Caramba, quanta coisa para ler, o tópico tá muito bom. @yscalybur tá sabendo escolher temas pros fóruns e aproveitando que te citei aqui, se morar em são paulo na zona oeste podemos marcar uns jogos. Aliás, quem for da região do butantã é só se apresentar.
Sobre tudo que foi falado até agora, vamos às minhas opiniões para acrescentar, ou não, à discussão.
Jogos eletrônicos, embora eu não jogue mais atualmente, pq pra mim seria jogar dinheiro fora, acho qeu em geral acabam tendo uma relação custo/uso melhor que dos board games, não necessariamente de custo benefício, mas para quem não tem filho pequeno que quer ficar tirando o controle da sua mão se você vai jogar (que é meu caso, por isso não estou jogando atualmente), sem dúvida os jogos eletrônicos são mais fáceis de serem jogados.
Ainda em relação aos jogos eletrônicos, o fenômeno recente dos jogos onlines eu acredito que ele ocorre pela mesmo motivo que nós gostamos tanto dos board games, o jogo online não deixa de ser um jogo social e o ser humano tem tanta necessidade de pertencer a um grupo quanto de se reproduzir (pesquisar pirâmide de maslow), por isso os jogos onlines fazem tanto sucesso, é uma forma de interagir socialmente, ainda que não pessoalmente. Eu particularmente prefiro o relacionamento pessoal, por isso nesse sentido os oard games também me atraem mais.
Outra diferença entre os boards e os eletrônicos, embora colecionador compulsivo seja colecionador compulsivo em qualquer contexto, me parece que obard games tem um poder maior de produzir colecionadores do que jogos eletrônicos. Ou em outros palavras, talvez no universo de jogadores de vídeo game, tenham mais jogadores que comprem apenas jogos para serem jogados, e não apenas porque será uma raridade que merece ser colecionado.
Em relação à preço justo, honesto, bom etc, concordo demais com o @E2EK1EL, a primeira avaliação é se você pode comprar aquele jogo, se está dentro das suas possibilidades. E jogo nao precisa ser caro pra ser bom, por exemplo, acho que o melhor jogo em termos custo/benefício da minha coleção de longe é o Bang! Pocket, custou R$ 15,00 e é divertidíssimo. Como comprador acho que devemos realmente avaliar o jogo pela experiência que ele irá proporcionar, assim como qualquer coisa que consumo.
Aproveitando o gancho desse tópico, embora eu acho que está dentro, vamos falar do preço relativo de um jogo em relação ao outro. A galera debate demais sobre preço de tal jogo estar barato ou caro no lançamento aqui, comparando com o preço de fora, ou que editora A publica mais caro que editora B, embora ninguém cobre mais caro que editora D, piadas a parte, asssim como disseram que o preço dos jogos eletrônicos são caros pelo custo de produção que de fato são enormes hoje em dia, as pessoas costumam desprezar esse custo na hora de avaliar board games, em geral só pensam no número de componentes. Por exemplo, falaram demais que CV estava caro pq não tem componentes suficientes para custar tanto, mas o Robinson saiu até barato. Poxa, dois jogos, da mesma editora, lançados ao mesmo tempo, não me parece que seja o caso de margens de lucro ou conta diferenciadas. Vi muitos comentários dizendo que Sherif de Nothingam custa R$150 e tem muito mais componentes que o CV que saiu por R$ 200. Esse tipo de comparação é meio sem sentido, pesquisando agora no BGG, o CV na amazon sai por US$ 45 já o SoN sai está por US$ 25, com list price de US$ 35, ou seja o CV tbm é mais caro lá fora, então o preço aqui não está tão injusto assim, mas o curioso é que no preço dos usados o CV é mais barato. E há que se pesar qual foi a dificuldade para se desenvolver o jogo, quanto tempo consumiu, a qualidade dos artistas que trabalharam em cada jogo, tem muita variável por trás, no fim acho que tudo se resume a diversão que o jogo vai te trazer e se você tem dinheiro para comprá-lo.
O mais legal é que dá pra escrever um livro sobre isso, mas como eu acho que a maioria parou na metade vou ficando por aqui nesse, talvez depois eu volte com alguma informação a mais e mais concisa de preferência.