Mehinaku – mini review e primeira impressão
Bela ou não, é a minha terra natal.
-Provérbio chinês
O que interessou
Designer nacional Luis Francisco, o tema indígena brasileiro e o fato de ser um jogo cooperativo de gestão de crises.
Como funciona
O jogo lembra uma cruza do Stone Age com o Pandemic. Toda rodada vocês se dividem para coletar recursos diferentes (ou pegar cartas, que tem recursos ou bônus de ações futuras), para construir edifícios na vila que dão novas habilidades, que são necessárias para fazer a vila crescer (objetivo do jogo), que exige mais comida, que exige ter mais ajudantes, que exige mais recursos, etc., tudo isso tendo que pagar oferendas todo fim de rodada para Njamalú, ou então o nível de ira divina aumenta e você perde o jogo quando chega a X.
Tema
É bem presente, e você se sente mesmo numa tribo que está crescendo mas que tem que lutar muito para isso, todos os dias se preocupando com comida, teto, outras tribos e as divindades da floresta. Há alguns eventos especiais, todos muito temáticos. Cada personagem tem uma habilidade, seja cacique, pajé, caçador ou trabalhador.
Densidade
É um jogo médio na minha opinião.
Setup
É rápido.
Interação
O jogo é cooperativo e dá para agir junto e planejar junto a estratégia, não apenas para esta rodada, mas para as próximas uma ou duas rodadas também.
Andamento
Bem rápido. Nas primeiras metade do jogo, foi bem apertado, tivemos que fazer e desfazer planos. No meio do jogo ainda estava apertado, mas víamos a luz no fim do túnel. Depois fizemos uma receita com os edifícios que tínhamos, foi só repetir a fórmula e vencer o jogo.
Regras
O manual é bem escrito e deu para entender tudo (acredito eu) após o ler.
Produção
Simples, mas bem razoável para um jogo nacional de 2011. Minha versão veio com tokens de papel personalizados para os personages e recursos.
Gostei particularmente da arte no verso das cartas – muito indígena na minha opinião!
Partidas
Uma partida em dois jogadores até agora.
Conclusão final:
Gostamos bastante da partida em geral. Sentimos que o jogo foi muito bem projetado. É um jogo cooperativo de respeito, e ficamos surpresos com o desenrolar do jogo, como ele nos desafiou de diversas formas. O ponto negativo fica pelo arco do jogo, onde a tensão foi diminuindo do meio do jogo em diante, ao invés de aumentar (como no Pandemic, por exemplo), a ponto de nem jogarmos a última rodada, pois já estava ganho algumas rodadas atrás. Mas jogamos só uma vez, então podemos ter tido sorte na sequência de eventos e cartas e na coleta de recursos!
Sobre esta série de mini-reviews:
Esses reviews vão ser sempre baseados em primeiras impressões, pois é justamente como gostamos de jogar por aqui: se o jogo é muito bom, jogamos mais vezes; se não encanta de primeira, é vendido/trocado. Preferimos buscar jogos que nos encantam já na primeira tentativa do que investir tempo e experiências tentando descobrir se aprenderemos a gostar de um jogo que não se demonstrou inicialmente promissor. A vida é curta!