tpcordeiro::

Mago do Caos::

tpcordeiro::A arte da capa me instigou muito a conhecer, mas vendo a explicação do video do Romir achei o gameplay e arte do tabuleiro muito parecida com o Viticulture, do qual não sou muito fã. Qdo procurei sobre o jogo na Ludopedia, o último tópico dizia q era um "jogo de tabuleiro de peso", oq pode soar a ideia de ser um jogo pesado, oq não parece ser o caso. Eu situaria em um leve-médio, e nesse caso o tempo da caixa (120min.) me pareceu demais. Fico com receio de acabar sendo um jogo cansativo, q se estende além do q deveria.
 
Por esses motivos vou passar, mas acho q "valer a pena" depende muito da pessoa, o ideal é jogá-lo. Na falta disso, no mínimo ver as regras, em video ou manual, para ver se agrada ao seu gosto e grupo e se preenche uma lacuna na sua coleção.

Tive essa sensação de semelhança com o Viticulture no visual do jogo pelo vídeo de divulgação na página do Catarse.
Então o gameplay também se assemelha?
Viticulture já esteve no meu radar quando estava ooo, mas acabei preenchendo essa lacuna com um substituto, antes do reprint.
Talvez eu apoiaria se fosse nessa época, hoje não mais.
Alocação de trabalhores é uma mecânica muito disseminada, tem muito “mais do mesmo” por aí.
Parece ser uma boa pedida pra quem tem essa lacuna na coleção.

 
Claro q tem diferenças, mas o feeling de alocação de trabalhadores básico tá alí bem semelhante. Não que uma mecânica "padrãozinha" seja ruim, Stone Age vai pela mesma linha e eu adoro...
A questão é q hj em dia eu busco sempre o "twist" q deixa o jogo inovador para mim, e o diferencial q o Imigrantes vende (os eventos das fases da rodada serem temáticos, baseados em fatos reais) para mim não é suficiente para eu ir atrás. Mas talvez pra outras pessoas seja uma put@ diferença, vai do gosto de cada um.

Sim, claro.
O que eu quis dizer é que tenho a impressão de que alocação de trabalhadores seja a mecânica mais disseminada de todas, e que há muitos jogos que implementam essa mecânica como a predominante. Como consequência, temos muitos jogos com feeling semelhante baseados nessa mecânica, embora com suas particularidades, mas não suficientes pra compartilharem a mesma estante.
Caso alguém ainda esteja buscando algum jogo com essas características, sem muita inovação, Imigrantes parece ser uma ótima pedida.

Eu mesmo quis muito o Viticulture, mas na época estava ooo.
Então adquiri Arquitetos do Reino Ocidental.
Só que Arquitetos tem uma variação bem interessante da mecânica, com a questão de não ter bloqueio de ação, mas o aumento da potência da ação de acordo com a quantidade de trabalhadores no mesmo espaço (e ainda a mecânica das capturas).
Então adquiri Lords of Waterdeep.
E depois Manhattan Project.

Com esses três, não vejo sentido em adquirir Imigrantes.

Li em algum lugar (talvez no Instagram) que era um "Puerto Rico ambientado no Brasil". Vi o vídeo de regras do romir e realmente tem algumas semelhanças (o trem com mercadorias, por exemplo). Puerto Rico é, para mim, uma obra prima de mecânicas. Achei a temática de imigrantes muito legal, com os eventos históricos, mas esse valor está proibitivo. Tem muito jogo bom por 200 reais, a gente entende que a tiragem é menor do q grandes jogos consagrados internacionalmente, mas já tendo o Puerto Rico eu decidi que não vale a pena. Se fosse até 200, 250 eu arriscaria.

sergiocs78::Li em algum lugar (talvez no Instagram) que era um "Puerto Rico ambientado no Brasil". Vi o vídeo de regras do romir e realmente tem algumas semelhanças (o trem com mercadorias, por exemplo). Puerto Rico é, para mim, uma obra prima de mecânicas. Achei a temática de imigrantes muito legal, com os eventos históricos, mas esse valor está proibitivo. Tem muito jogo bom por 200 reais, a gente entende que a tiragem é menor do q grandes jogos consagrados internacionalmente, mas já tendo o Puerto Rico eu decidi que não vale a pena. Se fosse até 200, 250 eu arriscaria.

Já faz um tempo q joguei Puerto Rico, mas não consigo ver semelhança, pois não tem o grande diferencial dele, q é todos seguirem a ação q um jogador escolheu, sendo ele faz a ação com uma vantagem.

Também não vejo nada de Puerto Rico nas mecânicas.

Caros Boardgamers

Agradeço encarecidamente a todos aqueles que se deram ao trabalho de responder, e asseguro que li e refleti bastante a respeito de tudo o que foi dito nos comentários. No que pese o Imigrantes parecer ser um jogo sólido e muito bom, resolvi por desistir do financiamento, porque acho que os prós não justificam os contra. A princípio eu realmente me empolguei com o Imigrantes, porque gosto do tema e gosto de alocação de trabalhadores, mas pensando bem resolvi recuar, porque o preço, mesmo com o desconto das 24 horas já não é tão baixo, e se for somado ao frete, possivelmente fique próximo ao preço na loja. 

Além disso, infelizmente, apesar do tanto que o mercado nacional de board games já avançou nos últimos 12 anos, muitos aspectos parecem ainda ser bastante amadores. Mas o preço dos jogos não tem nada de amador. Então, na minha opinião fica realmente complicado financiar um projeto, e ter uma probabilidade muito grande dele atrasar e eu ficar até mesmo sem notícias ou novas estimativas. Obviamente atrasos ocorrem e muitas vezes por razões alheias à vontade das editoras, mas a falta de informações e atualizações, isso não tem desculpa, pelo menos para mim. Não custa nada a empresa, a cada dois meses, dar uma satisfação de a quantas anda o andamento dos trabalhos àqueles que viabilizaram economicamente o projeto (que puseram dinheiro na iniciativa),  nem que seja para dizer que não há nenhuma novidade.      

Vejam bem que eu não achei o jogo ruim de forma alguma, mas sou forçado a concordar que essa mecânica de Alocação de Trabalhadores já foi exaustivamente explorada, até pela sua alta popularidade (Caylus, Agricola, Caverna, Stone Age, Lords of Waterdeep, Keyflower, Tzolk'in, Invasores do Mar do Norte, Arquitetos do Reino Ocidental, Russian Railroads, Marco Polo, etc). Se eu já não tivesse o Viticulture e o Village, entre outros, que vão um pouco além da mera Alocação de Trabalhadores, muito provavelmente eu apoiaria o projeto. Fiquei com a forte impressão de que o Imigrantes, apesar de todo o seu valor enquanto jogo, talvez tenha chegado muito tarde. Se esse financiamento tivesse surgido uns três ou quatro anos atrás, é bem provável que ele realmente valesse a pena, apesar dos frequentes e eventuais problemas com financiamento. Por outro lado, para as pessoas que não se enquadrem no meu caso, ou que não pensem do mesmo modo que eu, evidentemente a situação é completamente outra, e talvez o Imigrantes realmente valha a pena. Assim sendo, isso fica a critério de cada um.

Para terminar quero deixar claro que esse tópico de forma alguma foi feito no intento de sabotar, ou de atrapalhar de qualquer modo, esse projeto da Precisamente Jogos. Só pedi essa opinião aos pares, porque fiquei realmente na dúvida, e nesse caso é sempre bom perguntar a quem sabe mais. No mais, felizmente o jogo vem batendo meta atrás de meta no financiamento, e eu sinceramente desejo todo sucesso à Precisamente Jogos, e um bom proveito à todos aqueles que apoiaram o projeto.

Mais uma vez, muito obrigado a todos.

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio    

fica só o receio de a versão nas lojas ficar com o preço ainda maior, só para não terem mais o argumento de que a diferença entre a loja e o financiamento coletivo ser muito pequena.

tpcordeiro::

sergiocs78::Li em algum lugar (talvez no Instagram) que era um "Puerto Rico ambientado no Brasil". Vi o vídeo de regras do romir e realmente tem algumas semelhanças (o trem com mercadorias, por exemplo). Puerto Rico é, para mim, uma obra prima de mecânicas. Achei a temática de imigrantes muito legal, com os eventos históricos, mas esse valor está proibitivo. Tem muito jogo bom por 200 reais, a gente entende que a tiragem é menor do q grandes jogos consagrados internacionalmente, mas já tendo o Puerto Rico eu decidi que não vale a pena. Se fosse até 200, 250 eu arriscaria.

Já faz um tempo q joguei Puerto Rico, mas não consigo ver semelhança, pois não tem o grande diferencial dele, q é todos seguirem a ação q um jogador escolheu, sendo ele faz a ação com uma vantagem.

Então, eu não disse que era idêntico, só que tinha semelhanças.
Os vagões do trem só podem ser preenchidos, cada um, por um tipo de mercadoria, como os barcos de Puerto Rico. 
O resto é a mecânica básica de alocação de trabalhadores, com tiles de fábricas que produzem itens diversos. Como eu disse, semelhanças. A temática com barquinhos remeteu a isso.
E, como eu disse antes, Puerto Rico é uma obra prima de design, justamente pelo diferencial que vc citou. O jogo é delicioso de se jogar, só o tema é que é polêmico.

gigante::fica só o receio de a versão nas lojas ficar com o preço ainda maior, só para não terem mais o argumento de que a diferença entre a loja e o financiamento coletivo ser muito pequena.

No catarse falam que o preço final vai ser de 499. 
Acredito que a tiragem baixa force o preço pra cima. Infelizmente não dá pra esperar que se trabalhe com tiragens altas, já que vivemos tempos incertos.

Ao definir o jogo como "de alocação de trabalhadores" ou "similar a Puerto Rico/Viticulture", estão deixando passar algumas nuances do jogo, na minha opinião. Qualquer jogo. Quando se fala em alocação de trabalhadores, por exemplo, eu quero saber em que isso implica. Eu bloqueio o espaço onde eu aloco para o próximo coleguinha, o espaço fica mais caro pra ele, o que acontece? Você aloca e resolve o efeito, ou tem a fase de resolução dos efeitos? Os trabalhadores são iguais ou diferentes? Eles tem potência? Posso alocar mais de um ao mesmo tempo? O que pode ocorrer é que um fala "alocação de trabalhadores", um pensa em "Agricola", outro pensa em "Marco Polo"! 

Joguei o protótipo 2 vezes, a primeira bem na época da competição de protótipos que o jogo venceu pré-pandemia (saudades...) e a outra agora a versão do catarse, em 3 e em 4 jogadores. Gostei demais do jogo mecanicamente e ele recebe meu apoio.

Pra mim a alocação de trabalhadores não é o ponto focal da interação entre os jogadores. A fase de alocação é separada da fase de realização dos efeitos, então já é diferente do Viticulture. Tipicamente você não aloca para bloquear/não ser bloqueado, mas sim para ser o primeiro a resolver a ação do local (ou para ser o segundo, terceiro...). As localidades tem uma quantidade "generosa" de espaços, não me ocorreu ainda não conseguir fazer uma ação que eu quisesse em um turno. Agora, pode ser que a ação saia menos ou mais poderosa como consequência da ordem dos jogadores no espaço, ou que você não consiga exatamente o que você quer: os locais deixam você escolher primeiro (e você pode pegar "a peça boa"), alguns outros tem o efeito adicional de repetição (então você aloca junto de alguém que, ao invés de fazer todas as 4 ações disponíveis lá, fará 2, e você as outras 2).

Também comparam com Puerto Rico, e a maneira de resolver os locais é similar (por exemplo no local de contratar os trabalhadores, você pode repetir a ação até acabar os disponíveis, ou não ter espaço, ou todos passarem), mas diferente de Puerto Rico, que todos os jogadores realizam a ação (e o "da vez" realiza uma versão mais forte), em Imigrantes o jogador tem que alocar o trabalhador para ter direito à ação, e seguirá as vantagens/desvantagens da posição em que alocou. São 8 locais "coletivos" e só 2 trabalhadores (3 num turno bom), então você tem que escolher bem, na verdade! As estratégias saem bem diferentes!

Enfim, se eu estivesse considerando o apoio, eu daria uma olhada nos videos, reviews, daria uma olhadinha nas regras (não sei se ainda muda muito o manual...), tentaria ver como está para jogar online, e no final tomaria minha decisão. Não sei se sou só eu, mas sei lá, a gente vai decidir de comprar uma coisa num hobby desses sem se aprofundar nos detalhes? Hehehe.

Um grande abraço, obrigado pra quem teve a paciência de ler :-)

ulliulli::Ao definir o jogo como "de alocação de trabalhadores" ou "similar a Puerto Rico/Viticulture", estão deixando passar algumas nuances do jogo, na minha opinião. Qualquer jogo. Quando se fala em alocação de trabalhadores, por exemplo, eu quero saber em que isso implica. Eu bloqueio o espaço onde eu aloco para o próximo coleguinha, o espaço fica mais caro pra ele, o que acontece? Você aloca e resolve o efeito, ou tem a fase de resolução dos efeitos? Os trabalhadores são iguais ou diferentes? Eles tem potência? Posso alocar mais de um ao mesmo tempo? O que pode ocorrer é que um fala "alocação de trabalhadores", um pensa em "Agricola", outro pensa em "Marco Polo"! 

Joguei o protótipo 2 vezes, a primeira bem na época da competição de protótipos que o jogo venceu pré-pandemia (saudades...) e a outra agora a versão do catarse, em 3 e em 4 jogadores. Gostei demais do jogo mecanicamente e ele recebe meu apoio.

Pra mim a alocação de trabalhadores não é o ponto focal da interação entre os jogadores. A fase de alocação é separada da fase de realização dos efeitos, então já é diferente do Viticulture. Tipicamente você não aloca para bloquear/não ser bloqueado, mas sim para ser o primeiro a resolver a ação do local (ou para ser o segundo, terceiro...). As localidades tem uma quantidade "generosa" de espaços, não me ocorreu ainda não conseguir fazer uma ação que eu quisesse em um turno. Agora, pode ser que a ação saia menos ou mais poderosa como consequência da ordem dos jogadores no espaço, ou que você não consiga exatamente o que você quer: os locais deixam você escolher primeiro (e você pode pegar "a peça boa"), alguns outros tem o efeito adicional de repetição (então você aloca junto de alguém que, ao invés de fazer todas as 4 ações disponíveis lá, fará 2, e você as outras 2).

Também comparam com Puerto Rico, e a maneira de resolver os locais é similar (por exemplo no local de contratar os trabalhadores, você pode repetir a ação até acabar os disponíveis, ou não ter espaço, ou todos passarem), mas diferente de Puerto Rico, que todos os jogadores realizam a ação (e o "da vez" realiza uma versão mais forte), em Imigrantes o jogador tem que alocar o trabalhador para ter direito à ação, e seguirá as vantagens/desvantagens da posição em que alocou. São 8 locais "coletivos" e só 2 trabalhadores (3 num turno bom), então você tem que escolher bem, na verdade! As estratégias saem bem diferentes!

Enfim, se eu estivesse considerando o apoio, eu daria uma olhada nos videos, reviews, daria uma olhadinha nas regras (não sei se ainda muda muito o manual...), tentaria ver como está para jogar online, e no final tomaria minha decisão. Não sei se sou só eu, mas sei lá, a gente vai decidir de comprar uma coisa num hobby desses sem se aprofundar nos detalhes? Hehehe.

Um grande abraço, obrigado pra quem teve a paciência de ler :-)

Você tem razão. Depois que me aprofundei mais nas regras e no gameplay, percebi que ele tem características bem peculiares e interessantes, tornando bem injusto caracterizá-lo como “mais do mesmo” dos jogos tradicionais de alocação de trabalhadores. Realmente parece um jogaço.