DennysPatrick::Me pergunto se alguém da Galápagos lê o fórum, o que passa na cabeça deles ao ver essas críticas? Não entra na minha cabeça que uma empresa do porte dela não se preocupa com o que os seus consumidores estão achando do produto.
Rimor:: o que passa pela cabeça é algo como "vê a planilha aí... ah tamos no lucro largo, segue o jogo..."
ou seja, sem impacto, sem mudança... (e sem hipocrisia tb, eu evito mas consumo galápagos
)
RaphaelGuri:: Serei mais um para falar: "Ooow, Galapaguice"?
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Serei.
Contudo o lance das cartas serem identificáveis no baralho é vacilo do original, cagada do diretor de arte e designer que não prestaram atenção no 101 em design gráfico. Isso, para mim, mata o jogo.
Ovatsug Rednal:: A versão gringa também tem esse negócio de ver a cor das cartas pela lateral? Pq se for o caso, pelo menos esse erro não tá na conta da Galápagos. Rs
De resto, Galápagos é merda mesmo
Caros DennysPatrick, RaphaelGuri, Rimor e Ovatsug Rednal
Respondendo à pergunta do DennysPatrick, muito provavelmente a Galápagos não lê o que se escreve aqui no Ludopedia a seu respeito, e mesmo que leia ela está literalmente cagando, como já escreveram acima.
É como eu sempre digo, não adianta absolutamente nada reclamar do jogo DEPOIS de comprar. É preciso que se reclame ANTES de comprar, porque aí sim, isso vai fazer diferença para a editora. Depois que você compra, a empresa não está nem aí para você, tanto que os problemas de troca e de reposição de peças defeituosas já são tão corriqueiras no mercado de board games, que as pessoas até já esperam que isso aconteça, como se fosse algo natural, quando não é. O natural seria a empresa produzir e vender um produto sem defeitos, salvo raríssimas e eventuais exceções.
Na verdade, as editoras nacionais deboard games, não apenas a Galápagos mas quase todas de modo geral, só agem assim, porque na sua grande maioria, os boardgamers pensam e agem, encarnado o verdadeiro espírito de "mulher de malandro" como se dizia na gíria antigamente, em tempos em que violência doméstica também era uma coisa natural e aceitável socialmente. Assim sendo, a "mulher de malandro" é aquela mulher que vivia com um sujeito, e muita vezes também o sustentava, e que por um motivo qualquer acabava apanhando do camarada. Depois ele ia lá, pedia desculpas, fazia um carinho, dizia que isso não aconteceria mais, a mulher aceitava, e alguns dias depois entrava na porrada de novo, o cara se desculpava, ela se conformava e assim por diante.
No mercado de board games acontece a mesma coisa, ou seja, a editora erra na produção, e às vezes erra feio, não conserta a cagada, faz uma live dizendo que a partir de agora está compromissada em investir em um melhor controle de qualidade, em revisão, e coisa e tal (isso quando ela não ignora solenemente o que houve, e segue a partida). Com isso todo mundo acredita, resolve dar uma segunda chance (ou décima quinta), a empresa anuncia um novo lançamento com o maior estardalhaço, os canais de board game só falam disso, o jogo é lançado todo cagado, aí todo mundo compra, e vem depois aqui na Ludopedia reclamar que a qualidade está uma bosta e que o jogo tem os gravíssimo erros XYZ. Então na verdade, a culpa é toda nossa, que ainda compramos jogos no lançamento ou até mesmo na pré-venda, e damos o nosso apoio a empresas que reiteradamente demonstraram que não têm o menor respeito pelo seus apoiadores.
Além disso, vamos combinar, qualquer um de nós é capaz de conferir se um jogo está correto, comparando as cartas sem gastar semanas ou meses nessa tarefa, e isso sem receber nenhum pagamento. Basta ver que assim que um jogo é lançado, se ele contiver algum erro em relação ao original, alguns dias depois, às vezes no mesmo dia, já aprecem tópicos aqui no Ludopedia informando desses erros. Portanto não dá para aceitar que uma empresa como a Galápagos não tenha condições de contratar uma pessoa para fazer esse mesmo serviço.
Só para terminar, eu gostaria de deixar uma reflexão. Independente de se achar que o erros do Nemesis, no seu lançamento, eram graves ou não (pelo preço do jogo era de se esperar que não houvesse erro nenhum, ou erros mínimos), se as pessoas não tivessem comprado o jogo, e esperado que a Galápagos resolvesse esses erros, muito provavelmente a editora teria revisado o Everdell 10 vezes até ter certeza de que todas as cartas estavam rigorosamente de acordo com o jogo original. Mas como as pessoas compraram o Nemesis apesar dos seus erros, na hora de produzir e lançar o Everdell, a Galápagos não teve nenhuma preocupação de conferir se estava tudo correto, o que vamos combinar não é nenhum bicho de sete cabeças.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio