado duas vezes. Isso mostra duas coisas, ou seja, primeiro que a Mosaico perdeu a oportunidade de participar das primeiras tiragens (por conta da saída dos sócios da MeepleBR), e segundo, que o mercado internacional já não estava tão interessado no jogo. Por outro lado o Conquistadores foi lançado em 2019, quando a Mosaico já estava mais organizada. O tema viking já não tinha tanto apelo, mas mesmo assim o Conquistadores era um jogo recém lançado. Claro que não dá saber disso com certeza, porque a Mosaico jamais vai reconhecer que perdeu as primeiras tiragens do Campeões, por falta de organização. Mas essa me parece a explicação mais lógica e plausível.

Para terminar, eu concordo totalmente com você no sentido de que, mesmo gostando muito do jogo, o Campeões realmente tem um preço caríssimo, totalmente incompatível com aquilo que ele entrega. Também concordo que existem outras opções no mercado, com preço mais em conta, para quem gosta de alocação de trabalhadores como é o caso do Lords of Waterdeep (posição 84 no BGG e 58 no Ludopedia). Acabei de verificar e há uma cópia no Mercado de Usados sendo vendida por R$ 383,00, e mesmo havendo o custo do paste up das cartas, esse preço não sobe muito mais. Além disso, existe até mesmo uma opção para quem gosta de alocação de trabalhadores com tema viking, que é o excelente Invasores do Mar do Norte (posição BGG 97 e Ludopedia 107). Vez por outra aparece uma cópia no Mercado de Usados e hoje mesmo existem dois anúncios, o primeiro por R$ 266,98 e o segundo por R$ 298,55. Tanto o Lords of Waterdeep, quanto o Invasores do Mar do Norte, são jogos melhores e mais divertidos que o Campeões de Midgard, e além disso, é altamente improvável que o preço de lançamento do Campeões esteja na faixa dos R$250,00/R$350,00.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio

Olá mestre!
Seguindo o papo, comentarei alguns pontos que acho bacana.
Sobre suas citações dos rankings, como definidor se um game é melhor, diria que minha leitura é a da hype do game, como peso importante nesse ranking, e nem de perto usaria pra definir algo como melhor ou pior. Portanto discordo completamente com a afirmação que Champions é melhor que o Conquistadores baseado em ranking. É seu método de verificar jogos melhores, e ta perfeito, mas é seu método.
No meu círculo de pessoas há um concenso de que o Champions apesar der um grande e excelente game, seria praticamente de entrada por contar com fator sorte e nunca foi comparado com o Conquistadores, é um game diferente, sendo ele minha preferência e a da galera que joga com frequência, pontuo novamente, são ótimos os dois, de qualquer forma.
Forte abraço!

Frost Far::
Olá mestre!
Seguindo o papo, comentarei alguns pontos que acho bacana.
Sobre suas citações dos rankings, como definidor se um game é melhor, diria que minha leitura é a da hype do game, como peso importante nesse ranking, e nem de perto usaria pra definir algo como melhor ou pior. Portanto discordo completamente com a afirmação que Champions é melhor que o Conquistadores baseado em ranking. É seu método de verificar jogos melhores, e ta perfeito, mas é seu método.
No meu círculo de pessoas há um concenso de que o Champions apesar der um grande e excelente game, seria praticamente de entrada por contar com fator sorte e nunca foi comparado com o Conquistadores, é um game diferente, sendo ele minha preferência e a da galera que joga com frequência, pontuo novamente, são ótimos os dois, de qualquer forma.
Forte abraço!

Caro Frost Far

Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que concordo com você de que o hype exerce alguma influência sobre os rankings, tanto do BGG, quanto do Ludopedia. No entanto esse influência é bem relativa. Jogos como Gloomheaven, Brass Birmingham e Lancashire, Projeto Gaia, Terra Mystica, TI4, GTW, entre outros que ocupam as primeiras posições do ranking tanto do BGG quanto do Ludopedia são jogos reconhecidamente muito bons, e por toda a comunidade boardgamer nacional e internacional. Eu mesmo não gosto de alguns deles, mas não gostar de um jogo, não quer dizer necessariamente que ele é ruim, mas apenas que a pessoa não gostou deles. Um exemplo disso é o TI4 que não me atrai nem um pouco, mas que eu sou primeiro a reconhecer que é um dos melhores board games 4x de todos os tempos.

Portanto, claro que o hype conta para efeito de ranking. Mas conta muito pouco, porque ninguém vai defender que esse jogos, citados acima, estão nas primeiras posições apenas, e tão somente, porque as editoras investiram pesado na geração de hype. Conforme eu disse antes, isso talvez até ajude, mas de forma alguma é fundamental.      

Outra coisa que eu gostaria de destacar, é que nas primeiras posições, dos rankings do BGG e da Ludopedia, se encontram jogos bem antigos e que já estão fora do hype a anos. Esse é o caso do Catles of Burgundy (2011), Twilight Struggle (2005), Puerto Rico (2002), Trajan (2011), Ticket to Ride Europa (2005), Ticket to Ride (2004), Concordia (2013), La Granja (2014), Tzolkin (2012), Power Grid (2004), Robinson Crusoé (2012), Lords of Waterdeep (2012), Tikal (1999), Stone Age, Agrícola (2007), 7 Wonders (2010), Órleans (2014), Eldritch Horror (2013), Russian Railroads (2013), Dominant Especies (2010), Alquimistas (2014), Village (2011), Arcadia Quest (2014), Eclipse (2011) Battlestar Galactica (2008), Dixit Odyssey (2011), Cyclades (2009), Pandemic (2008), e isso apenas no top 100 da Ludopedia. Em outras palavras são jogos com 10, 15, 20 e até mais anos de idade, que se mantém em altas posições não porque têm muito hype associado, porque não é o caso, mas porque são muito bons, muitos deles ganhadores de vários prêmios internacionais, incluindo o Spiel des Jahres, e estão entre os melhores board games já criados.

Como diz a sabedoria popular, hype ajuda, mas não é capaz de "perfumar excrementos".

Além disso, para poder comparar dois jogos entre si é preciso algum parâmetro, e o ranking é um bom parâmetro. Caso contrário a discussão fica na base de "minha opinião para lá", "minha opinião para cá", que é extremamente subjetivo e impossibilita qualquer discussão ou conclusão mais séria. Por isso, mesmo o ranking não sendo um parâmetro perfeito de comparação, ainda assim é o melhor parâmetro disponível, e verificável (isso é muito importante), pelo menos na minha opinião.

Quanto a comparar o Campeões ao Conquistadores isso é muito natural considerando que os dois são da Grey Fox, o licenciamento dos dois é da mesma editora nacional, eles têm o mesmo tema, foram lançados originalmente em época próxima (2015 e 2019), o lançamento nacional foi anunciado e "re-anunciado" bem próximo também, e até o título é parecido. Além disso, enquanto as pessoas interessadas aguardavam o lançamento do Campeões, uma quantidade enorme delas comprou o Conquistadores, como um eventual substituto temporário. 

Para terminar respeito totalmente o seu direito de achar o Conquistadores melhor que o Campeões, se for o caso, mesmo não concordando com isso. E com toda a sinceridade se você se der ao trabalho de dar uma pesquisada na ficha dos dois jogos, vai ver que muito pouca gente que pensa assim.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio