Eu já acho que nenhuma das duas colocações está errada...
Culturalmente as mulheres eram incentivadas as "amadurecer mais cedo", vemos isso nos próprios brinquedos das gerações passadas: enquanto homens ganhavam bonecos de soldados, monstrinhos, carrinhos de corrida, etc, mulheres ganhavam cozinhas "de brinquedo", bebês "de brinquedo", etc, ou seja, brinquedos que as preparavam para serem mulheres adultas segundo os padrões da época. Então é natural que as mulheres dessas gerações considerem jogos de tabuleiro como brinquedos e, portanto, não se interessem por eles, não é?
Se considerarmos que boa parte do público atual dos jogos de tabuleiro é a galera dos 30 aos 50 anos, o que eu escrevi acima explica pelo menos um dos motivos de termos mais homens que mulheres no hobbie.
Masssssss...... isso está mudando, a geração atual não tem mais esse "separatismo" todo na criação das crianças e hoje já vemos uma quantidade de mulheres igual a de homens (ou até maior, segundo algumas pesquisas) nos jogos digitais, por exemplo. Nos eventos de board games também, a quantidade de mulheres cresce cada vez mais, mas na graaaande maioria são meninas mais novas, da geração atual, enquanto os homens mesclam várias gerações e, obviamente, por esse motivo estão em maior número.
De resto, eu particularmente acho uma puta bobagem isso de que "Jogo pra mulher é Dixit", "As mulheres que jogam é porque são namoradas dos caras que jogam", etc. Dixit é um bom jogo para quem não curte jogos, leve e despretencioso, só isso, portanto é bom para não gamers... Aí amigo, se você pega a sua namorada que não curte jogos (lembre-se, é um nicho, pouquíssima gente vai curtir, independente do sexo delas) e coloca ela para jogar, ou ela resolve jogar só pra te agradar, claro que jogos como Dixit vão "descer melhor"... isso não tem nada a ver com serem mulheres, ou namoradas, ou esposas, vale para qualquer não gamer. 