Carrossel: Substantivo masculino. Divertimento típico de parque de diversões. Montado sorte uma plataforma circular giratória, onde são instalados figuras de madeira pintados, normalmente animais, fixados em hastes metálicas. Tendo ou não andado em um, venha e tente se tornar o dono do melhor carrossel do mundo, ou assim seu avô dizia. Carrossel Tá na Mesa!
Carrossel é um jogo criado por Antonio Sousa Lara em 2019. De dois a quatro jogadores, com duração média de 60 minutos, em Carrossel os jogadores competem para se tornar o único herdeiro de um legado familiar.
- É um jogo idiota sobre aquela novelinha idiota! Com certeza dá para jogar com a Maria Joaquina, né?
Caro raparigo, tu és tão bitolado assim que só tens uma única referência de carrossel? Saibas tu que originalmente o nome carrossel (Nota da Sra. Slovic: Que vem do francês, carrousel) era um exercício militar praticada por árabes e turcos no século XII? E também um dos mais clássicos brinquedos de parques, criado no século XIX. E é deste que o jogo se baseia. Carrossel possui um tabuleiro móvel circular, que simula bem a atração, e é dividido em quatro setores, dividido em doze quarados numerados (Nota do Sr. Slovic: Com três jogadores, usa-se o lado inverso do tabuleiro, que está dividido em três áreas, cada uma com quinze quadrados, mas só doze tem numeração). No início da partida, são sorteados quatro objetivos gerais. Cada jogador começa com doze peças, que representam as figuras do brinquedo (Cavalo, Cisne, Tigre, Peixe e Dragão) e três cartas de Ingresso e doze cartas numeradas.
Ao iniciar uma nova rodada, os jogadores devem escolher uma peça e uma carta numerada, que são reveladas simultaneamente. A peça é colocada no setor que esta a frente do jogador, no número indicado pela carta, e está é descartada. Se após a colocação do tile houver em seu setor uma sequência de três peças, tanto faz se na horizontal ou vertical, idêntica aos seus ingressos (Nota da Sra. Slovic: Não precisa estar na mesma ordem), você deve colocar marcadores de clientes nos tiles, indicando que as peças estão ocupadas. Cada peça só pode ser ocupada por um único cliente. O ingresso vai para o dono do tile (Nota do Sr. Slovic: Há uma pequena marcação indicando o dono) e não para quem colocou o marcador.
- Como assim vou dar meu ingresso para o outro? Não sou obrigado a ajudar ninguém.
Tenho uma má notícia para você, ajudante do Lanterna Laranja. As regras do jogo te obrigam a fazer essa ação e conforme o tabuleiro gira, os jogadores colocarão peças em todas as áreas do carrossel (Nota da Sra. Slovic: Ninguém é dono de um setor próprio). Os ingressos dão Pontos de Vitória e cada tipo tem uma habilidade especial que altera algumas regras do jogo. Sempre que usar os ingressos, o jogador deve completar a mão para três cartas. Depois de ver se os ingressos serão utilizados, o tabuleiro roda 90° e uma nova verificação de ingressos ocorre. E assim inicia-se um novo turno. A partida termina quando algum jogador não puder completar sua mão ou for possível colocar um tile, seja porque não tenha mais peças ou cartas com as numerações disponíveis. Quando isso acontecer, soma-se os pontos dos ingressos vendidos com os dos objetivos e quem tiver mais, vence a partida. Em caso de empate, ambos vencem.
No geral, Carrossel é um jogo bem interessante. Mais um ótimo exemplo da escola português, que já nos presenteou com Vinhos, Arraial e Madeira. Não se deixe enganar pelo tema, componentes e ou arte de Carrossel. A princípio ele parece bobo, cujo único objetivo é colocar as figuras e pontuar, mas aí é que está a grande questão. Para vencer, você não pode só prestar atenção no que esta a sua frente, seja setor ou ingressos, mas em tudo, já que dependendo de sua jogada, seus ingressos irão para os adversários. Lembre-se que o tabuleiro vai girar (Nota da Sra. Slovic: Por volta da metade, o sentido do giro vai inverter), então é bom pensar bem onde colocar suas peças. Você pode tanto dar uma jogada de bandeja para o próximo jogador, como forçá-lo a te integrar um ou mais ingressos. E acima de tudo, nunca se esqueça: “Embarque nesse carrossel. Onde o mundo faz de conta. A terra é quase o céu”.
E é isso, shishô!