DrGrayrock::Antes de falarmos sobre o jogo em si vale ressaltar que o Alexander venceu uma "batalha" junto à Estrela para que o jogo, totalmente formado por cartas, tivesse uma qualidade diferenciada e por isso temos aqui um jogo realmente Premium, com cartas com qualidade "tipo Copag" e formato padrão (que você acha sleeve facilmente).
atary:: ótima resenha. Vou comprar com certeza esse game, como um entusiasta desse contexto histórico, sonho com essa temática nos bgs lançados aqui no brasil, fico feliz que agora terei destemidos Normandia e front total. Quando começam as vendas do Front total?
Negrao:: Excelente ver que a Estrela continua investindo na linha e que está cada vez mais preocupada com a qualidade dos componentes.
Caros Cacá e atary e Negrao
Inicialmente, parabéns Cacá pela ótima resenha. Dito isso, achei muito interessante tocar na questão dos componentes nesta resenha, porque, conforme disse o Negrao, aparentemente a Estrela está mais consciente da necessidade que os jogos da linha premium tenham componentes com um mínimo de qualidade, caso ela queria vender esses jogos também para a comunidade boardgamer.
Na minha opinião, isso indica claramente duas coisas.
A primeira coisa é que, ao que tudo indica, a Estrela deve ter aprendido com os erros cometidos no caso do Herdeiros do Khan. Todos sabem que eu acredito muito nesse jogo e no trabalho dos designers, especialmente o Rodrigo Rego, que já mostrou do que é capaz em outros jogos como o Camisa 12 e o É Top, que eu acho divertidíssimos. Como já defendi em outros tópicos, se o Herdeiros do Khan tivesse componentes com uma qualidade um pouco melhor, seriam uma excelente alternativa aos Marco Polo I e II, que custam quase cinco vezes mais do que o Herdeiros do Khan.
A segunda coisa é que, apesar de muita gente ter afirmado categoricamente que a Estrela certamente não levaria essa linha Premium a sério, e que todos esses jogos teriam a mesma qualidade de componentes, infelizmente sofrível, do Herdeiros do Kahn, não foi isso que aconteceu, pelo menos em relação a esse novo Front Total.
Claro que ainda é muito cedo para fazer qualquer prognóstico, se a Estrela melhorará ou não a qualidade dos componentes dos jogos da sua linha Premium (o que só o futuro dirá). Todavia, pelo menos até agora a Estrela tem demonstrado que está empenhada em melhorar e o Front Total é uma prova disso, até agora.
Assim sendo, vamos todos torcer para que esse empenho da Estrela, com a qualidade dos jogos da linha Premium, seja genuíno, e que isso seja apenas um primeiro passo, para que esse "verdadeiro colosso" do ramo de brinquedos entre no hobby para valer, e quem sabe em um futuro próximo, comece a se interessar não apenas pelos jogos de autores nacionais, com também por jogos estrangeiros.
Eu digo isso porque acredito que seja muito difícil e complicado para as editoras nacionais, que são todas empresas de pequeno e médio porte (isso, analisando com muita boa vontade), sentarem para conversar com as grandes editoras gringas. Nessa relação totalmente desigual é quase impossível, ou muito improvável, para as nossas editoras tentarem produzir nacionalmente parte dos componentes dos jogos, barateando o preço, até pela diminuição do valor do frete internacional. Mas uma negociação entre a Estrela e essas editoras gringas seria muito diferente, porque elas tratariam não com pequenas empresas, mas sim com uma das maiores empresas de brinquedo da América Latina, com fábrica própria e uma cadeia de distribuição fortemente estabelecida. Nesse cenário, a conversa com as editoras gringas seria totalmente diferente. Não que isso fosse um fator determinante, por si só, para alavancar a produção nacional de jogos, mas certamente faria uma diferença enorme.
Finalizando, vamos todos brindar ao lançamento desse novo board game, e torcer para que a Estrela esteja realmente disposta a investir pesado no setor de board games.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio
P.S. Em tempo, ainda no caso da questão da entrada de grandes empresas nacionais no setor de board games, eu gostaria de lembrar o caso da Copag, e da produção nacional do Pokemon TCG. Certamente se a Copag não fosse a empresa do tamanho que é, e uma das maiores produtoras mundiais de baralho, com fábrica própria e bala na agulha para investir em maquinário, e ao invés disso, fosse uma pequena editora brasileira de board games, dificilmente o Pokemon passaria a ser produzido também no nosso país.
P.P.S. Quando eu crescer quero ser igual a você Cacá... KKKKKK