Joguei metade da campanha aqui no grupo já e tb nos indagamos com as mesmas questões. Mas para algo mais pragmático e o vendo como jogo, em que as mecânicas constam tão importantes como a história, faria sentido recomeçar o setup para o desafio ser maior.
Explicações que buscamos e concluímos:
1-O fato de todo cenário recomeçar: Algo explicado em um dos começos de cenário que lemos como “... Após 15 dias vc conversando o personagem...”; ou seja, o conjunto de turno (manhã, tarde e noite) se consistiria em um dia completo, ok. Mas do fim de um cenário para outro, alguns dias podem ter se passado, com mudanças em sua situação clínica, no caso uma “brusca” melhora. O q nada impede de um cenário para outro de continuar de onde estava com seus PVs, mas o realismo extremo te impediria totalmente de fazer a saga dos 10 cenários. Por fim, o manual consta que os cenários são interligados e não necessariamente sequenciais/dias seguidos.
2-Quanto ao fato de sempre resetar as memórias, tivemos que forçar um pouco a imaginação neste caso. Algo como estar implícito que pelos personagens enfermeiros nem terem nome, como os personagens por exemplo do jogo tb com a mecânica de campanha “Pandemic Legacy”, eles seriam diferentes a cada cenário/“genéricos”; logo as histórias seriam recontadas para os novos que o estão tratando (lembrando tb que estamos com um paciente “idoso”, confuso, com muitos traumas, e podemos imaginar constantes repetições de suas histórias). O que os enfermeiros sabem seriam histórias contadas por outros enfermeiros mais antigos... E as partes novas da história poderíamos comparar ao que remete por exemplo ao filme “Forrest Gump-O contador de Histórias”, em que o núcleo do roteiro é a história sendo contada para diferentes pessoas que passam pelo protagonista no banco do ponto de ônibus. Então sim, nós jogadores sabemos algumas passagens da sua vida, mas os personagens enfermeiros não; e neste caso a gente aqui no grupo nem lia as frases das cartas e ou nem montava o “quebra-cabeça” de alguma linha do tempo “já conhecidas”. Para compensar, as próprias introduções de cenários recontam algum fatos se perceber de maneira textual e com novos elementos inéditos a cada vez.
Enfim, pela data da sua pergunto imagino que com ctza já tenha finalizado o jogo, mas fica minhas respostas - pessoais, claro - para possíveis outros curiosos que a lerem; ótima indagação diga-se de passagem.
E se nada do que divaguei fizer sentido, ainda pode ver o jogo em si como... Um jogo! Ele tem um teor narrativo, mas não é um RPG ou um filme realista, é ainda apesar de tudo... um jogo analógico de tabuleiro; o que o vendo nesse sentido, achei genial em suas proposta de mecânicas cooperativas/narrativas.
* Ansioso para terminar a segunda metade da campanha. Até onde cheguei, deu pra perceber claramente que conta uma história bem construída, com muito suspense, emotiva e ousadamente lírica. Mais detalhes só jogando para não contar spoilers! 
Abc,
Rafa.